A ameaça pagã Velhas heresias para uma nova era

A Ameaça Pagã
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O gnosticismo é um sistema de conhecimento experiencial
direto de Deus (...), da alma e do universo; portanto, não tem
dogmas fixos ou credos (...). Nos primeiros séculos, no meio de
um Cristianismo crescente, tomou a forma de fé cristã, enquanto
rejeitava a maioria de suas crenças específicas. Seu palavreado
é, portanto amplamente cristão, enquanto seu espírito é do
paganismo recente ocidental [ênfase minha].
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Aqui não encontramos uma declaração de que o gnosticismo
é uma forma válida e alternativa de Cristianismo. Os gnósticos
modernos e os pais da igreja concordam: o Cristianismo e o
gnosticismo são religiões diferentes, embora possam usar uma
terminologia comum. Uma é um humanismo pagão, a outra, a
verdade divinamente revelada.
Cristianismo e Liberalismo :
Diferentes Religiões Mesmo em 1923
O ano de 1923 foi um ano de gala para os presbiterianos
jogadores de golfe. Todos os golfistas sabem que em 1923 Bobby
Jones ganhou o primeiro de seus grandes torneios, introduzindo o
famoso taco de golfe “Jane Calamidade” que havia sido feito na
Escócia presbiteriana no começo do século. Todos os presbiterianos
deveriam saber que no mesmo ano J. Gresham Machen, então
professor de Novo Testamento no Seminário de Princeton,
publicou Christianity and Liberalism [Cristianismo e liberalismo].
Machen fez a mesma alegação sobre o liberalismo que os pais da
igreja tinham feito a respeito do gnosticismo; que não era
Cristianismo, mas uma forma sutilmente disfarçada de paganismo.
De acordo com Machen:
a grande religião redentora que sempre foi conhecida como
Cristianismo está guerreando contra um tipo totalmente diverso
de crença religiosa, (...) o movimento designado “liberalismo”
(...). Mas por mais multifacetado quanto este movimento possa
se apresentar, a raiz é só uma; as muitas variedades de esquerda
religiosa são radicadas no naturalismo – isto é, na negação de
qualquer intervenção do poder criativo de Deus.
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AS PROFUNDAS RAÍZES DA NOVA ESPIRITUALIDADE
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Por naturalismo, Machen queria dizer paganismo. Machen
tentou ser tanto firme quanto justo, distinguindo o liberalismo
como um sistema e os liberais como indivíduos. Seu exemplo
ainda inspira:
quer os liberais sejam ou não cristãos, o que é muito claro é que
o liberalismo não é Cristianismo (...). O liberalismo, seja
verdadeiro ou falso, não é uma mera “heresia” – não é uma
mera divergência em pontos isolados do ensino cristão. Ao
contrário, procede de uma raiz totalmente diferente, e
constitui, essencialmente, um sistema unitário em  si próprio.
Isso não quer dizer que todos os liberais defendem todas as
partes do sistema, ou que os cristãos que foram afetados pelo
ensino liberal em um aspecto foram afetados em todos os
aspectos. Há às vezes uma falta saudável de lógica que Evita
que o todo da fé humana seja destruído mesmo quando abriu
mão de parte dela (...). Ele [o liberalismo] difere do cristianismo
em sua visão de Deus, do homem, do estabelicimento de
autoridade e do modo de salvação. E difere do cristianismo
não somente na teologia, mas na vida como um todo (...). O
Cristianismo está sendo atacado interiormente por um
movimento que é anticristão em seu cerne.
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Duas décadas antes, do outro lado da Reforma, o Papa Pio X
fez com que todos os sacerdotes e professores de seminários fizessem
um juramento antimodernista, declarando que o liberalismo era “a
síntese de todas as heresias”.
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 Machen e o Papa Pio X formaram
uma dupla fora do comum. Inflexivelmente fora de sintonia com o
espírito de nossa era, eles compartilham uma perspectiva comum sobre
o liberalismo. A avaliação que o liberalismo estilo antigo subverteu
todas as doutrinas cristãs apóia a presente alegação de que, o
liberalismo pagão da “Nova Era” é uma apostasia aberta da fé cristã.
A Heresia Moderna: Caçar Heresias
Para a maioria dos estudiosos e muitos sacerdotes na
Igreja Católica-Romana, o juramento do Papa Pio tornou-se
um sentimento de piedade, um objeto para o museu do
Vaticano. As alegações de Machen ganharam poucos amigos

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na Igreja presbiteriana a qual tinha servido fielmente: ele foi
excluído por comportamento inaceitável. Machen cometeu o
pecado imperdoável de não fazer rodeios e chamar uma
heresia de heresia.
Tal acusação pode logo ser qualificada não somente como
heresia, mas como um “crime de ódio” que perturba a paz de uma
sociedade cheia de tolerância, escolha e amor. Estudiosas feministas
na Conferência da RE-imaginação acusam seus críticos, preocupados
com a ortodoxia da confissão da igreja, de “hostilidade”, “violência”
e “perturbação”.
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 O bispo Earl G. Hunt, da igreja Metodista Unida
previne que um dos sintomas de fraqueza na igreja é que seus
líderes “declararam que a nossa era é pós-herege”.
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 James
Robinson, diretor do projeto de tradução dos textos de Nag
Hammadi, reserva o ódio, não para distorções gnósticas do
Evangelho, mas para os pais da igreja que denunciaram os
gnósticos como hereges. Oito vezes em sua introdução de 25
páginas aos textos de Nag Hammadi ele ataca os pais da igreja,
descrevendo suas defesas polêmicas da ortodoxia contra o
gnosticismo como a “visão míope de caçadores de heresias”.
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Espera-se esse tipo de linguagem veemente de “cristãos”
neopagãos que “re-imaginam” seus caminhos em posições de
poder nas igrejas as quais se recusam a deixar
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, mas por que dos
frios corredores da academia? Robinson perde sua “indiferença”
porque nomear uma pessoa ou ensino como herético se tornou a
moderna heresia.
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 O ex-moderador da Igreja Presbiteriana
Americana, David Lee Dobler, considera até mesmo o uso de
palavras como “pagão” e “herético”, por parte dos conservadores
preocupados em sua denominação, muito mais preocupante do
que a própria prática de rituais pagãos heréticos por oficiais
nomeados da administração de sua igreja.
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 Um membro da igreja
britânica avaliou esta situação:
É o desejo mais sincero de Satanás que nunca façamos um
julgamento negativo sobre aqueles que começaram a destruir a
igreja e suas fundações, ou que espalham uma heresia mortal e
uma falsa doutrina. Da mesma forma, a verdadeira razão pela
qual o não-julgamento humano em qualquer forma está se
tornando tão em moda nesta era é que faz conceito de um Deus
que julga e vinga parecer ridículo, anacrônico e implausível.
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