A ameaça pagã Velhas heresias para uma nova era

A BÍBLIA GNÓSTICA ANTIGA
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abertamente revelada em Jesus Cristo e os escritos das testemunhas
apostólicas. O gnosticismo enfatiza o “apócrifo”. Atrás desse
substantivo esta um verbo que significa “esconder da vista, esconder,
ocultar”.
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 Esse termo caracteriza a visão gnóstica da Escritura:
revelação secreta para ser mantida longe dos olhos curiosos, e
revelada somente a um círculo restrito. Nenhum livro do Novo
Testamento é chamado “apócrifo”. A coleção de Nag Hammadi
contém dois “apócrifos”, o Apócrifo de Tiago e o Apócrifo de João. Tiago
afirma ser especial, revelação secreta, escondida mesmo dos olhos
dos doze, e assim superior à ortodoxia. Tiago escreve a um discípulo
e ministro, um certo “ (...) tos”:
Mas porque sois um servo da salvação dos santos, esforçai-vos
diligentemente para que este escrito não seja relatado a muitos –
este escrito, o qual o Salvador não desejou dizer nem mesmo a
todos nós, seus doze discípulos. Mas serão abençoados, isto é, os
que serão salvos pela fé desta palavra (logos).
E eu também enviei um outro apócrifo a você há uns dez meses
atrás, que foi revelado a mim pelo Salvador. Como pode ser o
caso, eu considero este revelado a mim, Tiago.
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Na conclusão do Apócrifo de João, Jesus diz a João:
Eu lhe tenho dito tudo que você tem que escrever e transmitir
secretamente aos seus irmãos no espírito, pois este é o mistério
da geração que não abdica.
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A diferença entre este apócrifo “joanino” herético e o evangelho
canônico de João é notável. Na conclusão do evangelho canônico de
João, o apóstolo declara: “Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos
muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém,
foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de
Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome”.
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 A ênfase está
nos feitos tremendos de Jesus, e o evangelho foi escrito para que fosse
propagado em plena luz do dia, como Jesus profetizou: “Mas, quando
eu for levantado da terra, atrairei todos os homens a mim mesmo”.
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Onde a Bíblia revela, o gnosticismo esconde.
É verdade que há cinco apocalipses nos textos gnósticos
recentemente descobertos, o Apocalipse de Paulo, o Primeiro Apocalipse

