. Globo Comunicação e Participações S.A. Acesso em: 28 out. 2014.
Figura 35
O presidente Barack Obama e sua família comemoram a vitória nas eleições. Chicago, Illinois, 2008.
Everett Collection/Shutterstock/Glow Images
a) Como ocorria a segregação racial nos Estados Unidos no final do século XIX?
b) Quem foi Rosa Parks? O que ela fez?
c) Quem foi Martin Luther King?
d) Em sua opinião, com a eleição do presidente Barack Obama, o racismo nos Estados Unidos está superado? Por quê?
e) Os exemplos de Rosa Parks e dos movimentos em defesa dos direitos dos negros demonstram como algumas atitudes, individuais ou coletivas, puderam promover mudanças sociais. E atualmente? É possível promover mudanças sociais com nossas atitudes? Qual é a sua opinião sobre esse assunto?
Estimule a autonomia na aprendizagem dos alunos solicitando-lhes que realizem a proposta da seção Refletindo sobre o capítulo. Explique-lhes que, caso não tenham compreendido alguma das afirmações, é importante que o professor seja informado para que possa retomar o conteúdo correspondente e sanar as deficiências na aprendizagem.
Refletindo sobre o capítulo
Agora que você finalizou o estudo deste capítulo, faça uma autoavaliação de seu aprendizado. Verifique se você compreende as afirmações a seguir.
• Na época da chegada dos europeus à América do Norte, essa região já era habitada por diversos povos indígenas.
• Os Estados Unidos foram a primeira colônia da América a conquistar sua independência.
• Os Estados Unidos formaram a primeira República da América e aprovaram a primeira Constituição democrática do mundo moderno.
• Um grande número de africanos foi levado à força para a América do Norte para trabalhar como escravos.
Após refletir sobre essas afirmações, converse com os colegas e o professor para certificar-se de que todos compreenderam o conteúdo trabalhado neste capítulo.
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capítulo 5 - A Revolução Francesa e o Império Napoleônico
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Veja nas Orientações para o professor algumas dicas, sugestões e/ou informações complementares para enriquecer o trabalho com os assuntos deste capítulo.
A Revolução Francesa levou à queda da Monarquia absolutista na França e contribuiu para a ascensão da burguesia ao poder. Neste capítulo, vamos conhecer esse processo revolucionário, que promoveu diversas transformações sociais e garantiu direitos civis à população, mas também desencadeou um ciclo de grande violência entre os grupos políticos envolvidos.
Observe as imagens apresentadas nestas páginas e converse com os colegas sobre as questões a seguir.
Figura 1
Execução do rei Luís XVI em 21 de janeiro de 1793. Gravura de Faucher-Gudin, século XIX.
Faucher-Gudin. Sec. XIX. Gravura. Coleção particular. Foto: Art Images Archive/Glow Images
Figura 2
O despertar do terceiro estado, charge de autor desconhecido, 1789.
Autor desconhecido. 1789. Gravura colorida. Museu Carnavalet, Paris (Franca). Foto: Album/Akg-images/Latinstock
Aproveite as imagens e questões das páginas de abertura para ativar o conhecimento prévio dos alunos e estimular seu interesse pelos assuntos que serão desenvolvidos no capítulo. Faça a mediação do diálogo entre os alunos de maneira que todos participem expressando suas opiniões e respeitando as dos colegas.
Veja as respostas das questões nas Orientações para o professor.
A Você sabe por que o rei Luís XVI foi executado durante a Revolução Francesa? Comente.
B Na charge acima foram representados membros dos principais grupos sociais da França, no século XVIII, o primeiro, o segundo e o terceiro estado. Tente identificar cada um deles. O que o membro do terceiro estado está fazendo?
C O que você já sabe sobre a Revolução Francesa? Qual é sua importância para a sociedade contemporânea? Comente com os colegas.
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A França antes da revolução
No final do século XVIII, as desigualdades sociais aumentaram muito na França, e a população passou a lutar por mudanças na sociedade.
A crise do Antigo Regime
Na França do final do século XVIII, assim como em outras nações da Europa, o Antigo Regime apresentava sinais de desgaste. Nessa época, o poder estava centralizado nas mãos do rei, que controlava a política e a economia do Estado.
A sociedade francesa, como vimos anteriormente, era dividida em três grupos: o primeiro estado, composto pelo clero; o segundo estado, formado pela nobreza; e o terceiro estado, formado por burgueses, artesãos e trabalhadores rurais e urbanos, englobando a maior parte da população.
Os membros do clero e da nobreza tinham uma série de privilégios, como não pagar impostos, receber pensões do rei e viver com muito luxo. Já os membros do terceiro estado não tinham privilégios e eram obrigados a pagar pesados impostos e taxas ao rei, à nobreza e à Igreja.
