Quarta-feira, 7 de novembro de 2012



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Clínica Afrânio Peixoto (1952-1968).
Foram seus proprietários os Drs. José Pedro Salomão, Ataulpho da Costa Ribeiro e Sebastião Abrão Salim.
Clínica Senhora de Fátima (1954), fundada pelo Dr. Tasso Ramos de Carvalho. Foram de seu corpo clínico os Drs. Dolores Ribeiro Ramos de Carvalho, Djalma Teixeira de Oliveira e Alaor Rezende.
Clínica Nossa Senhora de Lourdes (1959-2000).
Foram fundadores os sócios cotistas Drs. Pedro Costa Neto, Hélio Durães Alkmin, Aspásia Pires, Lourival Alcântara Veloso, Ivan Ribeiro, José Gilberto de Souza, Eduardo Ozório Cisalpino, Wilson Mairinck e José Pio Cardoso. Foram de seu corpo clínico os Drs. Alan Freitas Passos, Amélio Porcaro Sales, Antônio Augusto F. Paulino, Dório Antônio Raggi Grossi, Guilherme B. Lucena, Helenita S. Goulart, Renato S. Oliveira, José Romualdo Oliveira, José Valmir Barrote Junior, Otávio Saliba, Antônio José Viegas e Janete Andrade.
Clínica Boa Esperança (1961-2000).
Fundada pelos Drs. Aristóteles Brasil e Armando Leite Naves. Foram de seu corpo clínico os Drs. Neide Garcia de Lima, Luiz Augusto Ribeiro, Adelaide Duarte Ubaldino e Paulo de Lima Garcia.
Hospital Espírita "André Luiz". Inaugurado em 1967.
Fundação espírita que teve seus primeiros diretores os Srs. Virgílio Pedro de Almeida, dr. Celso Dias de Avelar, dr. José Schembri, dr. Haroldo Alves Timponi. A coordenação clínica coube ao dr. Marco Aurélio Baggio. Foram ou continuam sendo de seu corpo clínico os drs. Jaider Rodrigues de Paulo, Luiz Carlos Rodrigues, Sérvulo José Duarte Vieira, Ricardo Mendes Pereira, Carlos Antônio B. Calixto, Geraldo Walter Heilbuth, Marcelo Oliveira Mundin, Henrique Marcos Cordeiro Campos, Dario D. Ferreira Pena, Osvaldo Hely Moreira, Rafic Dabien, Renato Pereira Campolina Pontes, Walter Rodrigues da Costa, Lenice A. Sousa Alves.
Clínica Serra Verde (1971-2005).
Destinada ao internamento de pacientes crônicos. Foram seus fundadores os drs. Mário Ibrahim da Silva, José Porcaro Vorcaro, Luiz Issa e Francisco Augusto Machado. Foram membros de seu corpo clínico os Drs. Antônio Carlos Calixto, Wagner Luiz Alves, Flávio Luiz M. da Silva, Carlos M. Ildefonso Silva, Celso Cruz, Ronaldo Cairo, Watercides França, Luiz Carlos Braga Pires, Maria Cristina Contigli, Euli Peixoto, Leonardo Taves, Venios Borges, Raimundo Ferreira Maciel, Humberto Campolina, Valéria de Fátima Moreira.
Centro Terapêutico Comunitário "Santa Margarida" (1974-1983).

       Fundada pelos drs. Adelson Sousa Pires, Clóvis Figueiredo Sette Bicalho, Júlio Cesar Valadares Roquete e Luiz Carlos Braga Pires. Trabalhava dentro do princípio da comunidade terapêutica, com redução no uso de psicofármacos e mais atendimentos socioterápicos e psicoterápicos.


Até o fim da década de 1960 não havia uma preparação formal do especialista em psiquiatria. Não haviam as residências médicas ou cursos de pós-graduação. Quem podia, se deslocava para o Rio de Janeiro ou São Paulo, onde acompanhava cursos de extensão, na Universidade do Brasil, Universidade de São Paulo ou Serviço Nacional de Doenças Mentais. Raros eram os que podiam fazer cursos no exterior. A grande maioria tinha sua formação através de estágios em hospitais psiquiátricos (na época havia a figura do estagiário-acadêmico ou interno-acadêmico, quando o estudante de medicina era incorporado ao corpo de estagiários do hospital, onde prestava serviços de plantão e atendimento em enfermarias, em troca de aprendizagem e conhecimentos na especialidade). As clínicas e hospitais mais procurados se situavam em Belo Horizonte, Juiz de Fora, Barbacena.

No início da década de 1960 novas ideias começaram a germinar em nossa psiquiatria, como ademais em todo o Brasil. A psicanálise progressivamente se introduziu como influência marcante na prática e pensamento dos psiquiatras e essa influência somente cresceu no decorrer dos anos.


O Hospital Galba Velloso como referência psiquiátrica
Quando no governo de Minas Gerais se encontrava José Francisco Bias Fortes e seu secretário de Estado da Saúde o prof. Austregésilo Ribeiro de Mendonça, este um ex-psiquiatra do IRS, e, portanto, consciente das deficiências desta instituição, se reuniram e decidiram pela construção de um novo hospital psiquiátrico em Belo Horizonte. Seu objetivo era substituir o “velho Raul” que seria modificado e adaptado para receber adolescentes com problemas de conduta.

