Duque de caxias luís alves de lima e silva



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DUQUE DE CAXIAS - LUÍS ALVES DE LIMA E SILVA 

  

 

Foi Barão, Conde, Marquês e Duque de Caxias Luís Alves de Lima e 



Silva, que nasceu em Porto Estrela (Rio de Janeiro) a 25 de Agosto 

de 1803 e morreu em Jurapanã (Rio de Janeiro) a 07 de Maio de 

1880, filho do Marechal Francisco de Lima e Silva e de sua mulher, 

D. Maria Cândida de Oliveira Belo e irmão do Conde de Tocantins e 

de  D.  Carlota  Guilhermina  de  Lima  e  Silva,  que  foi,  por  seu 

casamento, Baronesa de Soruí. 

Aos 5 anos assentou praça no exército e aos quinze foi promovido 

a alferes, cursando então a academia militar. Dedicou-se ao estudo 

de engenharia e em 1821 foi promovido a tenente e escolhido por 

D. Pedro I para ajudante do Batalhão do Imperador e encarregado 

de  marchar  sobre  a  Baía  para  repelir  as  tropas  portuguesas  nas 

lutas que se travavam pela independência.  




Desde 1825 e por quatro anos fez a campanha de Montevideu. Na 

vigência de D. Pedro II foi encarregado de combater os rebeldes da 

província  do  Maranhão,  S.  Paulo,  Rio  Grande  do  Sul,  e  Minas 

Gerais, que conseguiu pacificar em 1840, 1842, e 1845.  

Em 1855 sobraçou a pasta da guerra e em 1862 cumulativamente 

a  presidência  do  Conselho,  sendo  neste  último  ano  nomeado 

marechal de Exército. Em 1863/64 tomou assento no Senado.  

Foi  dignitário  de  todas  as  ordens  honoríficas  brasileiras, 

inclusivamente  da  Ordem  de  D.  Pedro  I,  como  grã-cruz,  e  é 

patrono de uma cadeira do Instituto Brasileiro de Cultura. O Rio de 

Janeiro  erigiu-lhe  um  monumento.  Por  decreto  de  9  de  Março  de 

1889  foi  criada  a  medalha  de  ouro  Duque  de  Caxias  como 

recompensa a conferir aos alunos do Imperial Colégio Militar.  

Casou  em  06  de  Janeiro  de  1833  no  Rio  de  Janeiro  com  D.  Ana 

Luísa  Viana  (1816/1874),  filha  do  conselheiro  Paulo  Fernandes 

Viana e de sua mulher D. Luísa Rosa Carneiro da Costa.  

Desse matrimónio houve três descendentes, a primeira dos quais, 

D. Luísa de Loreto, foi, por seu casamento, Viscondessa de Ururaí. 

Foi-lhe concedido o título de Barão em 1841, de Conde em 1845, 

de  Marquês  em  1852  e  de  Duque  (a  primeira  vez  dado  a  um 

brasileiro) em 1869 por D. Pedro II. 

[in Nobreza de Portugal e do Brasil, coordenado por António 

Zuquete] 

 

 



 


DUQUE DE CAXIAS 

O  mais  hábil  general  brasileiro  do  séc.  XIX,  Luís  Alves  de  Lima, 

nasceu  em  1803,  pertencendo  a  uma  família  oriunda  do  Algarve 

em Portugal.  

Aderindo com entusiasmo à causa da independência brasileira, mas 

desejando  vivamente  a  manutenção  da  ordem  no  novo  império, 

pôs  a  sua  espada  à  disposição  de  D.  Pedro  I,  para  sufocar  a 

revolta, que o obrigou a abdicar.  

Servindo depois lealmente os governos que o Brasil sancionou com 

a sua adesão e o seu voto, sufocou a revolta do Maranhão, a de S. 

Paulo e Minas, e finalmente a do Rio Grande do Sul, que pôs mais 

do  que  nenhuma  outra  em  sério  perigo  a  integridade  do  império 

brasileiro.  Sempre  vitorioso,  foi  ele  quem  dirigiu  a  campanha 

contra  Rosas,  e  quem  infligiu  a  derrota  suprema  a  esse  terrível 

ditador.  

Ministro  por  várias  vezes,  foi  o  organizador  do  exército  brasileiro 

que empreendeu a campanha do Paraguai.  

