Abel Pérez González — Revisão de
Stygnommatidae
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Stygnomma spinifera bolivari (Goodnight & Goodnight, 1943)
novo status
(
Rula cotilla, foi considerada sinônimo dessa subespécie) e
Stygnomma
spinifera tancahensis (nova subespécie),
Citranus marquesas foi
considerada sinônimo de
Stygnomma spinifera spinifera, os autores
criaram as novas combinações
Stygnomma annulipes , Stygnomma
spinifera e
Stygnomma spinulata, neste último caso cometeram uma
emenda injustificada do nome específico original
spinula. Por último nesse
trabalho descreveram duas novas espécies,
Stygnomma maya e
Stygnomma teapensis [sic].
GOODNIGHT & GOODNIGHT (1953) adicionaram três novas espécies
de
Stygnomma (
S. bispinata,
S. plana e
S. spinipalpis) e incorporaram
erroneamente Stygnommatidae na sinonímia de
Stygnomma. A aracnóloga
espanhola María RAMBLA (1969) descreveu
Stygnomma fiskei,
primeira
espécie com caracteres troglomorfos bem marcados, como anoftalmia e
despigmentação. Forneceu uma chave para as espécies de
Stygnomma e
emendou a diagnose do gênero para poder incluir a espécie descrita. SUZUKI
(1969) descreveu a segunda espécie de
Stygnomimus (
S. malayensis) da
Malásia, nesse trabalho o autor manteve Stygnommatinae como subfamília de
Phalangodidae sem oferecer nenhum comentário de sua posição com respeito à
sinonímia de Stygnommatinae com Phalangodinae estabelecida por
GOODNIGHT & GOODNIGHT (1951). GOODNIGHT & GOODNIGHT (1973)
descreveram
Stygnomma tuberculatum e RAMBLA (1976) descreveu as
três primeiras espécies de
Stygnomma do Equador (
S. delicatula, S.
joannae e
S. leleupi). GOODNIGHT & GOODNIGHT (1977) descreveram três
novas espécies de
Stygnomma do Belize (
S. belizense , S. pecki e
S.
toledensis) e incorporaram a este gênero
Pellobunus granulosa, espécie
descrita por eles previamente em 1947. SOARES & AVRAM (1981) descreveram
Stygnomma monagasiensis baseando-se
em material coletado na
Venezuela. KAURI (1985) incluiu Dibuninae e Stygnommatinae em Biantidae.
GONZÁLEZ-SPONGA (1987) adicionou sete novas espécies de
Stygnomma
para esse país (
S. furva ,
S. gracilitibiae ,
S. larensis ,
S. ornatus ,
S.
purpureus ,
S. solisitiens e
S. truxillensis), nesse mesmo
trabalho, o autor
revalidou explicitamente Stygnommatinae como subfamília, tomando como
base “a forma excepcional do cefalotórax, os quelíceros e pedipalpos”
Abel Pérez González — Revisão de Stygnommatidae
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(GONZÁLEZ-SPONGA, 1987: 417). REDDELL (1981) e RAMBLA &
JUBERTHIE (1994) citaram
Stygnomma tuberculata [sic] Goodnight &
Goodnight, 1973, fazendo uma emenda injustificada do nome específico
original
(
tuberculatum).
Há um registro para o Brasil de uma espécie não descrita
citada apenas em um resumo de congresso (KURY 1996). KURY &
COKENDOLPHER (2000) emendaram os nomes específicos de três espécies (
S.
bispinatum , S. planum e
S. teapense) e uma subespécie (
S. spiniferum
tancahense) de
Stygnomma do México, corrigindo a concordância entre o
gênero gramatical neutro de
Stygnomma e a terminação do nome especifico.
PÉREZ (2000) sinonimizou
Stygnomma maya Goodnight & Goodnight,
1951, com
Stygnomma granulosa (Goodnight & Goodnight, 1947).
Recentemente autores como KURY & COKENDOLPHER (2000) e PÉREZ
(2000) voltaram a considerar os estignomatídeos como família, mas a
restauração explicita deste status foi feita por KURY (2003) além de emendar
nove nomes específicos (
S. furvum, S. delicatulum, S. larense, S.
monagasiense, S. ornatum, S. purpureum, S. spiniferum, S.
toledense e
S. truxillense) de
Stygnomma corrigindo a concordância entre
o gênero gramatical neutro de
Stygnomma e do nome especifico.
Resumindo, a composição da família Stygnommatidae, prévia ao
presente trabalho, estava constituída por 2 gêneros, 27 espécies e 2 subespécies
distribuídas majoritariamente no Neotrópico exceto um gênero e duas espécies
da região Indo-malaia.
Abel Pérez González — Revisão de Stygnommatidae
20
4.- M
ATERIAL E MÉTODOS
4.1.- Material examinado
A quantidade de material examinado que envolveu a presente tese
excede as listagens oferecidas nos diferentes capítulos. Para poder formar uma
idéia da diversidade morfológica de Samooidea e dos limites familiares desta
complexa superfamília, uma enorme quantidade de espécimes de laniatores foi
estudada
in situ (Laboratório de Aracnologia do MN/URFJ) e
ex situ.
In situ, contou-se com o empréstimo de material de diversas famílias
(incluindo os estignomatídeos) provenientes de 20 instituições nacionais e
estrangeiras, alem dos empréstimos e o material que já estava na coleção
aracnológica do Museu Nacional. Também foram realizadas três expedições de
coleta a:
Venezuela, Costa Rica e Cuba as quais aportaram importante material
de espécies que não possuíamos (p.ex. com séries tipos perdidas). Também
aportaram exemplares não-tipos úteis para estudos que comprometiam a
integridade do material como o análise mediante microscopia eletrônica de
varredura.
Ex situ, foram realizadas visitas as coleções aracnológicas das seguintes
instituições:
−
Senckenberg Museum, Frankfurt, Alemanha.
−
Museum of Comparative Zoology da Universidade de Harvard, Cambridge, EUA.
−
Instituto Nacional de Biodiversidad, Costa Rica.
−
Universidad Central de Costa Rica.
−
Estación Biológica “La Selva”, Costa Rica.
−
Centro de Recursos de Biodiversidad Animal de la Universidad de Barcelona.
Dept.
Biologia Animal, Barcelona, Espanha.
−
Institut Royal des Sciences Naturelles de Belgique.
−
Museu da Universidade de São Paulo.
−
Coleção Particular “Manuel Angel González-Sponga”, Caracas, Venezuela.
−
Museo de Biologia de la Sociedad Venezolana de Espeleología, Caracas,
Venezuela.
−
Museo de Ciencias Naturales de Caracas, Caracas, Venezuela.