Abel Pérez González — Revisão de Stygnommatidae
163
e Flaccus teapensis (Goodnight & Goodnight, 1951)). Este grupo poderia estar
relacionado à espécie africana Heterolacurbs ovalis Roewer, 1912 (atualmente em
Lacurbsinae) que apresenta um corpo retangular e a mencionada modificação no
metatarso III dos machos. É preciso aprofundar no estudo da opiliofauna centro-
africana para determinar se existem representantes de Stenostygninae ou se
contem o grupo irmão desta subfamília. Caribbiantinae Šilhavý, 1973, poderia ser
um grupo válido que incluísse as espécies centro-americanas e do norte da
América do Sul ( Flaccus Goodnight & Goodnight, 1947, Bidoma Šilhavý, 1973,
Caribbiantes Šilhavý, 1973, Decuella Avram, 1977, Galibrotus Šilhavý, 1973,
Manahunca Šilhavý, 1973, Martibianta Šilhavý, 1973, Negreaella Avram, 1977,
Vestitecola Šilhavý, 1973) e Heterolacurbs ovalis de Togo. Por outro lado
Stenostygnus pusius Simon, 1879, aparenta estar mais relacionado a biantíneos
centro-africanos do gênero Metabiantes Roewer, 1915, pelas seguintes
características: sem caracteres sexuais secundários marcados, o follis não e rígido
apresentando dois titiladores largos frontais com projeções digitiformes vestigiais
e a pars distalis ventral fortemente côncava e dividida apicalmente. Os Biantidae
precisam de uma revisão e análise filogenética para poder estabelecer melhor a
delimitação dos seus grupos naturais.
Flaccus Goodnight & Goodnight, 1947, status revalidado, nova alocação
familiar
Flaccus GOODNIGHT & GOODNIGHT, 1947: 9.
Stygnomma (parte): GOODNIGHT & GOODNIGHT, 1951: 3; KURY, 2003: 234.
Espécie-tipo: Flaccus annulipes Goodnight & Goodnight, 1947, (por
designação original).
Etimologia: desconhecida.
Gênero gramatical: masculino.
Espécies incluídas: Flaccus annulipes Goodnight & Goodnight, 1947,
Flaccus bispinatus (Goodnight & Goodnight, 1947), Flaccus tuberculatus
(Goodnight & Goodnight, 1973), Flaccus rothi n. sp. e Flaccus teapensis
(Goodnight & Goodnight, 1951).
Abel Pérez González — Revisão de Stygnommatidae
164
Distribuição: América Central: MEXICO: Estados de Veracruz de Ignacio
de la Llave, Chiapas, Tamaulipas e Tabasco. GUATEMALA: Baja Verapaz .
Comentário: a nova alocação familiar se justifica pela maior proximidade
dos caracteres morfológicos externos e genitais com os representantes da
subfamília Stenostygninae (ver comentário em STENOSTYGNINAE Roewer,
1913). A análise alfa segrega Flaccus de Stygnommatidae alocando-o em Biantidae.
A morfologia da genitália masculina e dos pedipalpos permite a separação do resto
dos gêneros de Stenostygninae, justificando assim a revalidação do status genérico.
Flaccus annulipes Goodnight & Goodnight, 1947 combinação
restaurada
Flaccus annulipes GOODNIGHT & GOODNIGHT, 1947: 10, fig. 4.
Stygnomma annulipes: GOODNIGHT & GOODNIGHT, 1951: 6, fig. 10-12; RAMBLA, 1969: 392;
GOODNIGHT & GOODNIGHT, 1973: 92; KURY & COKENDOLPHER, 2000: 155, KURY, 2003:
234
Tipos:_♂__holótipo,_MÉXICO,_Estado_de_Tamaulipas,_Cueva_de_los_Cuarteles,_10_km_ao_SO_Aldama,_R._Jameson,_23/xii/1972,_AMNH,_examinado._Justificativa'>Tipos:
♂
holótipo, MÉXICO, Estado Veracruz de Ignacio de la Llave,
Municipio de Tierra Blanca (18° 27' N, 96° 21' W), H. Dybas, 28/vii/1941, FMNH,
examinado.
