A ameaça pagã Velhas heresias para uma nova era



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A Ameaça Pagã
Elizabeth Bettenhausen, coordenadora do Programa de Estudo/
Ação no Women’s Theological Center (Centro Teológico das
Mulheres) em Boston, Massachussets, e membro da Igreja Evangélica
Luterana na América, declarou: “Nós temos que [re]imaginar a
doutrina da criação”. Rejeitando a visão bíblica da criação da terra,
ela fez uma afirmação impressionante: “As mulheres, não Deus, são
as verdadeiras criadoras”.
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Esta Sofia é a antítese da Sabedoria na Bíblia, pois nega a
mesma legitimidade da criação das mãos de Deus. Ao contrário,
Provérbios mostra a Sabedoria “ao seu lado” enquanto Deus fazia
os Céus e a Terra. Como o Novo Testamento revela, a Sabedoria ao
lado de Deus era Cristo, o eterno Filho e a Sabedoria de Deus, pelo
qual e por meio de quem todas as coisas foram criadas.
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 O uso desse
texto é um pretexto para importar noções estranhas para dentro
da igreja cristã, e debochar do Deus Criador. Não há um
relacionamento entre a Sabedoria personificada na Sagrada
Escritura e a divindade debutante de Minneapolis. Quem é Sofia?
Por que uma enorme cabeça de uma besta sem nome foi exibida
quatro vezes ao dia na conferência em Minneapolis?
O verdadeiro programa da conferência responde esta pergunta:
“Seja especulativo, não há ‘resposta’. Nós não podemos imaginar
como Deus é. Estarmos juntas em nossas próprias imagens é a
finalidade”. Um astuto observador percebeu que essa imprecisão era
parte do programa:
Sofia é a resposta às orações de um mundo multicultural e
terapêutico (...). [Ela] serve aos “reformadores” desta classe como
uma tabula rasa sem valor. A ignorância dos partidários de Sofia –
longe de ser um obstáculo – é essencial para o projeto de moldar
uma nova religião enquanto retém ligações frágeis e de interesse
com a fé cristã.
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A ligação é de fato frágil. Mas os crentes precisam encontrar e reco-
nhecer Sofia, o deus do mundo aquariano que nossos filhos herdarão.
Sofia: Deusa do Paganismo Antigo
Uma das brilhantes teóricas do movimento feminista de “re-
imaginação”, Rosemary Radford Ruether, afirmou já em 1983: “Um


UM NOVO DEUS PARA UMA NOVA ORDEM MUNDIAL
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novo Deus está nascendo em nosso coração”.
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 Esse é um estranho
lugar para um deus começar, mas Ruether parece conhecer o assunto.
Um nascimento tão incomum como esse está ocorrendo por causa de
uma nova força, “nosso poder para nomear a nós mesmos (...) e a
Deus”.
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 Seu livro, Women-Church [Igreja-mulheres] serve como um
modelo para muitos dos representantes e encorajadores no séquito de
Sofia. Esse credo da “igreja” não faz menção ao Deus da Escritura ou a
Cristo.
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 Ruether vê o avivamento espiritual como um “uma nova
aproximação” entre o Cristianismo e o paganismo.
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 Num Rite of Healing
From Rape [Rito de cura do estupro], os adoradores em Women-Church
usam seus poderes para nomearem a nova deidade cristã-pagã: “O
Espírito-Mãe de Bênção Original te envolve, te sustenta de todos os lados,
flui de todas as direções em você, te acaricia, te ama, e te faz completa”.
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Sofia: Uma Pagã Encantadora
Caitlín Matthews é uma sacerdotisa ordenada no antigo culto
egípcio para a adoração da Deusa Ísis, Rainha das Bruxas. Não dá pra
ser muito mais pagão do que isso. Em 1992 ela publicou um livro em
louvor de sua deusa entitulado Sofia, Deusa da Sabedoria.
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 Essa neo
pagã observa que “Sofia aparece em quase todas as culturas e socie-
dades”, e que “as conexões entre Ísis e Sofia são muito significativas
e mostram-nos as fortes ligações de Sofia com a tradição das Deusas
antigas”.
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 Em outras palavras, há muito a conectar Sofia com Ísis, a
Deusa egípcia da mágica e da bruxaria. Ísis, “a deusa de Mil Nomes
na Inteireza de Sua Majestade”
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 tem um nome em particular – Sofia.
Os participantes da conferência em Minneapolis invocaram a
seguinte bênção sobre os elementos leite e mel em sua simulação
blasfema da Ceia do Senhor: “Nossa criadora, Sofia, somos mulheres
em seu espírito”.
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 Sofia não é um princípio feminista abstrato. Como
Criadora, ela tem os atributos da deidade. O tema “inocente” de Sofia,
desenvolvido por mulheres “cristãs” imaginativas e criativas em
Minneapolis é uma religião pagã, como muitas alegremente admitem.
Sofia: Garota Totalmente Americana
A espiritualidade da deusa na América no final do século 20 ?
Vinte anos atrás, a mesma idéia seria um absurdo. Hoje é uma


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A Ameaça Pagã
realidade poderosa na vida de muitas seguidoras e incentivadoras
feministas. A recente re edição de The Politics of Women’s Spirituality
[A política da espiritualidade das mulheres]
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 (1982) mostra como o
poder e a espiritualidade da deusa se juntaram nos nossos dias.
Quarenta e cinco pensadoras feministas, incluindo Charlene
Spretnak, Gloria Steinem, Mary Daly e Naomi Goldenberg fazem
um pedido comovente para a redescoberta da espiritualidade das
mulheres mediante a deusa. Alguns dos artigos merecem uma nota
particular, especialmente os seguintes: “A Grande Deusa: Quem Foi
Ela?”, “A Origem da Música: Adoração da Deusa das Mulheres”,
“Bruxaria como Religião da Deusa”, “Por que as Mulheres Precisam
da Deusa: Reflexões Fenomenológicas, Psicológicas e Políticas”.
Esses e muitos outros artigos foram escritos por mulheres
extremamente inteligentes do Ocidente no final do tão sofisticado
século 20. Nós estamos cientes da espiritualidade cristã e a não-
espiritualidade de intelectuais ocidentais que brincam com um
humanismo ateístico e com a filosofia marxista. Esses pensadores
contemporâneos sustentam a espiritualidade, mas uma
espiritualidade que salta os milênios para encontrar apoio nas
tradições perdidas da adoração da deusa. Tal pensamento não é
mais a especulação de extremistas lunáticos. Muitas das mulheres
mencionadas são líderes da sociedade contemporânea e nas maiores
igrejas. Além disso, a presença da palavra “política” indica um
movimento que não está contente com as sociedades secretas e as
fantasias particulares. Nós já estamos vendo os primeiros sinais
desse paganismo renovado na legislação, nas questões de gênero,
na mídia e na educação. O poder espiritual da deusa ameaça tomar o
poder político à medida que entramos na Era de Aquário.
A entidade espiritual, Lazaris, falando por intermédio de um
ex-vendedor de seguros da Califórnia, confirma o lugar da deusa
na América moderna:
Embora Ela nunca tenha ido embora, a Deusa está retornando
para você (...) e Ela traz uma Luz (...). Sua é a Grande Obra:
Recebendo e então doando Sua Luz para um mundo
aparentemente cada vez mais escuro. Ela está retornando para
você e Ela traz presentes e tesouros que são generosos e sem
limite (...). Como Ela retorna, você pode vir a conhecer a Deusa e
você pode conhecer Deus. E (...) você pode vir a saber quem você é.
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