Abel Pérez González — Revisão de Stygnommatidae
118
Stygnomma bonaldoi n. sp.
(Figs. 44-47)
Stygnomma n. sp.: KURY, 1996: 69 (resumo de congresso).
Tipos:
♂
holótipo, BRASIL, Estado de Pará, Estação Cientifica Ferreira
Penna, FLONA Caxiauanã, Curuazinho, Melgaço (MPEG). Três
♂
e quatro
♀
parátipos da mesma localidade do holótipo (MPEG). Dois
♂
e uma
♀
parátipos da
mesma localidade do holótipo (MNRJ). Uma
♀
parátipo, BRASIL, Estado de Pará,
Estação Cientifica Ferreira Penna, FLONA, Caxiauanã, Curuazinho, Melgaço,
Puraquequara (MPEG). Um
♂
e duas
♀
parátipos, BRASIL, Estado de Pará,
Melgaço (MCTP). Uma
♀
parátipo, BRASIL, Estado de Pará, Caxiauanã, Melgaço
(MCTP).
Etimologia: patronímico em honra de Alexandre B. Bonaldo, aracnólogo
brasileiro, coletor da série tipo.
Diagnoses: separa-se das restantes espécies do gênero pela armação dos
pedipalpos e a morfologia da genitália masculina. A genitália masculina a
assemelha a S. mauryi, porém a separa claramente dela pela forma da pars
distalis, a profundidade e largura da fenda longitudinal ventral da pars distalis e
pela forma da lamina apicalis.
Descrição do macho holótipo:
Medidas: CED: 2,50; CC: 1,32; LC: 1,75; LMEA: 2,00; DIO: 0,91; CBQ: 1,48;
LMQ: 2,03; CCxP: 0,98; CTrP: 0,38; CFeP: 1,47; CPaP: 0,86; CTiP: 1,27; CTaP:
0,59; CTP: 5,58. Cor (em álcool): base marrom claro com desenhos reticulados e
áreas de marrom mais obscuro; pedipalpos e quelíceras muito claras sem os
retículos de cor marrom; áreas do mesotergo marrom com os sulcos de marrom
claro; a região media das áreas I e II com seis “conchas” marrom claro delimitadas
por desenhos arborescentes mais obscuros que formam listras longitudinais;
tergitos livres marrom escuro. Dorso: carapaça côncava sem cômoro interocular;
área interocular finamente granulada; dois pequenos grânulos arredondados na
borda anterior na região media entre os soquetes quelicerais, borda do soquete
queliceral não engrossada; sulco I vestigial; áreas mesotergais não demarcadas,
Abel Pérez González — Revisão de Stygnommatidae
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granuladas; tergitos livres granulados. Quelícera: bulla do basiquelicerito côncava
dorsalmente inerme; região ectal com duas fileiras de cinco e quatro grânulos
respectivamente e mesal com uma fileira de seis grânulos; mão lisa com poucos
grânulos espaçados; dedo móvel com um dente basal. Pedipalpo: coxa dorsal com
uma pequena apófise espiniforme reta medial e sem apófise espiniforme meso-
distal; ventralmente com quatro fortes tubérculos, superfície mesal com
numerosos tubérculos arredondados e região pré-gnatocoxa arredondada coberta
de poucos tubérculos cônicos, superfície ectal com vários tubérculos arredondados
basais; trocânter com duas fortes apófises espiniformes dorsais e um tubérculo
cônico baixo mesalmente entre as duas apófises, ventral com quatro tubérculos;
fêmur dorsomesal com uma fileira de cinco pequenos grânulos e ventral com dois
fortes tubérculos basais, região meso-distal com duas fortes apófises espiniformes
e um pequeno tubérculo arredondado; patela mesal com um tubérculo cônico e um
pequeno tubérculo setífero ventro-distal, ectal com uma apófise espiniforme
ventro-distal; tíbia mesal com dois fortes tubérculos setíferos de pedestal alargado
e uma apófises espiniforme intermédia, ectal com dois fortes tubérculos setíferos e
seis apófises espiniformes (iiliilii); tarso com dois tubérculos setíferos mesais e
dois ectais. Pernas: sem ornamentação notável e com calcâneo III ligeiramente
engrossado. Formula tarsal: 6:8-10:6:7. Genitália: demarcação notável entre pars
basalis e pars distalis, pars basalis cilíndrica engrossada apicalmente e pars
distalis engrossada sub-apicalmente estreitando-se em sentido basal, ventralmente
com larga fenda longitudinal que lhe confere um aspecto bilobulado, em cada um
desses lóbulos possui numerosas cerdas foliares; lamina apicalis muito
desenvolvida, com forte rebordo ventro-apical e inteira; follis de tamanho reduzido
com projeções digitiformes muito pequenas; condutores laminares largos com
dobra apical.
