História 8º ano



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. Acesso em: 29 out. 2014.

Figura 8

Jacques Antoine Dassier. 1728. Óleo sobre tela. 63 x 52 cm. Museu do Palácio, Versalhes (França). Foto: White Images/PSA/Glow Images

Charles-Louis de Secondat, o barão de Montesquieu (1689-1755), nasceu em La Brède, na França. Foi escritor e filósofo. Sua principal obra, O Espírito das Leis, foi publicada em 1748. Nessa obra, defendeu a ideia de que a religião e a política não podem ser confundidas. Para Montesquieu, o poder de um Estado deveria ser dividido em três: o Poder Legislativo, o Poder Executivo e o Poder Judiciário. Montesquieu. Pintura de Jacques Antoine Dassier, 1728.

Figura 9

Maurice Quentin de La Tour. 1728. Óleo sobre tela. 62 x 50 cm. Museu do Palácio, Versalhes (França). Foto: White Images/PSA/Glow Images

François-Marie Arouet, também conhecido como Voltaire (1694-1778), nasceu em Paris, na França. Dedicado à literatura, frequentava salões literários mantidos pela alta burguesia. Após entrar em conflito com um nobre, foi exilado na Inglaterra, onde teve contato com as ideias de John Locke e de Isaac Newton. Em 1734, publicou Cartas Inglesas (ou Cartas Filosóficas), defendendo a liberdade de expressão e criticando o Absolutismo e o controle que a Igreja exercia sobre a vida das pessoas. Voltaire. Detalhe da pintura de Maurice Quentin de La Tour, 1728.

Figura 10

Charles Escot. 1874. Óleo sobre tela. 46 x 38 cm. Museu do Palácio, Versalhes (França). Foto: White Images/PSA/Glow Images

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) nasceu em Genebra, na Suíça. Exerceu diversas ocupações durante sua vida, como músico, secretário e filósofo. Em 1762, publicou Do Contrato Social. Nessa obra, defendia a ideia de que, para os cidadãos garantirem sua liberdade em uma sociedade civil, deveriam abrir mão de seus direitos individuais em favor da comunidade, onde os bens são coletivos e os interesses são comuns. Assim, os cidadãos teriam maiores condições de manter sua liberdade e combater a corrupção do ser humano. Rousseau acreditava que todo o poder tinha origem no povo e somente seria legítimo se exercido em seu nome. Rousseau. Detalhe da pintura de Charles Escot, 1874.

Figura 11

Dmitry Grigorevich Levickij. Séc. XVIII. Museu de Arte e História, Genebra (Suiça). Foto: De Agostini/Glow Images

Denis Diderot (1713-1784) nasceu em Langres, na França. Estudou Teologia na Universidade de Paris, mas não exerceu o sacerdócio. Realizando trabalhos esporádicos como professor e tradutor, não chegou a assumir uma ocupação regular. Em 1751, junto com o filósofo francês D’ Alembert, organizou a Enciclopédia. Composta por 28 volumes, essa obra abordava temas relacionados à Filosofia, às Ciências, às Artes, à Política, à Economia e à Geografia. Colaboraram na elaboração da Enciclopédia diferentes pensadores, como Voltaire, Montesquieu e Rousseau. Diderot. Detalhe da pintura de Dmitry Grigorevich Levickij, século XVIII.
Página 64

A Enciclopédia

A Enciclopédia do século XVIII é uma obra que reúne textos de diferentes filósofos, que exerceram profunda influência no pensamento da época.



A difusão das ideias iluministas

A palavra “enciclopédia” tem origem grega e significa “cadeia de conhecimentos”. No século XVIII, os filósofos que organizaram a Enciclopédia, entre eles Diderot e D’Alembert, desejavam reunir uma diversidade de conhecimentos nessa obra.

