A ameaça pagã Velhas heresias para uma nova era

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A Ameaça Pagã
mas [Minha] verdadeira [Mãe] deu-me vida”.
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 Enquanto Sofia instrui
em sabedoria, Ialdabaoth (Jahweh) está em uma confusão terrível.
Um texto gnóstico diz: “[Ialdabaoth] saiu das águas, à semelhança de
um leão e gynandrous [uma mistura de feminino e masculino],
possuindo grande autoridade em si mesmo, mas não sabendo de onde
ele tinha vindo à existência”. A única autoridade que ele tem é a
“autoridade da matéria”,
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 que, é claro, para os gnósticos, era a
autoridade que não importava! Mesmo os seres humanos sabem mais
do este divino tolo. Adão diz a Sete, “E nós somos como os grandes e
eternos anjos, pois fomos maiores do que deus que nos fez e os poderes
que estavam com ele”.
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 O Apócrifo de João fala da sabedoria do homem
como o fazendo “maior do que aqueles que o fizeram, e o fizeram
mais forte do que o primeiro arconte [Jahweh.]”
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 Assim a afirmação
de Paulo em 1 Coríntios 2.9 é colocada contra o Deus de Paulo. Ao
crente gnóstico é prometido o que nenhum “olho de anjo” viu e o
que nenhum “Arconte ouviu”.
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 (Arconte, “governante”, é um título
depreciativo para o Deus da Bíblia). O crente gnóstico vê e ouve
mais do que o Deus da Escritura. Sola Scriptura não era uma
expressão importante para os gnósticos.
Assim como as almas na morte retornam à sua origem divina,
encontradas pelos Arcontes (Jahweh e seus anjos) que procuram
trazê-las sob seu poder, o Jesus gnóstico nos relembra de que o poder
a que elas devem clamar é o poder de Sofia, “mestra das [almas]”.
Por esse poder os crentes gnósticos farão Jahweh e suas hostes bater
em retirada.
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Para resumir, o Deus da Escritura, mais conhecido como
Ialdabaoth, um aparente jogo de palavras com Jahweh e Sabaoth,
que provavelmente signifique “Filho da Vergonha”,
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 é apresentado
como “ignorante, arrogante,
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 presunçoso, desdenhoso, estúpido,
louco,
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 assassino (...) um louco com aparência de leão que exercerá
seus talentos ridículos à custa do ser humano (...) um perfeito objeto
para o ódio e desprezo gnóstico”.
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 Com um tão desprezível deus
masculino como este, quem não seria atraído pela sabedoria sedutora
da sofisticada Sofia?
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u Jahweh Confuso sobre Seu Gênero
A crítica gnóstica implica a tolice de imaginar Deus em termos
puramente masculinos. É a mesma crítica que ouvimos hoje, mesmo
entre conservadores “progressistas”. Os gnósticos tentaram eliminar
o Deus da Escritura ao apresentar uma confusão de gênero em Deus.