Depois,  pondo-se  à  frente  desse  mesmo  exército,  franqueou  os 

terríveis passos de Gurupaity e de Humaytá, ganhou umas poucas 

de  batalhas,  e,  entrando  triunfante  na  capital  do  Paraguay,  fez 

tremular  nas  rendidas  muralhas  de  Assunção  a  bandeira  auri-

verde.  


Ao  conde  d’Eu  coube  a  gloria  de  debelar  os  últimos  esforços  do 

ditador  da  republica,  ao  duque  de  Caxias  coube  a  gloria 

indisputável  de  ter  vibrado  a  esse  terrível  e  enérgico  inimigo  da 

Brasil  o  golpe  mais  fundo,  e  que  tornou,  apesar  da  indomável 

perseverança de Lopez, quase desesperada a sua causa. 



O  governo  e  o  povo  do  Brasil  reconheceram  sempre  os  altos 

serviços  desse  glorioso  guerreiro,  dando-lhe  com  o  bastão  de 

marechal  o  titulo  mais  elevado  da  nobiliarquia  brasileira,  o  povo 

fazendo  em  1880  da  morte  do  velho  duque  um  verdadeiro  luto 

nacional.  

É  que  todos  reconheciam,  como  o  autor  deste  livro  já  disse 

algures,  que  a  espada  do  duque  de  Caxias,  como  a  espada  de 

Grant ou de Sherman, dera a um tempo à sua pátria uma potente 

unidade, e à civilização da América um glorioso triunfo. 

(Pinheiro Chagas, 1909) 

 

TESTAMENTO DO DUQUE DE CAXIAS 

 

Em nome de Deus. Amém. 



Eu,  Luís  Alves  de  Lima,  Duque  de  Caxias,  achando-me  com  saúde  e  meu  perfeito 

juízo,  ordeno  o  meu  testamento,  da  maneira  seguinte:  sou  católico  romano,  tenho 

nesta fé vivido, e pretendo morrer. 

Sou  natural  do  Rio  de  Janeiro,  batizado  na freguesia  de  Inhamerim; filho  legítimo  do 

Marechal Francisco de Lima e Silva, e de sua legítima Mulher, dona Mariana Cândida 

Bello de Lima, ambos já falecidos. 

Fui casado à face da Igreja com a virtuosa dona Anna Luiza Carneiro Viana de Lima, 

Duquesa de Caxias, já falecida, de cujo matrimônio restam dois filhos que são Luiza e 

Anna,  as  quais  se  acham  casadas;  a  primeira  com  Francisco  Nicolas  Carneiro 

Nogueira  da  Gama,  e  a  segunda,  com  Manoel  Carneiro  da  Silva,  as  quais  são  as 

minhas legítimas herdeiras. 

Declaro  que  nomeio  meus  testamenteiros,  em  1º  lugar,  o  meu  genro  Francisco 

Nicolas, em 2º meu genro Manoel Carneiro, em 3º meu irmão e amigo, o Visconde de 

Tocantins, e lhes rogo que aceitem esta testamentária, da qual só darão contas no fim 

de dois anos. 

Recomendo a estes que quero que meu enterro seja feito,  sem pompa alguma, e só 

como  irmão  da  Cruz  dos  Militares,  no  grau  que  ali  tenho.  Dispensando  o  estado  da 

Casa Imperial, que se costuma a mandar aos que exercem o cargo que tenho. 




Não  desejo  mesmo,  que  se  façam  convites  para  o  meu  enterro,  porque  os  meus 

amigos  que  me  quizerem  fazer  este  favor,  não  precisam  dessa  formalidade  e  muito 

menos consintam os meus filhos que eu seja embalsamado. 

Logo que  eu falecer  deve  o  meu  testamenteiro fazer  saber  ao Quartel General,  e  ao 

ministro  da  Guerra  que  dispenso  as  honras  fúnebres  que  me  pertencem  como 

Marechal do Exército e que só desejo que me mandem seis soldados, escolhidos dos 

mais  antigos,  e melhor  conduta,  dos corpos  da Guarnição,  para  pegar  as  argolas  do 

meu caixão, a cada um dos quais o meu testamenteiro, no fim do enterro, dará 30$000 

de gratificação. 

Declaro que deixo ao meu criado, Luiz Alves, quatrocentos mil réis e toda a roupa do 

meu uso. 