A Enciclopédia possuía 28 volumes com verbetes relacionados às Ciências, à Filosofia, à Política, às Artes, à Economia e à Geografia. O conteúdo presente nessa obra, baseado na racionalidade e no empirismo, era discutido nos salões literários e expunham as principais ideias da burguesia ascendente.

Empirismo: doutrina filosófica em que somente por meio da experiência o conhecimento pode ser alcançado.

Entre 1751 e 1772, a população francesa passou a ter acesso à Enciclopédia. No final de 1780 a difusão das ideias iluministas atingiu as classes populares, que também eram adeptas às críticas ao Absolutismo monárquico, à nobreza e ao clero, presentes na Enciclopédia.



Figura 12

Volumes da primeira edição da Enciclopédia, século XVIII.

Séc. XVIII. Biblioteca Nacional da França, Paris (França). Foto: Erich Lessing/akg-images/Latinstock
Página 65

Leia o texto a seguir, que trata da diversidade de assuntos tratados na Enciclopédia. Quando se fala na Filosofia das Luzes pensa-se logo na grande Enciclopédia. [...] Tendo começado a ser publicada em Paris, em 1751, seu título completo era o seguinte: Enciclopédia ou Dicionário Raciocinado das Ciências, das Artes e dos Ofícios, por uma Sociedade de Homens de Letras. Organizada e Publicada por Diderot... e quanto à Parte Matemática por D’Alembert.

Não era uma como outra qualquer, como se vê pelo título. Seus verbetes não são simples justaposição de informações disparatadas. Dedica-se sobretudo às ciências, às artes e aos ofícios e busca mostrar as ligações que se estabelecem entre seus diferentes setores. [...]

Difícil é dar uma ideia do conteúdo do variado conjunto de textos que compõem a Enciclopédia. O que podemos dizer é que aí encontramos, sem dúvida, [...] as ideias principais da burguesia do século XVIII. [...] Nela podemos contemplar as principais ideias e teses políticas e filosóficas pelas quais a maioria dos livres-pensadores e homens de letras do século se batem.

Luiz Roberto Salinas Fortes. O iluminismo e os reis filósofos. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1985. p. 47; 50. (Tudo é história).

A Enciclopédia e o Index

O Index foi criado pela Igreja Católica na época da Inquisição. Ele consistia em uma lista de livros ou escritos considerados “perigosos” e contrários aos dogmas da Igreja.

Por causa de vários dos temas abordados, em 1759 a Enciclopédia foi considerada heresia, incluída no Index e proibida de ser comercializada. Mesmo assim, seus colaboradores continuaram a produzir verbetes às escondidas, que foram reunidos e publicados dez anos após a proibição.

Figura 13

Reprodução de página da Enciclopédia, 1751.

Denis Diderot. Gravura. 1751-1757. Biblioteca de Artes Decorativas, Paris (França). Foto: G.Dagli Or_i/DEA/Album/Latinstock

Veja a resposta da questão nas Orientações para o professor.



Explorando a imagem

• Faça uma descrição da página da Enciclopédia reproduzida acima.Sobre o que ela trata?


Página 66

Iluminismo e religião

Em nome da razão, os iluministas fizeram duras críticas à Igreja.



A crítica à Igreja

No século XVIII, a Igreja foi alvo de severas críticas feitas por alguns pensadores iluministas. Esses pensadores criticavam a superstição, o fanatismo e a intolerância religiosa, pois acreditavam que esses eram os principais obstáculos à construção de um mundo melhor e mais racional.

Outra crítica feita pelos iluministas dizia respeito à liberdade de pensamento e de opinião. Por muito tempo, o dogma religioso foi o principal conjunto de princípios autorizado pela Igreja, e as ideias que o contestavam eram duramente reprimidas. Os iluministas pregavam a liberdade de pensamento e tinham como objetivo formar uma sociedade esclarecida, sendo para isso necessário romper com o poder do clero, com os dogmas e com o fanatismo religioso.

