História 8º ano


Página 17 Tempo e História



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Tempo e História

O tempo é um elemento fundamental nos estudos históricos.



O tempo da natureza e o tempo cronológico

Podemos perceber e medir o tempo de várias maneiras. O tempo da natureza, por exemplo, segue sempre em frente e não depende da vontade humana. Esse tempo pode ser percebido principalmente pelo envelhecimento das pessoas.

O tempo cronológico, por sua vez, obedece às regras humanas e, por isso, é um produto cultural que pode variar de uma época para outra ou em sociedades diferentes. O tempo cronológico é medido por meio de unidades de medida criadas pelo ser humano, como segundos, minutos, horas, dias, meses, anos etc. Para medir a passagem do tempo cronológico, usamos, por exemplo, relógios e calendários.

Cultura: conjunto de conhecimentos, costumes, crenças, tradições, línguas etc. que constituem e caracterizam uma determinada sociedade e que é transmitido através das gerações. Por ser um produto humano e histórico, a cultura também se transforma no decorrer do tempo.

O tempo histórico

Para analisar as transformações sociais, no entanto, utilizamos o tempo histórico, pois essas transformações não ocorrem sempre no mesmo ritmo: há mudanças que ocorrem depressa e outras que demoram mais tempo para acontecer. O tempo histórico permite que o historiador analise essas transformações e também as permanências, isto é, aquilo que se transforma muito lentamente e, por isso, parece não mudar.

Para facilitar o entendimento das transformações e permanências sociais, o historiador francês Fernand Braudel (1902-1985) propôs três diferentes durações do tempo histórico: a longa duração, a média duração e a curta duração. Veja.

- Longa duração: as mudanças ocorrem de forma lenta e demoram séculos para se realizarem.



- Média duração: as mudanças ocorrem em 10, 20 ou 50 anos e geralmente podem ser percebidas ao longo da vida de uma pessoa.

- Curta duração: são eventos breves que ocorrem em um curto espaço de tempo, como meses ou dias.

Figura 4

A escravidão de africanos no Brasil, que durou cerca de 350 anos, é um exemplo de acontecimento de longa duração. A assinatura da Lei Áurea, ocorrida no dia 13 de maio de 1888, é um exemplo de acontecimento de curta duração. Ao lado vemos uma litografia intitulada Escravo do Rio de Janeiro, feita por Ph. Blanchard, 1841.

Ph. Blanchard. 1841. Litografia. Coleção particular. Foto: G. Dagli Orti/De Agostini/Glow Images

Pequena História do Tempo
Sylvie Baussier. São Paulo: Edições SM, 2005.
O livro apresenta as formas como algumas sociedades se relacionavam com o tempo em diferentes períodos históricos.
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As fontes históricas

A análise das fontes históricas é essencial para a interpretação dos fatos do passado.



O que são fontes históricas?

Fonte histórica é tudo aquilo que pode nos fornecer informações sobre o passado e serve à construção do conhecimento histórico. São exemplos de fontes históricas: jornais, livros, cartas, diários, letras de música, histórias em quadrinhos, pinturas, fotografias, filmes, mapas, moedas, joias, esculturas e muitas outras. Além disso, são considerados fontes históricas os relatos orais, como as histórias contadas por nossos avós.



A História Tradicional e as fontes históricas

Essa variedade de fontes históricas, no entanto, nem sempre foi considerada válida pelos historiadores. Muitos historiadores europeus do final do século XIX consideravam fontes históricas principalmente os documentos escritos e oficiais, como leis, decretos, contratos e tratados. Os adeptos da História Tradicional, conhecidos como metódicos, defendiam que, por meio da análise dessas fontes, era possível reconstruir os acontecimentos do passado exatamente como eles ocorreram.

Observe um exemplo de documento escrito e oficial.

Figura 5

A lei nº 3353, também conhecida como Lei Áurea, aboliu a escravidão no Brasil.

A caligrafia e a linguagem fornecem pistas sobre a época e o local onde o documento foi produzido.