Deixo  ao  meu  amigo  e  companheiro  de  trabalho,  João  de  Souza  da  Fonseca  Costa, 

como  sinal  de  lembrança,  todas  as  minhas  armas,  inclusive  a  espada  com  que 

comandei, seis vezes, em campanha, e o cavalo de minha montaria, arreado com os 

arreios melhores que tiver na ocasião da minha morte. 

Deixo à minha irmã, a Baroneza de Suruhi, as minhas condecorações de brilhantes da 

ordem de Pedro I como sinal de lembrança e a meu irmão, o Visconde de Tocantins, 

meu candieiro de prata, que herdei do meu pai. 

Deixo  meu  relógio  de  ouro  com  a  competente  corrente  ao  Capitão  Salustiano  de 

Barros Albuquerque, também como lembrança pela lealdade com que tem me servido 

como amanuense. 

Deixo à minha afilhada Anna Eulália de Noronha, casada com o Capitão Noronha, dois 

contos de réis. Cumpridas estas disposições, que deverão sair da minha terça, tudo o 

mais  que  possuo  será  repartido  com  as  minhas  duas  filhas  Anna  e  Luiza,  acima 

declaradas. 

Mais  nada  tenho  a  dispor,  dou  por  findo  o  meu  testamento,  rogando  as  justiças  do 

país,  que  o  façam  cumprir  por  ser  esta  a  minha  última  vontade  escrita  por  mim  e 

assinada. 

Rio de Janeiro, 23 Abr 1874  

Luís Alves de Lima  

Duque de Caxias  

http://www.sacralidade.com/sacral2008/0113.caxias.html

 (17/06/2012) 

 

 



 

 

 




 

PERSONAGENS DA HISTÓRIA MILITAR - MARECHAL 

LUIZ ALVES DE LIMA E SILVA, DUQUE DE CAXIAS 

 

 

 

 

* 25/08/1803 - Duque de Caxias-RJ

 

 



 

+ 07/05/1880 - Vassouras-RJ

 

 



 

Luís Alves de Lima e Silva, nasceu em 25 de agosto de 1803, na fazenda de São 

Paulo, no Taquaru, Vila de Porto da Estrela, na Capitania do Rio de Janeiro, quando o 

Brasil era Vice Reino de Portugal. Hoje, é o local do Parque Histórico Duque de 

Caxias, no município de Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro. 

 

Filho do Marechal-de-Campo Francisco de Lima e Silva e de D. Mariana Cândida de 



Oliveira Belo. Ao seu pai, Veador da Imperatriz Leopoldina, coube a honra de 

apresentar em seus braços à Corte, no dia 2 de dezembro de 1825, no Paço de São 

Cristóvão, o recém-nascido que, mais tarde, viria a ser o Imperador D. Pedro II. 

 

 



Primeiros anos

 

 



Em 22 de maio de 1808, época em que a Família Real Portuguesa transfere-se para o 

Brasil, Luís Alves é titulado Cadete de 1ª Classe, aos 5 anos de idade. 

 

Pouco se sabe da infância de Caxias. Pelos almanaques do Rio de Janeiro da época e 



publicados pela Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, os quais davam 

o nome das ruas em que moravam as autoridades governamentais, sabe-se que seu 

pai, desde capitão, em 1811, residia na rua das Violas, atual rua Teófilo Otoni. Esta 

rua das Violas, onde existiam fabricantes de violas e violões e onde se reuniam 

trovadores e compositores, foi o cenário principal da infância de Caxias. 

 

Sabe-se que estudou no convento São Joaquim, onde hoje se localiza o Colégio 



D.Pedro II, e próximo do Quartel do Campo de Santana que ele viu ser construído e 


que hoje é o Palácio Duque de Caxias, onde está instalado o Comando Militar do 

Leste. 


 

 

Guerra de Independência do Brasil

 

 

Em 1818, aos quinze anos de idade, matriculou-se na Academia Real Militar, de onde 



egressou, promovido a Tenente, em 1821, para servir no 1º Batalhão de Fuzileiros, 

unidade de elite do Exército do Rei. 

 

O retorno da família real e as consequências que daí advieram, concorreram para 



almejada emancipação do país. D. Pedro proclama a independência do Brasil e 

organiza, ele próprio, em outubro de 1822, no Campo de Sant'Ana, a Imperial Guarda 

de Honra e o Batalhão do Imperador, integrado por 800 militares selecionados, tipos 

atléticos e oficiais de valor excepcional, escolhidos da tropa estendida à sua frente. 