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O DEUS DO GNOSTICISMO ANTIGO
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Hoje em dia programas de inclusão em muitas igrejas cristãs mudam
hinos, liturgias, e mesmo textos bíblicos para se conformarem com
a imagem divina de “gênero-inclusiva”.
O Apócrifo de João propõe uma nova revelação da divindade
que é tão inclusiva como a jóia da correção política: A realidade
divina revela a si mesma a João por meio de Barbelo [Sofia] como
alternadamente um jovem, um homem velho e um servo, e então
como Pai, a Mãe e o Filho.
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 Similarmente, nos Evangelhos dos egípcios,
nós lemos: há três poderes que vêm do completo e incognoscível
Deus; o Pai, a Mãe e o Filho.
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 Sofia mostra em sua natureza múltipla
a transformação de gênero, expondo o caráter binário e limitado do
macho Jahweh. Tal redução de Deus a metáforas exclusivamente
masculinas merecem zombarias, e aqui estão:
u Jahweh, a piada
O Deus masculino da Bíblia e a história patriarcal bíblica
merecem zombaria e escárnio. Tudo no Antigo Testamento é “alvo
de riso” desde Adão até o Principal Arconte. A criação e a teologia
bíblica são rejeitadas en bloc [em bloco]. Tudo é uma grande piada.
Para os de fala grega, o nome “Demiurgo” em relação a Jahweh
era uma forma de zombaria. Em Platão e Aristóteles o “demiurgo” é
um artesão que meramente segue as idéias de outros [artistas], mas é
incapaz por si mesmo de uma criatividade verdadeira. Assim quando
o Demiurgo apresentou-se a si mesmo como Senhor da Criação, sua
tolice e seu orgulho eram óbvios para todos que conheciam grego.
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A zombaria se torna muito menos sutil. De acordo com o
Segundo Tratado do Grande Sete, o criador do mundo é zombado
porque ele afirma: “Eu sou Deus e não há outro além de mim”.
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Sete, a figura de Cristo nessa versão do gnosticismo, com risadas,
chama isso de “glória vazia”. Quando Deus pergunta, “Quem é o
homem?”
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 todos os anjos ficam sem entender a pequenez do
conhecimento de tal Deus.
u Ortodoxia: Boa para uma Risada
Essa zombaria começa com o criador, passa pela criação, por
toda a história da redenção, até à cruz. O Apocalipse de João zomba
da inteira estrutura sabática da criação ao identificar os sete dias
da criação com sete poderes perversos. Assim como as faces de
animais ameaçadores, os nomes bíblicos de Deus são distorcidos de
forma ridicularizante: “o primeiro, Athoth, que tem o rosto de

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A Ameaça Pagã
ovelha. O segundo, Eloaiou, que tem a face de burro. O terceiro,
Astaphaios, que tem a face de hiena. O quarto, Iao, tem a face de
serpente com sete cabeças. O quinto é Sabaoth, que é a face de um
dragão. O sexto é Adonin, que tem cara de macaco. O sétimo é
Sabbede, que tem uma face luminosa de fogo. Estes são os sete dias
da semana”.
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 De acordo com o Grande Sete, Adão é alvo de risadas
desde que foi criado por esse criador tolo; Abraão, Isaque e Jacó foram
alvo de risada, pois receberam seus nomes de Deus; Davi foi alvo de
risadas, pois era amigo desse Deus. Salomão foi alvo de risadas, pois,
com a vaidade do Criador, ele tomou a si mesmo para ser Cristo; os
doze profetas foram alvos de risadas, pois foram na verdade falsos
profetas apontados pelo Criador; Moisés é um alvo de risadas porque
ele foi amigo desse Deus impostor.
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 Finalmente o Cristo/Sete
verdadeiro ri da ignorância daqueles que pensaram que ele (Cristo)
havia morrido na cruz. Foi um outro, não Cristo que foi pregado na
cruz, que bebeu ervas amargas, e em quem a coroa de espinhos foi
colocada. Enquanto tudo isso estava acontecendo, Sete, olhando para
baixo, estava se regozijando e rindo da ignorância deles.
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A revelação bíblica da criação, queda e redenção é transformada
aqui em digna somente de zombaria – como acontece na teologia
liberal pós-moderna. A zombaria está de volta. Na Conferência RE-
Imaginando, a audiência começou a rir e a aplaudir quando um
palestrante destacou que nem Deus o Pai nem Jesus Cristo haviam
sido mencionados no culto que realizaram.
Por trás das risadas, Sofia se levanta sorrindo.
Jahweh é um Demônio
Não é caso para se rir. Quando a risada pára, a vaia começa.
Não há um terreno neutro. Deus o criador, Jesus crucificado e todos
aqueles que estupidamente os seguem devem ser denunciados
como diabólicos.
Os textos gnósticos antigos explicam que Sofia, para desfazer
a atividade maligna de seu feto abortado, Ialdabaoth (Jahweh), envia
a [boa] serpente para “seduzir Adão e Eva a quebrarem o mandamento
de Ialdabaoth”.
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 Nessa exegese reversa, a serpente se tornou não
somente sábia, mas boa. Deus se tornou tanto um tolo quanto a
personificação do Maligno. De várias maneiras, Deus é mostrado
como o Maligno:

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