O governador conseguiu um grande terreno de 12 mil metros quadrados, na zona oeste de Belo Horizonte, no bairro Gameleira. Ao fim de seu governo entregou o edifício quase pronto. A verba para tal empreendimento veio, em parte, dos cofres estaduais. Mas a maior parte veio de recursos da União, notadamente do Serviço Nacional de Doenças Mentais, então dirigido por um psiquiatra mineiro, Adauto Botelho. A conclusão da obra se deu no governo seguinte, de José de Magalhães Pinto e, segundo Moretzsohn (p. 141), quando era secretário de saúde Roberto Resende. O próprio Moretzsohn era o Chefe do Serviço de Psiquiatria da Secretaria de Saúde. Decidiu-se também que o IRS seria destinado somente a pacientes do sexo masculino e o Hospital Galba Velloso (HGV) somente para pacientes do sexo feminino. 



Hélio Durães Alkmin foi o primeiro diretor do HGV, que passou a funcionar a partir de agosto de 1962. As primeiras pacientes foram 34 mulheres transferidas do IRS para lá. O corpo clínico do hospital era composto de psiquiatras transferidos do IRS e outros nomeados pela Secretaria de Saúde. Segundo Moretzsohn (p. 141) o nome do hospital foi escolhido e levado para aprovação pelo Departamento de Neuropsiquiatria da Associação Médica de Minas Gerais. O retrato de Galba Velloso foi inaugurado em 01/11/1963. 
A partir de agora farei um relato do que testemunhei nesses últimos cinquenta anos da psiquiatria mineira. Iniciei meus primeiros contatos com a psiquiatria em agosto de 1966. Havia concluído a disciplina de farmacologia na Faculdade de Medicina da UFMG (FMUFMG). Submeti-me a avaliações com entrevistas e testes com Eunice Rangel, vice-diretora do HGV, fui admitido como interno acadêmico. Na ocasião, havia a figura do interno acadêmico, isto é, o estudante de medicina que, a partir do terceiro ano da faculdade, era admitido em hospitais, com o fim de estagiar, trabalhar como plantonista, prestar atendimento a enfermarias e ambulatórios e até ali residir. 
A psiquiatria mineira passava por transformações importantes. O HGV era, então, um foco polarizador de ideias que a estavam renovando. Em 1963, a direção do hospital fora transferida para as mãos de Jorge Paprocki, então um nome em ascensão em Minas Gerais, dadas suas pesquisas e publicações em revistas científicas. Paprocki se graduara em medicina em 1955 pela FMUFMG. Como não houvesse cursos de pós-graduação ou residência em psiquiatria, ele desenvolveu grande habilidade no trabalho com pacientes portadores de distúrbios mentais em hospitais e ambulatórios de Juiz de Fora, onde residiu por alguns anos, sob o enfoque de comunidades terapêuticas. Voltando para Belo Horizonte, trabalhou ao lado do psiquiatra Ivan Ribeiro e do anestesiologista Petrônio Boechat. Tornou-se conhecido nacionalmente em decorrência de suas pesquisas e publicações na área de psicofarmacologia, um setor da psiquiatria em franco desenvolvimento, e no emprego de anestésicos e narcose na eletroconvulsoterapia (ECT).
O estilo de administração de Paprocki causou grande impacto na psiquiatria mineira. Trouxe novas ideias, decorrentes da onda internacional que incentivava terapêuticas menos rígidas para os doentes mentais. Aí se incluíam a redução de contenções físicas, abolição de quartos-fortes e camisas de forças, preferência por utilização de métodos terapêuticos como os psicofármacos, ressocialização através de comunidades terapêuticas, ambientoterapia, socioterapia, suporte psicoterápico institucional, terapia ocupacional, praxiterapia e outras. Ao mesmo tempo, utilizavam-se ainda as técnicas de tratamentos biológicos como cardiazolterapia e insulinoterapia, além do já citado ECT (com e sem anestesia). Os resultados logo começaram a surgir. Aliado a tudo isto, num gesto audacioso para aqueles tempos (e ainda para os dias atuais), Paprocki instituiu o chamado “open door integral”, isto é, as enfermarias não eram trancadas com grossas portas com barras de ferro para evitar a fuga das pacientes. Não havia portas e uma das pacientes, já em melhores condições psíquicas do que os demais e com previsão de breve alta hospitalar, era colocada na entrada da enfermaria para controlar o movimento de saída dos demais. Os resultados encorajaram a manutenção desta nova estratégia.
Paprocki abriu as portas do hospital para jovens estudantes de medicina que desejassem seguir a especialidade da psiquiatria, acolhendo-os como internos acadêmicos. Grande parte deles passou a residir no HGV, em setor reservado. A medida atraiu uma plêiade de jovens estudiosos e sequiosos de conhecimento e treinamento especializado. Esse movimento constituiu o berço de uma grande geração de futuros psiquiatras que se destacaram nas mais diversas áreas da psiquiatria, da psicanálise, da psicoterapia, da neuropsiquiatria e das neurociências. Ao mesmo tempo, Paprocki incentivou a todos na realização de trabalhos de pesquisas e na publicação de seus resultados. Em grande parte dessas pesquisas ele era o líder e coordenador. O gosto pela pesquisa, pela redação de trabalhos científicos e pela sua publicação logo se tornou uma prática rotineira de toda a equipe.
Paprocki era severo, respeitado e, de certa forma, temido. Ao mesmo tempo, era bondoso, compreensivo e incentivava as habilidades e qualidades individuais de cada um dos internos. Alguns profissionais experientes trabalhavam com ele, como os neurologistas Benítez Emílio Conde e Dalton Lintz de Freitas, este também eletroencefalografista, os clínicos e cardiologistas Emílio Grimbaun, Belces de Paula, Edson Rasuk, José Luiz de Amorim Ratton e Geraldo Ribeiro, este ginecologista. 
Dentre os psiquiatras mais experientes estavam: Helênio Coutinho Guimarães, Neusa Magalhães Carneiro, Pedro Lopes de Oliveira, José Pedro Salomão,  José James de Castro Barros, José Domingues de Oliveira, Aldorando Ricardo do Nascimento, Mário Catão Guimarães, José Raimundo Lippi, Eunice Rangel. Esta foi o braço direito de Paprocki e muito contribuiu para o êxito da administração e das ações implementadas naquela época. 
Na ocasião, um considerável número de internos acadêmicos ali trabalhava havia, pelo menos, dois ou três anos. Dentre eles, assinalo: Marco Aurélio Baggio, César Rodrigues Campos, Odília Miguel Pereira, Francisco Juarez Ramalho Pinto, Virgílio Bustamante Rennó, Francisco Paes Barreto, Arlindo Carlos Pimenta, Francisco Xavier, Vicente Santos Dias, José de Assis Corrêa, Eudes Ramón Paredes Montilla (venezuelano), José Carlos Pires Amarante e, por um período mais curto, Walmor Piccinini (este, vindo do Rio Grande do Sul). Quase na mesma ocasião de minha inclusão no grupo, também foram admitidos meus colegas de faculdade Javert Rodrigues, Rodrigo Teixeira de Salles e, algum tempo depois, Maria Muniz Passos (Lia), Maria Auxiliadora Athayde e Lélio Marcio Dias.