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A Ameaça Pagã
de Tiago, o Segundo Apocalipse de Tiago, o Apocalipse de Adão e o
Apocalipse de Pedro. Quando o termo apocalipse (revelação) é usado,
no entanto, é no sentido de revelação secreta aos que pertencem ao
círculo restrito. O Apocalipse de Paulo é uma afirmação clássica da
ascensão do iniciado em esferas mais e mais profundas da gnose.
Vai além de 2 Coríntios 12 e revela o que Paulo disse no Novo
Testamento ser proibido revelar, mesmo aos crentes. “Paulo” sobe
do terceiro ao quarto, quinto, sexto e até o sétimo céu onde é
barrado por “um ancião (....) uma luz [e] [cujas vestes] eram
brancas, [seu trono], que está no sétimo céu, [era] [sete] vezes mais
brilhante do que o sol”. Quando o Espírito diz a “Paulo” para
continuar, “O ancião me disse, ‘Como você escapará de mim? Olhe
ao seu redor e veja os principados e as autoridades’. Então ele falou,
o espírito, e disse, ‘Dê-lhe o sinal da sua mão, e [ele] abrirá para
você’. E então eu lhe dei o sinal. Ele (o ancião, isto é, Javeh) virou
a sua face em direção a sua criação”. Então “Paulo” vai até Ogdoad,
isto é, a oitava esfera mística, e então para a nona e finalmente até
o décimo céu, onde é recebido por seus espíritos companheiros.
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Este é um conhecimento secreto da ascensão mística, um tipo
clássico de espiritualidade pagã.
O Primeiro Apocalipse de Tiago, diz o editor, contém “os ensinos
secretos do Senhor para Tiago”.
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 No Segundo Apocalipse de Tiago,
“Tiago” é “o guia orientando o gnóstico através da porta celestial”.
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O  Apocalipse de Adão termina com a frase: “Este é o conhecimento
secreto (gnose) de Adão para Sete, que é o batismo sagrado daqueles
que conhecem o conhecimento eterno (gnose)”.
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 O Apocalipse de Pedro
é a narrativa da revelação vista por Pedro e interpretada por Jesus
para um remanescente gnóstico fiel oprimido que é “conduzido
ao conhecimento”.
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No gnosticismo, mesmo os “Evangelhos” não devem ser
pregados nos telhados, como no Novo Testamento.
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 O Evangelho
de Tomás descreve seu conteúdo como “ditos secretos” do Jesus
vivo.
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 O Evangelho da Verdade fala de um conhecimento esotérico
da maneira mais [deliberadamente?] confusa:
Este é o conhecimento do livro vivo que ele manifestou no final
para os Aeons (...) Cada carta é um todo [pensamento], como
um livro terminado, porque eles foram escritos em unidade, pelo
Pai, para os Aeons, para que eles possam conhecer o Pai por
meio de suas cartas.
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Essas revelações secretas afirmam uma origem divina. O
Evangelho dos Egípcios afirma ser “o divino escrito, santo, livro
secreto (...) do grande Espírito invisível”.
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 Zostrianos faz a mesma
afirmação: “Zostrianos: Palavras da verdade de Zostrianos. Deus
da Verdade. Palavras de Zoroast[er].
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 Trimorphic Protennoia
termina com a frase “Uma escritura sagrada escrita pelo Pai com
perfeito conhecimento”.
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 Embora afirmando inspiração divina,
esses livros têm uma outra fonte, diferente.
A Fonte Final da Bíblia Gnóstica
A fonte da Bíblia gnóstica não é o Deus transcendente fora do
universo que ele mesmo criou. A “verdade gnóstica vem de dentro
do círculo da existência e de dentro do coração humano. O Evangelho
da Verdade trata das “criancinhas”, isto é, os crentes gnósticos, “o livro
vivo fora revelados em seus corações – aquele escrito do pensamento
e da mente do Pai”.
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 O conhecimento do Deus desconhecido é
encontrado dentro de si mesmo. Mas há algo mais lá fora que possa
determinar o que o coração do homem conhece? O editor do texto
Nag Hammadi Zostrianos, argumenta que Zostrianos está diretamente
relacionado a Zoroaster, o fundador do sistema zoroastriano persa e
de “toda sorte de sistemas mágicos filosóficos e especulativos”.
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Zostrianos apresenta, diz o editor moderno, “uma série de revelações
feita por seres exaltados sobre a natureza da esfera celestial”.
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Lembramos da fonte das revelações contemporâneas da Nova
Era, as entidades do espírito, que falam por meio de canais tais como
Ken Carey (Starseed; The Third Millenium) e Helen Shucman (A Course
in Miracles). Outros do movimento estão afirmando uma inspiração
similar. Fritjof Capra , que ensina Física na Universidade Berkeley,
na Califórnia, fala de “poderes externos” tão fortes que “às vezes,
enquanto escrevia o Tao da Física, eu sentia que estava sendo escrito
por meu intermédio, em vez de estar sendo escrito por mim. Os
eventos subseqüentes têm confirmado esses sentimentos”.
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 David
Miller, o teólogo da “morte de Deus” e professor de Religião na
Universidade Syracuse fala quase que em termos “evangélicos”
sobre o processo pelo qual os deuses e deusas “em suas realidades e
potenciais (...) entraram em minha vida”.
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 Ele descreve ocorrências
bizarras durante suas palestras sobre a religião grega quando essas
deidades pagãs “tomavam uma vida para si na sala de aula”. Ele

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