História 8º ano



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d) Resposta pessoal. Comente com os alunos que a arte militante ou engajada é aquela que procura denunciar ou criticar os problemas e os anseios dos grupos sociais menos favorecidos da sociedade. Promova entre os alunos o respeito às diferentes opiniões que possam surgir durante a realização dessa atividade.

12. a) A exploração do trabalho infantil foi intensificada entre 1780 e 1840, por causa da introdução e do fortalecimento do sistema fabril, em que o industrial preferia contratar crianças porque podia submetê-las a salários mais baixos que os dos adultos.

b) De acordo com o texto, o trabalho infantil na época da Revolução Industrial era feito nas minas de carvão e nas fábricas, onde as crianças eram exploradas de maneira brutal, recebendo, em troca, salários muito baixos. Muitas dessas crianças ficavam doentes e sofriam por causa das longas jornadas de trabalho, que iam de 12 a 15 horas diárias e, também, por causa das péssimas condições de trabalho, pois o ambiente fabril geralmente era sujo, escuro e mal-ventilado.

c) Para mudar as duras condições de trabalho, tanto das crianças quanto dos adultos, os operários ingleses do século XIX criaram Comitês pela Redução da Jornada.

d) Resposta pessoal. Aproveite para estabelecer uma articulação com os conteúdos de Sociologia e comente com os alunos que em muitos países, entre eles o Brasil, há leis que proíbem o trabalho infantil e obrigam a sociedade a garantir que as crianças se dediquem somente ao estudo. Se julgar interessante solicite aos alunos uma pesquisa sobre o tema. A criança que trabalha perde a chance de se desenvolver como um indivíduo com capacidades plenas para exercer sua cidadania, além de perder a oportunidade de se tornar um profissional qualificado para conseguir um bom emprego no futuro, quando for adulta. Promova entre os alunos o respeito às diferentes opiniões que possam surgir durante a realização dessa atividade.

Passado e presente

13. a) De acordo com o texto, os elementos que caracterizam o mundo moderno são: o petróleo e a eletricidade, responsáveis pelo provimento de grande parte da energia da atualidade.

b) Os prejuízos ambientais causados pela industrialização foram, principalmente, os altos níveis de poluição provocados pela emissão de resíduos de carvão, de metais e de outras
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substâncias na água, no ar e no solo.



c) Atualmente, a maior parte da energia gerada no mundo provém de três combustíveis fósseis: carvão, petróleo e gás natural.

d) As consequências para a natureza da queima de combustíveis fósseis são: o aquecimento planetário, as chuvas ácidas, a poluição das águas e do solo e o desmatamento de florestas inteiras, o que torna os rios mais vulneráveis à erosão.

e) Resposta pessoal. Comente com os alunos que a visão de que a industrialização faz bem para a humanidade está associada à ideia de progresso, promovida pela ciência moderna. De fato, os avanços tecnológicos dos séculos XIX e XX propiciaram melhorias nas condições de vida, mas, por outro lado, também causaram muitos prejuízos ao meio ambiente, como a poluição e o esgotamento dos recursos naturais. Promova entre os alunos o respeito às diferentes opiniões que possam surgir durante a realização dessa atividade.

capítulo 7 As independências na América espanhola

Exercícios de compreensão

1. Resposta pessoal. Auxilie os alunos a lembrar que, no decorrer do século XVIII, a autoridade do governo espanhol sobre seus domínios na América foi se tornando cada vez menor. A Espanha já não possuía navios suficientes para fazer a fiscalização de todo o litoral de suas colônias e essa falta de controle possibilitava aos colonos estabelecerem relações comerciais com outros Estados europeus, contrariando o exclusivo colonial e aumentando os lucros da elite criolla.

2. A invasão da Espanha por Napoleão teve como consequência, nas colônias, o aumento do desejo de independência e a formação de juntas governativas pelas elites coloniais. Essas juntas, em um primeiro momento, apenas resistiram à dominação francesa, tentando ampliar sua relativa autonomia política. Mas, com o retorno de Fernando VII ao trono espanhol, em 1814, ocorreu uma retomada da política absolutista, tornando o sentimento separatista ainda mais forte na América espanhola.

3. O bolivarismo foi a política de solidariedade difundida por Simon Bolívar. Essa política tinha como objetivos principais a união dos países americanos contra o Absolutismo europeu, além da manutenção da paz continental e a igualdade entre os governos participantes.