Outros estagiários logo se incorporaram a este multifacetado grupo de jovens idealistas e dedicados, como José Ronaldo Procópio, Claudio Pérsio Carvalho Leite e Hélio Roscoe. Um grupo de psicólogos estagiários e estudantes de psicologia, também se inseriu ao grupo, como Welber Braga, João Mascarenhas, Elizabeth Clark, Flávio José de Lima Neves e outros. Formou-se, aos poucos, um grande grupo multiprofissional composto por enfermeiras, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, todos dedicados e sequiosos de conhecimento. Também havia uma equipe de professoras para o curso fundamental que ministravam aulas de cuidados pessoais, higiene, auxílio à leitura e escrita, para as pacientes internadas, como um complemento às diversas terapias disponíveis. Esta foi uma experiência única e pioneira no estado que durou por não mais que três anos.
Iniciei meu trabalho no Centro de Estudos Galba Velloso (CEGV) pouco após minha chegada ao hospital. No princípio, como bibliotecário, depois como diretor de publicações e, finalmente, em 1969, após a gestão de José Carlos Pires Amarante, o sucedi na presidência. O CEGV fora criado em 1964 e tivera como presidentes os psiquiatras Eunice Rangel e José Domingues de Oliveira, e os acadêmicos Francisco Paes Barreto e José Carlos Pires Amarante. Como diretor de publicações, em 1968, planejei a publicação de um texto sobre psicofármacos, visto que nenhum livro sobre o assunto havia sido publicado no Brasil, até aquela data. Pensei numa obra escrita a várias mãos, na qual cada um dos membros do corpo clínico se encarregaria de escrever um capítulo. Agendei com o grupo uma reunião no CEGV quando apresentei meu projeto, aprovado com entusiasmo. Escolhidos os temas e ementas, a distribuição seguiu a predileção de cada um. Tornei-me o editor desta obra.  Jamais imaginamos que o livro marcaria época na psiquiatria brasileira. Foram seis meses de trabalho intenso e profícuo e os resultados não demoraram a surgir.
Nesta época, antes da era das residências de psiquiatria, a “turma do Galba” realizava estudos auto didáticos, geralmente em grupos e utilizando os tratados de psiquiatria famosos do período. Um deles era o do psiquiatra argentino Juan Beta, Manual de Psiquiatria, livro considerado por demais organicista numa época em que a psicanálise já dominava amplamente a psiquiatria brasileira e mundial. Também o Manual de Psiquiatria, de Mayer-Gross, em que pese sua orientação organicista, era mais aceito que o anterior. Em contrapartida, Iracy Doyle, com sua Nosologia Psiquiátrica, tinha profundas raízes psicodinâmicas. Era um livro que praticamente decorávamos por inteiro. Outros autores e obras importantes estudados com afinco, em que noites eram varadas sobre suas páginas, em particular na sala do CEGV: Psiquiatria Dinâmica, de Henri Ey, Psiquiatria Clínica Moderna, de Noyes e Kolb, Psicopatologia, de Kurt Schneider, Tratado de Psiquiatria, de Manfred Bleuler, História da Psiquiatria, de Franz Alexander, Psicopatologia Geral, de Karl JaspersTemas Psiquiátricos (um extenso tratado de psicopatologia), de Cabaleiro-Goás, Psicologia Médica, de Juan-José Lopez-Ibor, os livros de Weitbrecht e Tellembach, Estratégias em psicoterapia, de Jay Haley, e muitos outros. Tomávamos também conhecimento, a partir de 1968, do trabalho do grande psiquiatra espanhol, Francisco Alonso-Fernandez, com sua obra, Fundamentos de la Psiquiatría Actual, uma expressão da excelência psiquiátrica do período. Somente no final da década de 1970 surgiu o também muito aguardado Psiquiatria, do prof. Nobre de Melo. Mas, então, todos nós já estávamos longe do Galba.
Com frequência eram convidados grandes psiquiatras para proferir palestras no CEGV: prof. Clóvis de Faria Alvim, um dos mais brilhantes da história da psiquiatria mineira, prof. Paulo Saraiva, de conhecimento enciclopédico, prof. Hélio Durães Alkmin, da UFMG, prof. Austregésilo Ribeiro de Mendonça, fundador da disciplina de psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas (FCMMG), Fernando Megre Velloso, Joaquim Affonso Moretzsohn, Ivan Ribeiro da Silva, Francisco Hugo Badaró, Geraldo Megre de Resende, Aspásia Pires de Oliveira, todos grandes e consagrados nomes de nossa psiquiatria, além do prof. José Elias Murad, com suas aulas memoráveis sobre psicofarmacologia. 
 As tendências entre os internos acadêmicos já se faziam esboçar, a maioria com pendores para os estudos de psicanálise. Alguns foram tomados de verdadeira afeição pela teoria freudiana e pela psicoterapia analítica. No meu caso, em particular, apesar de ter feito análise de grupo por seis meses com o prof. Célio Garcia e quase um ano e meio de análise individual com Jarbas Moacir Portella, o meu interesse pelas teorias pavlovianas e sua neurofisiologia aplicada à psiquiatria e psicologia, demonstrou possuir uma força mais vigorosa e suas teorias científicas tiveram para mim o gosto da “verdade”. Éramos todos muito jovens, idealistas e radicais. Não havia espaço para o meio-termo, para a síntese, para o eclético ou o holismo.
Graduei-me em medicina pela UFMG em dezembro de 1968, quando me candidatei à residência de psiquiatria, criada um ano antes, um convênio entre a Secretaria de Estado da Saúde de MG e a FCMMG. Esta foi a primeira residência de psiquiatria no Estado. 
A obra Psicofármacos foi concluída em maio de 1969. Teve tiragem de dois mil exemplares. Os recursos vieram das economias feitas pela tesouraria do CEGV, durante mais de um ano. O livro teve grande aceitação e era vendido na Cooperativa Editora e de Cultura Médica. Inúmeros exemplares foram enviados, como permuta, para bibliotecas de universidades, hospitais, instituições psiquiátricas pelo Brasil afora, o que contribuiu para torna-lo bastante conhecido. A obra foi um marco na história da psiquiatria brasileira. Por mais de seis anos era única, sobre psicofarmacologia, publicada no Brasil. Apenas em 1975 o prof. José Caruso Madalena, do Rio de Janeiro, publicaria outro livro na área, com teor um pouco diferente. Uma obra maior e mais atualizada somente foi publicada pelo mesmo Caruso Madalena, em 1980, portanto, mais de dez anos após o trabalho do CEGV.


