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mente relevante no Ensino Médio pela existência de muitas grandezas que são razões de grandezas,
não necessariamente de mesma espécie.
Os números complexos têm sido incluídos como tópico a ser trabalhado no Ensino Médio. No entanto,
muitos educadores só consideram o seu estudo indispensável para aqueles estudantes que vão utili-
zar modelos matemáticos mais avançados em suas profissões.
Por exemplo, engenheiros (ou técnicos
nas áreas da Engenharia), físicos e matemáticos. Mesmo nesses casos, é importante que o estudo dos
complexos seja uma oportunidade privilegiada de articulação com tópicos como vetores e geometria
no plano, com trigonometria e com as equações algébricas.
A análise combinatória, ou simplesmente combinatória, é uma parte da Matemática cujo objetivo é
resolver, entre outros, problemas de contagem dos elementos de conjuntos finitos. Como ela é tema
com muita tradição no Ensino Médio, sua renovação tem sido lenta nos livros didáticos. Um desses
avanços é a introdução do princípio
fundamental da contagem, com o qual é possível obter técnicas
básicas e muito eficientes de contagem, dispensando a ênfase demasiada em fórmulas.
É comum nos livros didáticos o estudo do princípio fundamental da contagem, mas muitas vezes ele
é logo deixado de lado e volta-se para o tratamento tradicional e estanque das combinações, arran-
jos e permutações, simples e com repetições. De fato, os problemas de contagem mais interessantes
exigem o uso de mais de uma dessas técnicas. Um dos objetivos de um bom ensino de análise com-
binatória é desenvolver no estudante a capacidade para escolher diferentes técnicas de contagem e
usá-las de modo eficiente na resolução dos problemas. É prejudicial um
ensino que habitue o estu-
dante a sempre tentar resolver qualquer problema de contagem com o uso mecânico de fórmulas.
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álgebra
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Neste item, serão discutidas as abordagens dos conteúdos de funções, sequências, Matemática fi-
nanceira, equações e inequações algébricas, sistemas lineares e matrizes.
No Ensino Médio, o estudo das funções incorpora, além de uma introdução geral a esse conceito, a
abordagem mais detalhada de quatro grandes classes de funções reais de variável real: afim, quadráti-
ca, exponencial e trigonométrica. É claro que essas não são as únicas funções reais de variável real que
se devem abordar nessa fase da escolaridade. Entretanto, o entendimento delas é base para a compre-
ensão de outras funções: afim por partes (por exemplo, a função modular);
proporcionalidade inversa;
função definida por mais de uma sentença; polinomial de grau maior do que 2; racional; logarítmica,
que é a inversa da exponencial; e as funções no campo da estatística e da probabilidade. As coleções
aprovadas incorporam os tópicos citados em diferentes graus de extensão e de aprofundamento.
Uma classe especial de funções são as sequências de elementos de um conjunto qualquer U. Uma
sequência em U é uma função cujo domínio é o conjunto dos naturais (sequência infinita) ou um sub-
5. Cabe ainda observar que, ao estudar as permutações,
em geral, não se aproveita a oportunidade para relacioná-las com fun-
ções: uma permutação de um conjunto finito é, simplesmente, uma função bijetiva deste conjunto nele mesmo.
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conjunto finito formado com elementos 1, 2, 3, ...
n
(sequência finita) e cujo contradomínio é o conjun-
to U. Definir sequência como uma função especial é um modo proveitoso, tanto do ponto de vista da
Matemática, quanto do ponto de vista didático. De fato, entre outras vantagens, evita-se a confusão
frequente entre o conceito de sequência e o de ordem. Os termos de uma sequência
podem perten-
cer a um conjunto U formado por elementos que não estão ordenados. Por exemplo, uma sequência
de figuras geométricas planas pode ser constituída de triângulos e de quadrados não relacionados
entre si. Mesmo que o conjunto U seja um conjunto numérico – por exemplo, o conjunto dos números
inteiros – pode ser formada uma sequência, como:
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