Capas Tese Abel

Abel Pérez González — Revisão de Stygnommatidae 
 
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O padrão de diagnose utilizado foi o comparativo. Nas descrições 
utilizaram-se as seguintes abreviaturas: CT= comprimento total; CC= 
comprimento da carapaça; CED= comprimento do escudo dorsal; LC= largo da 
carapaça; LMEA= largura máxima do escudo abdominal; DIO= distância 
interocular; CBQ= comprimento do basiquelicerito; LMQ= longitude da mão da 
quelícera; CCxP= comprimento da coxa do pedipalpo; CTrP= comprimento do 
trocânter do pedipalpo; CFeP= comprimento do fêmur do pedipalpo; CPaP= 
comprimento da patela do pedipalpo; CTiP= comprimento da tíbia do 
pedipalpo; CTaP= comprimento do tarso do pedipalpo; CTP= comprimento 
total do pedipalpo. As medidas são dadas em milímetros. Para a descrição da 
armação ventro ectal da tíbia do pedipalpo se utilizou o recurso auxiliar (ilil) 
onde “i” corresponde a apófises espiniformes e “l” a tubérculos setíferos. Em 
“Material Examinado” se incluem os exemplares da serie tipo examinados 
(detalhados previamente em “Tipos”). 
4.2.1.- Preparação de Genitálias 
Alguns exemplares, quando coletados, evertem seu pênis ao morrer, isto 
facilita sua extração, porém isto não acontece na maioria dos exemplares. Para 
poder extrair os genitais masculinos se aplicam duas incisões ventrais a ambos 
os lados do opérculo genital em direção aos espiráculos (Fig. 4), posteriormente 
se levanta o exoesqueleto quitinoso e com una pinça fina se extrai o pênis 
(ŠILHAVÝ, 1969a). Com ajuda da pinça e um alfinete entomológico se retira o 
envoltório membranoso (bainha, Fig. 83e) deixando o pênis desnudo. Em 
exemplares muito pequenos resultou de maior eficácia levantar os opérculos 
anal e genital e introduzir a ponta da pinça pela apertura anal e empurrar o 
pênis. Este método provoca a eversão do pênis e não é necessária a retirada da 
cobertura membranosa.  
Para seu estudo o pênis foi clarificado em glicerina. Pênis provenientes de 
espécies muito pequenas e pouco quitinizados colapsam-se ao ser colocados 
diretamente em glicerina, nestes casos o pênis foi submetido a uma diluição 
gradual de álcool+glicerol até chegar a glicerol puro (glicerol/álcool (%): 0/100 
 30/70   50/50   70/30   100/0). Os pênis muito quitinizados se deixaram 
clarificar em glicerina pelo prazo de 24 horas. Depois de seu estudo foram 

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novamente conservados em Etanol a 70% e guardados em um micro-frasco 
junto ao espécime de quem se extraiu. 
Para o estudo da genitália masculina ao microscópio óptico foram 
realizadas preparações não permanentes em glicerina. Os pênis foram colocados 
em lâminas não escavadas, dois pedaços de lamínulas a ambos lados serviram 
de suporte para evitar o esmagamento quando colocada a lamínula. A rotação 
da genitália foi obtida, sem necessidade de uma nova montagem, a partir de um 
gentil deslocamento da lamínula. 
Para o estudo da genitália masculina ao microscópio eletrônico de 
varredura se submeteram a um processo de desidratação passando por álcool a 
80, 95 e 100%, foram limpos com ultra-som e foram secos ao ar, dentro de una 
placa de Petri com papel de filtro, por espaço de 24 horas. Posteriormente foram 
cobertos com um banho de ouro e platina e foram observados ao microscópio 
eletrônico de varredura. As instituições onde foram realizados os estudos de 
microscopia eletrônica de varredura foram:  
•
 
VA Medical Center, School of Medicine-Anatomy, Wright State 
University, Ohio, EUA. 
•
 
