A ameaça pagã Velhas heresias para uma nova era

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A Ameaça Pagã
visão escatológica para o futuro da humanidade está resumida nas
seguintes passagens:
O que está em jogo é um grande salto na evolução humana (itálicos
meus ) iniciado pelas mulheres (...) para uma intuição de ser que
(...) é uma intuição da integridade humana ou do ser andrógino.
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No feminismo de hoje, não somente as bruxas confessas pagãs
abraçam tais crenças. Uma das líderes do movimento feminista
“cristão”, Rosemary Radford Ruether, rejeitou o catolicismo
ortodoxo logo no início de sua carreira para seguir o paganismo”.
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“Muito mal foi feito em nome de Cristo”, ela escreveu, mas
“nenhuma cruzada ou massacre foi feito em nome de Baal, Ísis ou
Apolo”.
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 Rejeitando o judaísmo e o Cristianismo como religiões
“lineares” que vêem a História como volvendo do passado para o
futuro, ela é atraída pelo caráter cíclico das “religiões da natureza e
da fertilidade, religiões pagãs”. Em sua espiritualidade, o que é
importante é celebrar “os ciclos do dia e da noite, os ciclos das
estações, o ciclo mensal de nosso próprio corpo, nossos próprios
ciclos da vida (...). A natureza se recria a si mesma por meio dos
ciclos, e isso significa que nós devemos ser positivos tanto a respeito
da morte quanto a respeito da ressurreição no ciclo. Rituais podem
incorporar observadores da opressão social, tais como uma
cerimônia Halloween lembra a perseguição das bruxas”.
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 O
monismo pagão de Ruether é somente menos radical por estar
parcialmente vestido, como o gnosticismo antigo, em roupas
cristãs.
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 O efeito é o mesmo. Não é surpresa que para Ruether o
ideal também seja a sexualidade andrógina.
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A teoria sustenta que não existe diferença essencial entre os
sexos (excluindo certos aspectos biológicos); que não há base para
diferenças de papéis, excluindo o condicionamento social para uma
sexualidade diferenciada dentro da sociedade; e que tal diferenciação
deve, portanto, ser eliminada. Esse ideal conduz o movimento da
espiritualidade mística. Mircea Eliade, especialista em Religiões
Comparadas e certamente um dos arquitetos da nova
espiritualidade, lembra uma representação de Cristo na basílica de
São Marco como um jovem sem barba de uma beleza incomparável
na qual estava contida o mistério da androginia.
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 A ilustração na
capa do livro de Matthew Fox, The Cosmic Christ [O Cristo cósmico],
representa “Cristo” como um jovem adolescente nu e de sexo

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A NOVA SEXUALIDADE
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indefinido acima do título “Sabedoria Santa”. Essa Sofia é certamente
andrógina, como é o “ser superior” de Shirley MacLaine. MacLaine
questiona audivelmente se “o ponto central da vida” é “equilibrar
tanto o masculino quanto o feminino em nós mesmos (...). Então
nós teremos espiritualizado o material e materializado o espiritual”
para expressar a nós mesmos “para o que nós realmente somos –
andróginos, um equilíbrio perfeito”.
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 De acordo com Eliade, o ser
andrógino reúne o próprio objetivo da busca monística mística: “no
amor místico e na morte integra-se completamente o mundo do
espírito: todos os opostos caem. A distinção entre os sexos é apagada:
os dois se unem em um todo andrógino. Em resumo, no centro a
pessoa se conhece, é conhecida e conhece a natureza da realidade”.
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Para a maioria das pessoas, a androginia é um estado mental
e não físico.
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 Poucos seres humanos nascem com os dois órgãos
sexuais. O mais perto que a maioria chega da androginia é a
homossexualidade e a bissexualidade, pois em ambos, como já
observamos, homens gays e mulheres lésbicas fazem o papel de
ambos os sexos. O apoio para essa idéia vem do psicólogo Carl Jung
que sugeriu que a “homossexualidade preservava um arquétipo da
pessoa original andrógina”.
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 Os homossexuais são assim os
verdadeiros monistas, que tiveram êxito em transformar a teoria
espiritual em realidade física. Eles são os protótipos do Novo Homem
aquariano do século 21.
Xamãs Homossexuais para a Espiritualidade na Nova Era
A história do ocultismo na história do mundo é também uma
história de homossexualidade (...). Em culturas pagãs, os
homossexuais geralmente têm uma posição elevada na religião
e na sociedade. Quando as civilizações pagãs governavam o
mundo, a homossexualidade e a pederastia eram práticas
amplamente aceitas.
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O avanço do feminismo radical para a homossexualidade é
tão rápido quanto lógico. O feminismo desconstruiu a sexualidade
da criação do teísmo cristão. A homossexualidade reconstrói de
acordo com as normas do monismo pagão. Uma feminista
“evangélica” de longa data, Virginia Mollenkott, anunciou
recentemente sua homossexualidade. Descobrir e praticar sua

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A Ameaça Pagã
homossexualidade foi para ela um momento de profundo auto-
entendimento. “Viver no gênero que eu prefiro: esta forte
afirmação me fez pensar sobre os nativos americanos xamãs que
podiam viver e se vestir como o outro sexo se vestia sem estigmas
e com um grande respeito por seus poderes espirituais”.
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 Tal
descoberta levou Mollenkott ao monismo espiritual. Sua nova
“espiritualidade sensual” inclui a comparação de sua própria
experiência com a dos xamãs homossexuais pagãos assim como a
sua adoção do pensamento e da prática da Nova Era.
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 Isso é
monismo espiritual porque é fundamentado sobre a união dos
opostos da ideologia pagã clássica.
É bem documentado que a religião pagã sempre defendeu um
lugar especial para a androginia-homossexualidade. Mircea Eliade
viu a androginia em muitas religiões tradicionais como:
uma fórmula arcaica e universal para a expressão do todo, a co-existên-
cia dos contrários, ou coincidentia oppositorum (...) simbolizando (...)
perfeição (...) e o ser total.
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Sexo e religião são claramente uma dupla dinâmica
inseparável, mas não qualquer sexo para qualquer religião.
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 A
androginia é expressiva da visão monística assim como a
heterossexualidade expressa o mistério do teísmo. O indivíduo
autônomo andrógino simboliza o Espírito divino sem face que
habita o Todo indiferenciado, assim como a heterossexualidade
reflete tanto a unidade e a distinção pessoal do Deus trino cristão,
e o relacionamento entre Cristo e sua igreja.
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 Em nossos dias a
confusão reina. Uma nova sexualidade, estranha a tudo que a igreja
conhece, está se pressionando contra a religião cristã. O teólogo
dominicano “cristão”, Matthew Fox, diz que “de alguma maneira,
a homossexualidade é superior à heterossexualidade. Não há
melhor método de controle de natalidade (...) e há um mérito
cosmológico no fato que não é produtivo; há muito mérito em
redescobrir a sexualidade como um jogo”.
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 O bispo episcopal
radical Spong afirma: “O feminismo e a homossexualidade estão
no coração e na alma do que o Evangelho retrata”.
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 Esse novo
“evangelho” não é o anúncio da libertação do pecado, mas uma
incitação ao pecado.
Na tradição monística, as mesmas afirmações religiosas são
feitas para a homossexualidade e para a androginia. “Pessoas

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