A ameaça pagã Velhas heresias para uma nova era



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A Ameaça Pagã
Na Harvard Divinity School os estudos são agora dominados
pela perspectiva feminista. Em um artigo semi-humorístico mas bem
documentado, intitulado “O que acontece na Harvard Divinity
School”, o comentarista social judeu Don Feder conta que o canto
budista e a meditação são agora mais populares do que o cântico de
hinos, e o calendário cristão é deixado de lado por causa dos feriados
pagãos. De acordo com Feder, a adoração feminista da deusa é a
referência pela qual a religião, a teologia cristã e a Bíblia são agora
interpretadas.
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Bruxas e Professores Liberais
Bruxas e professores liberais de Teologia se encontram onde
o ar está pesado, por causa do incenso e dos óleos orientais, a música
é sonolenta e o programa pagão é um grito silencioso – na atmosfera
quieta da livraria da Nova Era da vizinhança. Em frente aos cristais
e óleos exóticos e os robes pretos com gorros pontudos por apenas
98 dólares cada, o espiritualmente inquisitivo pode encontrar juntas
gritando por atenção na mesma prateleira púrpura, as obras de
pensadores pagãos como Joseph Campbell, Ken Carey e Ram Dass,
assim como obras de autores “cristãos” como Matthew Fox, Elaine
Pagels e James Robinson.
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 Embora quanto aos últimos, não se possa
dizer com certeza, pelos seus títulos, se são verdadeiros ou não, o
afinado olfato comercial – chame-o de “em-senso” – da livraria de
não não-senso da Nova Era capitalista sugere que, numa grande
escala, tal coleção híbrida não é acidental. Aos leitores deve-se dar
o que os leitores querem. A dura realidade do suprimento e da
demanda econômica é surpreendentemente um indicador objetivo
de uma coerência ideológica entre esses aliados suspeitos . No final,
como dizem, o cliente está sempre certo!
Um crescente número crê que as mulheres serão instrumentais
na realização de uma humanidade unificada e de uma religião
global. Mas o feminismo tem relação, certamente, somente com as
condições sociais e os direitos democráticos, não com religião!
Errado. As feministas vêem a si mesmas como chamadas para
transformar tanto a sociedade quanto a religião. Dois exemplos:
O teólogo católico romano Paul Knitter é um pensador
comprometido com o desenvolvimento de uma religião universal. Ele
é também o editor geral da série Faith meets Faith [A fé encontra a fé]
cujo recente lançamento é intitulado After Patriarchy: Feminist


A NOVA SEXUALIDADE
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Transformations of the World Religions [Após o período do patriarcado:
transformações feministas das religiões do mundo].
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 Esse livro
argumenta que desde que o “status de segunda classe, se não uma
opressão externa, das mulheres (...) [está] fundamentada nas
teologias[...] das religiões do mundo”, é uma visão globalizada do
feminismo do gênero e da libertação sexual que transformará todas as
religiões do mundo. Neste ponto, a emancipação será obtida por todos.
Virginia Mollenkott vê na revolução sexual a possibilidade
religiosa de uma nova humanidade. “Nós sabemos que todas as
mulheres e homens que entrarão em um pacto de cuidado expres-
sam a natureza de Sofia, do Logos, do próprio Cristo, a Nova
Humanidade”.
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 Não confundam as coisas, o programa do feminismo,
da revolução sexual é um programa religioso, que vai muito além
das questões de direitos civis – e muito além do feminismo.
Somos Gays
A prova dessa mudança gigantesca e das implicações radicais é
o aumento da aceitação e do poder da comunidade homossexual. “Não
estamos mais procurando somente o direito à privacidade à proteção
contra a injustiça, diz um representante do movimento. “Nós temos o
direito (...) de ver o governo e a sociedade confirmar nossa vida”.
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O projeto está claramente tendo sucesso nos dias modernos
na América, apesar dos milhões de americanos que, sem dúvida, se
opõem a isso. Em 1975 a venerável instituição da Time Magazine  se
opôs a essa agenda: “Remover a discriminação legal contra os
homossexuais é uma coisa, outra coisa é dar um mandato de
aprovação”.
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 Em 1992 a Time convidou seus leitores a aceitar a homos-
sexualidade da mesma forma que aceitaram os negros americanos,
as mulheres votantes ou os caixas eletrônicos.
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 As fronteiras são
mudadas todos os dias. Hoje um dos maiores debates é o lugar
dos grupos gay nos colégios.
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 Recentemente, o Distrito da Escola
Unificada de Los Angeles patrocinou um baile de fim de ano para
estudantes gays. A graciosa reportagem do Los Angeles Times pediu
para os leitores crerem que não há nada mais natural para o pro-
gresso da democracia norte-americana do que um menino em sua
adolescência fazendo um vestido de renda para o baile do final do ano.
Assim como a ideologia feminista, o programa homossexual
foi escrito dentro da lei da terra. Poucas semanas antes da decisão
da Academia Militar de Virginia (VMI), a Suprema Corte em 20 de
maio de 1996, ao derrubar a emenda 2 de Colorado, decidiu que os


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A Ameaça Pagã
homossexuais são minoria legalmente reconhecida e que, portanto,
podem procurar todos os benefícios de proteção estadual das
minorias – incluindo casamento entre pessoas do mesmo sexo e a
promoção geral do sexo gay como aceitável, e um estilo de vida
reconhecido pelo Estado. As coisas estão mudando. Há dez anos,
a Corte reconheceu a constitucionalidade de leis anti-sodomia. Tom
Minnery, da organização cristã Focus on the Family disse em uma
conversa pessoal: “Estamos confusos diante da decisão da Corte
de proteger um grupo de pessoas cuja única tendência identificável
é um comportamento que a própria corte permitiu que os Estados
criminalizassem anteriormente”. Muitos que criam que a
democracia (o poder do povo) era sua grande defesa contra a tirania
ideológica estão igualmente confusos. Seis juízes não-eleitos, a
serviço da nova definição sem deus da realidade, conseguiram
elevar a desconstrução da sexualidade tradicional-criacional a uma
necessidade constitucional.
É isso uma preparação do futuro liberado para o qual nos
dirigindo com um entusiasmo sem barreiras? Parece mais como
um filme de Fellini sobre os últimos dias orgiásticos de um
império romano decadente. De fato, assim como Fellini,
Hollywood está engajado, tendo já produzido em 1993 o primeiro
grande filme sobre o assunto, Filadélfia, cujo principal personagem
ou herói é um homem gay. Mas os gays ainda não estão satisfeitos.
Eles querem agora que Hollywood dê ao público em geral cenas
de amor entre gays totalmente nus por tempo igual às cenas de sexo
entre parceiros heterossexuais em filmes eróticos.
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  Se o distrito
escolar de Los Angeles pode nos dar bailes gays, será somente uma
questão de tempo para Hollywood nos dar sexo gay colorido no
cinema mais próximo de nós.
Na academia, o feminismo e a homossexualidade têm enco-
rajado um ao outro a posições mais e mais radicais, como o artigo muito
bem pesquisado e intitulado, “Coming Out Ahead: The Homosexual
Moment in the Academy” [Indo em frente: o momento homossexual
na Academia] demonstra.
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 O autor relata que “em muitas faculdades,
as associações gays-lésbicas-bissexuais de estudantes são as mais
ativas (...) nos câmpus, sustentadas por taxas estudantis e por
fundos institucionais do Escritório de Multiculturalismo da
Universidade”. Ele observa que em Harvard cada alojamento tem
o seu tutor gay; na Universidade de Columbia, o professor da
cadeira do departamento de inglês é comprometido a “contratar e


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