Ciências 9º ano



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. Acesso em: 30 mar. 2015.

Página 38

Prática de Ciências

Montagem de um filtro de areia

Nesta atividade, você vai aprender a montar um filtro de areia.



Material
• uma garrafa PET vazia de 1 L ou 1,5 L (pode ser de refrigerante e sem tampa)
tesoura sem ponta
• um saco plástico transparente
• elástico e algodão
• carvão ativado e areia
• fita adesiva
• furador de papel
• água limpa
• água misturada com barro e folhas de plantas

Procedimento

1. Seu professor vai cortar a garrafa PET em duas partes, como mostra a figura 1.

2. Corte um pedaço do saco plástico com tamanho suficiente para envolver o gargalo da garrafa, onde deve ser preso com um elástico (ver figura 2).

3. Faça um furo pequeno no centro do plástico preso ao gargalo da garrafa (pode ser feito com um lápis, uma caneta ou um palito de churrasco). Com o furador, faça também um pequeno furo na parte superior da parte B da garrafa (ver figura 2). Cuidado para não se machucar!

4. Coloque um chumaço de algodão na boca da garrafa (ver figura 3) e introduza carvão ativado (cerca de dois dedos de altura) e depois areia (cerca de quatro dedos de altura).

5. Encaixe o filtro de areia na parte B da garrafa. Despeje água limpa no filtro antes de iniciar o experimento, para não afetar os resultados (ver figura 4). Despeje a água barrenta no filtro e observe. No fim do experimento, utilize a água para regar plantas.

Fig. 1 (p. 38)

André Ceolin/ID/BR

1 2 3 4

parte A


parte B

fure aqui

areia fina

carvão ativado



Atenção! Mesmo após a filtração, a água não é potável e não deve ser consumida.

INTEGRANDO IDEAS

1. Nessa simulação de tratamento da água foi utilizado um método de separação de misturas. Indique o nome dele.

2. De acordo com seus conhecimentos, seria possível utilizar o procedimento desse experimento para transformar água do mar em água potável? Justifique.

3. Em uma estação de tratamento de água, após a filtração, a água já fica própria para o consumo? Justifique.

Página 39

ATIVIDADES

1. Leia a charge ao lado e responda aos itens a seguir.

Fig. 1 (p. 39)

Cicero/Acervo do artista

ONDE EU JOGO ESSA CAIXINHA?
JOGA PARA O ALTO. ONDE CAIR É LIXO.

a) O autor da charge faz uma “brincadeira” com os leitores para eles refletirem a respeito do destino adequado do lixo. Faça uma pesquisa e discuta, em linhas gerais, sobre a importância da coleta seletiva para o ambiente.

b) Qual é o nome da técnica de separação utilizada na triagem do lixo reciclável?

2. O ar atmosférico é uma mistura de vários gases, entre eles o nitrogênio, o oxigênio e o argônio. Considerando a composição da mistura, qual dos processos de separação citados a seguir pode ser utilizado para separar seus componentes? Justifique sua resposta.

a) filtração

b) decantação

c) levigação

d) destilação fracionada

3. Leia o texto a seguir, que relata o uso do mercúrio no garimpo para a obtenção do ouro. Em seguida, responda às questões.

[...]


[...] como agulhas em um palheiro, os minúsculos fragmentos de ouro ficam aleatoriamente espalhados pelo cascalho arenoso que o minerador retira do subsolo ou do leito dos rios. A esse material bruto é adicionado mercúrio. Líquido à temperatura ambiente – é o único metal conhecido com tal propriedade –, ele agrega os pequeníssimos grãos dourados e forma uma liga metálica. Essa mistura é então aquecida; o mercúrio evapora; e assim o ouro puro chega às mãos do minerador. [...]

[...]


Henrique Kugler. Em nome do ouro. Revista Ciência Hoje, v. 304, jun. 2013. Disponível em: . Acesso em: 24 mar. 2015.

a) Recorra a sites e livros e faça uma pesquisa sobre os impactos ambientais causados pela emissão de vapor de mercúrio nas atividades de mineração. Em seguida, escreva um pequeno texto, na forma de resumo, sobre o assunto.

b) A emissão de vapor de mercúrio na mineração pode contaminar o ar, a água e os seres vivos. Que medidas poderiam ser adotadas pelo governo para reduzir essa prática?