Coube ao Tenente Luís Alves de Lima e Silva receber, na Capela Imperial, a 10 de 

novembro de 1822, das mãos do Imperador D. Pedro I, a bandeira do Império recém-

criada. 

 

No dia 3 de junho de 1823, o jovem militar tem seu batismo de fogo, quando o 



Batalhão do Imperador foi destacado para a Bahia, onde pacificaria movimento contra 

a independência comandado pelo General Madeira de Melo. No retorno dessa 

campanha, recebeu o título que mais prezou durante a sua vida - o de Veterano da 

Independência

 

 



Na Cisplatina e na pacificação do Maranhão

 

 



Em 1825 iniciou-se a campanha da Cisplatina e o então Capitão Luís Alves desloca-se 

para os pampas, junto com o Batalhão do Imperador. Sua bravura e competência 

como comandante e líder o fazem merecedor de várias condecorações e comandos 

sucessivos, retornando da campanha no posto de Major. 

 

A 6 de janeiro de 1833, no Rio de Janeiro, o Major Luís Alves casava-se com a 



senhorita Ana Luiza de Loreto Carneiro Viana que contava, na época, com dezesseis 

anos de idade. 

 

Em 1837, já promovido a Tenente Coronel, Caxias é escolhido "por seus descortino 



administrativo e elevado espírito disciplinador" para pacificar a Província do Maranhão, 

onde havia iniciado o movimento da Balaiada. 

Em 2 de dezembro de 1839 é promovido a Coronel e, por Carta Imperial, nomeado 

Presidente da Província do Maranhão e Comandante Geral das forças em operações, 

para que as providências civis e militares emanassem de uma única autoridade. 

 

Em agosto de 1840, mercê de seus magníficos feitos em pleno campo de batalha, 



Caxias foi nomeado Veador de Suas Altezas Imperiais. 

 

 



Em 18 de julho de 1841, em atenção aos serviços prestados na pacificação do 

Maranhão, foi-lhe conferido o título nobiliárquico de Barão de Caxias. Por quê Caxias? 

"Caxias simbolizava a revolução subjugada. Essa princesa do Itapicuru havia sido 

mais que outra algema afligida dos horrores de uma guerra de bandidos; tomada e 

retomada pelas forças imperiais, e dos rebeldes várias vezes, foi quase ali que a 

insurreição começou, ali que se encarniçou tremenda; ali que o Coronel Luís Alves de 

Lima e Silva entrou, expedindo a última intimação aos sediciosos para que 



depusessem as armas; ali que libertou a Província da horda de assassinos. O título de 

Caxias significava portanto: - disciplina, administração, vitória, justiça, igualdade e 

glória", explica o seu biógrafo Padre Joaquim Pinto de Campos. 

 

Em 1841, Caxias é promovido a Brigadeiro e, em seguida, eleito unanimemente, 



deputado à Assembléia Legislativa pela Província do Maranhão e, já em março de 

1842, é investido no cargo de Comandante das Armas da Corte. 

 

 

 

 

 

Revoltas Liberais de 1842

 

 



Em maio de 1842 iniciava-se um levante na Província de São Paulo, suscitado pelo 

Partido Liberal. D. Pedro II, com receio que esse movimento, alastrando-se, viesse 

fundir-se com a revolta farroupilha que se desenvolvia no sul do Império, resolve 

chamar Caxias para pacificar a região. Assim, o Brigadeiro Lima e Silva é nomeado 

Comandante-chefe das forças em operações da Província de São Paulo e, ainda, 

Vice-Presidente dessa Província. 

 

Cumprida a missão em pouco mais de um mês, o Governo, temeroso que a revolta se 



envolvesse a Província das Minas Gerais, nomeia Caxias Comandante do Exército 

pacificador naquela região, ainda no ano de 1842. Já no início do mês de setembro a 

revolta estava abafada e a Província pacificada. 

 

No dia 30 de julho de 1842, "pelos relevantes serviços prestados nas Províncias de 



São Paulo e Minas" , é promovido ao posto de Marechal-de-Campo graduado, quando 

não contava sequer quarenta anos de idade. 

Ainda grassava no sul a revolta dos farrapos. Mais de dez Presidentes de Província e 

Generais se haviam sucedido desde o início da luta, sempre sem êxito. Mister de sua 




capacidade administrativa, técnico-militar e pacificadora, o Governo Imperial nomeou-

o, em 1842, Comandante-chefe do Exército em operações e Presidente da Província 

do Rio Grande do Sul. 

