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Na coleção, a seleção dos conteúdos dos diferentes campos da matemática escolar é satisfatória. Em
relação à distribuição dos temas de estudo, no volume do 1º ano, verifica-se uma atenção maior no
trabalho com álgebra, em prejuízo dos conteúdos de estatística e probabilidade.
Nos demais volumes,
a distribuição dos conteúdos por campo é equilibrada.
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abordagem dos conteúdos
>
No volume 1, há um tratamento adequado das representações e simbologias relativas aos conjuntos.
O estudo dos conjuntos numéricos é feito por sistematizações, mas quase sempre baseadas em de-
finições e em poucos exemplos.
O estudo do número irracional se inicia, no volume 1, por meio da exploração
intuitiva de alguns
exemplos e referências históricas. Demonstra-se, apropriadamente, a irracionalidade do número √2.
No volume 3, trabalha-se a ideia de que a necessidade de ampliação do conjunto dos números reais
motivou o desenvolvimento dos complexos. Esses números são explorados em suas representações
algébrica, geométrica e trigonométrica. Algumas articulações entre álgebra,
geometria e trigonome-
tria, são apontadas. Mas o tratamento das operações com números complexos é essencialmente
algébrico, feito com base em definições e aplicações de fórmulas, sem aplicações relevantes.
A análise combinatória é desenvolvida por meio de problemas diversificados e atuais. O princípio
multiplicativo e os diagramas de árvore são usados na resolução de problemas e na explicação de
procedimentos de contagens, em situações que envolvem noções de permutação e arranjos. Isto
favorece a compreensão dos conceitos e de fórmulas, por exemplo.
<álgebra>
O estudo da álgebra inicia-se com a abordagem de funções, apoiada na história da Matemática. O
conceito é explorado de modo pertinente, como expressão da relação de dependência
entre duas
grandezas ou entre elementos de dois conjuntos.
As funções afim, quadráticas, exponencial e logarítmica, são desenvolvidas com base em contextua-
lizações e sistematizações pertinentes. As funções seno e cosseno,
por sua vez, são sistematizadas e
apresentadas como modelos aproximados de fenômenos periódicos, o que contribui para a atribui-
ção de significados a ambas.
Acertadamente, sequências numéricas são definidas como funções e as progressões aritméticas e geo-
métricas são relacionadas com as funções afim e exponencial, respectivamente. As noções de matemá-
tica financeira são relacionadas a contextos históricos e a situações cotidianas. Além disso, são feitas
boas associações entre juros simples e a função afim, e entre juros compostos e a função exponencial.
No
estudo das matrizes, recorre-se a tabelas de dupla entrada, que mostram dados de situações
reais. Abordam-se as aplicações na criptografia e exemplos de transformações geométricas no pla-
no cartesiano. No
trabalho com sistemas lineares, há interpretações geométricas interessantes e
mostram-se boas aplicações à Química e à Biologia.