Flaccus bispinatus (Goodnight & Goodnight, 1947) nova combinação,
nome emendado
Stygnomma bispinata GOODNIGHT & GOODNIGHT, 1953: 31, fig. 18; 1954: 347, fig. 5.
Stygnomma bispinatum: KURY & COKENDOLPHER, 2000: 155 (nome emendado); KURY, 2003:234.
Tipos:
♂
holótipo, MÉXICO, Estado de Chiapas, Finca Guatimoc perto de
Cacahuatán, 1200-1500 m de altitude, AMNH, examinado.
Comentário: holótipo sem genitália masculina.
Justificativa: os caracteres da genitália masculina (em particular da forma
do stragulum) justificam a inclusão desta espécie no gênero Flaccus.
História Natural: os exemplares do vulcão San Martín foram coletados
em musgo úmido a 1500 metros de altitude.
Outro material examinado: dois
♂
, MÉXICO, Estado Veracruz de
Ignacio de la Llave, Municipio de San Andrés Tuxtla, no topo do vulcão San
Abel Pérez González — Revisão de Stygnommatidae
165
Martín, 1550 m de altitude, 12 km ao norte de San Andrés Tuxtla, 14/vii/1953, C.
Goodnight, AMNH (material tratado em GOODNIGHT & GOODNIGHT, 1954).
Flaccus tuberculatus (Goodnight & Goodnight, 1973), nova combinação,
nome emendado
Stygnomma tuberculatum GOODNIGHT & GOODNIGHT, 1973: 91, figs. 13-15; KURY & COKENDOLPHER,
2000: 155; KURY, 2003: 236
Stygnomma tuberculata: REDDELL, 1981: 166 (emenda injustificada); RAMBLA & JUBERTHIE, 1994: 219.
Tipos:
♂
holótipo, MÉXICO, Estado de Tamaulipas, Cueva de los Cuarteles, 10
km ao SO Aldama, R. Jameson, 23/xii/1972, AMNH, examinado.
Justificativa: os caracteres da genitália masculina (em particular da forma do
stragulum) justificam a inclusão desta espécie no gênero Flaccus.
Flaccus rothi n. sp.
Tipos:
♂
holótipo, MÉXICO, Estado Veracruz de Ignacio de la Llave, Lago
Catemaco (18º 26' N, 95º 06' W), 12/ii/1984, V. & B. Roth, CC, erroneamente
identificado como Stygnomma bispinata.
Etimologia: patronímico dedicado ao aracnólogo norte-americano Vincent D.
Roth, coletor da serie tipo.
Justificativa: Flaccus rothi n. sp. separa-se das restantes espécies do gênero
pela morfologia da genitália masculina. Sua morfologia externa é próxima a Flaccus
bispinatus porém difere dessa espécie pelas seguintes características: menor tamanho,
tíbias IV proporcionalmente mais compridas e com forma de clava, tubérculos
compridos na borda posterior do escudo dorsal e dos tergitos livres e a superfície dorsal
da tíbia e o tarso do pedipalpo mais granulada.
Distribuição: somente conhecida da localidade tipo.
Flaccus teapensis (Goodnight & Goodnight, 1951) nova combinação
Stygnomma teapensis GOODNIGHT & GOODNIGHT, 1950: 143 [ nomen nudum]; 1951: 16, figs. 22-23; 1953:
34; RAMBLA, 1969: 392.
Stygnomma teapense: KURY & COKENDOLPHER, 2000: 155; KURY, 2003: 236
Tipos: ♂ holótipo, MÉXICO, Estado de Tabasco, Município de Teapa, AMNH,
não examinado. Dois
♂
e uma
♀
parátipos, MÉXICO, Estado de Tabasco, Município de
Teapa, 17/vii/1947, C. Goodnight, AMNH, examinados.
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