 

 



Revolução Farroupilha

 

 



Logo ao chegar a Porto Alegre fez apelo aos sentimentos patrióticos dos insurretos 

através de um manifesto cívico. A certo passo dizia: "Lembrai-vos que a poucos 



passos de vós está o inimigo de todos nós - o inimigo de nossa raça e de tradição. 

Não pode tardar que nos meçamos com os soldados de Oribes e Rosas; guardemos 

para então as nossas espadas e o nosso sangue. Abracemo-nos para marcharmos, 

não peito a peito, mas ombro a ombro, em defesa da Pátria, que é a nossa mãe 

comum". 

 

Mesmo com carta branca para agir contra os revoltosos, marcou sua presença pela 



simplicidade, humanidade e altruísmo com que conduzia suas ações. Assim ocorreu 

quando da captura de dez chefes rebeldes aprisionados no combate de Santa Luzia 

onde, sem arrogância, com urbanidade e nobreza, dirigiu-se a eles dizendo: "Meus 

senhores, isso são conseqüências do movimento, mas podem contar comigo para 

quanto estiver em meu alcance, exceto para soltá-los". 

 

Se no honroso campo da luta, a firmeza de seus lances militares lhe granjeava o 



rosário de triunfos que viria despertar nos rebeldes a idéia de pacificação, 

paralelamente, seu descortino administrativo, seus atos de bravura, de 

magnanimidade e de respeito à vida humana, conquistaram a estima e o 

reconhecimento dos adversários. Por essas razões é que os chefes revolucionários 

passaram a entender-se com o Marechal Barão e Caxias, em busca da ambicionada 

paz. E em 1º de março de 1845 é assinada a paz de Ponche Verde, dando fim à 

revolta farroupilha. 

 

Em 1845 Caxias é efetivado no posto de Marechal-de-Campo e é elevado a Conde. 



Em seguida, mesmo sem ter se apresentado como candidato, teve a satisfação de ter 

seu nome indicado pela Província que pacificara há pouco, para Senador do Império. 

Em 1847 assume efetivamente a cadeira de Senador pela Província do Rio Grande do 

Sul. 


 

 

Guerra contra Oribe e Rosas

 

 

A aproximação das chamas de uma nova guerra na fronteira sul do Império acabaram 



por exigir a presença de Caxias, novamente, no Rio Grande do Sul e em junho de 

1851 foi nomeado Presidente da Província e Comandante-chefe do Exército do Sul, 

ainda não organizado. Essa era a sua principal missão: preparar o Império para uma 

luta nas fronteiras dos pampas gaúchos. 

 

Assim, em 5 de setembro de 1851 Caxias adentra o Uruguai, batendo as tropas de 



Manoel Oribe, diminuindo as tensões que existiam naquela parte da fronteira. 

 

Em 1852, é promovido ao posto de Tenente-general e recebe a elevação ao título 



Marquês de Caxias. Em 1853, uma Carta Imperial lhe confere a Carta de Conselho, 

dando-lhe o direito de tomar parte direta na elevada administração do Estado e em 

1855 é investido do cargo de Ministro da Guerra. Em 1857, por moléstia do Marquês 

de Paraná, assume a Presidência do Conselho de Ministros do Império, cargo que 

voltaria a ocupar, em 1861, acumulativamente com o de Ministro da Guerra. 



 

Em 1862 foi graduado Marechal-do-Exército, assumindo novamente a função de 

Senador no ano de 1863. 

 

 



Guerra da Tríplice Aliança

 

 



Em 1865 inicia-se a Guerra da Tríplice Aliança, reunindo Brasil, Argentina e Uruguai 

contra as forças paraguaias de Solano Lopez. No ano de 1866, Caxias é nomeado 

Comandante-chefe das Forças do Império em operações contra o Paraguai, mesma 

época em que é efetivado Marechal-do-Exército. Cabe destacar que, comprovando o 

seu elevado descortínio de chefe militar, Caxias utiliza, pela primeira vez no continente 

americano, a aeroestação (balão) em operações militares, para fazer a vigilância e 

obter informações sobre a área de operações. 

