Trabalho e troca: Adam Smith e o surgimento do discurso econômico



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* Agradeço a Theresa Calvet de Magalhães (Fafich-UFMG), João Antônio de Paula (Cedeplar-UFMG) e Maurício Coutinho (IE-Unicamp), pelos comentários feitos a uma versão anterior. Os equívocos que restarem são, naturalmente, de minha responsabilidade. As referências aos textos de Smith seguem o sistema de citações adotado na Glasgow edition of the works and correspondence of Adam Smith. Exceto quando ressalvado, as citações da Riqueza das nações foram tomadas da tradução de Luiz João Baraúna (“Os Economistas”, da Editora Abril).

1 Em mais de uma ocasião, Marx referiu-se a Petty como o fundador da disciplina. Jevons, por sua vez, preferiu atribuir as honras a Cantillon, opinião que lhe renderia uma enérgica repreensão de Schumpeter .

2 Vale a pena citar todo o trecho: “Ora, a renda anual de cada sociedade é sempre exatamente igual ao valor de troca da produção total anual de sua atividade, ou, mais precisamente, equivale ao citado valor de troca. Portanto, já que cada indivíduo procura, na medida do possível, empregar seu capital em fomentar a atividade nacional e dirigir de tal maneira essa atividade que seu produto tenha o máximo valor possível, cada indivíduo necessariamente se esforça por aumentar ao máximo possível a renda anual da sociedade. Geralmente, na realidade, ele não tenciona promover o interesse público nem sabe até que ponto o está promovendo. Ao preferir fomentar a atividade do país e não de outros países, ele tem em vista apenas sua própria segurança; e orientando sua atividade de tal maneira que sua produção possa ser de maior valor, visa apenas seu próprio ganho e, neste, como em muitos outros casos, é levado como que por uma mão invisível a promover um objetivo que não fazia parte de suas intenções. Aliás, nem sempre é pior para a sociedade que esse objetivo não faça parte das intenções do indivíduo. Ao perseguir seus próprios interesses, o indivíduo muitas vezes promove o interesse da sociedade muito mais eficazmente do que quando tenciona realmente promovê-lo.” (WN IV.ii.9; grifos nossos)

3 “A filosofia estóica é a influência fundamental sobre o pensamento ético de Smith” (Raphael e Macfie, 1982: 5).

4 Publicado em 1759, foi o primeiro livro de Smith. Refletia, em boa medida, o conteúdo da segunda parte de suas lições sobre filosofia moral, ministradas na Universidade de Glasgow, a partir de 1752. O livro, que valeu a Smith uma fama considerável na Inglaterra e no continente, conheceu seis edições ao longo de sua vida, sendo que a última delas, contendo “adições e correções consideráveis”, apareceu poucas semanas antes de sua morte (Raphael e Macfie, 1982).

5 O conceito de simpatia é, assim, mais amplo que - e não se confunde com - o de benevolência. A confusão entre estes dois conceitos deu origem, entre autores alemães do século XIX, a uma longa controvérsia sobre a suposta contradição entre as opiniões de Smith na Teoria dos sentimentos morais e na Riqueza das nações. Sobre este debate, que ficou conhecido como o “Adam Smith problem”, ver Raphael e Macfie (1982: 20-5).

6 O conceito de simpatia remonta à antiguidade. Dos estóicos até o Renascimento, foi empregado sobretudo para se referir a uma conexão orgânica entre objetos do mundo físico, que se constituiria no fundamento da magia (Abbagnano, 1998: 901). Esse não é o sentido do conceito na filosofia moral de Smith, ainda que para ele mesmo essa idéia estivesse relacionada ao ponto de vista dos estóicos. A rigor, Smith reelabora o conceito de Hume, que definira a simpatia como o ato de compartilhar da dor ou prazer produzidos por alguma ação em uma outra pessoa. Para Smith, a simpatia refere-se ao compartilhar de qualquer sentimento. Além disso, do ponto de vista do julgamento moral, a aprovação de uma ação depende da simpatia que se estabelece com as motivações do agente, e não da simpatia pelos sentimentos da pessoa que sofre a ação (Cf. Raphael e Macfie, 1982: 7; 13).

7 Ver o Advertisement à sexta edição da Teoria dos sentimentos morais.

8 Nesta seção, retomamos alguns aspectos que já abordamos em Paula et alli (1999).

9 Escrito por Thomas Mun em torno de 1630, mas publicado apenas em 1664, trata-se do manifesto mais representativo do mercantilismo.

10 “Cumpre aqui lembrar que, em virtude de nossa opinião de que o trabalho é o pai e o princípio ativo da riqueza, como a terra é a mãe, ...” (Petty, 1983a: 54). “Parece razoável que aquilo que chamamos riqueza, capital ou cabedal da nação, sendo o efeito do trabalho realizado no passado...” (Petty, 1983c: 86).

11 “A terra é a fonte ou a matéria de onde se extrai a riqueza e o trabalho do homem é a forma de produzi-la. Em si mesma, a riqueza não é outra coisa que os alimentos, as comodidades e as coisas supérfluas que fazem a vida agradável.” (Cantillon, 1952: 1).