4. Na seção Para investigar você examinou a adulteração de produtos e algumas consequências dessa ação para o consumidor. A adulteração de combustíveis automotivos, por exemplo, pode provocar problemas de desempenho no veículo e danificar peças. O etanol anidro, isto é, álcool sem água, é adicionado legalmente à gasolina e costuma ser adulterado com a introdução de água ao combustível. Como você poderia identificar que houve essa adulteração no etanol anidro? Justifique.

Página 40

CAPÍTULO 3 - As transformações da matéria

Fig. 1 (p. 40)

Incêndio atingindo a Mata Atlântica em Blumenau (SC), 2011.

Ricardo Silva/Futura Press

A imagem acima mostra um incêndio na Mata Atlântica em Blumenau, Santa Catarina, em 2011. Ao analisar a fotografia, você observa uma ou mais transformações? Qual(is)?

A todo momento a matéria sofre transformações. Algumas delas são visíveis a olho nu, como a formação de ferrugem em um pedaço de metal; outras são imperceptíveis, como a transformação do gás oxigênio em ozônio.

Para compreender melhor como ocorrem as transformações, pesquisadores e cientistas analisam o fenômeno antes e depois de elas ocorrerem, estudando características dos materiais e suas propriedades.

Neste capítulo, você será convidado a conhecer mais sobre as transformações da matéria.

Página 41

Roteiro

O termo “fenômeno” foi utilizado na abertura deste capítulo. Qual é o significado dessa palavra para você? Escreva em seu caderno a resposta e, em seguida, pesquise a definição dessa palavra em um dicionário e compare. Qual é o significado dela nesse contexto?



Transformações químicas e físicas

Na preparação de alimentos em uma cozinha, podemos observar diversas transformações da matéria. O resultado, ou seja, o alimento produzido, depende de inúmeros fatores, entre os quais podemos citar: os ingredientes, a temperatura, o tempo de cozimento, o método de preparo e a sequência de etapas.

Em algumas situações, é possível observar que na transformação da matéria, a substância ou a mistura não tem o conjunto de suas propriedades específicas alterado. Em outras palavras, novas substâncias não são formadas no processo. Isso se evidencia, por exemplo, ao se aquecer água em banho-maria ou fervê-la. A água quente ou na forma de vapor continua sendo água.

Transformações que alteram a forma ou o estado físico da matéria são chamadas de transformações físicas.

Veja a seguir alguns exemplos:

Fig. 1 (p. 41)

A água sólida passa para o estado líquido, mas as propriedades específicas da substância continuam as mesmas.

Fotografias: Sérgio Dotta Jr./ID/BR

Fig. 2 (p. 41)

Aspecto de uma folha de papel sulfite amassada. Essa modificação não alterou as propriedades físicas do papel.



Fig. 3 (p. 41)

Aspecto de uma folha de papel sulfite queimada. Nesse caso, ocorreu a formação de novas substâncias.

Outras transformações, no entanto, dão origem a novas substâncias. Por exemplo, o aquecimento de açúcar em uma panela após determinado tempo produz um novo material, o caramelo.

Transformações que alteram a composição da matéria, resultando em novas substâncias, são chamadas de transformações químicas.

Veja a seguir um exemplo:

Fig. 4 (p. 41)

A O recipiente ao lado da barra de metal contém um ácido. B Corrosão da barra de metal pelo ácido, um exemplo de transformação química.

A B


Roteiro

1. Além das transformações citadas nesta página, você conhece outras? Descreva-as e classifique-as em físicas ou químicas.

2. Em alguns casos, em um mesmo evento podemos observar transformações química e física. Pense nas situações de seu cotidiano e cite um exemplo em que isso ocorre.

Página 42

Evidências de transformação química

Para identificar se uma transformação é física ou química, podemos analisar as características dos materiais antes e depois da transformação. Algumas evidências observadas por nossos sentidos podem indicar que determinada transformação é química.

Veja a seguir algumas delas.

Formação de um gás

Comprimidos efervescentes costumam ser utilizados no tratamento de sintomas como azia, dor de cabeça e febre. Quando colocados em contato com a água, eles reagem e produzem bolhas de gás. Observe essa transformação na sequência de fotos a seguir:



Fig. 1 (p. 42)

Pastilha efervescente sendo colocada em copo com água.



Fig. 2 (p. 42)

As bolhas liberadas evidenciam a formação de substâncias que não estavam presentes antes.

Fotografias: Sérgio Dotta Jr./ID/BR

Para aplicar

Leia o procedimento a seguir e observe a demonstração realizada pelo professor.



