A ameaça pagã Velhas heresias para uma nova era



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A NOVA BÍBLIA
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da consciência feminista Levítico 12.1-5 (a purificação após o parto);
Êxodo 19.1, 7-9, 14-15; Juízes 19 (O levita e sua concubina); Efésios
5.21-23 (a submissão da mulher ao marido); 1 Timóteo 2.11-15 (uma
mulher salva pelo nascimento do filho); e 1 Pedro 2.1, sendo a
maioria textos que expressam a visão bíblica da diferenciação do
papel sexual. No final da leitura, o líder litúrgico diz:
Esses textos perderam seu poder sobre nossa vida. Não
precisamos mais nos desculpar por eles ou tentar interpretá-los
como palavras da verdade, mas nós expulsamos sua mensagem
opressiva como expressões do mal e justificativas do mal.
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Por outro lado, qualquer texto é bom se concorda com a nova
“ortodoxia”, e pode ser incorporado na demonstração. Assim, Ruether
dá um tempo igual e acrescenta peso aos textos gnósticos tais como
o Evangelho de Maria – que baseia a Igreja não em Pedro, mas em
Maria Madalena – e cita o apócrifo Atos de Paulo e Tecla para defender
sua visão feminista: “Nós nos lembramos de Tecla, comissionada
por Paulo para pregar o evangelho e para batizar”. Para Ruether, os
textos gnósticos dão evidência de um “Cristianismo [original] menos
hierárquico, mais simples”, que ela diz ser compatível com o
Cristianismo moderno.
9
Como visto acima, mesmo uma respeitável historiadora como
Elaine Pagels admite ser “muito atraída por esses textos”.
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 Isso
não é somente curiosidade intelectual. Pagels, apesar de formação
e compromisso cristãos, é hesitante em suas opiniões, mostrando
“em alguns casos (...) uma clara preferência por uma interpretação
gnóstica”.
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 O quão radical ela poderia ser é mostrado por sua
abertura à integração dos textos gnósticos no cânon cristão.
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 O
interesse de Pagel é espiritual. Ela vê o gnosticismo como sem
relação com a “crença” mas com “dimensões da experiência” e uma
“imaginação religiosa”.
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A nova espiritualidade mística autoconscientemente não-cristã,
tem um programa semelhante ao de suas primas cristãs liberais. O
teosofista e personalidade pública da televisão, Joseph Campbell,
apela para um novo mito, um novo Deus e novos textos:
A história que temos no Ocidente, até aqui baseada na Bíblia, é
baseada numa visão de universo que pertence ao primeiro
milênio d.C. Ela não combina com nosso conceito, seja de


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A Ameaça Pagã
universo ou da dignidade do homem. Ela pertence inteiramente
a outro lugar.
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Envergonhado da Bíblia
Alguns eruditos bíblicos mais populares estão tão
envergonhados da Bíblia que não estão certos de querer que seus
filhos a leiam.
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 Outros, como os editores do Novo Testamento e
Salmos: uma Versão Inclusiva (Oxford University Press, 1995), tentam
tornar a Bíblia mais segura para as crianças, e outras pessoas
sensíveis, ao eliminar toda linguagem patriarcal e quaisquer termos
masculinos para Deus ou Cristo. Com a pretensão de ser um
trabalho de erudição, usando “novos manuscritos” e “novas
investigações dos significados das palavras”,
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 essa Bíblia é
meramente uma reprodução da New Revised Standard Version (Nova
Versão Padrão Revisada) com as expressões que não são
politicamente corretas reescritas. A imposição sobre o texto bíblico
de uma filosofia igualitária tão estranha à Bíblia produz um inglês
grotesco e monstruosidades teológicas. Os editores, que
ousadamente afirmam seu compromisso para “acelerar as
mudanças no uso do inglês a favor de uma linguagem inclusiva”,
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parecem ter-se desviado do caminho para melhorar as novas
formas do inglês que afirmam ser agora um discurso aceito. Frases
como: “Contribuam, por favor, com o baile das pessoas que são
policiais”, parecem positivamente fora de moda se comparadas
com sua tradução de João 13.31: “Agora o Humano foi glorificado,
e neste Deus único foi glorificado. Se Deus foi glorificado no
Humano, Deus também glorificará o Humano em si mesmo e
glorificará o Humano de uma vez por todas”. Alguém entendeu?
Esse novo discurso igualitário não somente assassina o inglês, ele
anula a Palavra de Deus no processo, por causa da ideologia
reinante, incompreensível. O desejo de ser sexualmente inclusivo
produz uma divindade andrógina de duas cabeças que se sentiria
mais à vontade na mitologia da Grécia Antiga do que na Bíblia. E
assim a oração do Pai Nosso diz: “Pai/Mãe nosso/nossa que estás
nos céus, santificado seja o teu nome”. Essa certamente é uma das
mais impressionantes tentativas de não santificar o nome de Deus
na história do pensamento cristão, pois o próprio cerne da revelação
trazida por Cristo a respeito do Pai é desfigurada além do
reconhecimento.
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 Gerações de crianças que serão criadas em uma
cultura igualitária futura poderão nunca conhecer o amor de um


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pai terreno porque o termo deixará de existir. Reconhecerão elas o
amor do Pai Celestial tão graficamente descrito no Evangelho? No
momento, elas têm toda a Bíblia, embora, desfigurada. Coisas mais
devastadoras acontecerão com a Escritura Sagrada.
Questionamento “Científico” da Ortodoxia Bíblica
Quando eu comecei a me especializar nos estudos do Novo
Testamento, há uns trinta anos, a ortodoxia era considerada em todo
lugar a versão original do Cristianismo. Com certeza, era comum
entre os estudiosos dizer que Jesus não se considerava o Messias, e
que a igreja primitiva transformou esse profeta judeu e os eventos
ao redor de sua morte na fé objetiva e na essência do evangelho.
Mas foi a “fé oriental” daqueles que escreveram o Novo Testamento que
explicou a transição. Foi a convicção dos discípulos originais, em
suas experiências da morte e da ressurreição de Jesus (seja lá o que
isso signifique) que deu início ao evangelho da igreja.
Uma geração depois, os eruditos do Novo Testamento saúdam
a heresia gnóstica, que fora denunciada pelo Novo Testamento e pela
igreja primitiva, como o ensino original de Jesus e os propagadores
dessa heresia como o mais antigo grupo de discípulos após a
sua morte. O Jesus histórico, dizem eles, era um proto-gnóstico,
um ser politicamente correto, um revolucionário social que tem
pouca ou nenhuma semelhança com aquele adorado como o
Cristo na Bíblia.
Desmantelando a Bíblia
Em 1985, como presidente da prestigiosa Sociedade da Literatura
Bíblica, James M. Robinson, lançou uma afirmação programática para
o século 21. Ele pediu aos seus companheiros eruditos bíblicos para
desconstruir suas disciplinas para “revelar (...) pressuposições
biblicistas”. A Bíblia não mais serviria como a fonte final de
autoridade e como a definição do Cristianismo verdadeiro.
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 Nós
fomos avisados. O plano de Robinson está pegando o momento não
somente porque a hora é certa e sua mensagem se encaixa no clima
do mundo moderno, mas também porque James M. Robinson e seu
colega, Helmut Koester, da Harvard Divinity School têm feito um
trabalho importante para concretizar isso.
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 Para mostrar quão
importante é Robinson, Robert Funk, do Seminário de Jesus o chama
de “Secretário de Estado da orientação bíblica (...) [uma] contraparte
acadêmica (...) [de] Henry Kissenger”.
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