Abel Pérez González — Revisão de Stygnommatidae
130
História natural: os exemplares foram coletados no húmus de um bosque
tropical a 600 m.
Distribuição geográfica: conhecido somente da localidade tipo. Eco-
região WWF NT0145 (Northwestern Andean montane forests).
Relações: Stygnoquitus joannae é a espécie irmã do clado ( S. laplanada +
S. penasblancas). Possui claramente o plano genital do gênero, porém o pênis é o
mais diferenciado entre as espécies com a genitália masculina conhecida.
Material Examinado: dois
♂
, EQUADOR: Pichincha: Santo Domingo, iv/
1965, J. & N. Leleup, ISNB- 1444.
Stygnoquitus laplanada n. sp.
(Figs. 62-64)
Tipos:
♂
holótipo, COLÔMBIA, Departamento de Nariño, Município de
Ricaurte, Reserva Natural La Planada, IAvH-OP104. Cinco
♀
parátipos da mesma
localidade do holótipo, IAvH-OP104.
Etimologia: nome especifico em aposição formado pela união das palavras
“La” e “Planada”, referente à localidade tipo.
Diagnoses: separa-se das restantes espécies do gênero pela armação dos
pedipalpos e a morfologia da genitália masculina. Ainda que apresente uma
notável similaridade com o pênis de S. penasblancas, estes se diferenciam na
largura da pars basalis, a largura dos condutores e a quantidade de cerdas foliares
da pars distalis.
Descrição do macho holótipo:
Medidas: CED: 2,50; CC: 1,30; LC: 1,65; LMEA: 1,95; DIO: 1,04; CBQ: 1,80;
LMQ: 2,30; CCxP: 1,18; CTrP: 0,42; CFeP: 1,63; CPaP: 0,89; CTiP: 1,35; CTaP:
0,53; CTP: 6,02. Cor (em álcool): base marrom claro com desenhos e áreas de
marrom mais obscuro. Áreas do mesotergo e tergitos livres com desenhos
arborescentes mais obscuros que formam listras longitudinais. Dorso: carapaça
ligeiramente convexa sem cômoro interocular; área interocular finamente
granulada com um tubérculo espiniforme médio; dois pequenos tubérculos
arredondados na borda anterior na região média entre os soquetes quelicerais,
Abel Pérez González — Revisão de Stygnommatidae
131
borda do soquete queliceral não engrossada; sulco I vestigial; áreas mesotergais
não demarcadas, finamente granuladas; tergitos livres finamente granulados com
fileira de pequenos grânulos longitudinais. Quelícera: bulla do basiquelicerito
côncava com três tubérculos espiniformes baixos dorsais; região ectal com vários
grânulos e mesal com uma fileira de quatro grânulos; mão inerme com vários
grânulos terminados em cerda; dedo móvel com um forte dente basal e vários
pequenos tubérculos na superfície mesal. Pedipalpo: coxa dorsal com uma forte
apófise espiniforme reta medial e uma pequena apófise espiniforme meso-distal;
ventralmente com uma fileira de tubérculos dois deles mais marcados; região pré-
gnatocoxa arredondada com pequenos tubérculos arredondados; trocânter com
duas fortes apófises espiniformes dorsais e quatro pequenos tubérculos ventrais;
fêmur dorsalmente com duas fileiras de tubérculos arredondados e ventralmente
com um forte tubérculo setífero basal e uma fileira de pequenas apófises e
tubérculos arredondados culminando em uma forte apófise espiniforme distal,
sem tubérculo setífero na região meso-distal; patela com um forte tubérculo
setífero ventromesal; tíbia mesal com dois fortes tubérculos setíferos de pedestal
fino e comprido e duas apófises espiniformes intermediárias, ectal com dois fortes
tubérculos setíferos e sete apófises espiniformes (iliiiliii); tarso com dois
tubérculos setíferos mesais e dois ectais. Pernas: sem ornamentação notável e com
calcâneo III ligeiramente engrossado. Formula tarsal: 6:9:6:7. Genitália: pênis
cilíndrico, largo, com pouca demarcação entre pars basalis e pars distalis; pars
distalis levemente engrossada, ventralmente armada com numerosas cerdas
foliares; lamina apicalis dividida com uma larga fenda media; follis grande e
globuloso com projeções digitiformes pequenas; condutores laminares largos de
superfície interna côncava que ultrapassam o ápice da lamina apicalis.
Fêmea: similar em aparência ao macho, porém ligeiramente menor (CED:
2,30) e sem engrossamento no calcâneo III.
História natural: desconhecida.
Distribuição geográfica: conhecido somente da localidade tipo. Eco-
região WWF NT0145 (Northwestern Andean montane forests).
Relações: espécie irmã de S. penasblancas, com quem possui grande
semelhança na morfologia externa e genital.
Abel Pérez González — Revisão de Stygnommatidae
132
Material Examinado: um
♂
e cinco
♀
, COLÔMBIA: Nariño, Reserva
Natural La Planada, 02/x/2001, G. Oliva, 1850 m, IAvH-OP104.
Stygnoquitus ornatus (González-Sponga, 1987) nova combinação
(Fig. 65)
Stygnomma ornatus GONZÁLEZ-SPONGA, 1987: 400, figs. 515-520.
Stygnomma ornatum: KURY, 2003: 235 (nome emendado).
Tipos:
♂
holótipo, VENEZUELA, Estado de Mérida, Distrito Sucre, entre
Chiguará e Santa Filomena, 930 m de altitude, MCNC-943, perdido. Um
♂
, uma
♀
e um imaturo parátipos de localidade duvidosa, MAGS, perdidos.
Observação: GONZÁLEZ-SPONGA (1987: 400) oferece a localidade de
VENEZUELA, Estado de Mérida, Distrito Tovar, entre Mesa Bolívar e San Rafael,
na ponte Victoria (entrada para Mesa Bolívar), 930 m de altitude, como outra
localidade de distribuição da espécie, mas não diz quais exemplares foram
coletados na dita localidade. Resulta evidente que corresponde aos parátipos, mas
e impossível saber se a localidade corresponde a parte ou a todos os exemplares.
Observação: a revisão feita da coleção do Museo de Ciencias Naturales de
Caracas constatou que não possui nenhum exemplar desta espécie (tipos ou não
tipos). Os parátipos, depositados na coleção pessoal de Manuel A. González-
Sponga (Caracas), também estão perdidos, pois, segundo González-Sponga (com.
pess. 2002), foram depositados ‘a posteriori’ no Museu de Caracas. Por tais
motivos a série-tipo de Stygnomma ornatus González-Sponga, 1987, encontra-se
atualmente perdida.
Etimologia: do Latim ornatus que significa “adornado”.
História do táxon: a espécie foi descrita por GONZÁLEZ-SPONGA (1987)
e posteriormente foi citada no catálogo dos Laniatores do Novo Mundo (KURY,
2003) onde seu nome foi emendado para garantir a concordância gramatical nome
especifico/ genérico, acorde com o Código Internacional de Nomenclatura
Zoológica (ICZN, 1999).
Diagnoses: separa-se de todas as espécies de Stygnommatidae pela
peculiar morfologia da genitália masculina.
Dostları ilə paylaş: |