Abel Pérez González — Revisão de Stygnommatidae
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trocânter com duas fortes apófises espiniformes dorsais, ventral com três apófises
espiniformes; fêmur dorsal com escasos grânulos e ventralmente com uma fileira
de fortes apófises espiniformes que não chegam até o extremo distal, região meso-
distal sem apófise espiniforme; patela ventromesal com pequeno granulo e dois
pequenos grânulos na superfície ventro-ectal; tíbia mesal com dois fortes
tubérculos setíferos de pedestal muito alargado e sem apófises espiniforme
intermédia, ectal com dois fortes tubérculos setíferos e sem apófises espiniformes
(ll); tarso com dois tubérculos setíferos mesais e dois ectais. Pernas: sem
ornamentação notável e com calcâneo III marcadamente engrossado. Formula
tarsal: 7:12-13:6:7. Genitália: tronco sem fenda dorsal; sem demarcação entre pars
basalis e pars distalis, pars basalis cilíndrica sem alargamento distal e pars
distalis curta e cilíndrica, ventralmente com numerosas cerdas pontudas dispostas
irregularmente, ápice com calyx, borda apical ventral do calyx com grupo de 4 a 5
cerdas pontudas; sem lamina apicalis e com velum, a fenda dorsal do velum muito
larga; follis pequeno com projeções digitiformes muito cumpridas; condutores
laminares e tubulares bífidos apicalmente, com uma projeção medial-subapical.
Fêmea: similar em aparência ao macho, ligeiramente menor (CED: 4,21) e
sem engrossamento no calcâneo III e sem fileira de fortes apófises espiniformes
curvas dorsais na coxa do pedipalpo.
História natural: a espécie foi coletada em bosque úmido, em um buraco
de um tronco com baixo nível de decomposição.
Distribuição geográfica: COSTA RICA: Província de Limón. Eco-região
WWF NT0129 (Isthmian-Atlantic moist forests).
Relações: é considerada a espécie irmã de Zygobunus rufus
(Petrunkevitch 1925) . As espécies de Zygobunus apresentam uma morfologia
externa muito próxima entre si.
Material Examinado: um
♂
, COSTA RICA: Limón, Siquirres, La Caverna,
13/x/2004, Abel Pérez González & Carlos Víquez, embaixo de tronco, INBio.
Abel Pérez González — Revisão de Stygnommatidae
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Zygobunus barronus Chamberlin, 1925 status revalidado
(Figs. 81-83)
Stygnomma fuhrmanni (parte): GOODNIGHT & GOODNIGHT, 1951: 4; RAMBLA, 1969: 391;
GOODNIGHT & GOODNIGHT, 1983: 237; KURY, 2003: 235.
Zygobunus barronus CHAMBERLIN, 1925: 245; ROEWER, 1928: 546; 1949b: 257; GOODNIGHT &
GOODNIGHT, 1942c: 4, Figs. 10-12; KURY, 2003: 235.
Zygobunus rufus (parte): GOODNIGHT & GOODNIGHT, 1949: 21.
Tipos:
♀
holótipo, PANAMÁ, Provincia de Panamá, Zona do Canal, Ilha de
Barro Colorado (9° 9' 49” N, 79° 50' 16” W), MCZ- 14666, examinado.
Etimologia: o nome especifico refere-se à localidade tipo: Ilha de Barro
Colorado.
História do táxon: a espécie foi descrita por CHAMBERLIN (1925),
posteriormente GOODNIGHT & GOODNIGHT (1949) a consideraram como
sinônimo júnior de Zygobunus rufum Petrunkevitch, 1925. Por ultimo
GOODNIGHT & GOODNIGHT (1951) consideraram Zygobunus rufum como
sinônimo júnior de Stygnomma fuhrmanni Roewer, 1912.