Figura 3
Família burguesa da França, que fazia parte do terceiro estado. A burguesia buscava maior representação política e ambicionava os privilégios desfrutados pela nobreza. Pourtalès e família, pintura de autor desconhecido, século XVIII.
Sec. XVIII. Óleo sobre tela. 81,5 x 98,5 cm. Coleção particular Foto: Andre Held/akg-images/Latinstock
A crise econômica e administrativa
Nesse período, a França estava endividada. Os gastos públicos para manter o luxo da Cor te, além da participação da França na Guerra dos Sete Anos e nas guerras de independência dos Estados Unidos, provocaram um déficit econômico que atingiu toda a sociedade francesa. Essa crise gerou grande insatisfação na população pobre, que sentia mais fortemente os efeitos da crise. Entre os anos de 1785 e 1789, por exemplo, o custo de vida dos trabalhadores urbanos aumentou em 62%.
Déficit: ocorre quando um Estado tem despesas maiores do que sua arrecadação.
Figura 4
Trabalhadores franceses famintos dividem uma panela de sopa com pão. Pintura dos irmãos Lesueur, cerca de 1792.
Irmãos Lesueur. c. 1792. Guache sobre. cartão. Museu Carnavalet, Paris (Franca). Foto: Art Images Archive/Glow Images
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A Revolução Francesa e o período Napoleônico
Insatisfeitos com o governo de Luís XVI, os burgueses e os demais membros do terceiro estado se mobilizaram e passaram a exigir mudanças na organização política, social e econômica do Estado. O movimento recebeu grande adesão da população, espalhou-se por toda a França e acabou dando origem a um período de intensas e profundas transformações, conhecido como Revolução Francesa.
Observe, na linha do tempo a seguir, os principais fatos ocorridos durante a Revolução Francesa e o período Napoleônico.
Figura 5
1799 a 1815
Período Napoleônico
Napoleão Bonaparte assume o poder na França, primeiramente como cônsul e, depois, como imperador.
1788 a 1789
Fase dos Estados Gerais
Diante da crise econômica e política pela qual a França passava, o rei Luís XVI autoriza a convocação do parlamento francês, chamado de Estados Gerais.
1792 a 1795
Fase da Convenção Nacional
A Assembleia Nacional é substituída pela Convenção Nacional. Nesse período, a França é governada pelos jacobinos, que promovem diversas reformas políticas.
1795 a 1799
Fase do Diretório
Nesse período, os girondinos retomam o poder e anulam várias reformas feitas pelos jacobinos no período anterior.
1789 a 1792
Fase da Assembleia Nacional
Nesse período, a Assembleia Nacional é liderada pelos girondinos, que são partidários da alta burguesia francesa.
1785 1790 1795 1800 1805 1810 1815
5 de maio de 1789
Começam as reuniões dos Estados Gerais.
13 de setembro de 1791
A Assembleia Nacional promulga a primeira Constituição francesa.
17 de junho de 1789
Os representantes do terceiro estado se declaram em Assembleia.
14 de julho de 1789
Tomada da Bastilha.
2 de novembro de 1795
Instituição do Diretório. O Poder Executivo passa a ser controlado por uma junta de cinco pessoas eleitas pelo Poder Legislativo.
21 de setembro de 1792
Proclamação da República francesa.
21 de janeiro de 1793
Após ser julgado e condenado, o ex-monarca francês Luís XVI e executado.
9 de novembro de 1799
O general Napoleão Bonaparte dá um golpe de Estado e assume o cargo de primeiro-consul.
18 de junho de 1815
O exército francês e derrotado na batalha de Waterloo, na Bélgica.
Napoleão é exilado na ilha de Santa Helena.
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A convocação dos Estados Gerais
Tentando resolver os problemas financeiros da França, Luís XVI autorizou a convocação dos Estados Gerais.
A tentativa de resolver a crise
No final da década de 1780, a França atravessava uma grave crise financeira. Os anos de péssimas colheitas agrícolas provocaram a escassez de alimentos, o que atingiu principalmente os camponeses e a população urbana pobre. Sofrendo forte pressão, o rei autorizou a convocação dos Estados Gerais, uma assembleia parlamentar que reunia os representantes dos três estados da França.
Durante as primeiras reuniões dos Estados Gerais, a principal reivindicação dos representantes do terceiro estado era a mudança na forma de votação. Até então, cada um dos grupos tinha direito a um voto. Como o primeiro e o segundo estados geralmente votavam em conjunto, dificilmente o terceiro estado ganhava alguma votação. Os membros do terceiro estado queriam que os votos fossem distribuídos individualmente entre os deputados, pois dessa forma a votação seria mais justa e o terceiro estado teria chances de ganhar algumas votações, exercendo maior influência política.
