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OS NOVOS ESTATUTOS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA (1773) – 
PARTE REFERENTE A CRIAÇÃO DA FACULDADE DE MATEMÁTICA 
 
Profª. Ângela Maria dos Santos 
angelamaria26@yahoo.com.br
 
Especialista em Educação Matemática 
Aluna do Mestrado Profissional em Ensino da Matemática da PUC/SP 
 
Resumo: 
Em meados do século XVIII, Portugal passou por grandes reformas em sua maioria decorrentes 
das ações do Marques de Pombal, no governo de D. José I. Uma dessas reformas no âmbito educacional 
visava fazer da Universidade de Coimbra uma instituição de ensino superior com nível internacional tendo 
como referência outras universidades européias. Uma das atitudes tomadas com este propósito foi o de 
criar uma faculdade de Matemática, até então inexistente, neste país. E é a parte dos novos estatutos 
referente a este  curso que iremos discorrer em nosso trabalho, pois existem neste documento abordagens 
didático-pedagógicas que podem servir como parâmetros mesmo nos dias atuais. 
 
 
Este trabalho traz uma análise dos novos estatutos da universidade de Coimbra, editados em 1773, na 
parte referente ao curso de Matemática. Documento escrito no século XVIII, sob a coordenação geral do 
Marques de Pombal, contou também com a ajuda de especialistas em cada área, começa por justificar a 
importância e necessidade de criação de um espaço para os estudos matemáticos exaltando a Matemática 
como ciência autônoma e auxiliadora. Os interessados em freqüentar esta faculdade deveriam ter no 
mínimo quinze anos e noções de humanidades, língua latina, filosofia racional e moral. Tendo uma duração 
de quatro anos os estudos eram distribuídos em quatro cadeiras: Geometria, Cálculo, Ciências Físico-
Matematicas e Astronomia. Os novos estatutos trazem orientações para o professor de cada disciplina de 
maneira separada mas, pudemos observar que essas orientações obedecem os mesmo modelo 
respeitando-se as diferenças existentes nos conteúdos. Os professores deveriam iniciar as suas aulas com 
um resumo histórico da Matemática, para que os alunos pudessem iniciar seus estudos com maior 
interesse, percebendo os avanços matemáticos que haviam sido feitos até então, sem correr o risco de 
perderem seu tempo  solucionando problemas já resolvidos por outros.
 
Sempre que possível
 
os professores 
deveriam também aliar teoria e prática por meio de um processo investigativo a fim de que os conteúdos 
trabalhados pudessem servir de base a novas descobertas matemáticas dependo da necessidade do 
Estado ou mesmo a utilização dos conteúdos consideravelmente conhecidos em problemas reais. Para que 
estes objetivos fossem atingidos os estatutos traziam três tipos de exercícios a serem trabalhados: Vocaes, 
Escritos e Práticos. No primeiro tipo de exercícios caberia ao professor proporcionar aos alunos situações 
em que este pudesse fazer os mesmos passos que os inventores para que melhor pudessem ter idéia da 
evolução dos descobrimentos matemáticos sendo estes cobrados oralmente pelo seu professor. No 
segundo tipo de exercício os alunos iriam praticar o que haviam aprendido teoricamente para isto estes 
exercícios deveriam ser realizados geralmente fora da sala de aula, podendo ser no campo com aparelhos 
apropriados para cada disciplina ou em ambientes especialmente construídos para este fim, como exemplo 
podemos citar a construção de um observatório para as aulas de Astronomia. O terceiro tipo de exercício  


 
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vêm como um complemento aos exercícios vocaes e  práticos, os professores deveriam propor aos alunos 
problemas em que suas resoluções dependessem dos princípios já estudados e ao final de cada mês uma 
breve dissertação. A abordagem didático-pedagógica presente nos estatutos pode ser considerada atual 
em muitos pontos, por apresentar em ocasiões sugestões que ainda hoje norteiam o  ensino da 
Matemática, como a necessidade do uso da história da Matemática e a teoria aliada com a prática. 
 