 

O tino militar de Caxias atinge seu ápice nas batalhas dessa campanha. Sua 



determinação ao Marechal Alexandre Gomes Argolo Ferrão para que fosse construída 

a famosa estrada do Grão-chaco, permitindo que as forças brasileiras executassem a 

célebre marcha de flanco através do chaco paraguaio imortalizou seu nome na 

literatura militar. Da mesma forma, sua liderança atinge a plenitude no seu esforço 

para concitar seus homens à luta na travessia da ponte sobre o arroio Itororó - "Sigam-

me os que forem brasileiros". 

 

Caxias só deu por finda sua gloriosa jornada ao ser tomada a cidade de Assunção, 



capital do Paraguai, a 1º de janeiro de 1869. 

 

 



Estátua equestre do Duque de Caxias 


 

 

Últimos anos

 

 

Em 1869, Caxias tem seu título nobiliárquico elevado a Duque, mercê de seus 



relevantes serviços prestados na guerra contra o Paraguai. Eis aí um fato inédito pois 

Caxias foi o único Duque brasileiro. Em 1875, pela terceira vez, é nomeado Ministro da 

Guerra e Presidente do Conselho de Ministros. 

 

Caxias ainda participaria de fatos marcantes da história do Brasil, como a "Questão 



Religiosa", o afastamento de D. Pedro II e a Regência da Princesa Isabel. Já com 

idade avançada, Caxias resolve retirar-se para sua terra natal, a Província do Rio de 

Janeiro, na Fazenda Santa Mônica, na estação ferroviária do "Desengano", hoje 

Juparaná, próximo à Vassouras. 

 

No dia 7 de maio de 1880, às 20 horas e 30 minutos, fechava os olhos para sempre 



aquele bravo militar e cidadão, que vivera no seio do Exército para glória do próprio 

Exército. 

 

No dia seguinte, chegava, em trem especial, na Estação do Campo de Sant'Ana, o seu 



corpo, vestido com o seu mais modesto uniforme de Marechal-de-Exército, trazendo 

ao peito apenas duas das suas numerosas coondecorações, as únicas de bronze: a 

do Mérito Militar e a Geral da Campanha do Paraguai, tudo consoante suas 

derradeiras vontades expressas. 

 

Outros desejos testamentários são respeitados: enterro sem pompa; dispensa de 



honras militares; o féretro conduzido por seis soldados da guarnição da Corte, dos 

mais antigos e de bom comportamento, aos quais deveria ser dada a quantia de trinta 

cruzeiros (cujos nomes foram imortalizados em pedestal de seu busto em passadiço 

do Conjunto Principal antigo da Academia Militar das Agulhas Negras); o enterro 

custeado pela Irmandade da Cruz dos Militares; seu corpo não embalsamado. 

Quantas vezes o caixão foi transportado, suas alças foram seguras por seis praças de 

pré do 1º e do 10º Batalhão de Infantaria. 

 

No ato do enterramento, o Visconde de Taunay, então Major do Exército, proferiu 



alocução assim concluída: "Carregaram o seu féretro seis soldados rasos; mas, 

senhores, esses soldados que circundam a gloriosa cova e a voz que se levanta para 

falar em nome deles, são o corpo e o espírito de todo o Exército Brasileiro. 

Representam o preito derradeiro de um reconhecimento inextinguível que nós 

militares, de norte a sul deste vasto Império, vimos render ao nosso velho Marechal, 

que nos guiou como General, como protetor, quase como pai durante 40 anos; 

soldados e orador, humilde todos em sua esfera, muito pequenos pela valia própria, 

mas grandes pela elevada homenagem e pela sinceridade da dor". 

 

 



Homenagens

 

 



Em 25 de agosto de 1923, a data de seu aniversário natalício passou a ser 

considerada como o Dia do Soldado do Exército Brasileiro, instituição que o forjou e de 

cujo seio emergiu como um dos maiores brasileiros de todos os tempos. Ele prestou 

ao Brasil mais de 60 anos de excepcionais e relevantes serviços como político e 

administrador público de contingência e, inigualados, como soldado de vocação e de 

tradição familiar, a serviço da unidade, da paz social, da integridade e da soberania do 

Brasil Império. 

 



Em mais uma justa homenagem ao maior dos soldados do Brasil, desde 1931 os 

Cadetes do Exército da Academia Militar das Agulhas Negras, portam, como arma 

privativa, o Espadim de Caxias, cópia fiel, em escala, do glorioso e invicto sabre de 

campanha de Caxias que desde 1925 é guardado como relíquia pelo Instituto Histórico 

e Geográfico Brasileiro, a que o Duque de Caxias integrou como sócio Honorário a 

partir de 11 de maio 1847. 

