Esquizofonia



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a forma exterior do traje foi produzida segundo fins inte
diferentes do de tornar reconhecível a forma do corpo sem órgãos ao 
ouvintecompositor. 
 
9. A linguagem musical é o estilo fixado. 
 
     9.1. A linguagem privada é a esquizopathológica. 
 
     9.2. O estilo é o foco que produz o audível dentre ao
 
     9.3 Toda música é “crítica da linguagem musical”. 
 
 
 
          9.31. Os acordos tácitos que permitem o padrão da linguagem 
musical corrente são enormemente complicados. 
 
     9.4. O disco gramofônico, a idéia musical, a escrita musical
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a forma exterior do traje foi produzida segundo fins inteiramente 
diferentes do de tornar reconhecível a forma do corpo sem órgãos ao 
 
9.2. O estilo é o foco que produz o audível dentre ao  ruído.        
 
 
9.31. Os acordos tácitos que permitem o padrão da linguagem 
9.4. O disco gramofônico, a idéia musical, a escrita musical, a física das 
ondas sonoras, todos mantêm entre si a mesma relação interna 
afiguradora que existe entre a linguagem musical e o audível.
 
          9.41. A construção lógica é comum a todos.
 
          9.42. A lógica é a linguagem dos jogos.
 
     9.5. Que haja uma regra geral dum jogo por meio da qual o 
ouvintecompositor pode extrair a sinfonia da partitura, uma por meio da 
qual se pode derivar a sinfonia dos sulcos do disco e, segundo a primeira 
regra, derivar novamente a partitura, é precisamente nisso 
semelhança interna dessas configurações, que parecem tão 
completamente diferentes. E essa regra é a lei da projeção, lei que projeta 
a sinfonia na linguagem das notas pela fixação temática. É a regra da 
transcriação dos sons na linguagem do 
 
     9.6. Para entender a essência da composição musical, pensemos numa 
poética de equações, que afigura os sentimentos que descreve por meio 
de imagens subjetivas às danças dos algarismos, nunca inteiramente 
compreensíveis senão ao seu compositor.
 
          9.61. A música reflete apenas o sentimental: pois não sei qual é a 
situação por ela produzida, por mais que compreenda a sua lógica de 
composição. 
 
          9.62. O ouvinte consegue no limite a intuição de seu auto
 
ondas sonoras, todos mantêm entre si a mesma relação interna 
afiguradora que existe entre a linguagem musical e o audível. 
9.41. A construção lógica é comum a todos. 
9.42. A lógica é a linguagem dos jogos. 
e haja uma regra geral dum jogo por meio da qual o 
ouvintecompositor pode extrair a sinfonia da partitura, uma por meio da 
qual se pode derivar a sinfonia dos sulcos do disco e, segundo a primeira 
regra, derivar novamente a partitura, é precisamente nisso que consiste a 
semelhança interna dessas configurações, que parecem tão 
completamente diferentes. E essa regra é a lei da projeção, lei que projeta 
a sinfonia na linguagem das notas pela fixação temática. É a regra da 
transcriação dos sons na linguagem do disco gramofônico e das partituras. 
9.6. Para entender a essência da composição musical, pensemos numa 
poética de equações, que afigura os sentimentos que descreve por meio 
de imagens subjetivas às danças dos algarismos, nunca inteiramente 
veis senão ao seu compositor. 
9.61. A música reflete apenas o sentimental: pois não sei qual é a 
situação por ela produzida, por mais que compreenda a sua lógica de 
9.62. O ouvinte consegue no limite a intuição de seu autor. 


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               9.621. A música produz o metafísico. 
 
          9.63. A música é seu sentido silenciado. 
 
               9.631. Mais se entende uma música quanto mais se entende suas 
partes constituintes, suas modulações sonoras. 
 
               9.632. Aos sons não se pode compreender, pois não há som em 
si. 
 
10. A teoria pathológica de um estilo não procede de um modo tal que se 
explique cada música dele, mas sim as modulações elementar 
constituintes deste estilo de música. 
 
     10.1. A educação ostensiva das modulações parte dos temas estilísticos 
de cada ouvintecompositor que nos ensinaprende. Com as músicas, 
porém, nós nos entendemos. 
 
     10.2. Está na essência da música poder comunicar-nos um novo 
sentimento. 
 
          10.21. Uma música deve comunicar um novo sentido com 
modulações de velhos sentimentos da linguagem musical que nos 
precede. 
 
               10.211. Uma modulação de velhas modulações é uma nova 
modulação. 
     10.3. Uma música não é a representação dos sentimentos. Uma música 
é uma produtora dos sentimentos em questão pelas próprias experiências 
e memórias sinestésicas no ouvinte. 
 
          10.31. A realidade é comparada às paixões e razões pela composição 
musical, mas a música não é comparável com a realidade, daí seu passeio 
esquizo. 
 
     10.4. Uma música não pode ser verdadeira ou falsa. Uma música não 
argumenta. 
 
          10.41. A música produz apenas a existência e inexistência dos 
movimentos modulares dos sons e consequentemente dos sentimentos. 
 
11. Tudo o que pode ser ouvido pode ser composto. 
 
     11.1. A música pode produzir qualquer sentimento, mas não pode 
produzir o que tem em comum com o sentimento – sua 
esquizopathológica. 
 
          11.11. Para podermos representá-la, deveríamos poder nos instalar, 
com a música, fora das paixões e razões, de nós mesmos e em última 
instância do próprio audível. 
 
     11.2. A música não representa. 
 
          11.21. A música não produz a lógica passional, esta linguagem 


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