A ameaça pagã Velhas heresias para uma nova era

UM NOVO MÉTODO DE ESTUDO BÍBLICO
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No mundo pós-moderno, a primazia da experiência não é
exclusiva do feminismo. Seguidores da Nova Era em geral crêem
que experimentarem a si mesmos como divinos constitui um
conhecimento salvador (gnose).
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 David Wells mostra como o
evangelicalismo segue a exitação da sociedade pela experiência.
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Alguns cristãos lêem a Bíblia assim. “Qualquer coisa que signifique
para mim”, não importa qual fosse a intenção do escritor, deve ser
de um significado do Espírito. As necessidades emocionais do leitor
ditam o significado da passagem.
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 “Qualquer coisa que signifique
para mim” está atingindo novos níveis de estupidez.
Afirmar que o feminismo mostra o caminho não é uma expressão
de preconceito masculino. Os feministas, masculinos e femininos,
orgulhosamente afirmam isso. Um perito neo-testamentário no
movimento afirma: “o programa de exegese bíblica feminista (...).
[é] um dos mais importantes aspectos da atual erudição bíblica”.
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Outros proclamam que o feminismo provocou uma revolução no
pensamento religioso.
Tais convicções revolucionárias e sentimentais, quando
direcionadas para a Bíblia, fazem dela algo irreconhecível.
Somente uma “Torá vazia” tem espaço para esse programa de
mudança do mundo.
A Deconstrução do Estudo Bíblico
O evento mais importante em nossa era não é a queda do
muro de Berlim ou a do comunismo na Europa Oriental e na
Rússia. Este evento não pode ser mostrado nos noticiários de
televisão, pois é uma idéia, a “desconstrução”. A desconstrução
foi originalmente o produto da hermenêutica, que é a teoria de
interpretação, associada com Jacques Derrida, um filosofo francês
e teórico literário. A desconstrução literária põe em dúvida
qualquer teoria literária que possa verdadeiramente descrever a
comunicação escrita. Por extensão, questiona qualquer
interpretação de qualquer coisa. Nenhuma descrição geral do
motivo pelo qual as coisas são do modo como são (chamado de
“meta-narrativas”) é aceitável, pois são “discursos totalizantes”
que impõem idéias de alguém ou de algum grupo sobre o restante
de nós.
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 A desconstrução “é uma visão de mundo que nega todas
as visões de mundo”. Stanley Fish, da universidade Duke, o

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A Ameaça Pagã
principal desconstrucionista na América, diz: “Desde que todos
os princípios são preferências, eles são nada mais do que máscaras
para o desejo de poder (...) alguém sempre será restringido, e é
seu trabalho ter certeza que este alguém não é você”.
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David Wells mede o efeito devastador desse movimento
intelectual:
Na literatura, toda uma geração de desconstrucionistas (...) vive
agora de negar que as palavras tenham qualquer significado.
As palavras significam somente o que desejamos que elas
signifiquem.
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O desenvolvimento perturbador no desconstrucionismo é a
identificação da verdade como poder. Se não há uma verdade
absoluta (que a maioria das pessoas no Ocidente agora aceita como
“verdade”), então todas as afirmativas verdadeiras são meros jogos
de poder. Assim, todo mundo joga, mas o jogo é seriíssimo. Em
pouco tempo, a crença marxista de que o poder político sai do tambor
de uma arma novamente se torna uma possibilidade real para a
sociedade global da Era de Aquário.
A Contínua Saga de Charles e de Diana
Você sabe que o mundo mudou quando a família real britânica
mudou. Monarcas antigos da Casa de Windsor estavam bem longe
dos anjos. Mas Charles é o primeiro da realeza moderna e herdeiro
ao trono a admitir, sem remorso e em horário nobre, que ele é um
adúltero. O futuro rei pode justificar um pluralismo sexual – ter mais
que uma mulher – porque, assim como muitos de seus contemporâneos
ocidentais, ele comprou a nova “verdade” do pluralismo religioso
(existe mais de uma verdade). Para sua Alteza, há muitos caminhos
para Deus, e possivelmente muitos deuses. Desde 1521 o monarca
britânico tem carregado o título de “Defensor da Fé”. Quando Charles
se tornar rei, ele pretende alterar o título para “Defensor de Fé” pois,
como explica, com um excelente senso de tolerância dos dias atuais,
todas as religiões “contêm elementos comuns da verdade”.
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 Charles
será o primeiro rei desconstruido (se esse termo não for politicamente
incorreto na época) do trono britânico.

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UM NOVO MÉTODO DE ESTUDO BÍBLICO
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O Destronamento de Deus
A nova visão da verdade como poder tenta serrar as pernas
do trono do universo. Empregando seu princípio para o estudo
bíblico, Fewell e Gunn, especialistas bíblicos, metodista e
presbiteriano respectivamente, argumentam que cada um tem a
sua própria verdade e um direito ao poder. Tudo o mais
(especialmente uma revelação tendenciosa), deve ser tratado com
suspeita. Além disso argumentam que “as relações de gênero, ao
menos como são constituídas no (...) patriarcado, são relações de
poder”. Esse falso discurso totalizador do patriarcado produz “o
mundo binário da heterossexualidade”.
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Em sua linguagem técnica, eles afirmam que a Bíblia,
mascarada como “verdade”, é realmente um exercício de “controle
social masculino”. Precisa ser desconstruída, junto com seu
“mundo binário” (a crença em certo e errado, bom e mal). Nossos
eruditos metodista e presbiteriano entraram no estranho mundo
do monismo pagão. O resultado imediato é a deconstrução da
Bíblia como verdade e de Deus o Pai Todo Poderoso Criador dos
Céus e da Terra, como distinto de sua criação, a única expressão
verdadeira da divindade.
Virginia Mollenkott, evangélica “desconstruída”, fala sobre
“a única pressuposição realmente tola (...) a que qualquer um
poderia possivelmente chegar numa interpretação que não
considera a situação ou a cultura, e objetiva, de qualquer texto,
para não falar de um texto tão complexo como a Bíblia”.
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 O que
aconteceu com a suficiência e a lucidez da Escritura?
Do Autor via Texto para o Leitor:
Uma Queda Livre na Hermenêutica Pró-escolha
O desconstrucionismo e a perda do sentido da verdade absoluta
claramente afetou o modo como as pessoas lêem as Escritu-
ras, ou, quanto a isso, qualquer coisa escrita. A interpretação
se tornou muito mais complicada, em detrimento da Bíblia
e para vantagem do intérprete bíblico. Os seguintes três es-
tágios descrevem esse desvio da confiança no texto para a
confiança no leitor.

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