Material
• cal
• béquer de 50 mL
• canudo plástico
• água
• palito de sorvete

Procedimento

• Colocar 30 mL de água no béquer.

• Adicionar cal na água em quantidade equivalente à medida de uma ponta de palito de sorvete.

• Agitar a mistura com o próprio palito.

• Em seguida, assoprar a superfície da solução com auxílio do canudo.

Descreva o que você observou.



ATENÇÃO: Evitar o contato da cal com a pele e os olhos. Para diminuir o risco de acidentes, o professor demonstrará a atividade para os alunos

Fig. 3 (p. 42)

Solução aquosa de cal.

Sérgio Dotta Jr./ID/BR

Formação de um sólido insolúvel

Algumas substâncias, quando reagem, podem formar uma substância sólida insolúvel, chamada de precipitado. Veja a sequência de fotos abaixo, que mostra a reação entre duas soluções aquosas incolores, o iodeto de potássio e o nitrato de chumbo(II).



Fig. 4 (p. 42)

A Um dos recipientes contém iodeto de potássio e o outro, nitrato de chumbo(II). B A reação entre o iodeto de potássio e o nitrato de chumbo(II) forma um material amarelo. C Com o passar do tempo o precipitado amarelo deposita-se no fundo do recipiente.

Fotografias: Sérgio Dotta Jr./ID/BR

A B C

Página 43

Mudanças de cor

Em algumas transformações químicas, as substâncias formadas podem apresentar cores diferentes das substâncias que reagiram. Esse tipo de evidência é comum em transformações que ocorrem no dia a dia das pessoas. O cozimento da carne, a fritura de um ovo e a formação de ferrugem em um metal são exemplos de transformações químicas que envolvem mudanças de cor.



Fig. 1 (p. 43)

Prego de metal.

Trekandshoot/Shutterstock.com/ID/BR

Fig. 2 (p. 43)

Prego de metal enferrujado.

Suradech Sribuanoy/Shutterstock.com/ID/BR

Fig. 3 (p. 43)

Maçã-verde intacta.

Smit/Shutterstock.com/ID/BR

Fig. 4 (p. 43)

Maçã-verde em decomposição

Smit/Shutterstock.com/ID/BR

Atenção: algumas substâncias sofrem alteração de cor ao mudarem de estado físico. Observe o exemplo da sublimação do iodo.

Fig. 5 (p. 43)

A Porção de iodo sólido em recipiente.

B Iodo sublimando. Observe a alteração na cor.

Fotografias: Sérgio Dotta Jr./ID/BR

A B

Variação de temperatura

A mistura de ácido clorídrico e solução aquosa de hidróxido de sódio, ambos incolores, produz uma solução que também é incolor. Apesar da ausência de mudanças visuais, se a temperatura das soluções for medida antes e depois da mistura, será observado um aumento de temperatura na solução final.

Observe a sequência de fotos:

Fig. 6 (p. 43)

Duas soluções aquosas, uma de ácido clorídrico e outra de hidróxido de sódio, com a mesma temperatura.



Fig. 7 (p. 43)

A mistura das soluções aquosas da primeira foto resulta em um aumento da temperatura.

Fotografias: Sérgio Dotta Jr./ID/BR

Essa reação química, assim como outras, pode acontecer sem que haja qualquer mudança visual entre as substâncias presentes antes e depois da transformação. A variação de temperatura pode ser um indício de reação química, mas, para se ter certeza de que ela ocorre, é importante isolar as substâncias que reagem das que se formam e, então, comparar suas propriedades específicas.



Página 44

Sistemas

As evidências de transformação química estudadas nas páginas anteriores podem ajudá-lo a distinguir se um fenômeno é físico ou químico. No entanto, em muitos casos, a reação química ocorre sem nenhuma evidência, ou, em outras situações, a evidência observada se refere a uma transformação física, como a sublimação do iodo. Assim, para classificarmos uma transformação, é necessário separar as substâncias que reagiram, denominadas reagentes, das substâncias formadas, chamadas de produtos, e comparar as propriedades específicas de cada substância.

Uma das maneiras de se estudar as transformações é delimitar uma região no espaço que será o foco da análise. Essa região, chamada de sistema, pode ou não interagir com o que está ao seu redor.

