A ameaça pagã Velhas heresias para uma nova era

O DEUS DO GNOSTICISMO ANTIGO
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A Obra da Criação de Deus é Diabólica
O  Apócrifo de João pinta uma imagem diferente do Éden,
diferente daquela encontrada nas páginas da Bíblia:
E eles, os Arcontes, o pegaram,
e o puseram no paraíso, e o convidaram,
“Coma, pois isto é agradável”, pois o agradável deles é amargo
e a sua beleza é pervertida.
Mas o agradável deles é a mentira e suas árvores são maldade
e o fruto é uma toxina fatal e seu juramento é a morte.
E eles põem a árvore de sua vida no meio do Paraíso.
mas eu te ensinarei tudo o que é o segredo da vida deles,
que é o conselho que tomaram juntos,
esta é a imagem do espírito deles.
A sua raiz é amargura e seus ramos são morte,
ódio é a sua sombra e decepção está em sua folhas,
e sua flor é o ungüento do mal
e seu fruto é a morte e a sensualidade é sua semente.
E seus frutos são produzidos na escuridão.
Aqueles que o experimentam têm seu lugar no Hades
e o lugar de descanso deles são as trevas.
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Entre os associados de Deus está o Diabo
Ialdabaoth, o “primeiro arconte” produziu autoridades para
si mesmo. Algumas dessas autoridades têm os vários nomes bíblicos
de Deus tais como Adonaiou e Sabaoth, mas uma é Belial “que está
sobre o abismo de Hades”.
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Um outro texto gnóstico antigo, o Evangelho dos Egípcios, faz a
mesma associação: Sakla (um nome depreciativo para Jahweh, que
em hebraico significa “louco”) se une com o demônio Nebruel e
produz espíritos assistentes, dois dos quais são Adonaios e Sabaoth.
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Deus se parece com o Diabo
O Deus da bíblia, Ialdabaoth, é pintado como uma criatura com
uma cabeça de leão nascida de uma confusão, que é chamado Ariel
(do termo hebraico “ari” que significa“leão”). Essa forma de animal
selvagem arrogante chama-se Sakla, “o louco”, e aparece como “uma
serpente com face de leão com olhos penetrantes de fogo”.
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A Ameaça Pagã
Deus é o Diabo
Finalmente em destaque, uma blasfêmia inimaginável: Deus
é o Diabo. A “exegese invertida” gnóstica praticada nos “versos
satânicos” de Gênesis é agora usada na Epístola de Paulo aos
Efésios. O Deus da Escritura do Antigo Testamento, a quem Paulo
identifica como o Deus de Israel e o Pai de Nosso Senhor Jesus
Cristo
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 é identificado com os principados e potestades e com o
Diabo que lança os dardos flamejantes. Em Trimorphic Protennoia
[Protenóia de três formas] Deus o Criador aparece sem distinção
como o grande Demônio que governa as partes mais baixas do
submundo, isto é, o Inferno. O texto o chama de “Ialtabaoth”
(Jahweh e Sabaoth), e para que não haja nenhuma dúvida a quem
se refere, ele é chamado de “Arquigenitor” (o Criador Principal),
aquele que com um orgulho falso diz, “Eu sou Deus e (...) não há
nenhum outro além de mim”.
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De semelhante maneira blasfema, o Apocalipse de Pedro inclui
Jesus crucificado, Elohim e a cruz com os demônios:
E ele [o salvador] me disse [Pedro], “fortaleça-se, pois foi a você
que estes mistérios foram dados, para percebê-los por meio da
revelação, que este a quem eles crucificaram é o primogênito, e a
morada dos demônios, e o vaso de pedra (?) no qual eles vivem,
de Elohim, da cruz que existe sob a Lei.
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Sofia manda Jahweh para o Inferno
Jahweh recebe o que qualquer demônio merece – o Inferno.
Aquele que ria deixou de rir há muito tempo. As coisas são muito
sérias. Empurrando a interpretação invertida até a incrível, mas
lógica conclusão, tão audaciosa como uma amostra de uma exegese
“contra o sentido”, Sofia manda o Deus da Escritura para o fogo
destruidor do Inferno.
O especialista italiano G. Filoramo reconhece que o
gnosticismo empurra seu sistema para uma conclusão lógica: os
Arcontes e os Demiurgos são derrotados e destruídos em um
incêndio universal.
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 Não há sequer necessidade de apoio erudito
para isso. Os textos são claros como cristal. The Hypostasis of the
Archons afirma o triste fim de Jahweh em termos exatos. Ialdabaoth,
por causa de sua arrogância cega ao pensar que ele é o único Deus,

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O DEUS DO GNOSTICISMO ANTIGO
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é censurado pela deusa feminina, Zoé, filha de Pistis Sofia. “Ela soprou
em sua face, e seu sopro se tornou em um anjo de fogo e este anjo
acorrentou Ialdabaoth e o lançou no Tártaros [Inferno], sob o abismo”.
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De acordo com On the Origin of the World, no final do mundo,
Sofia perseguirá os caóticos seres divinos destruidores, os quais ela
criou, juntamente com o Primeiro Pai e os lançará no poço onde eles
se devorarão uns aos outros. Finalmente o Primeiro Pai (Jahweh),
quando os tiver destruído, se autodestruirá.
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Essa é a obra destrutiva radical de Sofia – pôr um fim a Deus.
Isso deve ser tomado com muita seriedade. Esse é o ponto escondido
de uma apostasia antiga sendo promovida agora, geralmente
mediante seus elementos menos assustadores como uma expressão
alternativa, válida, do Cristianismo primitivo e como a nova forma
de Cristianismo para o terceiro milênio.
Sofia Revela o Verdadeiro Deus
incognoscível do Monismo Pagão
O que sobra quando Jahweh é banido para o Inferno? Ao
“desconstruir” o velho e cansado Deus da ortodoxia, Sofia toma seu
papel “positivo” como reveladora do “verdadeiro” deus. Assim como
no sonho da Bíblia vazia que precisa ser reescrita, nós agora temos
misteriosamente céus vazios que precisam ser ocupados. Bem limpinho,
o cosmos espera novos habitantes. O deus que Sofia revela é um
desconhecido e incognoscível deus do monismo pagão, “o qual” têm
uma semelhança notável com o deus da espiritualidade aquariana.
Conhecendo o Deus Desconhecido
Deus, no sistema gnóstico, é o “Deus desconhecido” além de
tudo o que é visível ou sensível, que incorpora a “totalidade” (pleroma)
dos seres celestiais.
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 De acordo com os pais da igreja, os teólogos
gnósticos se agradavam em descrever o indescritível. Marcião
(150 d.C.), o proto gnóstico, chamou a sua pregação de “evangelho
do Deus estrangeiro”. Basilides (século 2º) falou a respeito do
“Deus original não-existente“. Valentino (século 2º), talvez o
maior dos teólogos gnósticos, afirma com eloqüência este pilar do
pensamento gnóstico:

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