A ameaça pagã Velhas heresias para uma nova era



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A NOVA EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL
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adições criativas à tradição cristã encontram-se a si mesmas
envolvidas até o pescoço em práticas pagãs. Virginia Mollenkott
“imaginou” a adoração como “inter-religiosa”, sem abandonar a
“Cristo” desde que o “termo provou ser aceitável às pessoas de
muitas outras tradições religiosas”.
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 Mas no sincretismo o Cristo
das Escrituras já era!
u Novos Rituais
Novas histórias e abertura à espiritualidade de outras
religiões produzem novos rituais. Miriam Starhawk, que ensina
junto com o ex-dominicano, agora episcopal, Matthew Fox, é uma
bruxa pagã adoradora da deusa. Seu livro, Spiral Dance [Dança
espiral], contém uma descrição de um ritual wiccan, definido como
quatro proce-dimentos: 1) relaxamento, 2) concentração, 3)
visualização e 4) projeção ou manifestação.
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 Esses estágios são os
objetivos dos rituais wiccan, designadas para criar estados
alterados da mente e para praticar a magia. As bruxas lançam
um “círculo sagrado” para criar um “espaço sagrado” ou um
“templo portátil” para os procedimentos. Então eles vão para o
“centro” ou “centralizam a energia”, para informar as “forças do
universo” que elas estão sendo chamadas. Isso é seguido pelo
“elevar da energia”, conduzindo-a da terra através de uma
“meditação guiada”, dança ou gritos. Mais tarde, a “energia” é
“dirigida” por meio de um “cone de poder” para o “objeto
mágico”.
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 Essa bruxaria pagã é um aspecto importante de muito
do feminismo religioso radical contemporâneo.
Devemos observar no próximo capítulo que os gnósticos antigos
freqüentavam os cultos de mistério para compartilhar dos rituais pagãos
e descobrir a experiência pagã da espiritualidade. Nós observamos o
mesmo fenômeno hoje. Um importante exemplo vem da casa
publicadora presbiteriana, a Westminster/John Knox. Em um livro
intitulado Women at Worship [Mulheres na adoração] (1993) duas
teólogas cristãs, Marjorie Procter-Smith, professora adjunta de Adoração
na Escola de Teologia Perkins da Universidade Metodista do Sul, e
Janet T. Walton, professora adjunta de Adoração do Seminário
Teológico Union em Nova York oferecem “vislumbres da mudança de
cena das mulheres na adoração” que estão afirmando uma “autoridade
ritual”.
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 Elas propõem à igreja, e às mulheres em particular, seleções
de liturgias do judaísmo radical e do Cristianismo assim como dos
rituais animistas pagãos e africanos “para o aprendizado de uma nova


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A Ameaça Pagã
linguagem ritual”.
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 Antigos “cristãos” gnósticos, que participavam
de cultos pagãos em busca de lições espiritualistas mais profundas
claramente não é somente uma lembrança de passado.
O artigo de Wendy Hunter Roberts, uma “pagã (unitariana)
universalista”, intitulado: “Em nome dela: Em Busca de uma
Teologia Feminista do Ritual Pagão”, atrai a atenção do leitor. O
ritual acontece à noite em Samhain, a clássica celebração wiccan do
solstício de inverno, e começa com o lançamento do círculo sagrado
e a invocação do deus e da deusa por meio do canto repetitivo:
Mágica, mágica em todo lugar, na terra e no ar,
Como manter a mágica aqui?
Como elevá e trazê-la para baixo?
Então um sacerdote “invoca a Deusa (...) nas sacerdotisas”, e
as sacerdotisas “invocam o Senhor do Submundo para dentro de
um sacerdote”,
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 seguido pelas boas-vindas dos “mortos amados”
– Martin Luther King Junior, Gandhi, Crooked Fox Woman,
Elizabeth Cady Stanton (Criadora da Women’s Bible [A bíblia das
mulheres], 1895), Margaret Sanger (fundadora da Paternidade
Planejada), e outros personagens. Roberts observa que somente um
grupo de iniciados pode entrar no “santo dos santos”, pois o sistema
do símbolo é “sexualmente explicito” e “dá honras às trevas e à morte”,
“nascimento e luz”, e “bem e mal”.
No momento da oração, Roberts “clama por proteção dos povos
da Deusa da ira dos fundamentalistas de direita e seu Deus”,
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 mas
relembra que, embora no passado “os errantes patriarcas” destruíram
os templos e difamaram a Deusa, há grande esperança no presente.
“Agora estamos retornando.”
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Esses pagãos estão voltando para dentro da igreja também,
como o aparecimento desse artigo da publicadora de uma grande
denominação testifica. Para muitas feministas “cristãs”, uma forma
cristianizada de bruxaria caracteriza seus novos rituais, como Donna
Steichen demonstrou para a Igreja Católica Romana. Ela mostra como
as freiras estão agora envolvidas com leitura dos cristais, sonhos, cartas
de tarô, e outras técnicas da Nova Era para sua busca espiritual.
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Essas técnicas podem ser lidas nas entrelinhas das liturgias
praticadas na igreja de mulheres de Ruether. Em “O ritual revelado
para uma lésbica”, que é descrito como “novo nascimento”, a lésbica
louva a deusa Sofia:


A NOVA EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL
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Foi a [Dama] Sabedoria que me deu um conhecimento verdadeiro
de tudo o que há, quem me ensinou a estrutura do mundo e as
propriedades dos elementos, o começo, o fim e o meio dos
tempos, a alternação dos solstícios e a sucessão das estações, a
revolução do ano e a posição das estrelas, a natureza dos animais
e os instintos das bestas selvagens, a variedade de plantas e as
propriedades medicinais das raízes. Tudo que está escondido,
tudo que é puro, eu vim a conhecer instruída pela Sabedoria que
projetou tudo isso.
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Todos os temas que se encontram nessa oração – conhecimento
dos elementos, astrologia, animais, remédios à base de ervas, e a
junção dos opostos – são encontrados na bruxaria, na qual a mani-
pulação dos elementos é conhecida como a “Arte”.
u Êxtase comunitário
Histórias, rituais e bruxaria produzem um êxtase comunitário.
Na “primeira sala” o grupo de Ísis do Parlamento das religiões do Mundo
já tinha alcançado níveis de êxtase espiritual que me levaram a sair
dali. Um outro grupo que estava estudando novos rituais feministas
insistiram para que as portas fossem fechadas. Eu saí dessa sala bem
na hora. Ruether descreve o que acontece ao longo dos rituais:
O despertar geralmente ocorre mediante experiências místicas
na natureza ou com outras mulheres (...). O despertar implica a
habilidade de conhecer ou ver dentro de si mesmo, uma vez que
o sono é recusado (...). Para as mulheres, o despertar é (...) uma
obtenção de poder (...) é uma ligação de individualidade nos
poderes do ser.
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Confie em si mesma, creia em si mesma. Leve essa energia mais
e mais, por meio de suas raízes, para dentro de seu corpo. Deixe-
a entrar através das solas de seus pés, por todo o corpo, até as
pontas dos dedos. Essa energia pode lidar com qualquer coisa
que vem até você. Tudo o que você precisa fazer é invocá-la.
Sinta o poder dessa energia. Agora permita que essa energia
envolva sua coluna vertebral, subindo (...) e então deixe a energia
florescer de sua cabeça como galhos (...) Sinta sua conexão com
outras mulheres no círculo (...) Esteja ciente que este círculo não
está completo sem a sua energia.
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