Líquidos: determinaçÃo da viscosidade



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LÍQUIDOS: DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE





  1. Introdução

No estado líquido as moléculas estão mais próximas uma das outras e entre elas existem forças atrativas. Para um líquido fluir suas moléculas devem ser capazes de deslizar uma sobre as outras. Todo líquido oferece uma resistência a esse processo. Esta resistência ou fricção interna é a medida da viscosidade do líquido. Em geral, líquidos mais viscosos fluem mais lentamente e devem apresentar forças de atração mais intensas entre as moléculas.

Considere um líquido no interior de um tubo circular, onde as moléculas se dispõem em camadas concêntricas cilíndricas. A viscosidade é a resistência que uma camada de líquido sofre para mover-se em relação à outra camada vizinha. Ao fluir, ao longo de um tubo, as camadas movem-se com velocidades diferentes que aumentam da periferia para o centro, à medida que ficam próximas do eixo do cilindro. Esta forma de escoamento é conhecida como escoamento laminar.

Diversos fatores afetam a viscosidade de um fluido:



  1. líquido puro: natureza química (moléculas polares e apolares), tamanho e forma das moléculas,

  2. solução: adição de soluto,

  3. temperatura.

Há vários métodos de determinação do coeficiente de viscosidade de líquidos. A maioria consiste na determinação das velocidades de escoamento do líquido através de um tubo capilar ou da queda de um corpo esférico através do líquido, utilizando as leis de Poiseuille e de Stokes, respectivamente. Esses métodos são empregados apenas para líquidos de escoamento laminar.

Nesta prática, a viscosidade de diversos líquidos será determinada utilizando-se o viscosímetro de Ostwald (Figura 1). Nesta técnica, observa-se o tempo gasto para o líquido fluir de um reservatório superior de volume definido, passando por tubo capilar, para um reservatório inferior, sob a influência da gravidade.

A medida direta da viscosidade absoluta é muitas vezes difícil de ser obtida. O procedimento usual é a determinação de sua viscosidade em relação à viscosidade de uma substância de referência, numa dada temperatura. A água é o líquido mais utilizado como referência.

Pela equação de Poiseuille temos:



(01)

Onde:


 = coeficiente de viscosidade (letra grega eta)

t = tempo gasto para o líquido fluir

 = densidade do líquido

r e l = raio e comprimento do capilar

V = volume do reservatório superior

h = diferença de altura das marcações nos reservatórios, onde o líquido fluirá

g = aceleração da gravidade
Para a obtenção da viscosidade relativa de um líquido, medem-se os tempos de escoamento do líquido e da água no mesmo viscosímetro, mantendo o volume e a temperatura constantes. Os termos r, g, h, V e l da equação (01) são os mesmos para ambos os líquidos, assim, a razão entre as viscosidades do líquido (1) e da água (2), é dada pela equação (02):

(02)
As unidades de viscosidade estão descritas na Tabela 1.
TABELA 1: Unidade de viscosidade de acordo com os sistemas mais comuns.


Viscosidade Absoluta ()

Sistema CGS

Sistema SI


nome

Símbolo

Descrição

Nome

símbolo

Poise

P

g.cm-1.s-1

pascal.segundo

Pa.s

centipoise

cp

10-2gcm-1s-1

milipascal.segundo

mPa.s

1cp = 1mPa.s

Este trabalho prático tem como objetivos: i) determinar o coeficiente de viscosidade de vários líquidos pelo método de viscosímetro de Ostwald; ii) comparar e discutir os fatores que afetam a viscosidade dos líquidos.




  1. Parte Experimental

2.1 Materiais


  • Viscosímentro de Ostwald

  • Cronômetro

  • Termômetro

  • Seringa

  • Pipeta de 10 ml

  • Água destilada

  • Becher

  • Suporte com garra

  • Acetona

  • Hexano

  • Ciclohexano

  • Metanol

  • Etanol

  • n-propanol

  • n-butanol

  • terc-butanol



Figura 1: Viscosímetro de Ostwald.

2.2 Procedimento


  1. Medir a temperatura ambiente

  2. Com o auxílio de uma pipeta, transferir 10 mL do solvente orgânico que se deseja determinar a viscosidade para o interior viscosímetro (limpo e seco) através do tubo de maior diâmetro, ocupando o reservatório A.

  3. Em seguida, com o auxílio de uma seringa pelo tubo de menor diâmetro, deslocar o líquido do reservatório A até que o mesmo atinja aproximadamente a metade do volume do reservatório C.

  4. Desconectar a seringa do tubo, de modo a permitir o escoamento livre do líquido.

  5. Marcar o tempo gasto para o menisco superior passar sucessivamente pelas duas marcas de calibração, m e n, no viscosímetro. Fazer em triplicata as determinações deste tempo.

  6. Limpar, secar o viscosímetro e repetir o procedimento usando o líquido referencia (água). Deve-se empregar um volume igual ao do líquido orgânico.




  1. Apresentação dos resultados e discussão

Os valores dos tempos de escoamento devem ser anotados na Tabela 2.

TABELA 2: Valores dos tempos de escoamento da água e dos solventes orgânicos.

Grupo



Líquidos

Tempo de escoamento / s

1a medida

2a medida

3a medida

Média

1


Acetona













Água













2


n-Hexano













Água













3


Ciclo-hexano













Água













4



Terc-butanol













Água













5



Metanol













Água













6


Etanol













Água













7


1-propanol













Água













8


1-butanol













Água













Nota: Temperatura (°C) = ....................


  • Calcular a viscosidade dos líquidos estudados utilizando a equação 02. Comparar os resultados obtidos com aqueles fornecidos na literatura e calcular o erro relativo (%).




  • Analisar os resultados obtidos para os líquidos dos grupos 1 ao 4 levando em conta a natureza química, o tamanho, a forma das moléculas e interações intermoleculares.



  • Construir um gráfico de valores de viscosidade em função da massa molar dos alcoóis da série homóloga (ROH), grupos 5 ao 8. Interpretar o resultado considerando as estruturas e interações intermoleculares.




TABELA 3: Estruturas e valores de viscosidade (η) dos líquidos.


Líquidos


Fórmula estrutural

Viscosidade/mPa.s


Erro/%

Experimental


(...... oC)

Tabelada (20 oC)

Acetona





n-hexano





Ciclo-hexano





Terc-butanol





Metanol





Etanol





1-propanol





1-butanol





ANEXO
Tabela 4: Valores de viscosidade, densidade, a 20 oC, e massa molar de alguns compostos.


Líquidos

 / mPa.s

MM/g.mol-1


 / g.mL-1

Acetona

0,327

56,08

0,7899

n-hexano

0,326

86,17

0,6603

Ciclo-hexano

1,020

84,16

0,7785

Metanol

0,597

32,04

0,7914

Etanol

1,200

46,07

0,7893

1 – propanol

2,256

60,11

0,8035

1 – butanol

2,948

74,12

0,8098

Terc-butanol

4,438

74,12

0,7858



Tabela 5: Valores de viscosidade, densidade da água em várias temperaturas.

t / oC

η /mPa s

 / g.mL-1

t / oC

η/mPa s

 / g.mL-1

18,0

1,053

0,9986

24,0

0,9111

0,9973

19,0

1,027

0,9984

25,0

0,8904

0.9970

20,0

1,005

0,9982

26,0

0,8705

0,9967

21,0

0,9779

0,9980

27,0

0,8513

0,9965

22,0

0,9548

0,9978

28,0

0,8327

0,9962

23,0

0,9325

0,9975

29,0

0,8148

0,9960

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