Abel Pérez González — Revisão de Stygnommatidae
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Opiliones
A.
Plagiostethi
B.
Mecostethi
a. Insidiatores
Adaeidae,
Triaenobunidae
Triaenonychidae.
b. Laniatores
C.
Cyphophthalmi
POCOCK (1902b) criou o nome de família supérfluo
Hinzuanidae para
substituir Biantidae baseado no fato que o nome genérico
Hinzuanius tem
prioridade de 5 anos sobre
Biantes. O Código de Nomenclatura diz que qualquer
nome genérico pode ser escolhido como o tipo de uma família, não
necessariamente o mais velho.
LOMAN (1903), devido às críticas de Pocock aos Insidiatores, apressou-
se a explicar suas visões em mais detalhe em um trabalho que aceitava com
muita dúvida os Cyphophthalmi.
Seu sistema reconhecia Dyspnoi, uma mistura
de Eupnoi e Dyspnoi, e foi o primeiro em reivindicar uma posição isolada para o
Oncopodidae dentro do grupo conhecido hoje como Grassatores (a mesma
hipótese defendida por MARTENS, 1980). A classificação dele segue:
Subordem I. Palpatores
a. Apagosterni Pocock (fam. Phalangiidae, Ischyropsalidae)
b. Eupagosterni Pocok (fam. Nemastomatidae, Trogulidae, etc.)
Subordem II. Laniatores
a.
Sterrhonoti novo (fam. Oncopodidae)
b.
Camptonoti novo (fam. Gonyleptidae, Epedanidae, Assamiidae, etc.)
Subordem III. Insidiatores
(fam. Triaenonychidae, Adaeidae, etc.)
Subordem IV. (?) Cyphophthalmi (= Anepignathi Thorell)
(fam.
Sironidae)
ROEWER (1912a) promoveu muitas mudanças em Assamiidae e
Phalangodidae, p.ex. criando muitas subfamílias, unindo os Dampetridae da
Austrália com os Assamiidae da África e Índia e fundindo Zalmoxidae com
Phalangodidae.
ROEWER (1923) resumiu toda a taxonomia
da ordem Opiliones em um
manual abrangente, complementado por umas séries longas de "adendas" até os
anos cinqüenta. A classificação dele foi imensamente influente e persistiu
durante muitas décadas apesar das numerosas falhas. Muitas das famílias dos
autores anteriores foram degradadas a subfamílias:
Abel Pérez González — Revisão de Stygnommatidae
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5. Subfam. Liobuninae
6.
Subfam.
Gagrellinae
Sørensen, em um conjunto de notas inéditas, só publicadas
postumamente por Henriksen 16 anos após sua morte (SØRENSEN, 1932),
continuou com a tendência a criar muitas famílias menores que contrastam
fortemente com o sistema então difundido por Roewer que tratava a maioria
deles como subfamílias. Henriksen tentou muito chegar a um compromisso do
sistema de Sørensen com Roewer, inserindo até as famílias
novas na
classificação de Roewer. O esquema de Sørensen/Henriksen é como segue:
Opiliones Laniatores
Superfamília
Gonyleptoidea
Família
Hernandariidae
Família
Gonyleptidae
Família
Stygnidae
Superfamília
Phalangodoidea
Família
Acrobunidae
Família
Dibunidae
Família
Epedanidae
Família
Erecananidae
Família
Ibaloniidae
Família
Minuidae nova
Família
Phalangodidae
Família
Podoctidae
Família
Samoidae
Família
Saracinicidae
[sic!]
Família
Stygnommatidae
Família
Stygnopsidae nova
Família
Tricommatidae
Não ordenadas em superfamílias
Família
Assamiidae
Família
Cosmetidae
Família
Oncopodidae
Família
Triaenonychidae
ABSOLON & KRATOCHVÍL (1932a-c) criaram a família
Travuniidae
que por longo tempo permaneceu de interesse maior só para os bioespeleólogos.
HADŽI (1935) criou
Cladonychiinae como uma subfamília nova de
Triaenonychidae, e esse nome foi ignorado até ser ressuscitado por
COKENDOLPHER (1985).
MELLO-LEITÃO (1933; 1938) revisou os Phalangodoidea de SØRENSEN
(1932) (= Phalangodidae de Roewer), acrescentando mudanças importantes,
subdividindo a grande Phalangodidae em três famílias separadas, Biantidae,
Podoctidae e Phalangodidae. Ele fundiu Minuidae e Stygnopsidae de Sørensen