12 “Tudo no mundo é adquirido pelo trabalho e nossas paixões são as únicas causas do trabalho.” (Hume 1994: 99). “O dinheiro não é, propriamente falando, um dos objetos do comércio (...). Não é uma das rodas do comércio: é o óleo que torna o movimento das rodas mais suave e fácil.” (Hume, 1994: 115).

13 Essa opinião, formulada inicialmente por Marx (1983: 275), foi adotada em seguida por autores de diferentes extrações teóricas, entre os quais Rubin (1979: 177-8), Cannan (1940) e Schumpeter (1994: 187).

14 Cf. Rashid (1986), Campbell e Skinner (1979: 13-14) e a nota de F.B. Kay ao texto de Mandeville (1924: II, 142).

15 Segundo Murphy (1993: 156-7), o exemplo foi empregado pela primeira vez em um tratado escrito por um nobre alemão, Ernst Ludwig Carl, e publicado em 1722 com o título de Traité de la richesse des princes et de leurs Etats, et des moyens simples et naturels pour y parvenir. Não se sabe ao certo se Smith teve acesso a esse tratado, mas a descrição das dezoito operações em que se subdividia a produção dos alfinetes parece ter sido tomada da Enciclopédia de Diderot e D’Alembert, que, por sua vez, apoiaram-se em um verbete de uma obra congênere e pioneira, a Cyclopedia de Ephraim Chambers, publicada em 1728.

16 Publicado cinco anos depois da morte de Smith e escrito provavelmente antes de 1758, este ensaio expõe os princípios que, em sua opinião, deveriam “orientar e dirigir as investigações filosóficas”. Sobre as circunstâncias em torno deste texto, ver Skinner (1996: 25-47).

17 Segundo Smith (Astronomy, II.9), esse assombro é o sentimento “que surge a partir de uma sucessão inusitada de coisas. A interrupção que é dada assim ao curso da imaginação, a dificuldade que ela encontra em percorrer tais objetos desconexos e a impressão de algo como um espaço em branco ou um intervalo entre eles constituem a essência completa desta emoção.”

18 Cf. Polanyi (1980: 59) a propósito do equívoco histórico da afirmação de uma propensão inata à troca: “Em retrospecto, pode-se dizer que nenhuma leitura errada do passado foi tão profética do futuro.”

19 Contra este argumento de Smith, ver Sahlins (1972).

20 “A felicidade da humanidade, bem como de todas as outras criaturas racionais, parece ter sido o propósito original projetado pelo Autor da natureza , quando ele as trouxe à existência. (...) E essa opinião (...) é ainda mais confirmada pelo exame dos trabalhos da natureza, que parecem todos projetados para promover a felicidade e proteger contra a miséria. Mas, agindo de acordo com os ditames de nossas faculdades morais, perseguimos necessariamente os meios mais eficazes para promover a felicidade da humanidade e pode-se dizer, portanto, que, em certo sentido, cooperamos com a Divindade e promovemos, tanto quanto está em nosso poder, o plano da Providência.” (TMS III.v.7).

21 Rubin (1929) complementa: a primeira proposição afasta Smith dos mercantilistas, com sua fixação na moeda; a segunda, é a que o distingue dos fisiocratas que pensavam a circulação das mercadorias como uma circulação de substâncias criadas pela natureza.

22 É o próprio Smith quem reconhece os riscos envolvidos na divisão do trabalho. Numa passagem do livro V da Riqueza das nações ele comenta seus efeitos degradantes sobre as habilidades intelectuais e a faculdade de exercer juízos morais dos trabalhadores especializados: “Com o avanço da divisão do trabalho, a ocupação da maior parte daqueles que vivem do trabalho, isto é, da maioria da população, acaba restringindo-se a algumas ocupações extremamente simples, muitas vezes a uma ou duas. Ora, a compreensão da maior parte das pessoas é formada pelas suas ocupações normais. O homem que gasta toda sua vida executando algumas operações simples, cujos efeitos também são, talvez, sempre os mesmos ou mais ou menos os mesmos, não têm nenhuma oportunidade para exercitar sua compreensão ou para exercer seu espírito inventivo no sentido de encontrar meios para eliminar dificuldades que nunca ocorrem. Ele perde naturalmente o hábito de fazer isso, tornando-se geralmente tão embotado e ignorante quanto o possa ser uma criatura humana. O entorpecimento de sua mente o torna não somente incapaz de saborear ou ter alguma participação em toda conversação racional, mas também de conceber algum sentimento generoso, nobre ou terno, e, consequentemente, de formar algum juízo justo até mesmo acerca de muitas das obrigações normais da vida privada. Ele é totalmente incapaz de formar juízo sobre os grandes e vastos interesses de seu país (...) Esse tipo de vida corrompe até mesmo sua atividade corporal, tornando-o incapaz de utilizar sua força física com vigor e perseverança em alguma ocupação que não aquela para a qual foi criado. Assim, a habilidade que ele adquiriu em sua ocupação específica parece ter sido adquirida às custas de suas virtudes intelectuais, sociais e marciais. Ora, em toda sociedade evoluída e civilizada, este é o estado em que inevitavelmente caem os trabalhadores pobres - isto é, a grande massa da população - a menos que o Governo tome algumas providências para impedir que tal aconteça.” (WN V.i.f.50).


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