O impasse na questão do voto por indivíduo ou por estado durou mais de um mês, até que, em 17 de junho, o terceiro estado, com a adesão de membros liberais da nobreza e do clero, declarou-se em Assembleia Nacional, com o objetivo de elaborar uma Constituição para a França.
Figura 6
Reunião dos Estados Gerais. No início, os ministros do rei queriam aprovar o aumento de impostos para tentar resolver os problemas financeiros da Corte francesa. Abertura dos Estados Gerais, 5 de maio de 1789, gravura de Isidore Stanislas Helman, século XVIII.
Isidore Stanislas Helman. Sec. XVIII. Gravura. Biblioteca Nacional da Franca, Paris (Franca)
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A Assembleia Nacional
A Coroa, o alto clero e os setores resistentes da nobreza tramavam para dissolver a Assembleia à força, concentrando tropas ao redor de Paris. Porém, as ações populares de 14 de julho de 1789 mostraram que a Assembleia contava com o apoio de grande parte da população parisiense. Nesse dia, a multidão saqueou um depósito de armas do governo, conseguindo mais de 30 mil fuzis e dezenas de canhões, e, em seguida, tomou a prisão-fortaleza da Bastilha, deixando o rei e seus partidários alarmados.
Sob forte pressão popular, Luís XVI autorizou o andamento dos trabalhos da Assembleia. Nessa ocasião, vários nobres saíram da França para buscar apoio nas Cortes absolutistas de outros Estados europeus, principalmente da Áustria e da Prússia, para tentar reprimir o movimento revolucionário.
A tomada da Bastilha
O dia 14 de julho de 1789 ficou marcado na história da Revolução Francesa. Nesse dia, grande parte da população de Paris invadiu a prisão-fortaleza da Bastilha, um dos símbolos do poder absoluto do rei, pois nela eram presas as pessoas que se opunham ao governo.
Nessa época, a Bastilha já não era uma prisão importante na França, porém a sua tomada pelo povo simbolizou a decadência do poder absoluto do rei.
Figura 7
Multidão de parisienses durante a tomada da Bastilha. Pintura de autor desconhecido, 1789.
Autor desconhecido. 1789. Oleo sobre painel. Museu Carnavalet, Paris (Franca). Foto: Art Images Archive/Glow Images
Explorando a imagem
Veja as respostas das questões nas Orientações para o professor.
a) Identifique na imagem o prédio da Bastilha e descreva-o.
b) Qual é o comportamento do povo? Quais armas as pessoas estão utilizando?
c) Por que esse episódio simbolizou a decadência do poder monárquico? Explique.
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As reformas da Assembleia Nacional
Enquanto elaboravam a Constituição, os membros da Assembleia Nacional realizaram uma série de reformas. Apoiados por alguns nobres franceses que estavam insatisfeitos com o Antigo Regime, eles aboliram os privilégios feudais, padronizaram o sistema de arrecadação de impostos e acabaram com as penas consideradas cruéis.
Os bens do clero e dos nobres que saíram da França foram confiscados e utilizados como garantia para a emissão de assignats e também para saldar as dívidas da França. Além disso, a Igreja foi subordinada ao Estado depois da aprovação da Constituição Civil do Clero. No entanto, a obra mais influente da Assembleia foi a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Assignats: títulos que valiam como moeda, emitidos com base nos bens do clero e da nobreza confiscados no início da revolução.
A revolução ataca a Igreja
Além de confiscar os bens do clero, a Assembleia aprovou a Constituição Civil do Clero. O novo código transformava os clérigos em funcionários públicos, que deveriam ser eleitos pela população e receberiam um salário do Estado. Os padres que não jurassem fidelidade ao novo código seriam impedidos de realizar seus afazeres religiosos.
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, publicada em 1791, foi a base da primeira Constituição francesa. Ela defendia os direitos individuais e a igualdade dos cidadãos perante a lei. Além disso, essa declaração limitava os poderes do rei e assegurava às pessoas o direito à propriedade. Esse documento expressava claramente as aspirações da burguesia, mas também poupou os nobres, pois eles preferiam abrir mão de seus privilégios do que perder suas propriedades.
Figura 8
Igualdade segurando a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, gravura de J. G. Moitte, 1793.
J. G. Moitte. 1793. Museu de l’Histoire Vivante, Montreuil (Franca). Foto: The Art Archive/Alamy/Latinstock
Biblioteca Virtual de Direitos Humanos
Acesse esse acervo bem interessante e leia a versão completa da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, assim como outros documentos que tratam dessa mesma questão ao longo da história. Veja em:
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