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metodologia de ensino e aprendizagem



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Guia PNLD 2018 Matematica

metodologia de ensino e aprendizagem
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Ao lado da observação dos conteúdos matemáticos e do modo como são abordados, a avaliação 
de um livro didático ocupa-se, também, da análise da metodologia de ensino e aprendizagem 
nele adotada. Nessa análise, busca-se identificar de que forma as escolhas pedagógicas foram 
trabalhadas e se efetivam, tanto na apresentação e na sistematização dos conteúdos quanto no 
que concerne às estratégias de participação do estudante e às competências básicas a serem 
desenvolvidas. Procura-se, ainda, verificar quais recursos didáticos são utilizados, e a natureza 
das atividades propostas.
A avaliação das coleções aprovadas no PNLD 2018 revelou certa uniformidade no que diz respeito 
às propostas metodológicas desenvolvidas. Embora possam ser identificadas particularidades 
em cada obra específica, há um traço geral que as caracteriza: nos capítulos (ou nas unidades) há 
uma ou duas páginas de abertura que incluem textos, imagens, questões, ou informações gerais, 
relacionadas com conteúdo a ser estudado. Os textos iniciais objetivam contextualizar os conte-
údos e mobilizar o interesse dos estudantes para refletir sobre o que será estudado. Seguem-se 
as explanações teóricas, com apoio em exemplos ou exercícios resolvidos, que são completados 
por exercícios propostos.
Predominante nos livros didáticos para o Ensino Médio, nos últimos anos, essa escolha metodo-
lógica tem sido acompanhada de limitações pedagógicas. Inicialmente, nota-se que as conexões 


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entre os temas abordados nas aberturas e os conteúdos trabalhados ao longo de capítulos, ou 
unidades, nem sempre são adequadas. Além disso, esses temas raramente são retomados ao 
longo dos livros, apesar de muitos deles serem instigantes.
Outra observação a ser feita é que, em geral, as sistematizações são apresentadas muito rapi-
damente, por meio de definições, seguidas de exemplos ou de exercícios resolvidos, que são 
tratados como modelos a serem considerados na resolução dos exercícios propostos. Essa opção 
não é muito estimulante e limita as possibilidades de o estudante acompanhar o texto didático 
com suas próprias reflexões e indagações. Além disso, pouco contribui para um trabalho de sala 
de aula que favoreça a reflexão sobre os conteúdos e as discussões de possíveis soluções para as 
questões propostas, e que possibilite a atribuição de significados aos conhecimentos estudados.
Nota-se, ainda, que todas as obras apresentam a Matemática como um produto finalizado, em 
que tudo já é conhecido, restando-nos apenas aprendê-la, sem que possamos interferir no seu 
desenvolvimento. Não há, por exemplo, menção a problemas que são objeto de estudos há muito 
tempo, mas que ainda não foram completamente resolvidos pelos matemáticos. Raramente, os 
estudantes são confrontados com a ideia de que a Matemática é um organismo vivo – mesmo 
diante do fato de que, no século XX, produziu-se mais Matemática que em todos os séculos ante-
riores e o interesse por essa ciência continua mais vivo do que nunca.
As obras didáticas para o Ensino Médio incluem, comumente, um grande número de questões a se-
rem estudadas pelos estudantes. Em diversas obras aprovadas para o PNLD 2018, observa-se excesso 
de exercícios propostos, o que pode afastar o interesse do estudante por esse componente curricular 
e exigirá, do professor, uma cuidadosa escolha dos exercícios a serem trabalhados em cada tópico.
No mesmo sentido, a predominância de exercícios repetitivos baseados na aplicação de exem-
plos apresentados no texto, pode, igualmente, dificultar o genuíno interesse pela Matemática. 
Isso porque, o estudante não exerce, devidamente, sua capacidade de decisão sobre quais con-
ceitos podem ser mobilizados e qual estratégia de resolução é possível escolher. Essa capacida-
de é essencial para a realização de atividades matemáticas com compreensão. No entanto, são 
poucos os livros didáticos destinados ao Ensino Médio que exploram, de forma satisfatória, a 
utilização de diferentes estratégias na resolução de problemas e a verificação de processos e de 
resultados pelos estudantes. Igualmente, não são frequentes as atividades propostas que favo-
recem o desenvolvimento de capacidades básicas de inferir, conjecturar, argumentar e provar. E 
mais, as competências para organizar, analisar e sintetizar são insuficientemente demandadas 
em muitas obras didáticas. Além disso, na maioria das coleções não são exploradas questões 
nas quais haja falta ou excesso de dados e, também, aquelas com várias soluções, que são bons 
momentos para discussão e enriquecem a aprendizagem.
Quanto aos recursos didáticos, o uso de ferramentas tecnológicas ainda é um terreno pouco 
explorado no Ensino Médio atual. Por exemplo, nas obras analisadas, o emprego da calculadora 


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é frequente, porém comumente voltado para a realização e a conferência de cálculos, em detri-
mento de outras possibilidades de trabalho.
Entre os outros recursos tecnológicos, de forma geral, há boas sugestões de utilização de sof-
twares livres. Contudo, na maioria das obras, raramente é destacado o uso de instrumentos de 
desenho na aprendizagem de conceitos geométricos.
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