Um sistema é classificado como aberto quando há troca de matéria e energia entre o ambiente e o sistema. Observe na foto ao lado da queima do palito de fósforo que esse sistema troca com a vizinhança: energia, na forma de calor, e matéria, pois os gases produzidos são liberados para o ambiente.



Fig. 1 (p. 44)

A queima de um palito de fósforo pode ser considerada um sistema aberto. Tanto a matéria (gases produzidos na combustão) quanto a energia são liberadas para o ambiente.

Robyn Mackenzie/Shutterstok.com/ID/BR

Quando ocorre troca somente de energia entre o sistema e o ambiente, o sistema é classificado como fechado. O termômetro, por exemplo, pode ser considerado um sistema fechado, pois o mercúrio não entra em contato com o corpo cuja temperatura se deseja medir, ocorrendo somente a troca de energia, na forma de calor.



Fig. 2 (p. 44)

O termômetro pode ser considerado um sistema fechado.

pixelmaniak/iStock/Getty Images

Em algumas situações, é necessário considerar que um sistema não troca matéria nem energia com a vizinhança. Esse sistema, chamado de isolado, é geralmente utilizado quando se deseja desprezar fatores de um sistema que não interferem no fenômeno.



Fig. 3 (p. 44)

Representação de uma colisão entre duas bolas de sinuca. No momento da colisão, esse sistema pode ser considerado isolado. A influência da força de atrito da mesa ou do ar é desprezível em relação às forças trocadas na colisão.

Paula Radi/ID/BR

12

Representação das transformações

As transformações da matéria podem ser representadas por meio de equações. Nessas representações, o estado inicial do sistema é separado do estado final por uma seta. Além de separar os dois estados, a seta também indica o sentido da transformação. Observe:

Analisando as representações acima, você é capaz de deduzir que transformação ocorreu em cada caso?

Quando existir mais de um material no estado inicial ou final, eles devem ser separados por um sinal de mais (+). O estado físico normalmente é indicado abreviadamente, logo após o nome do material. Por exemplo: (ℓ), para líquido; (s), para sólido; (g), para gasoso; e (aq) para materiais dissolvidos em água.

oxigênio (g) + hidrogênio (g) → água (g)



Roteiro

Represente por meio de uma equação uma transformação que ocorre em sua casa.



Página 45

Lei da conservação das massas

Por meio do estudo de experimentos envolvendo diferentes transformações, o cientista francês Antoine-Laurent Lavoisier (1743-1794) observou que em um sistema fechado não há variação de massa após a ocorrência de uma transformação química. Em outras palavras, a massa do estado inicial (reagentes) é igual à massa do estado final (produtos).

Veja a seguir um exemplo de transformação.

Fig. 1 (p. 45)

O frasco de vidro contém ácido clorídrico e, no interior do balão, há raspas de magnésio (foto A). Quando as raspas de magnésio são despejadas no ácido clorídrico, ocorre um transformação química (foto B) com formação de gás que enche o balão. Após certo tempo, a reação termina (foto C). Observe que, nas três situações, não há variação de massa, ou seja, a balança marca 152 g.

Fotografias: Sérgio Dotta Jr./ID/BR

A B C


Podemos representar a transformação indicada na imagem acima por uma equação química:

Observe que um dos produtos formados na transformação está no estado gasoso (gás hidrogênio). Se o experimento tivesse sido feito em sistema aberto, ou seja, sem o balão, o gás hidrogênio formado sairia do recipiente e sua massa não seria medida. Perceberíamos uma diminuição da massa do sistema durante a reação.

Ao realizar os experimentos em sistemas fechados, consideramos a massa dos gases que reagem ou que se formam durante uma reação química.

As contribuições de Lavoisier foram fundamentais para o desenvolvimento desta área da ciência. Além da lei da conservação das massas, Lavoisier descobriu novas substâncias e estabeleceu, em conjunto com outros cientistas, um novo método de nomenclatura de substâncias, entre outras contribuições.



Roteiro

A receita culinária a seguir descreve as etapas de produção do caramelo seco, comumente utilizado como calda de pudim de leite.



Material
• luvas para proteger as mãos
• uma panela grande 160 g (1 xícara de chá) de açúcar
• uma colher de madeira
• uma forma com furo central

Procedimento

• Colocar açúcar na panela e iniciar o aquecimento em fogo baixo.

• Mexer cuidadosamente o açúcar com uma colher de madeira até ele se transformar em um líquido marrom dourado, o caramelo.