A assinatura da princesa Isabel, que na época era regente do Império do Brasil, tornou a lei válida em todo o território nacional.

A carta foi timbrada com o brasão imperial, o que significa que esse documento foi expedido pelo governo.

Por meio dessa fonte, sabemos que a escravidão foi abolida, no Brasil, no dia 13 de maio de 1888.



O carimbo do arquivo público indica que esse documento já foi catalogado e arquivado. Atualmente ele se encontra no Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro.

Lei Áurea. 13/05/1888. Arquivo Nacional, Rio de Janeiro (RJ)


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A renovação das fontes históricas

A partir do início da década de 1930, um grupo de historiadores franceses inovou nos estudos históricos, passando a considerar toda produção humana como fonte histórica capaz de fornecer informações sobre o passado.

Com essa renovação, além dos documentos escritos e oficiais, passaram a ser considerados fontes válidas para o estudo da história objetos pessoais, pinturas, cartas, histórias em quadrinhos, filmes, músicas, entre outras.

Veja exemplos de diferentes fontes históricas.



Figura 6

As histórias em quadrinhos também são importantes fontes históricas. Mesmo sendo obras de ficção, nessas fontes o historiador encontra elementos que o auxiliam a compreender o passado. Acima, história em quadrinhos publicada na capa da revista infantil O Tico-Tico, em 1920.

Aventuras de Chiquinho e Zé Macaco. Em: Revista O Tico-Tico. 05/05/1920. Coleção particular. Foto: Marinez Maravalhas Gomes

Figura 7

Os vestígios arqueológicos podem fornecer importantes informações históricas. Grande parte do conhecimento que se tem sobre povos do passado que não utilizavam a escrita, por exemplo, foi fornecida por esse tipo de fonte. Acima, fotografia de vaso de cerâmica marajoara, feita por volta do ano 1000.

Museu Paraense Emilio Goeldi, Belém (PA). Foto: Janduari Simões/Folhapress

Figura 8

Partituras musicais são importantes fontes, pois, como os gravadores de som só começaram a ser fabricados no final do século XIX, muitas músicas compostas antes daquela época somente são conhecidas nos dias de hoje por causa da preservação dessas fontes históricas. Acima, partitura de uma música do compositor Johann Sebastian Bach, composta no início do século XVIII.

Johann Sebastian Bach. Séc. XVIII. Bach-Archiv, Leipzig (Alemanha). Foto: De Agostini/A. Dagli Orti/Art Images Archive/Glow Images
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Investigando na prática

Veja nas Orientações para o professor subsídios para trabalhar essa seção com os alunos.



A publicidade como fonte histórica

Os anúncios publicitários representam importantes fontes históricas para se compreender aspectos da sociedade e de seu modo de vida em determinado momento histórico. No início do século XX, por exemplo, houve uma grande divulgação dos novos produtos e serviços que foram possibilitados, principalmente, pelo desenvolvimento de tecnologias inovadoras para a época.

Observe abaixo uma imagem publicitária, de 1929, que faz referência a uma máquina de escrever.

Figura 9

Segundo o anúncio, a máquina de escrever proporciona que a digitação seja rápida, segura e duradoura.

No início do século XX, a profissão de datilógrafa era frequentemente associada a uma atividade feminina. A imagem, por exemplo, apresenta como figura central, além do produto anunciado, uma mulher.

A máquina de escrever recebe a caracterização de “perfeita” e “suprema”.

Observe que a empresa apresenta endereços no Rio de Janeiro e em São Paulo, dois grandes centros urbanos da época.

O anúncio busca mostrar que o produto já era consolidado no mercado e afirma que a máquina de escrever já foi avaliada “universalmente”.

O anúncio destaca mais de uma vez a rapidez e agilidade da máquina. No período de modernização em que o país se encontrava, no início do século XX, essas características eram bastante valorizadas.

Underwood Typewriter Company. Em: Revista O Cruzeiro. 08/06/1929. Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro (RJ)


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Observe o anúncio abaixo e responda às questões a seguir.



