A ameaça pagã Velhas heresias para uma nova era



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A Ameaça Pagã
carbono da “Espiritualidade da Criação” de Matthew Fox, do
paganismo hindu ocidental e do misticismo da Nova Era em todas
as suas formas.
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 O Jesus do Evangelho de Tomás rejeita a noção de
pecado encontrada em Gênesis 2.5 a 3.24, mantendo somente a
visão otimista do ser humano expressa em Gênesis 1.1 a 2.4. Este
Jesus “autêntico” da erudição de esquerda do Novo Testamento fala
não como o Jesus do cânon do Novo Testamento, mas como um
médium da Nova Era. Um especialista do Novo Testamento conclui:
“Aqueles que procuram o lugar onde Jesus está não devem procurá-
lo, mas encontrarão o que procuram dentro de si mesmos”.
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 Iso é
hinduísmo puro. Shirley MacLaine não poderia ter dito melhor.
Talvez ela devesse ser convidada para se unir ao Seminário de Jesus,
para que tivessem ainda mais uma opinião neutra!
A retórica feminista também se beneficia dessa nova erudição.
A imagem ortodóxa, neotestamentária de Jesus esteve notadamente
ausente no seminário dedicado a Jesus, a Conferência RE-Imaginando
em 1993, que contou com aproximadamente quinhentos participantes.
Os procedimentos começaram com músicas para a deusa Sofia, e a
apresentadora Dolores S. Williams, uma “womanist” (uma feminista
negra) professora de teologia no Seminário Teológico Union em
Nova York afirmou asperamente: “Eu não acho que nós precisamos
uma teoria da expiação de maneira alguma”. Um líder do seminário,
Kwok Pui-Lan, perguntou: “Quem é este cômico Deus que
sacrificaria um cordeiro?” Ela continuou explicando, em termos que
lembravam o Evangelho de Tomás, que os chineses não crêem em um
Deus fora da criação, e que a tradição confucionista enfatiza a atitude
para o bem na raça humana.
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A Bíblia Completa
Os eruditos do Seminário de Jesus estão produzindo intencio-
nalmente uma nova Bíblia que aumenta e completa a Bíblia que já
temos. A Bíblia Erudita deles apresenta textos tais como O Evangelho
da Infância de Tiago e Tomás, que até os eruditos liberais
desconsideraram no passado como uma lenda religiosa e uma fic-
ção popular, não digna de ser considerada, nem mesmo por um
momento, como parte do Cristianismo primitivo autêntico.
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A nova Bíblia, que acrescenta e também retira da Escritura
Sagrada, propaga o monismo pagão na igreja cristã. A que isso levará?


A NOVA BÍBLIA
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Uma Nova Bíblia para uma Religião Global
A nova Bíblia e a “comunidade do documento Qpodem ser
criações de vida curta. Mas elas terão desconstruído a Bíblia ao
relativizar a unicidade de suas afirmações e ao estabelecer escritores
heréticos junto com os canônicos.
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 QTomás, e outros textos heréticos,
e eventualmente 1 Coríntios 13, sobreviverão em uma atmosfera
emocionante, a da Bíblia de todas as religiões da próxima geração, já
em processo de produção. Nós fazemos bem em lembrar aqui a
profecia feita em 1974 sobre a nova religião politeísta vindoura,
“porque faz contato com a urgência da vida fora das profundezas, é
em si mesma uma religião sem escritura, mas com muitas histórias”.
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A produção de uma Bíblia mundial começou com um estímulo
forte por Robert Muller, um líder da Nova Era e assistente vice-
secretário geral da ONU. Em 1989 a ONU criou a Organização
Internacional da Literatura Sagrada. O propósito dessa Organização é
tornar os escritos sagrados mundiais mais acessíveis em inglês
comum. Esse projeto é agora encabeçado pela Federação Inter-Religiosa
para a Paz Mundial, uma organização de frente da Igreja da
Unificação.
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 Num dos simpósios da Federação, o “Simpósio Sobre
as Escrituras Mundiais”, organizado no Parlamento das Religiões do
Mundo em setembro de 1993, alguns eruditos bem conhecidos,
incluindo a Dra. Ursula King, membro da diretoria de Conselheiros
da Federação Inter-Religiosa para a Paz Mundial e Professora de
Teologia e Estudos Religiosos na Universidade de Bristol, no Reino
Unido, deu palestras sobre esse programa tão interessante. Em sua
palestra, King anunciou que a Organização Internacional da
Literatura Sagrada havia concordado em fazer uma publicação com
a Harper Collins, e concluiu que essas séries de tradições sagradas
antigas se “tornariam uma fonte contemporânea para moldar nosso
futuro como uma comunidade global”.
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Uma Nova Bíblia de Todas as Crenças
A nova Bíblia será parecida com um dos textos lidos em uma
das sessões plenárias dos Parlamento das Religiões do Mundo, “Vozes
do Espírito e da Tradição”. Textos das Escrituras hindu e budistas foram
lidos ao lado das seleções do Alcorão e dos mestres sufi, um canto
animista ameríndio e um poema de uma “womanist” afirmando
que a humanidade precisa de novas revelações. O teólogo da “morte
de Deus”, David Miller, professor de Religião da Universidade
Syracuse e membro do Instituto Joseph Campbell pediu o fim dos