Dogma: conjunto de princípios religiosos estabelecido como verdade indiscutível.

Figura 14

A intolerância religiosa levou à morte milhares de pessoas. Nessa imagem, vemos uma mulher sendo condenada à morte na fogueira por um membro da Igreja. Gravura de Anna Eberlehrin, 1669.

Anna Eberlehrin. 1669. Gravura. Coleção particular. Foto: AAAC/TopFoto/Keystone

Voltaire e os filósofos deístas

Voltaire foi um dos maiores críticos dos dogmas religiosos. Para ele, a religião era culpada pelos males da sociedade francesa. Voltaire acreditava que a razão deveria substituir a superstição cristã. Além disso, condenava a intolerância da Igreja, que motivava guerras e, consequentemente, causava morte e destruição.

Apesar de todas essas críticas, Voltaire e grande parte dos filósofos iluministas acreditavam em uma força divina, e por isso eram denominados deístas. No entanto, para os deístas, a divindade era um ser onisciente que, apesar de se manifestar em todos os elementos da natureza, não interferia na vida dos seres humanos.

Onisciente: aquele que conhece todas as coisas.

Figura 15

Gravura do século XVIII que representa Voltaire fazendo uma homenagem ao Sol. Voltaire considerava que o Sol, assim como os outros elementos da natureza, possuía uma essência divina.

Séc. XVIII. Gravura. Biblioteca Nacional, Paris (França). Foto: Bridgeman Images/Keystone
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Iluminismo e política

Para os iluministas, uma sociedade só alcançaria a liberdade e a justiça por meio do impedimento do poder excessivo de seu governante.



A crítica ao Absolutismo

Presente na sociedade europeia do século XVIII, o poder absoluto também foi alvo de duras críticas dos pensadores iluministas. Esses pensadores contestavam o despotismo e a ideia de direito divino dos reis, além de condenarem os privilégios da nobreza e do clero.



Despotismo: regime no qual o governante possui poder absoluto e arbitrário.

Para os iluministas, a maior preocupação não era com a forma de governo — Monarquia ou República —, mas sim com uma maneira de controlar o poder excessivo dos governantes. Grande parte desses pensadores apoiava um governo constitucional, ou seja, um governo que respeitasse a Constituição, pois acreditavam que ela seria a melhor garantia contra abusos do poder.



Constituição: conjunto de leis fundamentais de uma Nação.

Montesquieu e os Três Poderes

Um dos maiores críticos do Absolutismo monárquico foi Montesquieu. Segundo ele, esse tipo de regime político era corrupto e violento, comprometia a sociedade e trazia estagnação, temor e pobreza para a população.

Para libertar a sociedade do despotismo e criar um bom governo, seria necessária a separação do poder em três campos de atuação: executivo (que executa e administra as leis), legislativo (que elabora as leis) e judiciário (que julga aqueles que desrespeitam as leis).

Os Três Poderes não poderiam ser exercidos por uma única pessoa, pois, dessa maneira, a liberdade política estaria ameaçada. Para evitar o abuso do poder, Montesquieu defendia uma forma de governo mais equilibrada, na qual um poder controlaria o outro.



O sujeito na história

John Locke

Muitos dos ideais políticos dos pensadores iluministas foram influenciados pelas teorias de John Locke. Médico e filósofo inglês, Locke viveu entre os anos de 1632 e 1704.

Na obra Tratado sobre o governo civil, de 1690, Locke defendia que os seres humanos tinham direitos naturais, entre eles o direito à vida, à liberdade e à propriedade. Com isso, a função do governante seria a de garantir esses direitos à população. Segundo ele, o poder de governar dependia do consentimento da maioria. Por isso, foi radicalmente contra o Absolutismo.

Locke era a favor de um governo constitucional, em que a autoridade do Estado respeitasse as leis. Caso um governante não assegurasse os direitos naturais, seria legítimo o povo rebelar-se e tirá-lo do poder.