Figura 10

Anúncio de 1931 que divulga o serviço de telégrafo nacional.

O Telegrapho Nacional. Em: Revista O Cruzeiro. 04/07/1931. Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro (RJ)

Agora é a sua vez!

Veja as respostas das questões nas Orientações para o professor.



a) Você sabe o que é um telégrafo? Se necessário, pesquise.

b) Identifique na imagem acima elementos relacionados à nacionalidade brasileira.

c) Cite duas características que foram atribuídas à máquina de escrever e que também estão presentes no anúncio do serviço de telégrafo.

d) Que informações essas fontes históricas podem fornecer em relação ao contexto histórico vivido pela população brasileira no início do século XX? Como você chegou a essa conclusão?

e) Em seu cotidiano, que produtos e/ou serviços você utiliza para digitar e transmitir mensagens? Cite alguns avanços tecnológicos da atualidade que contribuíram para agilizar essas atividades.
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O conhecimento histórico

Por meio da análise de fontes históricas, os historiadores constroem conhecimentos sobre o passado.



As interpretações das fontes históricas

Ao analisar uma fonte histórica, o historiador extrai dela diversas informações que o auxiliam a compreender acontecimentos passados. Assim, a análise da fonte gera um determinado conhecimento histórico sobre o passado.

No entanto, esse conhecimento não se dá de forma automática.Quando o historiador se depara com uma fonte histórica, é ele quem analisa, questiona e interpreta essa fonte, produzindo uma versão da história de acordo com suas concepções e métodos. Assim, sua conclusão sobre o acontecimento analisado não é uma verdade absoluta e, por isso, pode ser questionada por outros historiadores.

Figura 11

Documentos como cartas, cédulas de dinheiro e fotografias são fontes históricas analisadas pelos historiadores. Ao lado, documentos do início do século XX.



A análise de obras de arte

As obras de arte são fontes históricas que podem fornecer muitas informações, mas são necessários alguns cuidados ao utilizar esse tipo de fonte.

Muitos artistas, por exemplo, representaram em pinturas o momento em que o Brasil se tornou independente de Portugal. Entre eles estão o francês François-René Moreaux, que em 1844 pintou a obra Proclamação da Independência, e também o brasileiro Pedro Américo, que pintou a tela Independência ou morte, concluída em 1888.

Observe-as atentamente, pois elas são fontes históricas que podem levar a diferentes interpretações do mesmo fato.



Figura 12

Proclamação da Independência, pintura de François-René Moreaux, 1844. Nela, vemos a figura de D. Pedro, ao centro, sendo saudado pelo povo. Embora também apareçam militares, na tela predomina a população civil. Assim, nessa obra, a proclamação é apresentada como uma festa cívica nacional liderada por D. Pedro.

François-René Moreaux. 1844. Óleo sobre tela. Museu Imperial, Petrópolis (RJ) glaz/Shutterstock/Glow Images



Civil: aquele que não é militar nem faz parte do clero.
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Figura 13

Independência ou morte, pintura de Pedro Américo, 1888. Diferentemente da obra de Moreaux, a população brasileira nessa tela é representada apenas por um tropeiro que assiste passivamente à proclamação às margens do riacho do Ipiranga. Assim, nessa representação praticamente não existe participação popular e os militares são preponderantes na cena: com seus trajes de gala, eles estão saudando D. Pedro e garantindo a independência do Brasil.

Pedro Américo de Figueiredo e Mello. 1888. Óleo sobre tela. 415 x 760 cm. Museu Paulista da USP, São Paulo (SP)



História em construção

O conhecimento se transforma

Veja nas Orientações para o professor subsídios para trabalhar essa seção com os alunos.

O historiador, como qualquer pessoa, é um sujeito histórico que vive em uma determinada época, lugar e sociedade. Ele tem uma série de preocupações e motivações, além de sua visão de mundo, que interferem em sua análise e interpretação das fontes históricas. Por isso, podemos dizer que, dependendo das escolhas, dos métodos, das abordagens e do momento histórico vivido por cada historiador, são produzidos conhecimentos históricos diferentes sobre um mesmo tema.