O texto acima descreve um processo de transformação química que ocorre na cozinha. Considerando que não houve formação de produtos gasosos e nem perda de açúcar, quantos gramas de caramelo são produzidos com uma receita?



Na estante

Lavoisier e o mistério do quinto elemento, Luca Novelli. São Paulo: Ciranda Cultural, 2007.

Com uma linguagem acessível, o autor desse livro conta um pouco sobre a história de Lavoisier e suas descobertas.



Página 46

Lei das proporções definidas

Com base no estudo das reações químicas, o cientista francês Joseph Louis Proust (1754-1826) observou que, independentemente da massa das substâncias utilizadas em uma reação química, essas substâncias se combinavam em uma proporção fixa. Essa constatação ficou conhecida como lei das proporções definidas ou, simplesmente, lei de Proust.

Veja na tabela abaixo os resultados experimentais de uma reação entre o gás hidrogênio e o gás oxigênio formando água líquida.





REAGENTE

PRODUTO

Experimento

gás hidrogênio

gás oxigênio

água líquida

I

1 g

8 g

9 g

II

2 g

16 g

18 g

III

4,5 g

36 g

40,5 g

Observe nos dados da tabela que, em todos os experimentos, a massa das substâncias que reagiram, ou seja, dos reagentes, é igual à massa da substância formada, o produto da reação.

Ao dividir a massa do gás oxigênio pela massa do gás hidrogênio, é possível observar que a proporção em massa se mantém constante.



Experimento I



Experimento II



Experimento III



Os dados apresentados revelam que, apesar de as massas dos reagentes e dos produtos serem variáveis, a proporção entre as massas das substâncias é sempre a mesma.

Isso quer dizer que, nessa reação, a massa de gás oxigênio que reage é sempre oito vezes maior que a massa de gás hidrogênio. Se compararmos a relação da massa de hidrogênio ou de gás oxigênio com a massa de água, vamos perceber que as relações se mantêm constantes para todos os experimentos.

No entanto, lembre-se de que essa proporcionalidade só é válida para as substâncias que reagiram. Veja na tabela abaixo.


Experimento

gás hidrogênio

gás oxigênio

água

não reagiu

IV

2 g

18 g

18 g

2 g de gás oxigênio

V

5 g

32 g

36 g

1 g de gás hidrogênio

Observe nos dados da tabela que, em todos os experimentos, a massa do sistema inicial, ou seja, dos reagentes, é igual à massa do sistema final, ou seja, dos produtos formados e dos reagentes que não reagiram.

No experimento IV, por exemplo, devemos considerar somente a massa de gás oxigênio que reagiu (18 g − 2 g = 16 g) para notar que a relação 1 g de gás hidrogênio para cada 8 g de gás oxigênio se mantém constante.



Página 47

ATIVIDADES

1. Um pesquisador, ao analisar os experimentos de formação de água a partir dos gases oxigênio e hidrogênio, constatou que para a produção de 36 g de água são necessários 4 g de gás hidrogênio e X g de gás oxigênio.

a) Represente na forma de equação a transformação química relatada.

b) Calcule a massa, em gramas, de gás oxigênio necessária para produzir a quantidade de água informada no texto.

2. Um estudante estava realizando experimentos envolvendo a reação química entre o metal ferro e o ácido sulfúrico. Os produtos obtidos, gás hidrogênio e sulfato de ferro(II) sólido, foram separados, e a massa de todas as substâncias foi medida.

A tabela a seguir mostra alguns dados coletados pelo estudante.



Experimento

Massa de ferro (Reagente)

Massa de ácido sulfúrico (Reagente)

Massa de gás hidrogênio (Produto)

Massa de sulfato de ferro(II) (Produto)

Massa da(s) substância(s) que não reagiu (reagiram)

1

56 g

98 g




152 g



2

168 g










4 g de ácido sulfúrico

3

290 g

490 g




760 g




4







45 g

3 420 g



5










1 520 g

10 g de ferro

a) Copie a tabela em seu caderno e complete as lacunas.

b) Escreva a equação que representa a transformação realizada pelo estudante.



3. No Tratado Elementar da Química, publicado por Lavoisier em 1789, o autor afirma que alguns metais aquecidos a certo grau de temperatura sofrem aumento de massa à medida que a transformação ocorre. Esse fenômeno, que não ocorreria com ouro, prata e platina, produzia um material sem o brilho metálico que o metal apresentava antes da transformação.

