Abel Pérez González — Revisão de Stygnommatidae
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História do táxon: a espécie foi descrita por RAMBLA (1976), depois foi
citada no compêndio dos opiliões cavernícolas de RAMBLA & JUBERTHIE (1994)
e finalmente teve o nome emendado por KURY (2003).
Diagnoses: se distingue do resto das espécies pelo seu caráter
troglomórfico e grande tamanho.
Descrição do juvenil holótipo (dados obtidos de Rambla, 1976):
Medidas: LT: 2,31; LMEA: 1,26; CBQ: 0,31; LMQ: 1,38; CCxP: 0,88; CTrP:
0,34; CFeP: 1,46; CPaP: 0,70; CTiP: 1,20; CTaP: 0,58; CTP: 5,16. Cor (em álcool):
corpo e apêndices amarelo-pálidos sem nenhum desenho dorsal. Os apêndices são
mais claros que o corpo (quase brancos). Dorso: carapaça sem cômoro interocular;
área interocular lisa; sulco I vestigial; áreas mesotergais não demarcadas e lisas.
Quelícera: bulla do basiquelicerito côncava e lisa; mão pouco inflada e armada de
tubérculos cônicos terminados com uma cerda apical; dedo móvel com vários
pequenos tubérculos terminados em cerdas na superfície mesal. Pedipalpo: a
largura dos pedipalpos é mais do que o dobro da largura do corpo; coxa dorsal
inerme e dois pequenos tubérculos ventro-ectais; trocânter com duas cerdas
ventrais; fêmur com uma fileira dorsal de sete cerdas e outra ventral de três; patela
com uma cerda basal e duas apicais; tíbia mesal e ectal com dois tubérculos
setíferos e várias cerdas dispersas; tarso muito largo com dois tubérculos setíferos
mesais e dois ectais. Pernas: muito compridas quando comparadas com o restante
do corpo; sem ornamentação notável, unhas III e IV com arólio. Fórmula tarsal:
2:2:2:2 [Sic.].
Adultos: desconhecidos.
História natural: a espécie é cavernícola obrigatória (troglóbia).
Distribuição geográfica: conhecida somente da localidade tipo. Eco-
região WWF NT0142 (Napo moist forests).
Relações: devido à condição imatura do espécime é impossível inferir a
respeito de suas relações. Esta espécie não entrou como terminal na análise
filogenética. Com base nos critérios detalhados na seção 5.2.4.3 pôde-se considerar
esta espécie como incertae sedis. A coleta de adultos e especialmente de indivíduos
Abel Pérez González — Revisão de Stygnommatidae
158
masculinos poderá decidir se pertence ou não a um dos gênero conhecidos e
definir suas relações.
‘Stygnomma’ leleupi Rambla, 1976
(Figs. 92-94)
Stygnomma leleupi RAMBLA, 1976: 81, figs. 9-11; KURY, 2003: 235.
Tipos:
♀
holótipo, EQUADOR, Província de Napo, Dolina de la Cueva de
Archidona, ISNB, examinado. Três
♀
parátipos, EQUADOR, Província de Napo, Bosque
Tropical hacia Archidona, CRBA, perdidos.
Observação: após a devolução do parátipo fêmea, a CRBA foi visitada e
nenhum parátipo foi encontrado motivo pelo qual pode-se considerar as três
fêmeas parátipos de Stygnomma leleupi Rambla, 1976 como perdidas.
Etimologia: patronímico dedicado ao zoólogo belga Narcisse Leleup
pesquisador do Musée Royal de l'Afrique centrale, coletor da série tipo.
História do táxon: após da descrição original (RAMBLA, 1976) a
espécie só foi mencionada no catálogo dos Laniatores do Novo Mundo (KURY,
2003).
Diagnoses: distingue-se claramente das demais espécies pela armação
dos pedipalpos e a presença de um sulco I largo e profundo.
Descrição da fêmea holótipo:
Medidas: CED: 1,74; CC: 0,81; LC: 1,15; LMEA: 1,45; DIO: 0,67; CBQ:
0,93; LMQ: 1,41; CCxP: 0,84; CTrP: 0,33; CFeP: 1,22; CPaP: 0,65; CTiP: 0,98;
CTaP: 0,48; CTP: 4,54. Cor (em álcool): marrom muito claro. Dorso: carapaça
convexa granulada sem cômoro interocular marcado; dois tubérculos cônicos
na borda anterior na região média entre os soquetes quelicerais; borda do
soquete queliceral não engrossada; sulco I profundo e muito marcado; áreas
mesotergais claramente demarcadas, grosseiramente granuladas com uma
fileira de tubérculos cônicos baixos na região medial; tergitos livres com fileira
de pequenos grânulos longitudinais. Quelícera: bulla do basiquelicerito
côncava, dorsalmente com três pequenos tubérculos cônicos; região ectal com
um pequeno tubérculo cônico ventro-distal e mesal com uma fileira de três
Abel Pérez González — Revisão de Stygnommatidae
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tubérculos arredondados; mão pouco inflada e armada de fortes tubérculos
cônicos terminados com uma cerda apical; dedo móvel com um dente basal e
sem pequenos tubérculos na superfície mesal. Pedipalpo: coxa dorsal com uma
pequena apófise proximal truncada, pequenos grânulos e uma pequena apófise
espiniforme reta medial, ventralmente com grânulos e duas apófises
espiniformes destacadas, região mesal com numerosos grânulos, região pré-
gnatocoxa arredondada com poucos grânulos; trocânter com uma apófise
espiniforme e dois pequenos tubérculos dorsais e quatro pequenos tubérculos
ventrais; fêmur dorsalmente com poucos pequenos grânulos basais e
ventralmente com um forte tubérculo setífero basal seguido de duas pequenas
apófises espiniformes basais e uma pequena apófise espiniforme no extremo
distal, um tubérculo setífero na região meso-distal; patela com um forte
tubérculo setífero ventromesal e uma forte apófise espiniforme ventroectal;
tíbia mesal com dois fortes tubérculos setíferos de pedestal alargado e uma
pequena apófise espiniforme intermediária, ectal com dois fortes tubérculos
setíferos e seis apófises espiniformes (iliiliii); tarso com dois tubérculos
setíferos mesais e dois ectais. Pernas: sem ornamentação notável. Formula
tarsal: 6:9:6:7.
Macho: desconhecido.
História natural: a espécie tem sido coletada tanto no detrito vegetal
acumulado na dolina de uma caverna como no húmus do bosque exterior.
Distribuição geográfica: conhecida somente da localidade tipo. Eco-
região WWF NT0142 (Napo moist forests).
Material Examinado: uma
♀
, EQUADOR: Napo: Dolina de la Cueva
de Archidona, ISNB. Uma
♀
, EQUADOR: Napo: Bosque Tropical hacia
Archidona, CRBA.
Relações: esta espécie não entrou como terminal na análise
filogenética. Com base nos critérios detalhados na seção 5.2.4.3 pôde-se
considerar esta espécie como incertae sedis. A coleta de um macho poderá
decidir se pertence ou não a um gênero conhecido e definir suas relações.
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