Leia o texto a seguir, que apresenta diferentes opiniões sobre quando o Brasil se tornou de fato independente.

[...] Para a maioria dos historiadores, conquistamos a independência política no dia 7 de setembro de 1822, quando o príncipe D. Pedro (1798-1834) teria proclamado “independência ou morte!”, às margens do riacho do Ipiranga, em São Paulo.

Alguns estudiosos, no entanto, acreditam que a independência teve lugar em 28 de janeiro de 1808, quando o príncipe regente D. João (1767-1826), pai de D. Pedro e mais tarde rei de Portugal, abriu os portos brasileiros “às nações amigas”, emancipando comercialmente a Colônia. Finalmente, há quem defenda que a independência só ocorreu em 1825, quando a Coroa portuguesa reconheceu o Brasil como nação soberana.

Caio César Boschi. Por que estudar História? São Paulo: Ática, 2007. p. 40.

Os fatos históricos admitem interpretações diferentes. O conhecimento histórico, porém, não pode ser produzido de forma arbitrária. Ao analisar as evidências históricas e as fontes, o historiador deve assumir uma postura crítica, para que o conhecimento histórico seja produzido de maneira responsável.

�� De acordo com o texto, quais as possíveis interpretações sobre a independência do Brasil? Por que há mais de uma opinião sobre essa data?

Veja a resposta da questão nas Orientações para o professor.


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Conceitos importantes para a História

Existem conceitos que são fundamentais para os estudos históricos.



A política

O termo política faz referência ao exercício de alguma forma de poder e às diversas consequências possíveis desse exercício. Está relacionado ao processo pelo qual interesses são transformados em decisões efetivas. Assim, quando alguém tenta convencer outras pessoas a realizarem algo que é de seu interesse, está fazendo política.

Dessa maneira, a política inclui a ação de organizar e de administrar uma sociedade. Para um bom funcionamento da atividade política, os indivíduos de uma sociedade costumam estabelecer um governo regido por leis.

Na atualidade, a maioria dos países possui uma Constituição, que é um código de leis escritas que define os principais direitos e deveres dos cidadãos.



Figura 14

Manifestação em que a população egípcia exige o fim da ditadura e a volta das eleições para presidente, em 2011.

Peter Turnley/Corbis/Latinstock

A economia

Economia é a maneira como a sociedade se organiza para produzir, armazenar, distribuir e comercializar os bens que atendem às necessidades humanas. A economia envolve o gerenciamento de vários fatores que influenciam a produção dos bens, como a utilização dos recursos naturais, as formas de trabalho, as tecnologias disponíveis, o capital investido e acumulado, a distribuição da riqueza, os preços das mercadorias etc.



Figura 15

No filme Tempos Modernos, de 1936, o ator e diretor Charles Chaplin (1889-1977) faz uma crítica à mecanização do trabalho nas fábricas. O filme também denuncia a exploração dos operários nos Estados Unidos, nas primeiras décadas do século XX.

Filme de Charles Chaplin. Tempos Modernos. EUA. 1936
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O trabalho

Trabalho é a ação produtiva dos indivíduos, que, para atender às suas necessidades, transformam a natureza. Todos os bens de que dispomos são frutos do trabalho, desde um alimento até um automóvel ou uma obra de arte.

As formas de trabalho variam de uma sociedade para outra, e são influenciadas pelas técnicas que cada sociedade possui e por aquilo que seus membros consideram importante produzir. O trabalho, de qualquer forma, é fundamental para o desenvolvimento humano.

Observe as fotografias abaixo.



Figura 16

Veterinária trabalhando em clínica, 2015.

Alexander Raths/Shutterstock/Glow Images

Figura 17

Repórter trabalhando em estúdio de TV, 2015.

antb/Shutterstock/Glow Images

Figura 18

Agricultor trabalhando em plantação de milho, 2015.

Catalin Petolea/Shutterstock/Glow Images

Figura 19

Cabeleireira trabalhando em salão, 2015.