Department of Organismic & Evolutionary Biology, Harvard 
University, EUA. 
Fotografias de varredura também foram obtidas por cortesia da Dra. 
Maria Rambla da Universidade de Barcelona e do Dr. Ricardo Pinto da Rocha 
da Universidade de São Paulo. 
4.2.2.- Desenhos e fotos 
A morfologia externa das espécies foi desenhada com auxilio de uma 
câmera clara instalada a um microscópio estereoscópico Leica MZ 12.5 do 
laboratório de Diptera do Instituto Oswaldo Cruz (FIOCRUZ, gentileza do Dr. 
Rubens Pinto de Mello e da M. Sc. Catarina Macedo Lopes). Deu-se prioridade 
ao desenho de exemplares masculinos. Os espécimes foram fixados com 
alfinetes entomológicos ao fundo de uma placa de Petri recoberto por uma 
lâmina  de  EVA  (etileno-vinil  acetato)  para  evitar  movimentos  indesejados.  Os 
apêndices (quelícera, pedipalpo, e pernas) do lado direito foram removidos para 
facilitar o desenho.  

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A genitália masculina foi desenhada com auxilio de uma câmera clara 
instalada a um microscópio óptico Zeiss Axioskop do laboratório de 
Carcinologia do Museu Nacional (gentileza do Dr. Paulo S. Young e da Dra. 
Cristiana Serejo). Os genitais masculinos foram desenhados cuidando respeitar 
a tridimensionalidade da estrutura. Para isso previamente ao desenho os 
genitais foram observados ao microscópio ao mesmo tempo em que eram 
rotados sob seu eixo para tentar entender a priori sua forma tridimensional. 
De cada espécie foram realizados 17 desenhos que contém: 
−
 
Habitus dorsal e lateral. 
−
 
Quelícera direita ectal e mesal; basiquelicerito dorsal. 
−
 
Pedipalpo direito ectal e mesal; coxa dorsal 
−
 
Genitália masculina: completa e pars distalis dorsal, lateral e 
ventral. 
Após do desenho, as figuras foram retocadas e feita a arte final com 
nanquim e auxílio de uma mesa de luz. Os desenhos foram digitalizados com 
auxilio de um scanner HP ScanJet 2400 e processados (corte, ajuste de brilho, 
contraste) no programa PhotoShop CS versão 8.0. As imagens digitalizadas 
foram importadas ao CorelDRAW 12 versão 12.0.0.458, onde se confeccionaram 
as pranchas e colocaram as numerações e legendas. 
As abreviações das ilustrações de morfologia genital são: At= Atrium, 
Ca= Calyx, CE= Cerdas Espiniformes, CEp= Cerdas Espatulares, CEx= Capsula 
Externa, CF= Cerdas Foliares, CIn= Capsula Interna, Co= Condutores, CPe= 
Colarinho Paraestilar, Es= Estilo, FD= Fenda Dorsal, Fo= Follis, Gl= Glande, 
LA= Lamina Apicalis, LM= Lobulo Médio, PB= Pars Basalis,  PD= Pars 
Distalis, PDi= Projeções digitiformes, PDo= Projeção Dorsal, Pe= Pergula, 
PEE= Processo Espiniforme Ereto, PL= Projeções Laterais, PV= Placa Ventral, 
QV= Quilha Ventral, Ru= Rutrum,  Sch= Schwellkörper, SD= Sulco dorsal, 
SDC= Sulco Divisório Completo, SDI= Sulco Divisório Incompleto, St= 
Stragulum, Tr= Tronco, Ve= Velum, Vs= Vesicula, ZR= Zona Rugosa. 
As abreviações das ilustrações de morfologia externa são: A= área 
mesotergal, Ag= astrágalo, APGx= apófise pre-gnatocoxa, BA= borda anterior 
da carapaça, BL= borda lateral do escudo, Bo= boca, BP= borda posterior do 

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