Abel Pérez González — Revisão de Stygnommatidae
175
5/viii/1972, S. & J. Peck, AMNH, examinados. Dois
♀
parátipos, BELIZE,
Distrito
de Cayo, St. Herman’s Cave, Caves Branch, vii/1972, S. & J. Peck, TMM- 33.316,
examinados.
Justificativa: já na descrição original (GOODNIGHT & GOODNIGHT,
1977) os próprios autores planteiaram duvidas sob o parentesco de
Stygnomma
pecki. Eles escreveram: “...It is unusual in appearance; and it would be useful to
have more material from other localities, better to indicate its relationships. It
bears no obvious relationships to any forms we have previously observed…”.
Realmente a morfologia da espécie é única, este fato é acrescentado pelos
caracteres adquiridos durante o processo de troglobização (anoftalmia,
despigmentação, alongamento dos apêndices). Os caracteres
da morfologia externa
e da genitália masculina a descartam como pertencente a Stygnommatidae ou
qualquer outra família de Samooidea - Zalmoxoidea. A morfologia peniana está
relacionada com Epedanoidea (Stygnopsidae, Epedanidae, “Pyramidopidae” e
Assamiidae), superfamília considerada grupo irmão dos Gonyleptoidea (KURY,
1993). Em particular a genitália masculina apresenta afinidades com Epedanidae e
Stygnopsidae, famílias que tem a
capsula interna reduzida a um estilo simples,
sem condutores. Este estilo está localizado distal ou subdistalmente no
follis. O
follis pode ser rígido com projeções laterais (ex. Dibuninae, Fig. 8c,
Chinquipellobunus madlae (Goodnight & Goodnight, 1967) Fig. 8e-f). O pênis de
S. pecki apresenta um estilo subdistal e um
follis com projeções laterais, as cerdas
são grandes e acuminadas tendo uma distribuição
muito parecida aos Epedanidae,
apicalmente o
follis está muito pregueado e ao microscópio e muito difícil definir
com exatidão a forma desta estrutura. Nos Dibuninae também existe uma
estrutura apical complexa (Fig. 8c).
Os limites e as relações entre as famílias de Epedanoidea são pouco
conhecidos. Neste momento e difícil definir a qual família pertence
S. pecki, para
isto seria conveniente estudar com mais detalhes os representantes de
Stygnopsidae do sul de México e da América Central. Pelo momento decidiou-se
referir tentativamente a
S. pecki dentro de Stygnopsidae por ser o representante
americano de Epedanoidea, considerando que a decisão é
mais informativa que
designar a espécie como Grassatores
incertae sedis. No estado atual do
Abel Pérez González — Revisão de Stygnommatidae
176
conhecimento é impossível alocar
S. pecki em um dos gêneros conhecidos ou
decidir se pertence a um gênero novo.
Outro material examinado: uma
♀
, BELIZE, Distrito de Cayo, St.
Herman’s Cave, Caves Branch, vii/1972, S. & J. Peck, CC.
GRASSATORES
INCERTAE SEDIS
“Stygnomma” planum Goodnight & Goodnight, 1953
Stygnomma plana GOODNIGHT & GOODNIGHT, 1953: 33, fig. 19.
Stygnomma planum: KURY & COKENDOLPHER, 2000: 155 (nome emendado); KURY, 2003: 235
Tipos:
♀
holótipo, MÉXICO,
Estado de Chiapas, San Cristobal de Las
Casas, 12/viii/1950, C. Goodnight, AMNH, examinado.
Justificativa: a ausência de um macho desta espécie impede conhecer os
caracteres que ajudariam na sua localização familiar. Os caracteres morfológicos
externos são insuficientes para tomar uma decisão a respeito.
Stygnomimus conopygus Roewer, 1927
Stygnomimus conopygus ROEWER, 1927: 305.
Tipos:
♂
holótipo, INDONÉSIA, Província de Riau, arquipélago de Riow
(atualmente Riau), SMF, examinado.
Justificativa: os caracteres morfológicos externos e os caracteres da
genitália masculina não permitem referir esta espécie a nenhuma das famílias
conhecidas. Isto pode estar condicionado ao escasso
conhecimento da fauna de
micro-opiliões edáficos da região Indo-malaia onde devem existir numerosas
formas desconhecidas. Dado o diminuto do material (CT: 1,8) e a pouca
representatividade em coleções é necessária a coleta de material adicional para
poder estudar a genitália masculina com microscopia eletrônica e poder
caracterizá-la melhor.
Stygnomimus conopigus e
S. malayensis são, sem dúvida,
espécies relacionadas e congenéricas.
Abel Pérez González — Revisão de Stygnommatidae
177
Stygnomimus malayensis Suzuki, 1969
Stygnomimus malayensis SUZUKI, 1969: 32.
Tipos:
♀
holótipo e
♀
parátipo, MALÁSIA,
Templer Park, 18/i/1962, G.
Imadaté, ZIHU, não examinados.
Justificativa: ver
Stygnomimus conopygus.
5.4.- Lista de atos nomenclaturais
Novas alocações familiares e subfamiliares
“Stygnomma” fiskei Rambla, 1969, transferido de Stygnommatidae a Samoidae.
“
Stygnomma”
pecki Goodnight & Goodnight, 1977, transferido de
Stygnommatidae a Stygnopsidae.
“Stygnomma” spinipalpis Goodnight & Goodnight, 1953, transferido de
Stygnommatidae a Samoidae.
“
Stygnomma”
toledense Goodnight & Goodnight, 1977, transferido de
Stygnommatidae a Samoidae.
Acanthominua Sørensen, 1932, transferido de Kimulidae a Zalmoxidae.
Antagona Goodnight & Goodnight, 1942, transferido de Stygnommatidae a
Biantidae, Lacurbsinae.
Benoitinus Rambla, 1983, transferido de Samoidae a Biantidae.
Euminua Sørensen, 1932, transferido de Kimulidae a Zalmoxidae.
Euminuoides Mello-Leitão, 1935, transferido de Kimulidae a Zalmoxidae.
Fijicolana Roewer, 1963, transferido de Samoidae a Zalmoxidae
Flaccus Goodnight & Goodnight, 1947, transferido de Stygnommatidae a
Biantidae, Stenostygninae.
Hovanoceros Lawrence, 1959, transferido de Samoidae a Biantidae.
Malgaceros Lawrence, 1959, transferido de Samoidae a Biantidae.