Guia de economia comportamental e experimental



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102   Guia de Economia Comportamental e Experimental

plano de aposentadoria [deferral rates] aumentam automaticamente em apenas um ponto percen-

tual ao ano em apenas três anos. Esses são os requisitos mínimos estabelecidos pela Lei de Proteção 

à Aposentadoria de 2006. Alguns planos vão além desse mínimo, seja na taxa em que os descontos 

em folha para o plano de aposentadoria são aumentados, seja no número de anos no decorrer dos 

quais esses aumentos se sustentam. Portanto, nossa estimativa do aumento na poupança tem um 

viés para menos. Nossa estimativa também contém um viés para menos porque não incluímos o efei-

to de contribuições complementares do empregador, normalmente de 50% até um teto determinado. 

No nível de utilização atual do reajuste automático, 11% dos participantes elevam suas porcentagens 

de desconto em folha para o plano de aposentadoria em até 3% ao longo de três anos, o que resulta 

em um aumento médio de 0,33% para o universo de contribuintes (11% de penetração vezes 3% de 

aumento na taxa de desconto em folha). 

Para colocar esse resultado de 0,33% em perspectiva, a taxa média de desconto em folha para 

o plano de aposentadoria é de 6,2%, conforme divulgado pela Plan Sponsor Council of America, en-

tidade de apoio aos planos de aposentadoria patrocinados por empresas (14). Para nós, esses dados 

revelam que a intervenção está causando um efeito visível, mesmo com o baixo índice de adoção 

atual por parte dos funcionários. Estimamos que o reajuste automático fez aumentar a poupança 

anual em $7,4 bilhões, supondo uma compensação anual média de $60.000 e um aumento de 3% 

nas taxas de desconto em folha para o plano de aposentadoria (15).

O próximo passo é aumentar a utilização do programa. Há três maneiras simples de alcançar 

esse objetivo. Primeiro, a adesão dos trabalhadores ao plano deveria ser facilitada. Entre os funcio-

nários a quem se ofereceu a versão original da SMT, 78% aderiram, em parte por conta da facilidade 

(os funcionários se reuniram com um consultor financeiro, que tomou todas as medidas necessárias 

para a participação no programa). Os índices de adesão da maioria dos planos são bem menores, em 

parte porque os funcionários não sabem que essa opção existe ou consideram o processo de adesão 

muito complicado. Tornar a opção mais visível e simplificar o processo de adesão certamente trará 

retornos. Alternativamente, o reajuste automático pode ser transformado no padrão, tanto para fun-

cionários novos como para os correntes, que estão presos a uma baixa taxa de poupança. É claro que, 

nesse caso, optar por não participar deve ser simples.

Em segundo lugar, esse recurso pode ser incluído em planos de contribuição definida já em vi-

gor oferecidos para os servidores públicos. Por exemplo, a Lei Economize Mais no Futuro (Save More 

Tomorrow Act), de 2012, propõe incluir esse recurso para os servidores públicos federais ao seu atual 

plano de aposentadoria (Thrift Savings Plan).

Em terceiro lugar, o reajuste automático deveria ser incluído nos novos planos direcionados aos 

funcionários sem nenhum plano de poupança, como o auto-IRA e o programa California Secure 

Choice Retirement Savings Trust. Inscrever automaticamente os funcionários nesse tipo de progra-

ma a uma baixa taxa inicial de poupança sem incorporar o reajuste automático é simplesmente uma 

política insensata.

Uma questão a respeito desses esforços tem sido, até recentemente, impossível de responder: 

induzir grandes contribuições nos planos de aposentadoria de fato aumenta a poupança total ou 

simplesmente desloca a poupança de um lugar (digamos, de uma conta bancária) para outro? Entre-

tanto, novos trabalhos que utilizam dados dinamarqueses que incluem a riqueza domiciliar sugere 

que, quando os funcionários são colocados automaticamente de um plano de aposentadoria, 85% 

da poupança são compostas por novos fundos em oposição a fundos oriundos de transferência (16).



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As lições desse exemplo podem ser aplicadas em outros domínios. Por exemplo, grande parte 

do aumento no gasto com assistência médica, nos Estados Unidos, não é apenas um problema do 

sistema de saúde, mas do fracasso das formas que estimulamos as pessoas a ficarem mais saudáveis.

Lidar com a obesidade e suas consequências à saúde é, acima de tudo, um problema compor-

tamental (17). Se pudermos conduzir as pessoas a uma terem uma dieta mais saudável e praticarem 

mais exercícios, gastaremos menos com tratamentos médicos. Analogamente, ao dar ênfase aos 

incentivos para estimular os pacientes a economizarem, podemos deixar de prestar atenção aos de-

terminantes mais importantes da saúde. Para certos pacientes, a forma mais importante de melhoria 

da saúde é garantir que eles tomem os medicamentos prescritos, mas muitos não o fazem (18). A 

cobrança de altos co-pagamentos nessas situações é contraproducente. A arquitetura das escolhas 

pode ter impactos profundos no comportamento, mais poderosos do que poderia ser atingido me-

ramente com incentivos financeiros.

Referências e notas

1. A. H. Munnell, A. Webb, F. N. Golub-Sass, The national retirement risk index: An update (Center for 

Retirement Research at Boston College, Chestnut Hill, MA, 2012).

2. A. H. Munnell, R. C. Fraenkel, J. Hurwitz, The pension coverage problem in the private sector: An 

update (Center for Retirement Research at Boston College, Chestnut Hill, MA, 2012).

3. R. H. Thaler, C. R. Sunstein, Nudge: Improving Decisions About Health, Wealth, and Happiness (Yale 

Univ. Press, New Haven, CT, 2008).

4. R. Novy-Marx, J. Rauh, J. Finance 



66, 1211 (2011).

5. S. Benartzi, R. Lewin, Save More Tomorrow: Practical Behavioral Finance Solutions to Improve 



401(k) Plans (Penguin, New York, 2012).

6. B. C. Madrian, D. F. Shea, Q. J. Econ. 



116, 1149 (2001).

7. Vanguard Group, How America Saves (Vanguard, Valley Forge, PA, 2012).

8. R. H. Thaler, S. Benartzi, J. Polit. Econ. 

112, (suppl. 1), S164 (2004).

9. D. Kahneman, A. Tversky, Econometrica 



47, 263 (1979).

10. Dados fornecidos por Aon Hewitt, que tende a se concentrar em planos mais abrangentes e, 

em geral, mais inovadores, então os números podem ter um desvio para cima. Em comparação, 

Plan Sponsor Council of America informa, em sua 54

a

 Pesquisa Anual (19) que 46% dos planos 



possuíam adesão automática em 2011. Devido a preocupações em relação à confidencialidade, 

Aon Hewitt analisou os dados a pedido dos autores e forneceu apenas dados estatísticos resumi-

dos, exibidos no gráfico.

11. Pensions and Investments (2012); www.pionline.com/specialreports/dc-record-keepers/20120402.




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