Diagnoses: separa-se das restantes espécies do gênero pela morfologia da
genitália masculina e pela armação dos pedipalpos e da bulla queliceral. Separa-se
de Z. rufus e Z. armatus pela ausência do calyx na genitália masculina e pela
forma dos condutores.
Descrição do macho:
Medidas: CED: 3,69; CC: 2,05; LC: 2,76; LMEA: 2,95; DIO: 1,72; CBQ: 2,65;
LMQ: 3,89; CCxP: 1,83; CTrP: 0,62; CFeP: 2,37; CPaP: 1,32; CTiP: 2,21; CTaP:
0,92; CTP: 9,30. Cor (em álcool): base marrom claro com desenhos reticulados
marrom mais obscuro avermelhado; carapaça com uma larga listra reticulada
interocular; area reticulada pedipalpos e quelíceras marrom avermelhado; áreas
do mesotergo com desenhos arborescentes mais obscuros que formam listras
longitudinais; tergitos livres marrom avermelhado. Dorso: carapaça ligeiramente
côncava com cômoro interocular; área interocular granulada; dois pequenos
grânulos arredondados na borda anterior na região media entre os soquetes
quelicerais, borda do soquete queliceral ligeiramente engrossada; sulco I vestigial;
Abel Pérez González — Revisão de Stygnommatidae
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áreas mesotergais não demarcadas, granuladas; tergitos livres granulados com
fileira de pequenos grânulos longitudinais. Quelícera: bulla do basiquelicerito
concava dorsalmente com uma forte apófise espiniforme, e vários tubérculos
cônicos proximais, ectal e mesalmente com numerosos grânulos e tubérculos
cônicos, ventralmente com uma apófise espiniformes; mão dorsal coberta
irregularmente de pequenos grânulos; dedo móvel com um dente largo basal e sem
pequenos grânulos na superfície ectal. Pedipalpo: coxa dorsal sem uma forte
apófise espiniforme reta medial, fileira dorsomesal de grandes apófises
espiniformes curvas que culminam em forte apófise espiniforme curva meso-
distal; ventralmente com duas fortes apófises terminadas em cerdas, região pré-
gnatocoxa arredondada e granulada; trocânter com duas fortes apófises
espiniformes dorsais, e um pequeno tubérculo pontudo baixo intermédio, ventral
com três apófises espiniformes; fêmur dorsal com vários tubérculos arredondados
e ventralmente com uma fileira de fortes apófises espiniformes que não chegam até
o extremo distal, e uma apófise espiniforme distal, região meso-distal com dois
pequenos tubérculos arredondados; patela ventromesal com um pequeno
tubérculo arredondado e dois pequenos tubérculos espiniformes na superfície
ventro-ectal; tíbia mesal com dois fortes tubérculos setíferos de pedestal muito
alargado e sem apófises espiniforme intermedia, ectal com dois fortes tubérculos
setíferos e sem apófises espiniformes (ll); tarso com dois tubérculos setíferos
mesais e dois ectais. Pernas: sem ornamentação notável e com calcâneo III
marcadamente engrossado. Formula tarsal: 7:11:6:7. Genitália: tronco sem fenda
dorsal; sem demarcação entre pars basalis e pars distalis, pars basalis cilíndrica
sem alargamento distal e pars distalis curta e cilíndrica, ventralmente com
numerosas cerdas pontudas dispostas irregularmente, ápice côncavo com lamina
apicalis bífida com duas cerdas pontuas laterais; follis pequeno com projeções
digitiformes muito cumpridas; condutores laminares e tubulares bífidos
apicalmente, sem uma projeção medial-subapical.
Fêmea: similar em aparência ao macho, ligeiramente menor (CED: 3,52) e
sem engrossamento no calcâneo III e sem fileira de fortes apófises espiniformes
curvas dorsais na coxa do pedipalpo.
História natural: na Ilha de Barro Colorado um exemplar foi achado
como presa de formigas do gênero Eciton (H. Dybas coletor, dados inéditos) e
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