A ameaça pagã Velhas heresias para uma nova era



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A Ameaça Pagã
Em 1979 eu participei do Seminário do Problema Sinóptico da
Sociedade para os Estudos do Novo Testamento, cujos membros
estavam em desacordo sobre cada um dos aspectos do assunto.
Quando esse grupo internacional separou-se em 1992, tiveram
tristemente que confessar que após um trabalho de doze anos
eles não puderam chegar a um consenso a respeito de um único
item sequer.
75
O julgamento de Wenham em 1992 é que a hipótese Q, desde
que “ninguém sabe ao certo se um documento Q realmente existiu”,
é ainda tida como uma hipótese possível “mas com uma confiança
decrescente”.
76
 James Robinson, na mesma palestra que afirma em
que Q é o mais importante texto cristão que temos, acrescenta ao
debate em andamento o Problema Sinóptico.
77
 William Farmer, um
liberal à moda antiga, o repreende:
contra Robinson, não seria mais razoável concluir que se o debate
em andamento sobre o Problema Sinóptico levanta questões
sobre a existência de “Q”, que é o que o debate está fazendo,
teólogos como Robinson não deveriam reconhecer o caráter
hipotético de suas reconstruções, e admitir que seus projetos se
apóiam em uma premissa que pode ser falsa, uma premissa que
um crescente número de eruditos competentes estão preparados
para dizer que provavelmente é falsa?”
78
Não é o máximo especulação que eruditos construam
hipóteses adicionais sobre uma hipótese que ainda espera
confirmação geral por parte dos estudiosos, especialmente quando
a própria natureza da fé cristã está em jogo? Já em 1955 A. M. Farrer
argumentou que não havia necessidade do documento Q se Lucas
usou Mateus. Tudo que era comum era o resultado de Lucas
incorporando Mateus em seu evangelho.
79
 A simplicidade desse
argumento tem convencido mais do que um erudito
contemporâneo
80
, um dos quais descreveu o artigo de Farrer como
uma “bombinha de festa junina”.
81
 O argumento de Farrer ainda
lança faíscas, esperando uma refutação satisfatória.
82
 O apoio
moderno, não uma refutação, está em andamento. Ao passo que os
eruditos de Q aperfeiçoam sua edição crítica do texto de Q, uma
nova publicação de um grupo de eruditos igualmente dotados põe
a existência do documento Q uma vez mais num sério cheque –


A NOVA BÍBLIA
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uma situação que William Farmer descreve como “extremamente
irônica”. Beyond the Q Impasse – Luke’s use of Matthew [Além do
impasse de Q – o uso que Lucas faz de Mateus]
83
 reexamina o velho
argumento de que Lucas usou Mateus e afirma ter encontrado
“dados objetivos nunca vistos anteriormente, que provam que o
autor do Evangelho de Lucas sistemática e respeitosamente usou
seqüências de materiais do Evangelho Canônico de Mateus ao
escrever seu próprio Evangelho”.
84
 Aparentemente, o colosso
gnóstico da origem cristã tem ridículos e grandes pés de barro!
Alguém vai participar do Jogo da Nova Era?
Em 1989, Eale E. Ellis fez a crítica de um livro sobre o
documento Q escrito por João Kloppenborg, um dos principais
nomes nos estudos do documento Q. Ellis faz a pergunta que
qualquer especialista de respeito faria:
É sábio seguir uma tese [sobre o desenvolvimento de Q] sem
reconhecimento e aparentemente sem ciência a respeito dos
inúmeros questionamentos atuais e da rejeição da hipótese do
documento Q? (...) este livro prega àquele que já é convertido (...)
mas não é projetado para responder às questões daqueles que
duvidam que qualquer documento Q jamais tenha existido fora
da imaginação erudita.
85
Objeções antigas ao tão conhecido caso científico para Q
teimosamente permanecem. Muitos estudiosos têm dúvidas a respeito
das novas roupas do imperador. Ignorar objeções não é boa ciência,
mas isso é o que os proponentes atuais da hipótese fazem. O barulho
a respeito de Os cinco evangelhos levou um erudito inglês conservador
a comparar a situação contemporânea a um jogo de rúgby, no qual
há cinco times, dez bolas e todos pensam estar ganhando.
86
 Algumas
avaliações da “nova ciência” são menos benévolas. Jacob Neusner,
um professor judeu de estudos religiosos da Universidade da Flórida
chama o Seminário de Jesus de “ou a maior de todas os embustes
eruditas desde o homem de Piltdown ou a falência total dos estudos
do Novo Testamento – eu espero que seja o primeiro”.
87
Se a ciência não é convincente, que ideologia impulsiona o
movimento? Será uma nobre e neutra busca pela verdade, um desejo


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A Ameaça Pagã
de educar e remover a escuridão da ignorância religiosa, como seu
representante intrepidamente afirma? Ou é dirigida por uma
profunda oposição à ortodoxia cristã, uma ideologia que serve à
nova religião da Era de Aquário?
Sem Programação... Mas Quem é o Dono de Jesus?
O programa erudito tem radioatividade teológica. William
Farmer viu isso se aproximando em 1986, quando observou:
Haverá conseqüências devastadoras quando “Q” for usado com
fontes gnósticas como o Evangelho de Tomás em imaginárias
reconstruções implicando haver uma comunidade primitiva
apostólica para a qual a morte e ressurreição de Jesus Cristo foi
(em oposição ao Novo Testamento) de pouca ou de nenhuma
importância.
88
Farmer sente o caráter explosivo da agenda “erudita”, embora
ele não explique os detalhes. É claro que o maligno está nos detalhes.
Desde seu início nos anos 80, a “teologia de Q”, com a sua descrição
de Jesus e da comunidade primitiva, tem produzido um crescente
corpo de literatura.
89
 Os novos eruditos radicais do documento Q
concordam com Tomás em três importantes áreas:
u A Pessoa de Jesus
Jesus não se proclamou como Messias e o Filho de Deus, o
divino salvador que morreria pelos pecados do mundo;
90
u A Obra de Jesus
O Jesus descrito no documento Q [o documento hipotético
supostamente embutido em Mateus e Lucas – ver abaixo] é
exclusivamente um mestre da sabedoria,
91
 um tipo de guru proto-
gnóstico;
u A Natureza da Igreja
O “povo do documento Q” (hipoteticamente reconstruído com
base no hipotético documento Q) não enfatizava a “pessoa de Jesus
ou sua vida e destino. [Antes] foram levados a atentar para o
programa social que foi exigido por seus ensinamentos”,
92
 incluindo


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