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IX Congresso Brasileiro de Neuropsiquiatria, Neurologia e Higiene Mental
no Hotel Copacabana Palace, Rio de Janeiro, julho de 1969.
Da esquerda para a direita: César Rodrigues Campos, João Luiz Silva Tony,
Antônio Carlos Corrêa e Jorge Paprocki.




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X Congresso Brasileiro de Neuropsiquiatria, Neurologia e Higiene Mental, 
no Hotel Copacabana Palace, Rio de Janeiro, julho de 1969.
Viagem de barco pela Baía de Guanabara.
Da esquerda para a direita: Antônio Carlos Corrêa, Arlindo Pimenta, José Raimundo Lippi, Claudio Pérsio Carvalho Leite,
Francisco Paes Barreto, personagens não identificados.


O livro foi oficialmente lançado no IX Congresso Brasileiro de Neuropsiquiatria, Neurologia e Higiene Mental, no Hotel Copacabana Palace, Rio de Janeiro. Para lá se dirigiu parte da “turma do Galba”, capitaneada por Fernando Megre Velloso e Jorge Paprocki. Foi um sucesso absoluto. A edição, primeira e única, se esgotou em pouco tempo. Hoje, quem possui um exemplar tem uma relíquia nas mãos.




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Lançamento da Revista do Centro de Estudos Galba Velloso,

na Associação Médica de Minas Gerais, em 16 de setembro de 1969.

Na ocasião o Dr. Jarbas Moacir Portella proferiu sua palestra intitulada:

"Por que uma Revista de Psiquiatria em Minas Gerais".

Da esquerda para a direita: Dr. Jarbas Portella, Antônio Carlos Corrêa, 


Francisco Paes Barreto.

