A ameaça pagã Velhas heresias para uma nova era



Yüklə 1,63 Mb.
Pdf görüntüsü
səhifə63/128
tarix26.08.2018
ölçüsü1,63 Mb.
#64844
1   ...   59   60   61   62   63   64   65   66   ...   128

A NOVA SEXUALIDADE
219
igualdade dos gêneros”, que têm custado milhões de dólares aos
contribuintes, asseguram que o ensino bíblico sobre sexo e distinções
de papéis sejam apagados da consciência coletiva da geração futura
– com a aprovação silenciosa da maioria das pessoas.
Quando, em 1996, a Suprema Corte, ao legislar sobre o fato
de só homens serem aceitos para estudar no Instituto Militar de
Virginia (VMI), decidiu com sete votos contra um que a educação
somente para um gênero, patrocinada pelo Estado, era incons-
titucional, declarou essencialmente como lei da terra a inconstitu-
cionalidade dos papéis dos gêneros e as distinções. Na única opinião
divergente, o juiz Antonin Scalia observou que essa decisão era, no
final das contas, um ataque contra o “antigo” conceito da “honra
masculina” incorporado ao código da VMI do comportamento
“cavalheril”. A autoridade suprema da terra declarou o
“patriarcado” não-americano. “Eu não sei”, observa Scalia com pesar
, “se os homens da VMI viviam por esse código. Mas (...) eu não
acho que qualquer de nós, mulheres inclusive, nos daremos melhor
com a destruição dele”.
30
O novo entendimento da sexualidade encontra um solo fértil
nas realidades econômicas e sociais do Ocidente pós 60. Um sociólogo
da Universidade da Califórnia observa que 75%das mulheres que
nasceram a partir de 1946 estão trabalhando em tempo integral ou
parcial. Esses números se referem tanto às necessidades e aos desejos
financeiros quanto às novas expectativas culturais. “Igualdade de
gêneros e oportunidades de carreira para as mulheres são valores
profundamente enraizados nesta geração”.
31
 “Esta geração” é a
geração mais afetada pela revolução sexual dos anos 60. As realidades
econômicas e culturais se traduzem em opinião teológica. Oito de
cada dez mulheres “boomer” católicas são favoráveis à ordenação de
mulheres. A porcentagem é ainda mais alta entre as mulheres
protestantes. Mais da metade das mulheres “boomer” conservadoras
e três quartos dos homens “boomer” conservadores são favoráveis à
ordenação de mulheres.
Estas realidades têm revolucionado os seminários. De acordo
com a documentação detalhadamente feita pela Gale Research Inc.,
“Em 1986 havia uma estimativa de 20.730 mulheres clérigas nos
Estados Unidos, um aumento de quase cem por cento desde 1977
(...). Durante a mesma época, o número de mulheres matriculadas
em programas de seminários com vistas à ordenação aumentou cento
e dez por cento”.
32
 Gary L. Ward, o autor desse relatório, diz:


220
A Ameaça Pagã
A velocidade e a magnitude dessas mudanças não mostram sinal
de redução ou alteração à medida que nos movemos para os
anos 90, e há toda indicação de que mais e mais denominações
abrirão suas ordens santas para as mulheres. Esta geração está
testemunhando as mudanças que, tanto literal quanto
figurativamente, estão mudando a face da religião.
33
Os efeitos são confusos. A reconsideração do lugar da mulher
na sociedade e na igreja, e a busca criativa para usar os dons das
mulheres são salutares e benéficos. No entanto, “a verdadeira
espiritualidade”, descaradamente agora lança fora a revelação bíblica
de Deus como Pai; a sexualidade criacional e a moralidade bíblica
se tornam a expressão máxima da opressão maligna. Madeleine
L’Engle sente-se moralmente autorizada a chamar o Deus e Pai de
nosso Senhor Jesus Cristo de “Deus porco chauvinista paternalista
macho do Antigo Testamento”.
34
 O novo hino da Igreja Unida de
Cristo vai além ao invocar os nomes de Deus. Simplesmente os
elimina. O Sínodo Geral deles “purificou” os hinos das noções
patriarcais inaceitáveis como “Pai” e “Rei”.
35
 O relacionamento Pai-
Filho que é o coração do Evangelho é “desconstruído” e o sangue
do que Goldenberg chama a “execução lenta de Jahweh e Cristo”
está nas mãos das principais denominações “cristãs”. Em certas
faculdades evangélicas é apropriado chamar Deus de “Pai-Mãe”
para evitar o termo opressivo e sexista “Pai”.
Porcaria Bíblica
Era somente uma sala de espera. Cerca de quinhentos a
seiscentos eruditos, teólogos e professores de religião enchiam a
sala de palestras e parte do corredor de um hotel no centro da
cidade de San Francisco, em novembro de 1992, para ouvir as
últimas revelações de uma feminista lésbica, bruxa pós-cristã e
professora do Departamento de Teologia da Faculdade Jesuíta
Boston, a professora Mary Daly. No meio do encontro anual
conjunto da Academia Americana de Religião e da Sociedade
de Literatura Bíblica, no meio de sua descrição da grande
reunião intergaláctica das heroínas feministas do passado e do
presente que está ocorrendo “do outro lado da lua”, Daly
repentinamente parou. Com ponderação, ela olha para sua
audiência de cima a baixo. Então, erguendo seus braços em forma
de uma expressão profética, e em uma voz entre uma gargalhada