Figura 16

John Locke. Escultura de terracota, 1775, artista desconhecido.

1775. Terracota. Coleção particular. Foto: Album/quintlox/Latinstock
Página 68

O despotismo esclarecido

Influenciados por pensadores do século XVIII, alguns monarcas europeus procuraram conciliar práticas absolutistas e ideias iluministas.



As principais reformas

O despotismo esclarecido foi uma forma de governo adotada por alguns monarcas europeus durante o século XVIII. Essa forma de governo se caracterizava pela mistura de práticas absolutistas e ideias iluministas.

Esses monarcas, conhecidos como déspotas esclarecidos, promoveram reformas nos campos político, econômico, social e religioso. Entre essas reformas, estavam o combate à corrupção e aos privilégios da nobreza e do clero, a melhor administração dos tributos, a abolição da servidão e o incentivo à agricultura, à indústria e ao comércio.

Figura 17

Frederico II da Prússia e Voltaire em Sanssouci, pintura de Georg Schöbel, cerca de 1900.

Georg Schöbel. c. 1900. Guache. Coleção particular. Foto: Akg-Images/Latinstock

O despotismo esclarecido em Portugal

Durante o reinado de D. José I, de Portugal, o maior representante do despotismo esclarecido foi seu ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, o marquês de Pombal.

Entre os anos de 1750 e 1777, período conhecido como despotismo pombalino, o ministro realizou diversas reformas, entre elas, a criação de companhias de comércio e de manufaturas e a melhoria do sistema de ensino. Além disso, reduziu o poder da Igreja Católica no Reino, principalmente por meio da extinção da Companhia de Jesus e da expulsão dos jesuítas de Portugal.

Figura 18

Marquês de Pombal. Pintura O marquês de Pombal expulsando os jesuítas, de Louis-Michel van Loo e Claude Joseph Vernet, 1766.

Louis-Michel van Loo e Claude Joseph Vernet. 1766. Óleo sobre tela (detalhe). Museu da Cidade de Lisboa (Portugal)

Enquanto isso... no Brasil

Como no século XVIII o Brasil ainda era uma colônia de Portugal, o despotismo esclarecido do marquês de Pombal também teve reflexos por aqui. Assim como no reino português, Pombal procurou reduzir o poder da Igreja Católica na Colônia, ordenando a expulsão dos jesuítas do território brasileiro.

No plano econômico, aumentou o valor dos impostos e incentivou a criação de companhias de comércio. Como nessa época a extração de ouro e de diamantes estava em declínio, o aumento dos impostos gerou um enorme descontentamento em várias regiões da Colônia.
Página 69

O pensamento econômico

O racionalismo iluminista também mudou a maneira de pensar a economia durante o século XVIII.



A crítica ao mercantilismo

Alguns pensadores iluministas criticavam o mercantilismo, a principal prática econômica dos Estados europeus naquela época.

No mercantilismo, o Estado regulamentava as transações econômicas, controlando os preços, cobrando impostos de importação e de exportação e adequando as taxas alfandegárias. Além disso, de acordo com as práticas mercantilistas, a riqueza de uma Nação era medida principalmente pela quantidade de metais preciosos que possuía, como o ouro e a prata.

Figura 19

Para tentar garantir o acúmulo de metais preciosos, Portugal investiu na extração de ouro em sua principal colônia, o Brasil. Aquarela do século XVIII que representa a extração de ouro em Minas Gerais.

Autor desconhecido. Séc. XVIII. Aquarela. Instituto de Estudos Brasileiros da USP, São Paulo (SP). Foto: Marinez Maravalhas Gomes

A fisiocracia

Os fisiocratas eram pensadores que questionavam as práticas mercantilistas. Eles defendiam que a riqueza de um Estado não deveria ser medida pela quantidade de metais preciosos que possuía, mas sim pela quantidade e qualidade dos bens à disposição de seus cidadãos. A verdadeira riqueza seria gerada pela natureza, sendo a agricultura a principal atividade produtiva.