Considere o experimento representado a seguir:



Fig. 1 (p. 47)

Paula Radi/ID/BR

Aquecimento a 1000 °C

Massa inicial 100 g

Massa final 130 g

a) A variação de massa obtida no experimento contradiz a lei da conservação das massas? Justifique sua resposta.

b) Que evidência de transformação é observada no processo?

Página 48

Conexão em Ciências

1. Um dos piores acidentes nos últimos dez anos envolvendo vazamento de petróleo ocorreu em 2010 no golfo do México. A mancha de petróleo, como mostra a fotografia ao lado, rapidamente se espalhou pelo oceano, cobrindo centenas de quilômetros quadrados da superfície, o que representou uma séria ameaça ao ecossistema marinho. As principais dificuldades encontradas na época para conter o vazamento foram a profundidade em que se encontrava o poço submarino – por volta de 1500 metros – e a alta pressão com que o petróleo jorrava. Estimativas iniciais apontavam que o vazamento era da ordem de 5000 barris de petróleo por dia. A instituição de pesquisa geológica dos Estados Unidos (United States Geological Survey – USGS), entretanto, revisou os dados e anunciou que esse valor havia aumentado para 19000 barris de petróleo por dia.

Fig. 1 (p. 48)

Mancha de óleo nas águas da praia Pensacola, Flórida, EUA, causado pelo vazamento da plataforma Deepwater Horizon no golfo do México, em 20 de abril de 2010. Foto de 13 de junho de 2010.

Jim Edds/SPL/Latinstock

Com base no texto acima, faça o que se pede a seguir.

a) Sabendo que o petróleo e a água do mar não se misturam, assim como a água e o óleo, explique a razão de o petróleo ficar na superfície do oceano e não no fundo.

b) O barril é uma unidade de medida de volume utilizada comumente para o petróleo e seus derivados (óleo combustível, lubrificante, diesel, querosene, etc.). Sabendo que 1 barril corresponde a 0,159 metro cúbico, calcule o volume, em litros, de petróleo que foi lançado por dia no oceano.

c) Pesquise em sites ou livros os danos que o vazamento de petróleo pode causar para os ecossistemas marinhos.

2. Considere três esferas de mesma massa constituídas por três metais diferentes (alumínio, platina e níquel).

Fig. 2 (p. 48)

Reinaldo Vignati/ID/BR

I II III

Com base na tabela abaixo, é possível descobrir a constituição de cada esfera? Justifique sua resposta.



Material

Densidade (g/cm3)

Alumínio

2,70

Níquel

8,91

Platina

21,45

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3. Em uma questão de laboratório, o professor de Ciências pediu aos alunos que representassem em um desenho um sistema formado por: 100 mL de água, 100 mL de óleo de cozinha e 3 cubos de gelo. Entre as respostas dadas, o professor recebeu 4 desenhos diferentes, como mostram as figuras abaixo. Selecione a figura que representa corretamente a situação proposta pelo professor.

Justifique sua resposta.

Dados: dágua = 1,0 g/cm3; dóleo de cozinha = 0,8 g/cm3; dgelo = 0,9 g/cm3.

Fig. 1 (p. 49)

Ilustrações: Reinaldo Vignati/ID/BR

A B C D

4. Leia o texto a seguir e responda ao que se pede.

Um projeto desenvolvido por alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano na cidade de Salgueiro, em Pernambuco, chamou a atenção na 11ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia [...]: a produção de sabão de corte com o aproveitamento do óleo usado na cozinha.

[...]

A fábrica de pastel local doa a maior parte do óleo, e o sabão produzido é enviado gratuitamente a casas de idosos, creches e abrigos. Em média, o instituto produz 120 barras de sabão por semana. Além disso, a instituição ensina moradores de comunidades carentes a produzir o sabão em barra.



“Adotamos uma fórmula simples, que leva somente o óleo reciclado, hidróxido de sódio – que é a soda cáustica – e um pouco de essência”, disse Geraldo Júnior. O professor estima que, com essa receita, as pessoas conseguem fazer uma barra de sabão em aproximadamente 40 minutos.

Para ele, além do papel social, a experiência testada em Salgueiro evita a poluição e traz ganho ambiental considerável onde é aplicada. “O óleo [de cozinha] é extremamente poluente”, disse o professor. [...]

[...]

Produção de sabão com óleo de cozinha mobiliza cidade do sertão pernambucano. Agência Brasil. Disponível em:


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