A NOVA SEXUALIDADE
221
e um berro, ela revelou: “O que é toda esta porcaria bíblica?” No
final de sua palestra, os eruditos “bíblicos” bateram palmas
entusiasmadas para ela. A “teologia” foi bem longe – de volta à
rejeição da Escritura e do Deus da Escritura.
Se pub l i c a ç õ e s ,   c r í t i c a s   e   e n d o s s o s   p ú b l i c o s   s ã o
influências importantes, há milhares de professores nos
departamentos de religião das universidades e nos seminários
teológicos que ado-taram alguma forma desse programa
humanístico de libertação ética, espiritual e sexual.
36
 A teologia
liberal pode abranger desde o branco e puritano professor de
Teologia de Harvard até a bruxa eco feminista lésbica que cortou
todas as ligações com o Cristianismo bíblico. Mas os dois de
fato se encontram. Mary Daly que grita blasfêmias em
virtualmente todas as páginas de seus recentes livros, pro-
movendo a bruxaria e o lesbianismo “espiritual” erótico recebe
o louvor de Harvey Cox, um teólogo liberal respeitado, Victor
S. Thomas, professor de Divindade da Harvardy Dininity
School. Mary Daly desconsidera a encarnação do Filho eterno,
como se fosse a “legitimação simbólica do estupro de todas as
mulheres e toda a matéria”, e descreve como “uma porcaria, o
credo dos apóstolos”.
37
 Cox a considera uma “mulher que faz uma
Grande Diferença” de quem se diz “fã”.
Cox, um dos trezentos eruditos que assinaram uma petição
da Academia Americana de Religião, que ajudou a forçar a Facul-
dade Jesuíta Boston a promover Daly ao cargo de professora,
mesmo tendo ela rejeitado o Cristianismo em troca do paga-
nismo, disse, “É difícil imaginar como todo o campo dos
estudos religiosos e teológicos estaria hoje sem as contribuições
que ela fez”.
38
Numa das principais instituições teológicas do país, The
Claremont Graduate School, duas bruxas, Naomi Goldenberg e Mary
Daly, foram palestrantes convidadas em 1993 do Programa de
Estudos das Mulheres em Religião. Esse programa também co-
patrocinou uma conferência de quatro dias sobre “Mulheres e as
Tradições da Deusa” em maio de 1992, que incluiu palestras sobre
“A Deusa e o Poder das Mulheres: Uma Longa Tradição”. Dentre as
participantes estava a professora Emily Culpepper da Universidade
de Redlands, uma ex-batista fundamentalista e agora bruxa e
colaboradora de Mary Daly, que encontra força espiritual e
consolação na Deusa hindu Kali.
39


Yüklə 1,63 Mb.

Dostları ilə paylaş:
1   ...   59   60   61   62   63   64   65   66   ...   128




Verilənlər bazası müəlliflik hüququ ilə müdafiə olunur ©genderi.org 2024
rəhbərliyinə müraciət

    Ana səhifə