 

O Decreto do Governo Federal de 13 de março de 1962 imortalizou nome do Duque 



de Caxias como o Patrono do Exército Brasileiro. Atualmente, os restos mortais do 

Duque de Caxias, de sua esposa e de seu filho, repousam no Pantheon à Caxias, 

construído em frente ao Palácio Duque de Caxias, na cidade do Rio de Janeiro. 

 

http://darozhistoriamilitar.blogspot.pt/2009/08/personagens-da-historia-militar.html



 

(17/06/2012) 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



Marechal 

 

Luís Alves de Lima e Silva

 

Duque de Caxias

 

 



 

O NOME

 

O Patrono do Exército Brasileiro - Marechal Luís Alves de Lima e Silva, Duque de 



Caxias - nasceu no dia 25 de agosto de 1803, na Fazenda Taquaraçu ou de São 

Paulo, Província do Rio de Janeiro (atual Municipio de Duque de Caxias).

 

Oriundo de uma familia genuinamente militar, menino Luís herdou de seus 



antepassados o gosto pelas Armas fazendo-se cadete aos cinco anos de idade. Aos 

14, jurava bandeira, ofertando à Pátria os seus serviços. Em 1818, matriculou-se 

na Academia Real Militar e, no mesmo ano, foi promovido ao posto de Alferes. Em 

1821, aos 17 anos, já Tenente, serviu no 1º Batalhao de Fuzileiros, unidade de elite 

do Exercito do Rei.

 

Com mais de 20 anos foi promovido a Capitão, após relevantes serviços como 



Ajudante do recém-criado Batalhão do Imperador, na época em luta na Bahia 

contra soldados portugueses insurgentes, que nao aceitavam a Independencia do 

Brasil. Pouco tempo depois, recebia de D. Pedro I a insignia da Imperial Ordem do 

Cruzeiro, a mais alta honraria brasileira. Era o inicio de uma carreira coroada de 

exitos.

 

Seguiu para Montevidéu a fim de combater Lavalleja em 1825. Sufocou a “Abrilada” 



em 1832.

 

Já no Posto de Coronel em 1839, foi incumbido de governar o Maranhão, 



conseguindo derrotar a “Balaiada’. Regressou ao Rio de Janeiro em 1841, sendo 

logo solicitado para combater os revoltosos da província de São Paulo, do qual foi 

nomeado Vice-Presidente.

 



Quando de sua promocao a Brigadeiro, no dia 18 de julho de 1841, foi-lhe conferido 

também o titulo de nobiliárquico de Barão de Caxias, em atenção aos serviços 

prestados na pacificacao do Maranhão.

 

Conseguiu pôr termo à Guerra dos Farrapos, depois de ter sido nomeado Presidente 



do Rio Grande do Sul e Comandante Chefe das Forças Armadas, que operavam 

naquela província; Senador em 1845. Foi nomeado para a Pasta da Guerra em 

1855, e Presidente do Conselho em 1862; foi promovido a Marechal Graduado no 

mesmo ano.

 

Coube a Caxias um papel incomparável na vitória dos aliados, com a eclosão da 



Guerra do Paraguai. Demonstrou todo o seu gênio militar quando assumiu o 

Comando da Campanha, no afastamento de Mitre. Após importantes vitórias, 

cansado e doente, retirou-se do campo de luta. Retornou ainda ao Senado e foi 

Conselheiro de Estado Extraordinário. Em 23 de Março de 1869, recebeu o título de 

Duque. O dia do seu nascimento foi consagrado ao dia do soldado brasileiro.

 

Em 1869, por seus relevantes serviços na Guerra do Paraguai, o então Marechal-



de-Exercito Luís Alves de Lima e Silva foi agraciado com o titulo de Duque de 

Caxias.


 

Um dos mais notaveis vultos de nossa História Pátria, Duque de Caxias faleceu a 7 

de maio de 1880, na Fazenda Santa Monica, estação de Desengano (hoje Jiparaná), 

Rio de Janeiro, deixando um legado de grandes valores patrióticos, eternos e 

vivificantes exemplos para todos os brasileiros.

 

 



NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 439, jan. 1980; n.º 482, 

ago. 1983; n.º 534, fev. 1988; n.º 535, mar. 1988.

 

 

http://naviosbrasileiros.com.br/ngb/D/D069/D069-NB.htm



 (17/06/2012) 

 

 



 

 

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