A ameaça pagã Velhas heresias para uma nova era



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A Ameaça Pagã
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protagonista do movimento ecumênico, do NAACP e do pacifismo.
Marxista teórico, ele apoiou o ACLU e a liberação do aborto liberado.
Sua busca por significado levou-o para a análise transacional, a
terapia Gestalt, a psicanálise, o behaviorismo, e grupos-T.
Finalmente, ele interessou-se por parapsicologia, pirâmides, cartas
de tarô e astrologia. No final desse ativismo colorido, ele denunciou
a intoxicação do modernismo com o “novo”. O furor de Oden
terminou quando ele espetacularmente retornou à ortodoxia cristã.
Seu livro, After Modernity... What? [Após a modernidade... o quê?]
(1990) responde à sua própria questão. “Agora muitos de nós estão
experimentando um desencantamento consumidor com os encantos
da modernidade”.
12
 Oden prediz que a elite intelectual liberal
retornará à ortodoxia, mas ele parece ser uma notável exceção em
vez de uma marmota anunciando uma primavera ortodoxa.
Conversão
O colapso do humanismo secular não é necessariamente uma
boa-nova para a ortodoxia cristã ou para a sociedade em geral.
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Assim como uma mudança rápida de artista, o liberalismo agora
aparece oculto no manto da espiritualidade pagã. O mal-
entendimento da doutrina da separação entre Igreja e Estado
paralisou o Cristianismo, a religião mais associada com a história
e a cultura da América. O apelo por mais religião em praça
pública
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 pode favorecer um sincretismo religioso apoiado pelo
Estado em vez de um novo dia de liberdade cristã.
Os liberais consideram a filosofia desconstrucionista uma
ferramenta útil para destruir a visão cristã ocidental, mas não se
deve permitir que a besta retorne ao seu treinador. Pode ser usada
para apoiar a liberação sexual e minar os valores judeu-cristãos, ou
ser empregada para deslocar as formas clássicas de interpretação
bíblica. Mas ninguém pode sobreviver por muito tempo na mesma
gaiola com a descrença radical. A brilhante eco feminista Charlene
Spretnak diz que você pode ter isso nos dois modos:
Eu concordo com o projeto desconstrutivo pós-moderno que
estimula a consciência dos processos pelos quais as
conceitualizações são culturalmente construídas [ela está
pensando especialmente no patriarcado] (...), mas eu não
concordo com o salto que dão para concluir que não há nada
além da construção cultural na experiência humana.
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LIBERALISMO CRISTÃO: CRISE E CONVERSÃO
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A desconstrução tem feito seu desserviço. Agora os pagãos
reconstruirão!
Um Politeísmo de um Louco:
Esquemas para um Futuro Liberado
Alguns leitores lembram-se da teologia da “morte de Deus”
dos anos 60. Vinte e cinco anos após o Holocausto, certos estudiosos
radicais anunciaram que a humanidade evoluída do século 20
poderia passar sem o Deus da Bíblia. Mas assim como a natureza
abomina o vácuo, o ser humano detesta o ateísmo. Assim, alguns
desses teólogos se moveram para o passado do politeísmo. O
“teólogo” do ateísmo, Friedrich Nietzsche (1844-1900) tornou-se um
profeta desta nova era de liberdade humana. Filho de um pastor
luterano, Nietzsche acreditava que a verdadeira evolução humana
conduziria à criação de um “super-homem” que se livraria do
Cristianismo, a fé de seres fracos, e adotaria um código “moral” da
total liberdade para indivíduos “fortes” e autônomos. Nietzsche
desprezava a humildade cristã, a caridade e o auto-sacrifício,
pedindo uma “nova avaliação de valores”,
16
 isto é, uma mudança
de valores morais, fazendo do mal bem e do bem, mal. A melhor
forma de teísmo não era monoteísmo, mas politeísmo – um deus
pessoal para cada um, e um panteão de múltipla escolha para cada
estado de mente
17
. Sua influência na noção alemã mais recente do
arianismo pagão da “super-raça” é uma questão para debate,
18
 mas
suas palavras soam com uma misteriosa previsão para nosso próprio
tempo de ética pro-escolha e pluralismo religioso:
Para o indivíduo estabelecer seu próprio ideal e derivar dele suas
leis, seus prazeres e seus direitos ... estava na maravilhosa arte e
capacidade para criar Deuses – no politeísmo – esse impulso era
permitido para descarregar a si mesmo (...). O monoteísmo (...) a
crença em um Deus normal, além do qual há somente falsos e
espúrios deuses (...) tem sido talvez o maior de todos os perigos
da raça humana no passado.
19
Embora Nietzsche tenha morrido demente nos braços de sua
irmã caduca,
20
 um proponente da teologia da morte de Deus (agora
uma grande influência na educação superior na América) disse em


A Ameaça Pagã
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1974 sobre a citação acima, que “há um novo futuro brilhante e novo
apelo nessas linhas, esperando ainda para ser entendido”.
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 O futuro
está situado no renascimento do politeísmo, isto é, o renascimento
dos deuses e deusas.
O “brilhante, novo futuro” também viria, de acordo com um
dos líderes no estudo moderno das religiões, o romeno Mircea Eliade
(1907-1986), do encontro contemporâneo do Oriente com o Ocidente.
Eliade cria que dessa maneira o “Ocidente chegará a um conhecimento
mais profundo e amplo do que significa ser humano”, e que isso
trará “transformações na consciência humana” para uma “nova
consciência global”.
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Um Novo Dia para o Liberalismo:
o Reavivamento do Paganismo
Enquanto teólogos ortodoxos brigavam com Kant, von Harnack
e Bultmann na fria frente alemã do racionalismo cético, a oposição se
fantasiou de um misticismo irracional, morno e espiritual. O futuro
talvez pertença aos “marginais” tais como Nietzsche, Mircea Eliade,
Rudolf Otto, C. G. Jung e Joseph Campbell. O fogo na beira da estrada
invadiu a rodovia e a ortodoxia enfrenta a ameaça do politeísmo pagão
místico no seu próprio lado do divisor teístico-ateístico.
As Deusas e Outras Deidades
O adesivo no pára-choque dos carros que dizia “Buzine se
você ama a Jesus” foi substituído na Califórnia por “A deusa está
de volta: a mágica está em ação”. Em 1970, a Conferência de
Liderança das Mulheres Religiosas (freiras) da igreja Católica
Romana na América pedia “autonomia e auto-realização” em vez
de “identidade corporativa e auto-sacrifício”.
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 Quem poderia
imaginar freiras nietzschenianas autônomas?
Charlene Spretnak intitulou seu livro States of Grace: The Recovery
of Meaning in the Postmodern Age [Estados da graça: recobrando o
significado numa era pós-moderna]. Como uma filósofa feminista
desconstrucionista pode falar de “graça” e “recobrar o significado”?
Será que estamos próximos de um avivamento religioso? Spretnak
afirma recobrar o significado apesar de um contexto intelectual que
joga desdém sem misericórdia em tal afirmação. Como? Por meio de
uma “mudança de paradigma”, que consiste de


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