210
contribuir, por meio de seu ensaio e também de sua ficção, para que se pense a causa chicana,
demonstrando conhecimento da causa, falando, entretanto, sobre a fronteira.
Com a materialização do longo estudo que ora se encerra, espero estar contribuindo
para a característica que ainda detém a literatura de compor com imaginários. Nas obras em
relevo, destacam-se a literariedade e a construção de imagens e o forte teor imagético dos
romances estudados como seu caminho de aproximação, de leitura aproximativa a
imaginários. É sabido que em um passado nada remoto a literatura já buscou compor com a
formação de identidades nacionais. A questão da intencionalidade aqui subjaz a uma questão
a meu ver maior: a de releituras feitas (inclusive as de um autor clássico em um sistema
estabelecido, destinado a ler autores clássicos de um subsistema ainda imprensado entre dois
outros de grandes proporções). Tais releituras pressupõem um anseio de contribuição com
questões do real empírico levadas às raias da ficção. É nesse lugar entre que jogam papel
sumamente importante as instâncias de recepção do leitor para que não “caia” em imaginários
que se lhe achegam tão próximo quanto um real vivido.
211
BIBLIOGRAFIA
ACUÑA, Rudolfo. Occupied America: A History of Chicanos. 3ª ed. New York: Harper
Collins, 1988.
AGUILAR MELANTZÓN, Ricardo. Madreselvas en flor. México: Veracruz, Universidad
Veracruzana, 1987.
ALARCÓN, Justo S. “El autor como narrador en …y no se lo tragó la tierra de Tomás
Rivera”. Disponível em: http://www.cervantesvirtual.com/obra-visor/el-autor-como-narrador-
en-y-no-se-lo-trago-la-tierra-de-tomas-rivera-0/html/. Acessado em 17 de fevereiro de 2011.
ALVES, Alcione Correa. “Ariel”. In: BERND, Zilá (org). Dicionário de figuras e mitos
literários das Américas. Porto Alegre: Tomo Editorial/UFRGS Editora, 2007, p. 25-30.
ANDERSON, Benedict. Nação e consciência nacional. São Paulo: Ática, 1985.
______. Comunidades imaginadas. Lisboa: Edições 70, 2005.
BAKHTIN, Mikhail. Questões de literatura e estética – a teoria do romance. São Paulo:
Unesp, 1988.
BARTRA, Roger. La jaula de la melancolía. México: Grijalbo, 1987.
______. El salvaje en el espejo. Barcelona: Ediciones Destino, 1996.
______. “El método en la jaula: ¿cómo escapar del círculo hermenéutico?”. In: Anàlisi: s/l,
s/ed., 2000, p. 71-8.
BASTOS, Dau (Org.). Luiz Costa Lima: uma obra em questão. Rio de Janeiro: Garamond,
2010.
BEAUD, Michel. Arte da tese: como redigir uma tese de mestrado ou de doutorado, uma
monografia ou qualquer outro trabalho universitário. Trad. de Glória de Carvalho Lins. Rio
de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996.
BENJAMIN, Walter. Charles Baudelaire, um lírico no auge do capitalismo. Trad. José
Martins Barbosa e Hermerson Alves Batista. São Paulo: Brasiliense, 1989.
BERND, Zilá (Org.). Dicionário de figuras e mitos literários das Américas. Porto Alegre:
Tomo Editorial/UFRGS Editora, 2007.
BESTARD VÁZQUEZ, Joaquín. “De una frontera a otra”. In: Revista de la Universidad
Autónoma de Yucatán 221. México: Yucatán, s/ed. Segundo Trimestre de 2002, p. 90-6.
BHABHA. Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.
BOLAÑOS, Aimée. “Um fulgor sin fronteras”. In: ______. Poesía insular de signo infinito.
Madrid: Betania, 2008.
212
______. “Diáspora”. In: Dicionário das mobilidades culturais. Porto Alegre: Literalis, 2010,
p. 167-87.
BOUCHARD, Gérard. “L’Analyse pragmatique des figures et mythes des Amériques:
proposition d’une démarche”. In: Interfaces Brasil/Canadá, Rio Grande nº 5. Canoas:
Associação Brasileira de Estudos Canadenses (ABECAN), UnilaSalle, 2005, p. 13-28.
Disponível
em:
www.revistas.unilasalle.edu.br/index.php/interfaces/article/view/764/590.
Acessado em 13 de março de 2014.
BRAGA, Elda Firmo. As dimensões estéticas da pentalogia “La guerra silenciosa”: um
espaço literário de resistência humana e de motivações ecológicas. Tese de doutorado,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010. Mimeo. 230 folhas.
BRASIL-NETO, Joaquim. “Plágio ou ‘Memória Fotográfica’?”. In: NeuroNews-Notícias de
Neurociências. Disponível em: http://sadato.hypermart.net/weblog/2006/04/. Acessado em 23
de setembro de 2013.
BRAUDEL, Fernand. Meditarranee, LA: L' espace et L' histoire [1949, 1958]. São Paulo:
Flammarion, 1985.
BUENROSTRO, Gustavo. “Introducción” (Introdução aos anexos). In: ...y no se lo tragó la
tierra. Buenos Aires: Corregidor, 2012, p. 183-213.
CAMPOS, Javier. Un lugar llamado La Frontera. El mostrador. [s. l.]: 03 nov. 2003.
Disponível na internet via http://www.letras.s5.com/campos200703.htm. Acessado em 02 de
dezembro de 2013.
CANCLINI, Néstor García. Culturas híbridas. Estrategias para entrar y salir de la
modernidad. México: Grijalbo, 1989.
______. Culturas híbridas. Estrategias para entrar y salir de la modernidad. Buenos Aires:
Paidós, 1999.
CAÑIZAL, Eduardo Peñuela; RAMÍREZ, Francisco Gerardo Toledo; RODRÍGUEZ, Juan
Manuel López. La inquietante ambigüedad de la imagen: tres ensayos. México: Universidad
Autónoma Metropolitana, 2004.
CASTRO, Walter de. Metáforas machadianas: estruturas e funções. Rio de Janeiro: Ao Livro
Técnico, 1977.
COLOMBO, Sylvia. Literatura: Carlos Fuentes constrói ponte sobre o Atlântico. Folha de
São Paulo. São Paulo: 26 mai. 2001. Folha Online Ilustrada. Disponível na internet via:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u13889.shtml. Acessado em 03 de junho de
2013.
COSTA, Maria Iranilde Almeida. “Histórias dentro da história: estudo das alegorias em
Noturno do Chile, de Roberto Bolaño”. In: Revista Garrafa 27. S/ed., maio-agosto de 2012,
s/p.
COUTINHO, Eduardo F. (org). Fronteiras imaginadas. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2001.
Dostları ilə paylaş: |