Fêmea: similar em aparência ao macho, ligeiramente menor (CED: 2,41) e
sem engrossamento no calcâneo III.
História natural: a espécie aparenta freqüentar o solo da floresta
amazônica em algum momento do seu ciclo de vida, pois vários exemplares foram
capturados em armadilhas tipo pitfall.
Abel Pérez González — Revisão de Stygnommatidae
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Distribuição geográfica: BRASIL: Pará. Eco-região WWF NT0180
(Xingu-Tocantins-Araguaia moist forests).
Relações: é considerada a espécie irmã de Stygnomma mauryi n. sp.
Material Examinado: um
♂
, BRASIL: Pará: Estação Cientifica Ferreira
Penna, FLONA Caxiauanã, Curuazinho, Melgaço, TMS1 (sem mais dados), MPEG.
Uma
♀
, BRASIL: Pará: Estação Cientifica Ferreira Penna, FLONA Caxiauanã,
Curuazinho, Melgaço, 5-20/iv/ 2002, Equipe I, Pitfall 7 Plote 1, MPEG. Um
♂
,
BRASIL: Pará: Estação Cientifica Ferreira Penna, FLONA Caxiauanã, Curuazinho,
Melgaço, TMS2 (sem mais dados), MPEG. Dois
♂
e uma
♀
, BRASIL: Pará: Estação
Cientifica Ferreira Penna, FLONA Caxiauanã, Estação. Melgaço, TMS2 (sem mais
dados), MPEG. Uma
♀
, BRASIL: Pará: Estação Cientifica Ferreira Penna, FLONA
Caxiauanã, Estação. Melgaço, i/ 2003, TMS3 G1 (sem mais dados), MPEG. Um
♂
,
BRASIL: Pará: Estação Científica Ferreira Penna, FLONA Caxiauanã, Estação.
Melgaço, 5-22/iv/2002, Equipe I, Pitfall 20 Plote 1, MPEG. Uma
♀
, BRASIL: Pará:
Estação Cientifica Ferreira Penna, FLONA Caxiauanã, Estação. Melgaço, TMS5
(sem mais dados), MPEG. Uma
♀
, BRASIL: Pará: Estação Cientifica Ferreira
Penna, FLONA Caxiauanã, Estação. Melgaço, TMS4 (sem mais dados), MNRJ. Um
♂
, BRASIL: Pará: Estação Cientifica Ferreira Penna, FLONA Caxiauanã. Melgaço,
i/2004, WIN5 G1 (sem mais dados), MNRJ. Uma
♀
, BRASIL: Pará: Estação
Cientifica Ferreira Penna, FLONA Caxiauanã, Estação. Puraquequara, Pit 8 (sem
mais dados), MNRJ. Um
♂
e duas
♀
, BRASIL: Pará: Melgaço, 10/viii/1996, A. Lise
et al., MCTP. Uma
♀
, BRASIL: Pará: Caxiauanã, Melgaço, 11/viii/1996, A. Lise et
al., MCTP.
Stygnomma elocaso n. sp.
(Figs. 48-51)
Tipos: um
♂
holótipo, COLÔMBIA, Departamento do Quindío, Bosque El
Ocaso, MAUQ-101. Cinco
♂
e nove
♀
parátipos da mesma localidade do holótipo,
MAUQ 101, 105, 107, 109, 111, 117, 121, 122, 135 e 218.
Etimologia: nome específico em aposição formado pela união das palavras
“El” e “Ocaso”, referente à localidade tipo.
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