 Referências Bibliográficas 
ALBUQUERQUE, Luis de. As ciências positivas na reforma pombalina. In: 
Em homenagem a José 
Anastácio da Cunha. 
Coimbra: Universidade de Coimbra, 1987, p.19 – 27. 
BRAGA, Theophilo. 
História da Universidade de Coimbra. 
Tomo III.
 
Lisboa: Academia Real da Sciencias, 
1898. 
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. 
Parâmetros 
curriculares nacionais (5ª a 8ª série) Matemática.
 Brasília: MEC/SEF, 1998. 
CARVALHO, Laerte Ramos de. 
As Reformas Pombalinas da Instrução Pública. 
Ed. Saraiva. São Paulo: 
Editora da Universidade de São Paulo, 1978. 
ESTATUTOS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA, Livro III. 
Do curso Mathematico. 
Segunda parte, Lisboa: 
Régia Oficina Tipográfica, 1773, p. 141- 221 
GUIMARÃES, Rudolfo. 
Les Mathématiques en Portugal au XIX Siécle. 
Coimbra: Imprensa da 
Universidade, 1909.
 
Disponível em: . Acesso em: 
31 mar. 2005. 
MAXWELL, Kenneth. 
Marquês de Pombal, Paradoxo do Iluminismo. 
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996. 
OLIVEIRA, J. Tiago de. 
O essencial sobre a história das matemáticas em Portugal.  
Lisboa:
 
Imprensa 
Nacional Casa da Moeda, 1989. 


 
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 CONTRIBUIÇÕES PARA A PESQUISA HISTÓRICA NA FORMAÇÃO INICIAL DO PROFESSOR 
POR MEIO DO RELATÓRIO-AVALIAÇÃO 
 
Cristiane Coppe de Oliveira 
FEUSP/ Universidade Guarulhos – UnG 
criscopp@uol.com.br
 
 
Resumo: 
Neste trabalho apresentarei um relato da minha prática docente na disciplina História da 
Matemática no curso de licenciatura em Matemática da Universidade Guarulhos e a proposta da utilização 
do 
relatório-avaliação
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como instrumento de avaliação, que representa, do meu ponto de vista, uma 
iniciação à pesquisa histórica e à busca dos “por quês” lógicos,cronológicos e culturais da ciência 
Matemática na Formação Inicial do Professor de Matemática. O trabalho apresenta a proposta curricular da 
disciplina, no terceiro semestre do curso, em relação a dinâmica das aulas, da iniciação à pesquisa e até 
mesmo em relação à metodologia de trabalho,  expressas por meio do 
Relatório-Avaliação
. Acreditando nas 
idéias e teorizações de Swetz (1997) e Fauvel (1997), sobre a utilização da História da Matemática na 
Educação Matemática, vejo a disciplina como uma fonte essencial e fundamental para um curso de 
licenciatura e o 
Relatório-Avaliação
 como um instrumento norteador para a iniciação a pesquisa histórica do 
futuro professor de Matemática. 
 
Do programa da disciplina 
 
Na nossa perspectiva, o professor de Matemática tem a 
tarefa de ajudar cada aluno a desenvolver o mais possível 
tanto o gosto e o prazer da matemática pela matemática 
como a compreensão do papel que esta tem 
desempenhado e continuará a desempenhar no 
desenvolvimento científico e tecnológico da nossa 
civilização. 
 
Relatório de Cockcroft, 1982 
 
 
Muitas pesquisas em História da Matemática têm se voltado para a Relevância da História da 
Matemática no Ensino da Matemática, isto torna evidente a presença da disciplina 
História da Matemática
 
nas matrizes curriculares dos cursos de licenciatura em Matemática. 
Segundo, Nobre, Baroni & Teixeira (2004,p. 170-171), as pesquisas que visam incluir aspectos históricos 
na formação do professor podem ser subdivididas em: 
a) 
as que tratam de experiências na formação inicial. Exemplos: encontrando um lugar 
para a História na formação de professor de Matemática Elementar – uma experiência 
em Hong Kong; um programa pré-serviço para professores primários, implementado na 
Grécia e Chipre; um módulo histórico para estagiários de escolas secundárias – uma 
experiência na França; 
                                                 
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O relatório-Avaliação é um instrumento de avaliação idealizado por D´Ambrosio (1997). 


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