Gemenacom/Shutterstock/Glow Images

Explorando a imagem

a) As pessoas retratadas estão realizando quais trabalhos?

b) Cite de que maneiras o trabalho dessas pessoas pode movimentar a economia.

Veja as respostas das questões nas Orientações para o professor.


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O capitalismo

As sociedades humanas possuem sistemas organizados para administrar suas economias, denominados sistemas econômicos. O capitalismo, por exemplo, é um sistema econômico adotado pela maioria dos países atuais. Ele se desenvolveu na Europa, no final da Idade Média, e foi consolidado em meados do século XIX, sob a influência dos princípios do liberalismo.

O sistema capitalista tem como pressupostos básicos o direito à propriedade privada e ao acúmulo de capital. O direito à propriedade privada se refere a qualquer tipo de posse, desde que o indivíduo tenha provas de que o objeto realmente lhe pertence.

Capital: todo bem, criado pelo trabalho, que pode ser aplicado na produção de outros bens, gerando lucros e outras formas de riqueza.

O capitalista, por sua vez, é aquele indivíduo que possui uma propriedade privada que, além de ser legalmente sua, lhe rende lucros e lhe permite acumular capital. É o caso dos industriais, que possuem os meios de produção para fabricar mercadorias e, baseados na exploração do trabalho assalariado, obtêm lucros. São exemplos de meios de produção: as fontes de energia, como as usinas hidrelétricas; os recursos naturais extraídos das minas, como o carvão; os prédios das fábricas; as ferramentas e as máquinas, como tratores e computadores. No sistema capitalista, as atividades econômicas mais importantes são o comércio e a indústria.



Lucro: ganho obtido em uma transação econômica.

Capitalismo: uma história de amor

Direção de Michael Moore, 2009. (120 min).

O documentário apresenta uma visão crítica sobre as causas da crise do capitalismo nos Estados Unidos e a maneira como essa crise afetou a vida de sua população.

Os capitalistas pagam um salário às pessoas que, por não possuírem meios de produção, vendem sua força de trabalho. Nessa relação de trabalho, os capitalistas lucram com a venda das mercadorias produzidas e acumulam para si os lucros obtidos. Para aumentar os lucros, os capitalistas procuram ampliar sempre mais a produção e a venda dos bens de consumo.



Figura 20

Vista do Morro do Papagaio, Belo Horizonte (MG), 2014. No sistema capitalista, geralmente ocorre uma má distribuição das riquezas, ocasionando grandes desigualdades sociais.

Fred Cardoso/Shutterstock/Glow Images
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O liberalismo

O sistema capitalista recebeu grande influência e fundamentação teórica do liberalismo. O ponto principal do liberalismo é a defesa da liberdade individual, isto é, a ideia de que cada ser humano é um indivíduo que possui, por natureza, o direito de ser livre. Tendo como base a garantia da liberdade, o liberalismo estabelece outros dois pontos. Veja.

O livre consentimento na política, ou seja, o ideal de que a população só deve ser governada por pessoas que ela escolhe. Dessa forma, o governante escolhido por meio do voto seria o melhor representante de uma sociedade.

A livre concorrência na economia, ou seja, o ideal de que o mercado deve ser baseado na liberdade de compra e venda. Assim, as trocas comerciais e a venda da força de trabalho, realizadas em um mercado livre, não precisariam da intervenção do Estado, pois seriam naturalmente reguladas pela lei da oferta e da procura.

Os princípios liberais contribuíram para o estabelecimento do capitalismo como o sistema econômico predominante na Europa, no século XIX, e para a sua difusão por praticamente todas as regiões do mundo.

Os liberais, de modo geral, defendem a redução do Estado, o qual consideram ineficiente e dispendioso, e criticam sua interferência na economia, afirmando que o mercado tem condições de se regular por si próprio. Durante as crises econômicas, porém, os liberais geralmente reivindicam que o Estado aplique recursos para aliviar os efeitos dessas crises.

Observe a charge a seguir, que ironiza essa situação.

Figura 21

Iotti. Extraído do site:


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