A ameaça pagã Velhas heresias para uma nova era

A NOVA BÍBLIA
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Guerra dos Cânones
A erudição bíblica feminista aumenta o nível emocional na
escala Richter com um ruído do poder do patriarcado. A última teoria
de conspiração, que tem conspiradores masculinos diabólicos
minando a família, a igreja e a sociedade, trabalha igualmente bem
para a história do cânon. Aqueles que impuseram o cânon ortodoxo
foram os pais da igreja, que um teólogo evangélico chamou de
“chauvinistas”. O desejo de poder por trás da Bíblia ortodoxa é o
desejo por controle social pela supressão das mulheres pelo poder
patriarcal. As mulheres pertencem agora à categoria dos
“perdedores”. Por isso a “teologia feminista deve criar (...) um novo
cânon.”
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 A teóloga feminista asiática Chung Hyun Kyung,
graduada do Seminário Teológico Union de Nova York, disse em
uma conferência “cristã” recente que as feministas eram livres para
usar os textos gnósticos antigos, originalmente rejeitados como
heréticos, porque o cânon cristão foi criado por homens, e
“portanto, as mulheres não são obrigadas a aceitar um livro ou
uma ‘constituição’ na qual elas não tiveram qualquer influência
na elaboração”.
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 A senhora Kyung terminou a sua palestra
encorajando os conferencistas a considerar a canonização dos
evangelhos gnósticos, pois nessa forma gnóstica os asiáticos, que
crêem que cada pessoa tem a luz e a chama divina em si, finalmente
considerariam atrativa a pregação da igreja.
Melanie Mottison, co-fundadora da CLOUT (Lésbicas Cristãs
Unidas), declarou: “Eu sei em meu coração que o cânon não está
fechado, está aberto. Eu sei disso porque a Bíblia não me reconcilia
com a terra e a Bíblia não me reconcilia com meu eu sexual”.
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 Será
que a reconciliação com Deus e sua santa lei sequer passou pela
mente de Melanie Morrison?
A Vinda da Era da Erudição do
Novo Testamento Americano
Em novembro de 1995, no encontro anual da Sociedade da
Literatura Bíblica, a vitória foi declarada. Eruditos influentes do
Novo Testamento se alegraram pois o Evangelho Gnóstico de Tomás,
um escrito herético, finalmente começou a fazer parte do clube, e
que agora o clube poderia ser desbaratado. Por “clube” eles querem
dizer o cânon do Novo Testamento das Sagradas Escrituras. Eles
estavam se referindo, em parte, à bem-sucedida publicação de The
Five Gospels [Os cinco evangelhos] em 1993 [veja abaixo], um volume

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A Ameaça Pagã
que coloca Tomás junto com os quatro evangelhos canônicos de
Mateus, Marcos, Lucas e João. Esse ano a Sociedade celebrou o
qüinquagésimo aniversário da descoberta da biblioteca dos textos
gnósticos de Nag Hammadi. James Robinson, um ex-ortodoxo
calvinista e diretor do projeto de tradução que fez com que esses  textos
ficassem amplamente disponíveis, declarou a elevação de Tomás  à
posição de evangelho canônico como “a vinda de uma era de erudição
do Novo Testamento Americano”. Quanta ironia! A grande
contribuição dos filhos da América cristã no fim do século 20  é a
introdução da heresia pagã nas Escrituras da igreja, destruindo tanto
a integridade do cânon quanto a coerência teológica da fé bíblica.
PRIMEIRAS APARIÇÕES DA NOVA BÍBLIA AQUARIANA
Há uma nova Bíblia “liberal” à espera, já de cabelos brancos
por causa de sua idade, mas tão moderna. De fato, tem esperado, na
areia seca e quente do Egito, como se antecipando este momento.
Dois textos na coleção gnóstica se referem a ser mantido em uma
montanha para esperar o final dos tempos. Talvez a coleção completa
tenha sido colocada em um grande jarro e escondida
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 para o mesmo
propósito. Mas por uma ou outra razão, esta Bíblia gnóstica retornou
novamente em 1945. Agora ela é promovida na igreja por aqueles
que pertencem à “raça santa incorruptível” da nova espiritualidade
Aquariana. Quanto tempo levará para esta Bíblia gnóstica suplantar
a Bíblia da ortodoxia cristã?
Ao menos algumas pessoas hoje atribuem este fato a um desvio
escatológico. Caitlín Matthews, teóloga da deusa Sofia e sacerdotisa
pagã da deusa Ísis, vê o ímpeto de nosso tempo para a celebração
da vinda de Sofia no interesse para com os textos de Nag Hammadi.
Na verdade, para dessa profunda, religiosa e inteligente neopagã, a
descoberta desses textos “no começo da própria Nova Era não pode
ser insignificante”.
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O Retorno do Nag Hammadi:
Uma Nova Bíblia em Velhos Potes de Barro
Quando ele quebrou o pote de barro, Mohammed Ali
Finalmente conseguiu uma promoção na vida. Encontrar papél velho

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A NOVA BÍBLIA
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num pote de barro não se configura como uma óbvia melhoria na
condição de vida de alguém. No entanto, esse egípcio árabe condutor
de camelo, com o mesmo nome do boxeador internacional, havia
entrado para a história religiosa sem querer. Em 1945, Ali estava
em Nag Hammadi, no Egito, três mil milhas ao sul do Cairo, fazendo
furos no sebakh, o rico solo deixado após as enchentes periódicas do
Nilo. Em um jarro de cerâmica estava o primeiro de 52 textos de
uma coleção de escritos gnósticos. Eles descrevem um coerente e
herética narrativa da doutrina cristã, oferecendo uma imagem
sedutora de Jesus para aquecer o coração de qualquer guru da Nova
Era.
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 Graças a Mohammed Ali, os escritos de Nag Hammadi
retornaram na véspera da Era de Aquário, para ameaçar a Igreja
novamente, e talvez estremecer suas raízes.
Isso é escatologia retorcida malevolamente. A ironia é
enorme. Precisamente quando a espiritualidade da Nova Era
emergia como a mais dinâmica força religiosa no mundo ocidental,
os documentos de primeira mão de seu primo espiritual há tanto
tempo perdido, o gnosticismo, veio à luz.
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 O objeto de um programa
bem orquestrado de reabilitação erudita foi recentemente
disponibilizado em inglês para que todos pudessem ler. Esses textos
fascinam os liberais e os seguidores da Nova Era – incluindo os profetas
gnósticos contemporâneos da Nova Era. Shirley McLaine vê a ironia.
“Gnósticos cristãos [Primitivos]”, ela afirma enigmaticamente,
“operavam com o conhecimento da Nova Era”.
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 Assim faz o
representante da Nova Era, Theodore Roszak, que descreve a
espiritualidade da Nova Era como “a reclamação e renovação da antiga
gnose”.
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 Há ainda mais ironia. Roszak provavelmente não contou com
a ajuda dos prestigiosos eruditos do Novo Testamento que estudavam
os textos antigos desde a Antigüidade.
A batalha das Bíblias está diante de nós. O ataque à Bíblia
cristã vem de várias fontes, mas a mais perniciosa vem dos eruditos
bíblicos “cristãos”. Hoje o ataque é montado em duas frentes: a
primeira é a reabilitação dos textos gnósticos; a segunda, é a
“descoberta” do evangelho perdido, “Q”.
Reabilitação Erudita dos Textos Gnósticos
O Império Gnóstico está contra-atacando nas ocas paredes da
ciência do Novo Testamento. O reavivamento neo gnóstico está para

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