48
Numericamente
temos que
K
6180399
,
1
2
5
1
=
+
=
φ
, e suas propriedades traz aspectos
interessantes, tais como: se somarmos 1 a
o valor de
φ
, obtemos o seu quadrado; se subtrairmos 1 do valor
de
φ
encontramos seu inverso e subtraindo 2 de
2
φ
obtém-se o inverso de
φ
.
A principal ligação do número ouro está na secção áurea, ou razão áurea.
Biembengut (1997, p.13) define a secção áurea da seguinte forma:
Tomemos um segmento
AB
, tal que
( )
u
1
AB
med
=
e com um ponto
C
dividimos este segmento em duas partes. O ponto
C
pode ocupar infinitas posições,
mas existe uma única posição (posição de ouro), onde este ponto
C
divide o segmento
AB
em dois segmentos proporcionais, tal que, o quociente entre as medidas do
segmento todo, pela parte maior, seja igual ao quociente entre as medidas da parte
maior com a parte menor:
menor
parte
maior
parte
maior
parte
todo
segmento
=
. Sendo
1
AB
=
e
a
AC
=
, temos
2
5
1
a
0
1
a
a
a
)
a
1
(
1
a
1
a
a
1
2
2
+
−
=
⇔
=
−
+
⇔
=
−
⇔
−
=
7
.
Assim
K
168
,
0
2
5
1
a
=
+
−
=
é um número irracional conheci
do
como
Secção Áurea.
Um fato muito curioso é que a secção áurea é o inverso do número de ouro, ou seja:
1
2
5
1
2
5
1
=
+
⋅
+
−
, ou,
1
618
,
1
618
,
0
=
⋅
.
As secções áureas ultrapassam os limites
da arte e da arquitetura, tendo aplicações em diversas
áreas do conhecimento.
Uma aplicação pratica do número
φ
, está presente em nosso corpo. Se inscrevermos o corpo
humano num retângulo veremos que a linha umbilical divide o corpo em média e extrema razão, assim
como a distância que vai do queixo até a testa em relação aos olhos até o mesmo ponto é igual a
φ
.
(BIEMBENGUT 1997)
Este trabalho foi construído na perspectiva de estar conhecendo a história, as curiosidades que
apresentam estes números especiais (
e
,
,
φ
π
), e constatando sua importância no mundo em que vivemos, e
ao mesmo tempo estar conhecendo a Matemática de um modo diferente. Assim surge a seguinte questão:
Como um trabalho desta natureza pode contribuir para o ensino da Matemática?
Objetivos
Este trabalho tem como objetivos proporcionar idéias gerais sobre a formação e concepção dos
números
e
,
,
φ
π
, com o intuito de sanar curiosidades comuns junto aos acadêmicos de Matemática e
estudantes em geral, e também ter em mãos um material através de um levantamento bibliográfico para
servir como referência a professores e alunos.
7
Uma observação importante é que o valor de
a
, só pode ser positivo, pois estamos usando medidas e não convém medidas
negativas.
49
Metodologia
Para o desenvolvimento deste trabalho, foi utilizado um levantamento documental. Neste
levantamento foi pesquisada a origem dos números
e
,
,
φ
π
, como eles estão presentes no cotidiano e suas
principais curiosidades.
Resultados
Este trabalho teve como problema descobrir como um trabalho desta
natureza vem a contribuir
para o ensino da Matemática.
Ao desenvolver este trabalho, foi preciso vários conceitos matemáticos e em alguns casos houve a
necessidade de aprender novos assuntos para o entendimento do contexto histórico e da importância no
cotidiano desses números, assim foi preciso se familiarizar com os logaritmos, polinômios, limites, funções,
seqüências, áreas, volumes e etc. É importante ressaltar que estes assuntos foram vistos ou revistos
através de uma situação problema, através
da curiosidade e da pesquisa, e está é uma forma diversificada,
divertida e curiosa de estar trabalhando com a Matemática. Assim contatou-se que um trabalho desta
natureza, ou seja, estar conhecendo os contextos históricos, buscando curiosidades e aplicações do
cotidiano, contribui fortemente para o ensino da Matemática, pois assim, este é feito de estimulando a
criatividade dos alunos como é proposto pelos PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais).
Considerações Finais
O assunto escolhido é
bastante curioso, traz tópicos de história da matemática e aplicações no
cotidiano. Os PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais), evidenciam a importância de um ensino da
matemática que envolva a história, aplicações da matemática e principalmente que estimulem a
curiosidades dos alunos. Portanto, um trabalho desta natureza proporcionou um conhecimento mais sólido
não só no tema trabalhado, mas na matemática como um todo.
Bibliografia
BIEMBENGUT, Maria Salett.
Modelagem Matemática no Ensino.
São Paulo: Contexo,2003.
BIEMBENGUT, Maria Salett.
Numero de ouro e Secção Áurea: Considerações para a sala de aula.
Blumenau:
Editora da FURB,1996.
CARAÇA, Bento de Jesus.
Conceitos Fundamentais da Matemática
. Lisboa: Sa da Costa,2002
EVES, Howar.
Introdução a História da Matemática.
Campinas: Editora UNICAMP,2004.
JOHNSON, Donovan A; GLENN, William H.
Matemática sem problemas
. Tradução: Adalberto P.
Bergamasco, et al. São Paulo: Editora José Olympio, 1972.
MAOR, E.
e: A História de um número/Eli Maor
.Tradução: Jorge Calife. Rio de Janeiro: Record, 2003.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: MATEMÁTICA
.
Secretaria da
Educação Fundamental - Brasília: MEC/SEF, 1997(Ensino Médio).
VITTI, Catarina Maria.
Matemática com prazer
.Piracicaba: Editora UNIMEP, 1995.