A ameaça pagã Velhas heresias para uma nova era



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A Ameça Pagã
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De acordo com o teólogo “cristão” Knitter, professor de
Teologia na Universidade Xavier, em Cincinnati, este estágio da
evolução religiosa está sobre nós.
As religiões do mundo estão evoluindo da microfase da história
religiosa na qual as diversas tradições cresceram e se consolidaram
em relativo isolamento uma da outra. A tendência hoje é para
uma  macrofase  na qual cada religião é capaz de crescer e
entender a si mesma somente por meio do inter-relacionamento
com outras religiões.
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O “Cristianismo” vai em frente, conduzindo o mundo ao
Terceiro Milênio, movendo-se da “Era do Monólogo”, através da
“Era do Diálogo”, que é sua essência, para a “Era da Inter-Relação”
e da assimilação sincrética. De acordo com Knitter, somente um
Cristianismo aberto “dialógico” sobreviverá, e assim determinará a
forma de todas as religiões do mundo.
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O recente livro, Christian Systematic Theology in a World-Context
[Teologia sistemática cristã em um contexto mundial], de Nina Smart
e Steven Konstantine, deve ser lido tendo-se em mente esse contexto.
Na sessão intitulada “Em direção a uma Teologia de Mundo”, a
afirmação de propósitos deles é uma jóia de convergência sincretista:
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 (...) nossa apresentação de uma darsana é mais do que a
apresentação de uma construção intelectual. É a apresentação
de um Tao, uma forma de bhakti jnana ou “conhecimento”, uma
vida coberta no li sacramental, um estímulo ao dhyana e ao karuna,
e o convite para evitar esquivar-se, e para ser chamado pelo poder
do avatara.
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Isso pode ser um liberalismo aquariano. Não é o que uma
capa produzida por uma editora luterana, a Fortress Press, queria
que acreditássemos ser, como disseram, um novo “entendimento
do Cristianismo”.
Comunhão Sincretista em Chicago
Knitter estava em Chicago para o Parlamento das Religiões do Mundo
–  com 6.000 delegados, 250 líderes religiosos e 120 religiões e seitas –
ajudando a promover a unidade por meio da comunhão espiritual. Não
foi um parlamento. Parlamentos são corpos representativos para


LIBERALISMO CRISTÃO: APÓS A CONVERSÃO, UMA MISSÃO
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debates, para propor idéias contraditórias e competitivas, e para votar.
Mas ali não. Não foi representativo, pois o Cristianismo histórico estava
ausente. O evento de Chicago foi um festival religioso, um acontecimento
de conscientização da espiritualidade pagã comum. Delegados foram
obrigados a praticar a unidade – em sincretísticas “celebrações interfé”
que o apóstolo Paulo sem dúvida teria chamado de “comunhão com os
demônios”. Cantando “Firmes nas promessas”, eu de repente parei.
As promessas de Jesus tinham sido desacreditadas. A multidão agora
cantava as inesquecíveis letras, “Ó que comunhão, ó que divina alegria,
eu posso sentir a comunhão por todo lado...”. Falando sobre a situação
do tempo em Chicago, ou sobre as duras cadeiras no corredor cavernoso,
as pessoas ao meu redor eram amigáveis, mas o que as unia era uma
convergência sincretista. Monges budistas cantavam, a sumo
sacerdotisa de Vênus deu uma ponderada bênção pagã. Delegados
dançavam nos corredores ao ritmo dos tambores xamã dos índios
americanos. Chicago demonstrou que cristãos liberais, hindus, budistas,
adoradores de Isis e bruxas do Pacto das Deusas de fato têm experiências
espirituais terrenas. Amizade humana tinha se tornado a comunhão
da espiritualidade pagã e humanística.
Visão Religiosa Global
O sincretismo evidente em Chicago é refletido nos textos da
nova visão liberal. É parte da teoria. Huston Smith, um entendido
em religiões do mundo (cuja influência sobre o novo Jesus do
Seminário de Jesus será examinada no capítulo 6), em seu último livro,
Forgotten Truth [Verdade esquecida] (1994) mostra “como as grandes
tradições religiosas do mundo convergem (...). Percebe-se uma
unidade impressionante sublinhando as diferenças externas (...). É
como se uma geometria invisível tivesse sido trabalhada em todo
lugar para moldá-la numa única verdade”.
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 Essa é uma afirmação
significativa de um sincretista, pois apóia a afirmação bíblica que
há somente duas possibilidades de religião: idolatria pagã ou a
adoração ao Deus vivo. Tertuliano (160-225) poderia ter estado em
Chicago, em vez de se referir ao espírito exclusionista “ecumênico”
do gnosticismo. Quão modernos soam seus comentários:
Eles mantêm harmonia (eclesiástica) com todos, sem distinção.
De fato, a harmonia existe entre eles embora tenham diferenças
doutrinárias enquanto travam uma batalha comum contra uma
só coisa, a verdade (ortodoxia).
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A Ameça Pagã
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Seguindo essa lógica, o “teólogo criacionista” Matthew Fox
argumenta que a renovação da igreja deve incluir a eliminação da
ortodoxia e a incorporação de práticas místicas das principais religiões,
principalmente a adoração do espírito e os rituais de iniciação da
religião nativo-americana – ei, o que poderia ser mais americano?
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Ele não somente convoca para um diálogo, mas para um “profundo
ecumenismo”, uma união mística/espiritual.
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 Isso inclui suadouros,
danças noturnas, rituais da lua, danças comunitárias, a dança do sol,
cerimônias do cachimbo e a busca de visões da religião dos nativos
americanos. De acordo com Fox, os “cristãos” deveriam, portanto,
procurar uma “solidariedade mística” com todas as religiões do
mundo.
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 Não é de se espantar que a teologia “cristã” de Fox receba
um sinal de positivo por parte de uma bruxa pagã. Caitlín Matthews,
sacerdotisa da Irmandade de Ísis, a deusa egípcia da bruxaria, encontra
na “espiritualidade da criação” de Fox uma expressão perfeitamente
válida de seu própria prática pagã. 
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A teóloga Katherine Zappone aceita todos os tipos de experiências
de poder, desde a teologia da libertação até a bruxaria. “Em buscas
com outras feministas”, (que estavam muito evidentes no Parlamento
Sincretista  das Religiões do Mundo), ela observa, “eu entendi que as
histórias sagradas das religiões das deusas afetam a minha
imaginação de maneiras que a história de Jesus nunca o fará”.
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Mais poder para Zappone. Que pena para Jesus!
A TEOLOGIA DA NOVA ERA
Teólogos radicais e burocratas do Concílio Mundial de Igrejas
não monopolizam mais a espiritualidade sincretista. A “Nova Era
na Teologia cristã” é agora “um consenso emergente (...) entre um
crescente número de teólogos dentro de cada grande ramificação
da igreja cristã”.
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 Um dos principais teólogos protestantes, Jürgen
Moltmann, e sua esposa, Elizabeth Moltmann-Wendel, em dois
artigos recentes no jornal do Seminário Teológico de Princeton,
Teology Today, esclarecem a visão cristã deles. Para Elizabeth
Moltmann, nós estamos “numa estrada aberta” para uma sociedade
pós-patriarcal e justa de uma “nova sexualidade e uma existência
erótica”.
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 Para Jürgen Moltmann, uma alemão luterano fleumático
liberal, estonteado pelos vôos imaginários de sua esposa liberada,
a questão é se nós, como cristãos, estamos preparados para uma


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