Poucos meses depois, em agosto de 1969, foi lançada a Revista do Centro de Estudos Galba Velloso. Era um projeto acalentado há mais de um ano, paralelamente ao livro Psicofármacos. Mais uma vez, contamos com a colaboração de todos e, principalmente, de Paprocki e Eunice Rangel, para viabilizar o sucesso do empreendimento. Houve o patrocínio de alguns laboratórios farmacêuticos, o que nos pavimentou o caminho da concretização da obra. O lançamento do primeiro número se deu nos salões da Associação Médica de MG, quando a iniciativa foi saudada por Jarbas Moacir Portella, analista didata do Círculo Psicanalítico de Minas Gerais. 




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A residência de psiquiatria, que fora criada em 1968, teve em sua primeira turma os seguintes residentes: José Carlos Pires Amarante, José Ronaldo Procópio, José de Assis Corrêa, Eudes Ramon Paredes Montilla, João Luiz da Silva Toni, Claudio Pérsio Carvalho Leite, Hélio Roscoe e Virgílio Bustamante Rennó. A segunda turma, de 1969, contava com: Rodrigo Teixeira de Salles, Javert Rodrigues, Maria Auxiliadora Athayde, Maria Muniz Passos (Lia), Maurício Sartori, Vicente Santos Dias, Lélio Marcio Dias e Antônio Carlos Corrêa. A terceira turma, de 1970, era composta por: Antônio Leite Rangel, Adelgício José Melo de Paula, Clovis Sette Bicalho, Marcos de Melo Couri, Argileu Pereira dos Santos e Delcir Antônio da Costa.


Os docentes eram membros do próprio HGV, com aporte de alguns contratados. Entre eles destacava-se André Faria d’Azevedo Carneiro que recém concluíra sua residência no Instituto de Psiquiatria da FMUFRJ, então sob a orientação do prof. José Leme Lopes, um dos mais consagrados psiquiatras brasileiros. Além dos clássicos da psiquiatria, da fenomenologia e da analítica existencial alemãs, como Kraepelin e Jaspers, estavam incluídos nas leituras dos residentes os filósofos Husserl, Dilthey e Martin Heidegger.
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Março de 1970 - Simpósio Nacional sobre Depressão.

Parte da "turma do Galba". Da esquerda para a direita:

Cristina e Rodrigo Teixeira de Salles, Marcio Sampaio,

Roberto Rangel, Eunice Rangel, José Ronaldo Procópio,

Antônio Leite Rangel, Jorge Paprocki, Maurício Sartori,

Maria Muniz Passos (Lia), Delcir Antônio da Costa

e Antônio Carlos Corrêa.


O HGV estava em seu apogeu e era considerado uma das referências da psiquiatria brasileira. Havia inúmeros candidatos à residência provenientes de Minas e de diversos estados. Paprocki atingira grande conceito entre os psiquiatras brasileiros. Era convidado para eventos pelo País afora. A indústria farmacêutica também demonstrava interesse em promover lançamento de produtos no HGV, como ocorreu em março de 1970, quando o laboratório Ciba-Geigy planejou o lançamento da clomipramina injetável, um importante antidepressivo da época, e propôs que ali fosse realizado durante um Simpósio Nacional sobre Depressão. Todos se mobilizaram para o evento, que foi um sucesso. Personalidades de renome nacional da psiquiatria prestigiaram o evento, que também teve o patrocínio da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), então recentemente criada, há apenas quatro anos (1966), com a participação ativa de Fernando Megre Velloso e Jorge Paprocki. Dentre as grandes personalidades que compareceram posso citar: prof. Álvaro Rubim de Pinho, professor catedrático de psiquiatria da FM-UFBA, então presidente da ABP, dr. Ulisses Vianna Filho, secretário da ABP, prof. Clóvis Martins, professor Livre-Docente da FM-USP e do Instituto de Psiquiatria, prof. Darcy de Mendonça Uchôa, também professor Livre-Docente da FM-USP, e outros.





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Sessão de abertura do Simpósio. Da esquerda para a direita:
Antônio Carlos Corrêa, Francisco Paes Barreto, José Raimundo Lippi,
prof. Ulisses Vianna Filho (Secretário Geral da ABP-Rio de Janeiro),
Eunice Rangel, J. Pagano-Botana, diretor Médico do Laboratório Ciba-Geigy,
deputado estadual Genésio Bernardino, representando o governador do estado
Israel Pinheiro, prof. Rubim de Pinho (Presidente da ABP-Bahia).






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Sessão inaugural do Simpósio sobre Depressão. 


Ao centro, encostado na pilastra, com a mão no rosto, 
vê-se o Prof. Clóvis de Faria Alvim. 
Assentado, à direita da foto, de óculos escuros, 
o Prof. Hélio Alkmin.






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Sessão inaugural do Simpósio sobre Depressão com palestra 


do prof. Magalhães Gomes, professor catedrático de Clínica Médica 
na Universidade do Brasil (atual UFRJ). Na primeira fila, 

à esquerda, o prof. Clóvis Martins, da USP. 


Ao seu lado, o grande psiquiatra e psicanalista da USP,

prof. Darcy, de Mendonça Uchôa.








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Sessão de encerramento do Simpósio sobre Depressão. 


O autor faz a saudação aos convidados. Na mesa, 
da esquerda para a direita: 
prof. Clóvis Salgado, senhorita não identificada, dr. João Luiz Silva Tony, prof. Álvaro Rubim de Pinho, 
então presidente da ABP, prof. Fernando Megre Velloso 
e prof. Lucas Monteiro Machado.

