Abel Pérez González — Revisão de Stygnommatidae
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Fêmea: similar em aparência
ao macho, ligeiramente menor (CED: 3,35) e
sem engrossamento no calcâneo III.
História natural: exemplares têm sido coletados embaixo de pedras e
troncos, assim como na
serrapilheira, entre os 1750 a 2000 m de altitude.
Distribuição geográfica: endêmico da
COLÔMBIA, distribuído pelo
Departamento do Quindío. Eco-região WWF NT0109 (Cauca Valley montane
forests).
Relações: espécie irmã de
S. laplanada, com quem possui grande
semelhança na morfologia externa e genital.
Material Examinado: um ex., COLÔMBIA: Quindío, Filandia, ii/ 1998,
C. Rodriguez, MAUQ. Um ex., COLÔMBIA: Armenia,
Sendero Universidad do
Quindío, 30/iii/2001, O. Aguirre e P. Garcia, 1400 m, embaixo de tronco, MAUQ.
Um ex., COLÔMBIA: Quindío, Peñas Blancas, x/2004, L. Mendoza, 1800 m,
MAUQ-129. Um ex., COLÔMBIA: Armenia, Sendero Universidad do Quindío,
20/ii/2002, C. Rodriguez, 1400 m, serrapilheira, MAUQ. Um ex., COLÔMBIA:
Quindío, Cedro Rosado, iii/2004, L. Mendoza, 1950 m, MAUQ-116. Um ex.,
COLÔMBIA: Quindío, 29/viii/2003, L. Mendoza, 1750 m, embaixo de tronco,
MAUQ-119. Quatro ex., COLÔMBIA: Quindío, Peñas Blancas, i/2004, L. Mendoza,
2000 m, embaixo de pedras, MAUQ-131. Um ex., COLÔMBIA: Quindío, Peñas
Blancas, 01/i/2004, L. Mendoza, 1800 m, serrapilheira, MAUQ-130.
Yareus novo gênero
Stygnomma (parte): GONZÁLEZ-SPONGA, 1987: 387, 392; KURY, 2003: 235.
Espécie-tipo: Stygnomma gracilitibiae González-Sponga, 1987
Etimologia: o nome genérico deriva de “Yare”,
um dos mais famosos
caciques da Venezuela, governante das terras que hoje compreendem os estados de
Miranda, Anzoátegui e parte de Monagas, foi um dos mais ferozes guerreiros entre
os que enfrentaram aos conquistadores espanhóis.
Gênero gramatical: masculino.
Diagnose: o gênero se separa do resto dos gêneros de Stygnommatidae
pela morfologia genital masculina, possuindo um pênis com
pars distalis curta e
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curvada dorsalmente e
pars basalis dorsal
com alargamento distal, sem sulco
médio. Alem disso é o único gênero que possui o fêmur dorsal do pedipalpo com
uma fileira longitudinal de fortes apófises espiniformes. Separa-se de
Stygnoquitus e
Stygnomma por possuir a
bulla armada de fortes apófises
espiniformes e distalmente engrossada, por não ter apófises entre os tubérculos
setíferos da tíbia ectal e mesal, nem apófises ventro-proximais na tíbia ectal do
pedipalpo. Separa-se de
Maleiwa por não possuir uma apófise espiniforme reta
dorsal na coxa do pedipalpo e três cúspides no
dente basal do dedo fixo das
quelíceras. Separa-se de
Zygobunus por possuir a
bulla distalmente engrossada.
Espécies incluídas: Yareus furvus (González-Sponga, 1987),
Yareus
galani n. sp. e
Yareus gracilitibiae (González-Sponga, 1987).
Espécies em sinonímia: nenhuma.
Distribuição: VENEZUELA. Eco-região WWF NT0117 (Cordillera de la
Costa montane forests).
Yareus furvus (González-Sponga, 1987)
nova combinação, nome
emendado
(Fig. 70)
Stygnomma furva GONZÁLEZ-SPONGA, 1987: 387, figs. 497-502.
Stygnomma furvum:
KURY, 2003: 235, (nome emendado).
Tipos:
♂
holótipo, VENEZUELA, Estado de Miranda, Distrito de Acevedo,
Parque Nacional Guatopo, 900
m de altitude, MCNC-938, perdido.
♀
parátipo da
mesma localidade do holótipo, MCNC-939, perdido. Cinco
♂
, cinco
♀
e cinco
imaturos parátipos da mesma localidade do holótipo, MAGS perdidos.
Observação: a revisão feita da coleção do Museo de Ciencias Naturales de
Caracas constatou que não possui nenhum exemplar desta espécie (tipos ou não
tipos). Os parátipos, depositados na coleção pessoal de Manuel A. González-
Sponga (Caracas), também estão perdidos, pois, segundo González-Sponga (com.
pess. 2002), foram depositados ‘a posteriori’ no Museu de Caracas. Por tais
motivos a série tipo de
Stygnomma furva González-Sponga, 1987, encontra-se
atualmente perdida.
Abel Pérez González — Revisão de Stygnommatidae
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Etimologia: do Latim
furvus que significa “negro”.
História do táxon: a espécie foi descrita por GONZÁLEZ-SPONGA (1987)
e posteriormente foi citada no catálogo dos Laniatores do Novo Mundo (KURY,
2003: 235) onde seu nome foi emendado para garantir a concordância gramatical
nome especifico/ genérico, de acordo com o Código
Internacional de
Nomenclatura Zoológica (ICZN, 1999).
Diagnoses: espécie muito parecida a
Yareus gracilitibiae de quem difere
fundamentalmente por caracteres da morfologia genital masculina como são a
forma da
pars distalis, o menor desenvolvimento da
lamina apicalis e
aparentemente o numero e a forma das cerdas ventro laterais. Também se separa
pela armação
dorsal da bulla. Separa-se facilmente de
Yareus galani n. sp. pela
ausência de troglomorfismos (despigmentação, alargamento dos apêndices e
redução ocular), a forma e armação dos pedipalpos, quelíceras e pela morfologia
genital masculina.
Descrição do macho:
Medidas: CT: 6,95; CC: 3,12; LMEA: 4,70; CBQ: 4,30; LMQ: 6,20; CTrP:
1,50; CFeP: 3,60; CPaP: 1,95; CTiP: 3,75; CTaP: 1,35. Cor (em álcool): cômoro
interocular e área posterior da carapaça de cor marrom muito escuro, quase negro.
Resto da carapaça de base marrom claro com desenhos reticulados marrom mais
obscuro; quelíceras e pedipalpos com desenhos reticulados de cor marrom; áreas
do mesotergo marrom com desenhos arborescentes marrom muito obscuros que
formam listras longitudinais; tergitos livres marrom obscuro.
Dorso: carapaça
côncava com cômoro interocular armado de um tubérculo
pontudo medial; área
interocular granulada; quatro pequenos grânulos arredondados na borda anterior
na região media entre os soquetes quelicerais, borda do soquete queliceral não
engrossada; sulco I vestigial; áreas mesotergais não demarcadas, granuladas;
tergitos livres granulados com fileira de pequenos grânulos longitudinais.
Quelícera:
bulla do basiquelicerito sinuosa dorsalmente com duas fortes apófises
espiniformes e um tubérculo pontudo intermédio, ectal e mesalmente com
numerosos grânulos e tubérculos cônicos; mão dorsal granulada. Pedipalpo: coxa
com fileira dorsomesal de grandes apófises espiniformes curvas que culmina em
forte apófise espiniforme curva meso-distal; ventralmente com apófises