A ameaça pagã Velhas heresias para uma nova era



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AS PROFUNDAS RAÍZES DA NOVA ESPIRITUALIDADE
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o gnosticismo e os tempos modernos.
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 “Apesar da vasta diferença
cultural entre o protestantismo da América do Norte e o
gnosticismo antigo”, diz Phillip Lee, “o paralelo entre os dois...não
pode mais ser ignorado”.
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Uma curta explanação do gnosticismo
Os cristãos deveriam ler a história da igreja, ao menos a
história do gnosticismo, pois ela tem uma mensagem totalmente
moderna. Assim como nossa cultura oferece uma escolha entre
um liberalismo cristão ou secular, assim também o século 2°
permitiu ambos, o Cristianismo secular e o Cristianismo cristão.
Um longo e complexo desenvolvimento das mega tendências
religiosas, políticas e sociais do mundo mediterrâneo pré-cristão
moldou o gnosticismo antigo. Essa espiritualidade pagã começou
quando o Oriente encontrou o Ocidente no século 4° a.C. Alexandre
o Grande levou a cultura grega (ocidental) para os confins do
Oriente de seu amplo império. Nesse encontro, a cultura racional
da Grécia foi significantemente modificada pelas grandes religiões
orientais (Hinduísmo, Maniqueísmo, Zoroastrismo, a astrologia
babilônica, a adoração à deusa egípcia Ísis, e do judaísmo, seja
ortodoxo, místico ou apóstata).
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 A mistura dessas grandes tradições
produziu o sincretismo religioso e intelectual da chamada era
helenística (Séc. 4° a.C. – Séc. 4° d.C.). Este é o pensamento
lembrado nos livros do Novo Testamento, tais como 1 Coríntios,
Colossenses, 1 e 2 Timóteo e as epístolas Joaninas.
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O gnosticismo não era uma filosofia abstrata. Seres humanos
de carne e osso adotaram-no porque prometia mudar sua condição
social. Assim como nos dias de hoje, a Nova Era rejeita tanto a
ortodoxia cristã quanto o humanismo secular como ultrapassados
e inapropriados para os desafios do terceiro milênio, o gnosticismo
criticava tanto o estado pagão “oficial” quanto a “ortodoxia” cristã.
Uma análise mais sociológica recente do gnosticismo antigo
descreve “os sem-raízes e exaustos que foram eliminados e estavam
à procura de uma vida nova”. As idéias gnósticas encontraram
solo fértil em uma nova comunidade militar, mercantil e móvel.
Escravos livres, adeptos das religiões de mistério transferíveis, e
devotos de uma forma de feminismo nas ociosas classes - todos se
agarraram à espiritualidade que oferecia esperança para um novo
entendimento da liberdade individual.
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A Ameaça Pagã
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A importância da Gnose
Antes de sua expressão “cristã”, o gnosticismo estava encubado
nas  religiões de mistério, que no mundo antigo representavam o
ressurgimento do paganismo espiritual para o espiritualmente
faminto.
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 As religiões de mistério eram sociedades secretas que, opr
meio da devoção a um deus e freqüentemente a deusas, ofereciam
gnose, ou iluminação espiritual.
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 Embora a palavra gnosis em grego
signifique conhecimento de todos os tipos, nesse contexto significa
uma experiência dos poderes ocultos por meio de cerimônias de
iniciação misteriosas e secretas, e do eu divino como possuidor
desses poderes.
O conhecimento do ego como divino é o pilar essencial do
gnosticismo, embora elaborado e vestido como “cristão”. O
gnosticismo se tornou um sistema religioso chamativo, explosivo
no século 2° d.C. quando certos pensadores cristãos (Marcião,
Basilides, Valentinus et al) reinterpretaram sua fé para torná-la mais
agradável. Eles fizeram o que os liberais sempre haviam feito –
reinterpretaram a fé com base na filosofia pagã do dia,
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 afirmando
tal amálgama ser a mais verdadeira forma de Cristianismo. Não
convencidos, os pais da igreja viam no gnosticismo uma forma
cristianizada de paganismo.
Essa traição do Cristianismo autêntico marcou o ponto alto
do desenvolvimento do gnosticismo tanto intelectual quanto
numericamente. Talvez um cristão superficial tenha dado
sofisticação teológica ao movimento pagão gnóstico de liberação.
Certamente a mentira pagã do ego como divino (a tentação diabólica
original) alcança seu ponto mais alto de credibilidade quando
vestido em uma terminologia cristã. A dura denúncia do gnosticismo
cristão pelos pais da igreja mostra que seu apelo durante os primeiros
séculos da igreja ameaçou a própria existência da ortodoxia cristã.
Alguns dos mais refinados teólogos da Igreja Cristã dedicaram a
vida a denunciar essa heresia e para limpar seus efeitos perniciosos
da doutrina e da prática cristã. A fé cristã está sob um ataque similar
hoje, tanto de fora da igreja quando de dentro dela.
Gnosticismo: Espiritualidade “Liberal” Antiga
As Guerras Espirituais campeiam nos nossos dias. Repetindo
a batalha entre a ortodoxia e a heresia que marcou os primeiros séculos


AS PROFUNDAS RAÍZES DA NOVA ESPIRITUALIDADE
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da história da igreja, a “Esquerda Religiosa” ataca a ortodoxia cristã
hoje. No século 2°, o Evangelho suportou ataques frontais prolongados
e infiltrações sutis. Mas a Fé Apostólica sobreviveu, vitoriosa. Sempre
será assim, porque “Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será
para sempre” (Hb 13.8). O evangelho não muda com o tempo; ele
triunfará. Mas a tentação liberal para deformá-lo não muda muito
também, daí as impressionantes similaridades entre o gnosticismo
antigo e do liberalismo moderno.
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 A jornalista e autora católico-
romana Donna Steichen observou que o “consenso liberal é um
agnosticismo gnóstico”.
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 A comparação se torna mais impressionante
quando o liberalismo moderno retira o manto do ateísmo “cientifico”,
e se interessa por uma espiritualidade da “Nova Era”.
Os seguintes paralelos oferecem pontos formais de contato
entre a heresia antiga e sua contraparte moderna. Eles constituem a
tela de fundo contra a qual a análise detalhada de doutrinas
específicas será feita neste livro, na PARTE DOIS:
u O Espírito Liberal
As bases do liberalismo moderno são a supremacia da razão
humana e o direito de seguir a “verdade” onde quer que possa ser
encontrada. A Escritura não é a norma para a verdade, mas deve
ser sujeita à razão humana. O liberalismo atual trata a Escritura como
qualquer texto antigo. O mesmo “espírito” está presente no
gnosticismo antigo. Uma simpática popularizadora dos escritos
gnósticos, Elaine Pagels, descreve a essência da estrutura do
pensamento gnóstico:
Eles argumentavam que somente a experiência pessoal oferecia
o último critério para a verdade, tomando precedência sobre todo
testemunho de segunda-mão e toda a tradição.
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“Muitos liberais protestantes”, observa Phillip Lee, “parecem
confiantes em aceitar a noção de que já que os autores do Novo
Testamento não eram iluminados sobre a ciência moderna, a
tecnologia e a psicologia, o entendimento que tinham da vida deveria
ser tremendamente inferior ao nosso. Eles também entendem que,
por causa das grandes descobertas recentes, cristãos inteligentes
enfrentam contradições a respeito da Escritura que nunca tiveram
que ser enfrentadas anteriormente.”
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 Essa situação não é nova, como
Lee mostra em sua citação de Irineu, pai da igreja (130-200 d.C.):


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