Em 1969, por inspiração de Paprocki, a equipe do HGV começou a planejar a realização do I Congresso Mineiro de Psiquiatria. Era um evento jamais antes cogitado, em função das divisões internas da psiquiatria mineira. Todas as grandes figuras da psiquiatria do estado foram convidadas a participar. Houve considerável apoio de nossa comunidade psiquiátrica e, parte dela, atendeu aos convites. O congresso se deu entre 26 e 29 de junho de 1970, no Grande Hotel de Araxá. Tudo foi muito cuidadosamente planejado e preparado durante todo o ano que antecedeu ao evento. Dada a inexperiência de todos, foram enfrentadas inúmeras dificuldades, porém superadas. Este congresso foi um divisor de águas na psiquiatria mineira. Aglutinou um numeroso grupo de psiquiatras de Minas e de outros estados, em grande parte de São Paulo e do Rio de Janeiro. Compareceram profissionais do Nordeste e do Sul do País. Foi um sucesso. Fernando Megre Velloso foi seu presidente de honra. 
O Congresso teve as seguintes comissões de organização:
Comissão Organizadora

Presidente de honra: Dr. Fernando Megre Velloso

Presidente: Dr. José Raimundo da Silva Lippi

Vice-Presidente: Dr. Francisco Paes Barreto

Secretário: Dr. Antônio Carlos Corrêa

Tesoureiro: Dr. Marcos Otávio Gonçalves


              Comissão de Divulgação e Imprensa

Dra. Eunice Rangel

Dr. Paulo Saraiva

Dr. Mário Catão Guimarães

Dr. Javert Rodrigues

Dr. Antônio Leite Rangel 


                              Comissão Científica

Dr. Jorge Paprocki

Dr. Jarbas Moacir Portella

Dr. Sebastião Abrão Salim

Dr. Cézar Rodrigues Campos

Dra. Maria Auxiliadora de Souza Brasil
Comissão de Finanças

Dr. Marcos Otávio Gonçalves

Dr. Armando Leite Naves

Dr. Rodrigo Teixeira, de Salles

Dr. João Luiz Silva Toni
Comissão de Recepção e Alojamento

Dra. Maria Muniz Passos

Dr. Vicente Santos Dias

Dr. Marco Aurélio Baggio

Dr. Arlindo Carlos Pimenta

Assistente Social, Srta. Izabel Izilda


O temário do Congresso, de acordo com as inquietações básicas da época, foi “O Hospital Psiquiátrico”. Tema candente, porém, sem as conotações antinosocomiais dos anos que viriam a seguir. Foi organizado no esquema de grupos de discussão, onde os temas propostos eram debatidos e as conclusões apresentadas em relatório nas sessões plenárias. As preocupações da psiquiatria mineira, em fins da década de 1960, relacionavam-se ao papel dos diferentes profissionais numa equipe psiquiátrica. Havia diversos questionamentos, mas também a preocupação em acompanhar a evolução dos grandes centros mundiais da psiquiatria e sua adaptação à realidade mineira. Em 1970, o diretor do HGV era José Raimundo Lippi.

Temário do I Congresso Mineiro de Psiquiatria (Araxá, 26-29 de junho de 1970):


1-   Política Assistencial e o Hospital Psiquiátrico em Minas Gerais
1.1       O papel da Comunidade em relação ao hospital psiquiátrico.

1.2       O papel do hospital psiquiátrico em relação à Comunidade.

1.3       O papel do hospital de agudos no plano de assistência psiquiátrica                         pública.

1.4      O papel do hospital de crônicos no plano de assistência psiquiátrica                         pública.

1.5  O papel do hospital-dia-noite no plano de assistência psiquiátrica                           pública.

1.6       O papel do ambulatório no plano de assistência psiquiátrica pública.

1.7       O hospital de agudos como unidade de tratamento intensivo.

1.8       Organização do hospital psiquiátrico sob o ponto de vista técnico.

1.9       Organização do hospital psiquiátrico como fator terapêutico.

1.10     Critérios de avaliação de eficácia de um plano de assistência                              psiquiátrica.


2-   O Ensino e Pesquisa no Hospital Psiquiátrico em Minas Gerais
2.1   O hospital psiquiátrico como centro de ensino.

2.2   O papel do hospital psiquiátrico na formação de pessoal de nível superior.

2.3   O papel do hospital psiquiátrico na formação de pessoal de nível médio.

2.4  O papel do hospital psiquiátrico como centro de pesquisa.

2.5  Critérios de avaliação da eficácia de um plano de ensino e treinamento.
3-   Posição Atual de Terapêuticas no Hospital Psiquiátrico
3.1  Posição atual das terapêuticas biológicas no hospital psiquiátrico.