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A Ameaça Pagã
dogmas e das doutrinas que limitam a unidade e a descoberta de
uma alma mundial por meio do esvaziamento e da privação. Miller
leu Meister Eckhardt, um místico medieval que orou: “Eu oro a Deus
que me liberte de Deus”. Um representante da “Escola da Psicologia
Espiritual” leu o texto gnóstico Pistis Sophia, que reverenciava a
deusa e denunciava o Deus Criador “face de leão” do Antigo
Testamento. Houve uma leitura da Bíblia, um texto no qual Deus e
Cristo estavam ausentes. Um monge beneditino liberal, seguidor
da Nova Era declarou que, como representante da tradição cristã,
ele havia defrontado uma escolha impossível. Incapaz de escolher
uma passagem que mencionsse Deus, por medo de ofender todas
as mulheres presentes, ou uma passagemque mencionasse Jesus
Cristo, pois seria muito desarmonioso, ele resolveu o seu dilema ao
ler 1 Coríntios 13 como um texto sobre o amor que fala ao coração
de todo religioso cujo interesse profundo é ajudar os humanos a se
tornarem verdadeiramente humanos em profunda comunhão com
as plantas e com os animais. Eu não pude deixar de perceber que
essa afirmação foi recebida com muito entusiasmo por todas as
bruxas na plataforma.
Em 1984, o ano que George Orwell tornou famoso com seu
romance que descreve a forma máxima do totalitarismo, a Editora
Harper nos trouxe The Other Bible [A outra Bíblia], uma coleção de
escritos “inspirados” do mundo judeu-cristão antigo, que inclui
muitos textos gnósticos e materiais da mística cabala judaica, que
não fazem parte do cânon cristão. Seu organizador, Willis Barsntone,
professor de Religiões Comparadas da Universidade de Indiana,
faz a seguinte afirmação ao apresentar a coleção: “Se os eventos
tivessem sido diferentes e alguns desses [não canônicos] textos
tivessem sido incorporados em nossa Bíblia, nosso entendimento
do pensamento religioso teria sido radicalmente alterado. Hoje, livre
de restrições doutrinárias, nós podemos ler a ‘bíblia superior’ do
mundo judeu-cristão”.
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 A implicação é que esses livros não fizeram
parte do cânon como resultado de um dogmatismo arbitrário. Mas
a acusação é fraca e não é apoiada. A maioria do material em The
Other Bible (com a exceção dos Manuscritos do Mar Morto) defende
uma visão monística e anticristã em contradição fundamental ao
evangelho cristão. Um caso em questão. Os conteúdos do gnóstico
Apócrifo de João são descritos nessa publicação como tendo relação
com “Sofia, a Mãe do Criador Monstruoso, Ialdabaoth, Jahweh”.
Para um cristão isso é uma blasfêmia indescritível, pois o Novo


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