Segundo os fisiocratas, o Estado não poderia interferir no mercado, mas sim deixar que a economia se autorregulasse, seguisse suas próprias leis. “Laissez faire, laissez passer”, do francês, que significa “deixai fazer, deixai passar”, era o lema dos fisiocratas. O Estado deveria somente administrar a lei, a ordem e a defesa da Nação, de forma a garantir o desenvolvimento da sociedade.

A riqueza das nações

Na obra Uma investigação da natureza e das causas da riqueza das nações, de 1776, o professor escocês de Filosofia Adam Smith (1723-1790) defendia algumas ideias semelhantes às dos fisiocratas, por exemplo, a livre concorrência e a não intervenção do Estado na economia. Em outros aspectos, no entanto, ele discordava dos fisiocratas.

Para Adam Smith, a agricultura não era a única atividade produtiva. Outras atividades, como o artesanato e o comércio, por exemplo, também eram geradoras de riqueza. O que as tornavam produtivas era o fato de que, segundo Smith, cada indivíduo, ao exercer suas atividades, estaria agindo pelo seu próprio bem por meio do trabalho, buscando a melhoria de suas condições de vida e contribuindo indiretamente pelo bem-estar de toda a sociedade.

De acordo com Adam Smith, o trabalho, e não os metais preciosos, era a verdadeira fonte de riqueza. As ideias de Smith influenciaram profundamente a Revolução Industrial, que teve início na Inglaterra, no século XVIII.



Figura 20

Adam Smith. Gravura de autor desconhecido, século XIX.

Séc. XIX. Gravura. Coleção particular. Foto: Granger/Glow Images
Página 70

O impacto das ideias iluministas

Já no século XVIII, as ideias iluministas repercutiram na sociedade europeia e influenciaram a maneira como as pessoas explicavam a realidade.



As ideias iluministas na Europa do século XVIII

A divulgação das ideias iluministas teve forte impacto sobre a sociedade europeia do século XVIII. A recepção dessas ideias, no entanto, foi variada.

Na pintura a seguir, produzida em 1768, o artista inglês Joseph Wright of Derby representou uma experiência científica e também as diferentes atitudes das pessoas que a presenciaram.

Figura 21

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Experimento com um pássaro em uma bomba de ar, pintura de Joseph Wright of Derby, 1768.

Joseph Wright of Derby. 1768. Óleo sobre tela. Galeria Nacional, Londres (Inglaterra). Foto: Bridgeman Images/Keystone


Página 71

1 O cientista, que demonstra sua experiência na casa de uma família rica, é representado com olhar interrogador, como se pedisse a opinião do observador sobre a experiência realizada.

2 A experiência, que aqui representa a razão, é colocada no centro da tela. Nessa experiência, há um pássaro dentro de um recipiente de vidro. No alto do recipiente, há uma válvula que, ao ser fechada, bloqueia a entrada de ar. Com essa experiência, o cientista pretendia provar que, retirando o oxigênio do recipiente, o pássaro morreria.

3 É também do centro da tela que irradia a luz que ilumina a todos os participantes da cena. Com isso, o pintor sugeriu que a razão e a ciência são as fontes esclarecedoras do mundo.

4 Esses dois rapazes observam atentamente o cientista. Eles representam as pessoas que ficaram fascinadas e entusiasmadas com as novas descobertas científicas.

5 As meninas representam a desconfiança e o medo que muitas pessoas sentiam em relação às experiências científicas e, portanto, ao uso da razão proposto pelos iluministas.

6 Para representar as pessoas que se preocupavam com as consequências das descobertas científicas, o artista retratou um filósofo, que tem o olhar distante, reflexivo.

7 O menino que aparece pegando a gaiola do pássaro lança um olhar duvidoso para o grupo: será que essa experiência funcionará? Ele representa as pessoas que duvidavam das ideias iluministas e que tinham receio em usar a razão para entender a realidade.

