145
Koman, R. Why your podcast is probably already illegal., in
SiliconValleyWatcher.com,
http://www.siliconvalleywatcher.com/mt/archives/2005/03/why_your_p
odcas.php
Lemos, A. Cunha, P. Olhares sobre a Cibercultura. Porto Alegre, Sulina,
2003.
Wikipédia., in
http://en.wikipedia.org/wiki/XML
.
Link. Estadão., in
www.link.estadao.com.br
Newitz, Annalee., Ipod Radio star., in Wired., The End of Radio (as we
know it)., march 2005, pp.111-113.
Rezende, Emerson., O que (já) vale a pena baixar e ouvir., in Informática,
Terra,
http://informatica.terra.com.br/interna/0,,OI501127-EI553,00.html
Fletcher, E., Podcast Music Licensing Not as Financially Daunting as
Bloggers Surmise?, in Blawgzine.,
http://www.newcommblogzine.com/blog/_archives/2005/3/14/432177.h
tml
Notas
1. Professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura
Contemporânea da Facom/UFBA.
alemos@ufba.br
2. Ver
http://en.wikipedia.org/wiki/Podcasting
3. RSS utiliza a tecnologia XML. Sobre XML ver
http://en.wikipedia.org/wiki/XML
. Alguns agregadores disponíveis:
Doppler, iPodder, FeedDemon.
4. Ver
http://www.siliconvalleywatcher.com/mt/archives/2005/03/why_your_p
odcas.php
. Ver também
http://www.newcommblogzine.com/blog/_archives/2005/3/14/432177.h
tml
. Sobre Creative Commons, ver
http://creativecommons.org/
.
5.Sobre podcast no Brasil e no mundo ver:
http://www.ipodder.org/
,
http://www.pewinternet.org/pdfs/PIP_podcasting.pdf
,
http://news.softpedia.com/news/Does-Podcast-have-6-million-users-
1004.shtml
,
http://www.pewinternet.org/PPF/r/154/report_display.asp
,
http://informatica.terra.com.br/interna/0,,OI501127-EI553,00.html
,
http://www.eupodo.com.br/category/eupodocast
.
6.
http://www.reuters.com/newsArticle.jhtml?type=internetNews&storyID=
8761417
.
7.
http://www.nytimes.com/2005/05/28/arts/design/28podc.html?ex=1274
932800&en=db1c6d7073dcc036&ei=5088&partner=rssnyt&emc=rss
, Ver
também
http://mod.blogs.com/art_mobs/
.
8.Sobre a BBC veja
http://news.bbc.co.uk/2/hi/technology/4575075.stm
146
9. Ver
http://www.wired.com/news/digiwood/0,1412,67809,00.html?tw=wn_1c
ulthead
10.
http://www.businessweek.com/technology/content/may2005/tc2005052
5_0375_tc_211.htm
Fonte: 404nOtF0und
(
www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/404nOtF0und/index.html
)
POLÍTICAS POP
Rebelião Punk, Pop-subversão, Tecno-dissidência e outras batalhas
perdidas
Oliver Marchart (1)
O presente artigo foi escrito como introdução a uma palestra por ocasiâo
do festival musical e de cultura pop Sounds Fair, de 1996, em Viena.
portanto, não é um texto que pretende fechar questões e sim lançá-las
para depois serem discutidas. O autor polariza elementos importantes
para as políticas pop (teoria e práxis, rebelião e subversão) e demonstra
grande liberdade e coragem crítica ao colocar, senão em questão, ao
menos na zona de tiro, autores consagrados pela cena pop. Em tempos de
mistificação acrítica, são bastante oportunas as colocações aqui
apresentadas. Redimensioná-las para a realidade brasileira é um exercício
importante para aqueles que se pretendem atores do processo cultural em
nosso país.
Álvaro Filho
.......................................................................................
Abstract para o festival Sounds-fair 1996 (Viena)
A conferência tratará das chamadas práticas políticas subculturais – ou
seja, a Política e respectiva teoria (“orgânica” e acadêmica) das culturas
juvenis, as quais se definem principalmente pelo conceito de “pop”.
