A ameaça pagã Velhas heresias para uma nova era



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A Ameaça Pagã
O Autor
O estudo bíblico tradicional sempre tentou descobrir o que o
autor da passagem queria dizer, o que é conhecido como “intenção
autoral”. Se você sabe que Paulo estava na prisão, isso não ajudaria
a entender algumas de suas cartas escritas da prisão? Usando o
método do ”resumo das piores razões”,
17
 alguns têm recentemente
argumentado que os autores podem ser os piores juízes de seus
escritos,
18
 e portanto justificam a eliminação da “intenção autoral”
na interpretação dos textos.
O Texto
Aqueles que diminuem a intenção do autor tendem a adotar
uma abordagem conhecida como “teoria literária”.
19
 Essa
abordagem crê que a obra literária é auto-suficiente e não precisa
de uma informação externa sobre a intenção do autor e da situação
na qual o texto foi escrito. O entendimento depende da estrutura
fundamental da narrativa. O texto tem uma vida em si mesmo,
independente do autor. Para descobrir o significado, o leitor deve
expor as estruturas profundas do próprio texto. Recentemente, a
ênfase mudou do texto para a contribuição decisiva do leitor para o
significado de um texto.
O Leitor
A maioria dos leitores da Bíblia vai até a Bíblia em busca de
um conhecimento mais profundo da vontade e da mente de Deus.
Mas os teóricos literários modernos não. Devido às suas abordagens
relativistas da verdade, a interpretação é uma questão de gosto
pessoal.
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 Eles defendem que, já que a intenção do autor não pode
ser conhecida, e a abordagem estrutural é muito mecânica, o
significado de um texto é sempre obscuro. Se os leitores derivarem
um significado é porque eles trazem suas próprias questões, e na
interação com o texto criam seus próprios significados sempre-renovados.
Isso tem se tornado conhecido como “teoria da resposta do leitor”.
Como se pode imaginar, é de forma entusiástica tomada pelos
leitores com uma agenda específica como, por exemplo, teologias
da libertação de todos os tipos, que tomam a experiência como
revelação divina. Esse método se tornou uma grande força em nosso
mundo saturado com a experiência. “Dificilmente qualquer esfera
do processo interpretativo escapou das grandes reestruturações e
reformulações desde a década de 60”.
21


UM NOVO MÉTODO DE ESTUDO BÍBLICO
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Conquanto esses novos métodos contenham valiosas
informações,
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 o uso extremista da metodologia da “resposta do leitor”
em particular, cega a espada de dois gumes da Palavra de Deus, e
permite que defensores de todos os tipos de tendências, incluindo o
homossexual, mantenham a aparência de conhecer a Escritura
enquanto na verdade a ignoram assim como ignoram o poder de Deus.
O estudo bíblico pela “resposta do leitor” é parte da devasta-
dora mudança na história intelectual ocidental sobre a geração pas-
sada. O antigo método racionalista fez crescer uma nova definição
do que constitui uma erudição responsável. Aqui há alguns dos in-
gredientes do novo método de estudo Bíblico.
O Novo Estudo Bíblico: Todos os Métodos são Válidos
A Bíblia de hoje fica na mesa da família, exposta como um
peru de natal, de onde todos pegam o pedaço de carne que mais
lhes apraz; mais branco para uns, mais “queimadinho” para outros,
uma asa ou perna para satisfazer o gosto pessoal. Hendrick Hart,
um teólogo cristão reformado defende o casamento homossexual
em sua denominação conservadora. Embora admita que nenhum
texto bíblico favoreça o comportamento homossexual, ele urge a
igreja a caminhar: “a maioria das igrejas pode agora fazer uso de
uma hermenêutica legítima e aceita da Bíblia que as capacita a
considerar que esses textos não se aplicam diretamente à nossa
situação moderna”.
23
Com esses novos métodos libertadores, a Escritura não poderia
nos tocar mesmo se quisesse. Alguns, não prontos para abandonar
a Bíblia, se satisfazem com uma “transformação radical”.
24
 “Novas
regras”, diz uma teorista feminista, “requererão intérpretes
feministas para defender que a Escritura não é ‘a palavra de Deus’
(...) não é o recipiente da revelação” e para “corrigir como lemos (...)
do mesmo modo que alguém pode dizer para um amigo, ‘eu sei
que isso é o que você disse, mas eu sei que não é isso que você
queria dizer’” 
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 Observe quão radical esse julgamento é. A Escritura
não é nem mesmo um recipiente da revelação. Você não pode
encontrar jóias dentro do entulho. Tudo deve ser reinterpretado por
intérpretes feministas que sabem o que a Bíblia realmente quer dizer,
mas é incapaz de articular. A Bíblia precisa de muita ajuda, e hoje
em dia há muita ajuda disponível.


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A Ameaça Pagã
Ecletismo – Exigência
Freqüentemente conhecido como o método do “corte e cole”,
este foi um método liberal clássico de estudo bíblico. O que se
encaixar na teoria liberal fica, o que não encaixa é eliminado. Liberais
do estilo antigo tentaram permanecer dentro da Escritura o máximo
que puderam, mas os liberais reconstruídos de hoje não têm esta
pretensão. Ruether afirma sem nenhum embaraço:
feministas religiosas (...) procuram reafirmar aspectos da tradição
bíblica (...) mas ... reconhecem a necessidade tanto de retornar à
religião bíblica quanto de transpô-la (...) olhando para trás para
as opções de fé bíblica e pré-bíblica.
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Ela recomenda o uso de qualquer texto, seja greco-pagão ou
gnóstico herético.
27
 Os textos da Escritura que não se encaixam são
eliminados. Efésios 6 permanece, pois apóia a sua interpretação do
patriarcado como uma expressão das potestades e dos principados
do mal contra os quais os liberacionistas devem lutar;
28
 no entanto
Efésios 5.21-23 deve sair. (Este texto e outros “versículos satânicos”,
como mencionados no capítulo 6, são “exorcizados” publicamente”.)
Claramente, esta é uma nova maneira de ler a Bíblia. Tem sido
chamada pelas feministas de “hermenêutica da suspeita”.
Desconfiança
Elizabeth Schlüssler Fiorenza, uma teórica lider da interpretação
feminista, propõe uma “hermenêutica da desconfiança” capaz de
desemaranhar a política patriarcal inscrita no texto bíblico. Desde que
a Bíblia é escrita em uma linguagem androcêntrica, gramaticalmente
masculina, uma interpretação feminista deve desenvolver uma
“hermenêutica de avaliação crítica para a proclamação” que seja
capaz de avaliar teologicamente se os textos da escritura funcionam
em inculcar valores patriarcais (o leitor é deixado para imaginar o
que ela faria com esses textos), ou se devem ser lidos em
contraposição com seu lingüístico “núcleo androcêntrico” para
tornar livre sua visão libertadora para hoje e para o futuro. Tal
hermenêutica feminista da libertação reconceitua o entendimento
da Escritura como um pão que alimenta e não uma palavra sagrada
imutável gravada em pedra.
29
De acordo com o mito moderno do feminismo, existe uma
conspiração patriarcal 
30
 expressiva e penetrante que exige vigilância,


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