8 O chefe da família é representado como alguém que tem confiança na ciência, e procura acalmar e esclarecer suas filhas, explicando-lhes os procedimentos da experiência.
Página 72

Explorando o tema

Veja nas Orientações para o professor subsídios para trabalhar essa seção com os alunos.



As ideias iluministas na formação do mundo contemporâneo

O pensamento ocidental foi, em grande parte, formado com base nas ideias dos pensadores iluministas do século XVIII. Muitos desses valores modernos de inspiração iluminista influenciam vários aspectos do mundo contemporâneo. Observe a seguir alguns exemplos.



O culto à ciência

No campo científico, os ideais iluministas de progresso e avanço tecnológico contribuíram para o desenvolvimento dos diversos campos científicos até os dias atuais. A partir do século XVIII, a ciência passou a ter como um de seus objetivos a promoção de melhorias práticas para as pessoas, alterando as condições de vida. Muitos exemplos podem ser percebidos em nosso cotidiano, como carros, aviões, televisores, computadores e telefones celulares. Além disso, muitas descobertas científicas feitas a partir do século XVIII auxiliam na cura de doenças e na produção de vacinas.



Figura 22

Processador utilizado em computadores.

Iaroslav NeliubovShutterstock/Glow Images

Lavoisier e a Ciência do Iluminismo
Andréia Guerra e outros. São Paulo: Scipione, 2003. (Ciência no tempo).
O livro apresenta um interessante panorama sobre a vida de Antoine Lavoisier, cientista responsável pela renovação dos conceitos da Química.

A política

A forma de governo representativa baseada na vontade popular, defendida por filósofos como Locke e Montesquieu nos séculos XVII e XVIII, é adotada hoje na maioria das repúblicas democráticas. Nessas repúblicas, a representação é feita por governantes que são escolhidos pelos cidadãos por meio do voto. Além disso, a estruturação política dos Estados democráticos, em sua maioria, é dividida em três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Pelas leis e pela divisão de poderes busca-se proteger os cidadãos contra o abuso de poder.



Figura 23

Congresso Nacional, na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), 2015. A influência das ideias iluministas pode ser percebida na organização política do Estado brasileiro.

Filipe Frazao/Shutterstock/Glow Images
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A economia

No aspecto econômico, as ideias iluministas contribuíram para o desenvolvimento do pensamento liberal. O liberalismo econômico tem suas bases na livre concorrência e na não intervenção do Estado na economia. Essa teoria estruturou o capitalismo, atual sistema econômico da maioria das nações ocidentais.



Figura 24

Moeda escocesa do século XVIII, com a representação do busto de Adam Smith.

Coleção particular. Foto: Erich Lessing/Album/Latinstock

A crítica contemporânea ao Iluminismo

Apesar de sua importância, as ideias dos pensadores iluministas do século XVIII foram alvo de diversas críticas, principalmente a partir de meados do século XX. Por trás da crença na razão e da ideia de progresso, muitos intelectuais começaram a questionar até que ponto os avanços alcançados com os ideais iluministas foram realmente benéficos para a humanidade.

Além disso, existem atualmente vários outros problemas decorrentes da modernidade que exigem solução, como as questões que envolvem o progresso e o meio ambiente, a ética e os avanços científicos.

Figura 25

Apesar de alguns avanços, a desigualdade social é um problema não resolvido na atualidade. Nessa fotografia vemos um reflexo desse problema: pessoas vivem em moradias precárias próximas a um condomínio de luxo. Rio de Janeiro (RJ), 2013.

Ismar Ingber/Pulsar

Veja a resposta da questão nas Orientações para o professor.

• Explique os argumentos utilizados pelos estudiosos contemporâneos que criticam as ideias iluministas. Como eles entendem o progresso e os avanços da modernidade?


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