Uma discussão teórica sobre subcultura e cultura popular, se não desejar
tornar-se cega perante sua própria posição, deve, hoje, partir da
crescente capacidade de transferência dos teóricos ao “pop” (os
especialistas dos cultural studies são ligados em cultura juvenil) e do
“pop” aos teóricos (o pessoal do Force Inc. (2) está grudado em
Deleuze/Guattari). Por trás de toda prática de política pop está uma
147
Teoria, tão “orgânica”, isto é, tão inconsciente ou possivelmente trivial ela
possa parecer (desde os famosos livrinhos da MERVE [3] às entrevistas da
“BRAVO” [4] ). Os “intelectuais orgânicos” das subculturas (Fanzineiros,
donos de selos mucicais, proprietários de clubes e demais agitadores
[sub]culturais) utilizam-se da Teoria em suas políticas (na intenção de
provocar rebelião, subversão e dissidência) sabidamente não apenas
como instrumento, mas, também como arma. O que importa aqui não é
uma leitura “correta” da mesma, e, sim, prática. Este down-loading de
certas visões equívocas da Teoria serve como assumida equipagem bélica
e para a interpretação das próprias práticas subculturais. Por outro lado,
os acadêmicos da cultura pop fazem up-load do ar fresco da subcultura
em seus gabinetes empoeirados.
O armamento com bases teóricas não deve ser subestimado, pois garante
sobretudo a jovens da classe média o efeito de distinção perante a cena
subinformada: o ambiente estudantil, p. ex., distancia-se através de
intensa reflexão da atitude “porra-louca” de certos grupos, entre outros.
Deve-se saber o que agrada a quem. A distinção (seja comercial, social ou
política) está diretamente relacionada ao reconhecimento da
credibilidade. A mesma credibilidade, uma vez perdida, poderá
possivelmente ser reconquistada através de uma nova tomada de
consciência (o último cd da banda “Die Fantastischen 4” [5] marcou uma
grande tentativa de reinvestimento industrial em um pouco de
credibilidade). Entretanto, ela poderá ser reconquistada não somente no
meio musical, mas também numa repolitização da própria posição,
através de um reinvestimento em ações na bolsa de valores da subversão,
no radical chic, etc.
Aqui acontece um movimento (do Rock ao Punk, do Pop ao Techno) que,
partindo da simples rebelião, passa a usar processos argumentativos de
fundamentação intelectual cada vez mais sofisticados. É mais fácil
perceber que o conceito de mera rebelião não funciona do que enxergar
tal problemática no conceito de subversão, já que este não considera uma
lógica de funcionamento, da eclosão real de ações arriscadas. Por isso, o
aparato de fundamentação teórica para práticas “subversivas” deve ser
muito maior, pois a sua efetividade é constantemente contradita pelo
desenrolar das relações sociais.
Assim eram os anos 80 no que diz respeito à teoria pop. Entretanto,
aquele mesmo pop indiferente ao gesto rebelde, era subversivo. O pop
pós-político, como Steve Redhead o denominou, resguardaria os “elos
perdidos entre a música popular e a dissidência.”, exatamente por não
deixá-los explícitos. O Manchester Institute for Popular Culture (6), com
Redhead, segue a tradição que vai de Bachtin a DeCerteau, de Hall a Fiske,
os quais atribuem ao “popular” um secreto poder de subversão. A política
pop-subversiva recorre constantemente a esta força.
O mesmo suposto poder de subversão foi ocasionalmente levado ao
histerismo: “Nós precisamos de mais estímulo, muito mais tempo de
publicidade, carros, moda pop hedonista e mais uma vez pop” – como
poetizou naquele tempo Rainald Goetz (7). Se acelerássemos bastante,
chegaríamos no fim do pop com o grupo terrorista RAF (8). Esta estratégia
de “sobre-afirmação” (e o conceito de dialética hegeliana a ela
subjacente) foi exaurida em todas as variações durante os anos 80 com
nomes como Jeff Koons ou o movimento da NSK (9) e a banda de extrema
direita Laibach (10).
Porém, enquanto os alegres ícones da pop-subversão dos 80 estão há
muito sob proteção ambiental, foram encontrados argumentos novos e
mais inteligentes para cozinhar a discussão sobre os soundtracks pós-
estruturalistas (à la Mille Plateaux) de Deleuze/Guattari. Em tempos de
techno-paradigma, o duo cômico do pós-estruturalismo não é mais
Dostları ilə paylaş: |