3.2  Posição atual das terapêuticas farmacológicas no hospital psiquiátrico.

3.3  Posição atual da psicoterapia individual no hospital psiquiátrico.

3.4  Posição atual da psicoterapia de grupo no hospital psiquiátrico.

3.5  Posição atual dos grupos operativos no hospital psiquiátrico.

3.6  Posição atual da praxiterapia no hospital psiquiátrico.

3.7  Posição atual da arteterapia no hospital psiquiátrico.

3.8  Posição atual da ambientoterapia no hospital psiquiátrico.


4- Definição de Papéis Dentro do Hospital Psiquiátrico em Minas Gerais

4.1 O papel do psiquiatra em um hospital psiquiátrico.

4.2 O papel do psicanalista em um hospital psiquiátrico.

4.3 O papel do psicólogo em um hospital psiquiátrico.

4.4 O papel do assistente-social em um hospital psiquiátrico.

4.5 O papel da enfermeira em um hospital psiquiátrico.

4.6 O papel do praxiterapeuta em um hospital psiquiátrico.

4.7 O papel do administrador em um hospital psiquiátrico.

4.8 O papel do estagiário em um hospital psiquiátrico.

4.9 Conceituação e liderança de equipe psiquiátrica.


Como se pode observar pelo temário, as preocupações da psiquiatria brasileira, em fins da década de 1960, eram semelhantes às preocupações da psiquiatria mundial, em que o papel dos diferentes profissionais era frequentemente questionado. Havia a preocupação em acompanhar a evolução dos grandes centros mundiais da psiquiatria e sua adaptação à nossa realidade mineira. De certa forma, pode-se dizer que esses temas são questões, na maioria das vezes, ainda não resolvidas entre nós, passados 44 anos do evento que deu início a uma psiquiatria mineira mais consciente de seus objetivos, mais pertinaz na busca da realização de seus sonhos, mais transparente e com melhores definições do trabalho de cada um dentro de uma equipe multiprofissional psiquiátrica.




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I Congresso Mineiro de Psiquiatria - Araxá, 26 a 29 de junho de 1970.
     Apresentação da conclusão de debates de comissão de temas 
específicos. Da esquerda para a direita: Vicente Santos Dias 
(fazendo a apresentação), Arlindo Pimenta, Antônio Carlos Corrêa, 
Prof. Clovis Salgado, Jorge Paprocki e José Raimundo Lippi.


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I Congresso Mineiro de Psiquiatria: da esquerda para a direita: 
Rodrigo Teixeira de Salles (apresentando um relatório), Antônio Carlos Corrêa, Fernando Megre Velloso, Joaquim Afonso Moretzsohn.



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I Congresso Mineiro de Psiquiatria. Da esquerda para a direita: Wellington Armanelli, Ronaldo Simões Coelho, Antônio Carlos Corrêa,
prof. Osvaldo Moraes de Andrade (Tesoureiro da ABP - Rio de Janeiro).



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I Congresso Mineiro de Psiquiatria. Da esquerda para a direita: Prof. Walderedo Ismael de Oliveira (Rio de Janeiro), Eunice Rangel,
Antônio Carlos Corrêa, prof. Osvaldo Moraes de Andrade 
(Tesoureiro da ABP).



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I Congresso Mineiro de Psiquiatria. Da esquerda para a direita:
prof. Sebastião Abrão Salim (UFMG), José Carlos Pires Amarante 
(apresentando seu relatório), Antônio Carlos Corrêa, Fernando Megre Velloso, 
Joaquim Afonso Moretzsohn.



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I Congresso Mineiro de Psiquiatria. Aspecto da platéia.
Ao fundo: José Caruso Madalena e prof. Osvaldo Moraes de Andrade 
(Rio de Janeiro). Na segunda linha à direita: prof. Walderedo Ismael 
de Oliveira (Rio de Janeiro) e Luiz Cerqueira (Rio de Janeiro). 
Ao fundo, de óculos escuros, José Caruso Madalena 
e Osvaldo Moraes de Andrade.



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I Congresso Mineiro de Psiquiatria. Grupo de trabalho. 
Da esquerda para a direita: Antônio Leite Rangel, congressista 
não identificado, idem, Antônio Carlos Corrêa
e Sebastião Abrão Salim.



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I Congresso Mineiro de Psiquiatria. Da esquerda para a direita:
Jarbas Moacir Portela, Mario Catão Guimarães, Flavio José de Lima Neves,
Francisco Paes Barreto, Antônio Carlos Corrêa, Fernando Megre Velloso,
Joaquim Afonso Moretzsohn, José Raimundo Lippi, Jorge Paprocki.


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I Congresso Mineiro de Psiquiatria. Da esquerda para a direita:
prof. Wassili Chuc (Goiânia), Antônio Carlos Corrêa,
Fernando Megre Velloso, Joaquim Affonso Moretzsohn.


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Uma das sessões do congresso. Da esquerda para a direita:
Francisco Paes Barreto, Mario Catão Guimarães, Cesar Rodrigues Campos,
Maria Muniz Passos (Lia), Antônio Carlos Corrêa, Fernando Megre Velloso,
Joaquim Afonso Moretzsohn, José Raimundo Lippi, Jorge Paprocki.

Entretanto, as divisões dentro da psiquiatria mineira persistiam. Em junho de 1971, o grupo do HGV, mais uma vez tendo Paprocki à frente, organizou o II Congresso Mineiro de Psiquiatria, no Hotel Glória, de Caxambu. Foi praticamente uma sequência do anterior, com uma temática muito próxima. Houve avanços na definição de papéis, no aprimoramento dos métodos de ensino da psiquiatria, no desenvolvimento de pesquisas clínicas e psicofarmacológicas, na interlocução com as especialidades a ela ligadas e o tema sempre presente: da equipe interdisciplinar. 



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II Congresso Mineiro de Psiquiatria, Caxambu, 1971.
Sessão inaugural: da esquerda para a direita: prefeito de Caxambu,
Antônio Carlos Corrêa (secretário), Fernando Megre Velloso (presidente),
prof. Clóvis Martins (São Paulo, USP), prof. Nobre de Melo (UFRJ),
prof. Luiz Cerqueira (UFRJ).



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Da esquerda para a direita: oficial da PMMG não identificado, prof. Nobre de Melo, prof. Clóvis Martins, Fernando Megre Velloso, prof. Antônio Mariz de Oliveira (Fortaleza), Antônio Carlos Corrêa, Sebastião Abrão Salim, 
José Raimundo Lippi.

Em 1968, havia sido criada pelo Governo Israel Pinheiro, a Fundação Estadual de Assistência Psiquiátrica (FEAP), baseada na Lei 4.953, de 25 de setembro de 1968 e, pelo Decreto 11.531, de 12 de dezembro de 1968.  Era Secretário de Saúde o prof. Clóvis Salgado da Gama (1906-1978), grande médico e político. Seu presidente foi Fernando Megre Velloso e o Superintendente Geral Jorge Paprocki. A FEAP congregava os cinco hospitais psiquiátricos do Estado (Instituto Raul Soares, Hospital Galba Velloso, Hospital de Neuropsiquiatria Infantil, Hospital Colônia de Barbacena, Hospital Colônia de Oliveira e o Ambulatório Central). Todos eram encarregados de continuar prestando assistência psiquiátrica pública no Estado de Minas Gerais e de exercer atividades relativas à higiene mental, ao ensino e à pesquisa. Na ocasião, Eunice Rangel assumiu a direção do HGV. Essa decisão de se criar fundações decorreu das enormes dificuldades de administração simultânea de diferentes instituições estaduais de saúde, sem a centralização do gerenciamento. Isso implicava em enormes custos, pulverizados pelas diversas instituições. Objetivava-se, também, a melhor utilização dos recursos materiais e humanos já existentes. O sistema anterior passara a se tornar inviável financeiramente para o estado. Foram criadas diversas fundações no período, tanto na área médica quanto em outras áreas da administração estadual. Essas mudanças deram origem à Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG).


Com a criação da FEAP, e com a experiência adquirida na década de 1960 no HGV, iniciou-se uma série de atividades que repercutiram nas atitudes e na situação dos hospitais em Minas Gerais. Dentre elas posso citar: a- racionalização de trabalho que procurou organizar os hospitais dentro de modernas técnicas de administração hospitalar; b- levantamento socioeconômico de pacientes e familiares, numa tentativa de promover uma maior participação dos mesmos nos tratamentos; c- promoção de convênios com institutos de previdência, organismos paraestatais e prefeituras de municípios; de convênios com hospitais de clínica, laboratórios e bancos de sangue, para que o paciente psiquiátrico pudesse ser recebido e tratado concomitantemente, quando fosse o caso; e divulgação e sensibilização da comunidade, órgãos públicos e o meio médico psiquiátrico quanto à necessidade de tratamentos mais humanos e modernos; f- promoção do meio psiquiátrico no sentido de uma compreensão integral do paciente; g- foram envidados esforços para que cada hospital funcionasse dentro dos objetivos para os quais foi criado, ou seja, hospitais de agudos dando assistência a casos agudos, hospitais de crônicos a casos crônicos etc.; h- foram criadas unidades de pensionistas em hospitais de agudos e reestruturação de unidades de pensionistas em hospitais de crônicos; i- foram criadas equipes multiprofissionais para o atendimento aos pacientes; j - já foi dada grande ênfase ao ensino e à pesquisa. 

Pode-se ver que a FEAP, apesar de diversas falhas, se antecipou em quase uma década às proposições de humanização do tratamento psiquiátrico, incluiu técnicas modernas psicofarmacológicas, psicoterápicas, psicossociais e inclusivas de tratamentos psiquiátricos, reduziu o tempo de internamento dos pacientes, estimulou amplamente o estudo clínico, a pesquisa e a publicação de trabalhos científicos, estimulou o trabalho feito por equipes multiprofissionais, o que, mesmo com o corporativismo de certos grupos, chegou próximo a um trabalho de interdisciplinaridade, iniciou o processo de desospitalização e o encaminhamento dos pacientes psiquiátricos para ambulatórios e outras instituições sociais, com a sensibilização das famílias para acolhimento e continuação adequada dos tratamentos a domicílio. Se os resultados não foram melhores, é preciso que se leve em conta o contexto sócio-político de então, as dificuldades financeiras na promoção e incremento de métodos mais eficientes de tratamento, de métodos de gestão mais modernos na área de saúde, pois tudo era muito incipiente, de preparação mais refinada do staff clínico e administrativo e, não posso deixar de citar, das dificuldades quase insuperáveis provocadas pela competição, pelo ciúme e pelas políticas, não muito sagradas, de bastidores. Indiscutivelmente, o legado deixado pela experiência do HGV, particularmente pelo papel representado por Jorge Paprocki na abertura de novos horizontes para a psiquiatria mineira, foi, se não o maior fator de crescimento, um dos mais importantes desta especialidade, na história da psiquiatria mineira. Não é exagerar, ou fazer um discurso laudatório sem bases em evidências, mas posso afirmar, com segurança, que a psiquiatria mineira pode ser dividida em duas épocas: antes e depois de Jorge Paprocki.




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