4. A população mexicana comemora a sua independência em 1810 porque, nesse ano, iniciaram-se, efetivamente, os levantes populares liderados pelo padre Miguel Hidalgo.

5. Após a independência, a elite criolla assumiu o poder no México. As elites criollas apoiaram os processos de independência do México porque estavam preocupadas com a possibilidade dos mestizos e indígenas participarem diretamente do poder, ameaçando a sua supremacia. Desse modo, as elites decidiram entrar em acordo com os rebeldes a fim de assumir a direção e o controle do movimento de independência, o que possibilitou que tomassem o poder depois que esse objetivo foi alcançado.

6. a) O objetivo do governo estadunidense era ocupar as últimas colônias espanholas nas Antilhas e dar início a uma política intervencionista na América Latina.

b) A Emenda Platt foi incluída na Constituição de Cuba e estabelecia o direito estadunidense de intervir na ilha sempre que seus interesses fossem ameaçados, além de obrigar Cuba a ceder partes de seu território para a instalação de bases militares.

Expandindo o conteúdo

7. a) De acordo com o texto, as revoltas populares pela independência fracassaram porque elas esbarraram na repressão violenta por parte tanto da Metrópole quanto dos elementos da aristocracia criolla.

b) Os grupos sociais coloniais que participaram das lutas de independência foram: as elites criollas e as camadas populares.

c) O bloco dominante nas colônias não era homogêneo. Nas zonas mercantis (como em Havana, Lima e Buenos Aires), as elites tinham interesses ligados ao mercado externo. Nas áreas agrárias, composta de grupos de grandes produtores rurais que produziam açúcar e cacau, as elites se voltavam para a produção interna. Quanto à forma de governo que seria adotada
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após as independências, os membros da elite criolla também divergiam: havia republicanos radicais, como os venezuelanos Francisco de Miranda e Simon Bolívar, e monarquistas liberais, como o argentino José de San Martín.



8. a) Essa atividade proporciona uma articulação com Geografia. O país latino-americano que se formou na região que, na época colonial, formava o Vice-reino da Nova Espanha é o México.

b) Os países que se formaram na região do Vice-reino do Rio da Prata foram Paraguai, Argentina, Bolívia e Uruguai. Além disso, partes desse Vice-reino foram incorporadas ao Chile.

c) A Costa Rica formou-se na região que fazia parte da Capitania-Geral da Guatemala.

d) A Colômbia ocupou uma região que fazia parte do Vice-reino de Nova Granada.

9. a) A reação da população colonial à nomeação de José Bonaparte como rei da Espanha foi de extrema repulsa à ocupação francesa naquele país. Em toda a parte da América espanhola, grupos insatisfeitos com a invasão proclamaram efusivamente sua lealdade a Fernando VII, o monarca Bourbon preso pelas tropas de Napoleão.

b) De acordo com o texto, o principal motivo da instauração de governos autônomos na América durante a ocupação napoleônica na península Ibérica foi romper a ligação com um governo metropolitano que tinha grande probabilidade de cair totalmente sob o domínio francês.

10. a) A – Os soldados uniformizados pertencem às tropas espanholas, que lutaram contra a independência da região colombiana.

B – Os indígenas e mestizos foram representados descalços, com roupas semelhantes e com bolsas a tiracolo. Assim como os espanhóis, eles portavam armas de fogo.

C – Os criollos aparecem a cavalo, no comando das tropas coloniais, mas sem participação direta na frente de batalha.

b) Resposta pessoal. Incentive os alunos a tratarem do papel das elites coloniais nos processos de independência, bem como a participação popular. É importante lembrar aos alunos que nem sempre os grupos sociais que participaram mais diretamente dos movimentos de independência assumiram o poder quando esta foi alcançada.

Passado e presente

11. a) Os estadunidenses têm interesse em manter a base de Guantánamo por questão de força política, pois a atuação militar estadunidense é tão grande que eles não precisariam mais da base, que tem pouca capacidade de operações. A base é como um “vespeiro” em que ninguém quer mexer. Apesar das contestações, nunca houve uma tentativa de desocupação.

b) A base de Guantánamo foi estabelecida pela Marinha estadunidense em 1898, durante a Guerra Hispano-Americana.

c) No acordo de 1934, ficou estabelecido o arrendamento por tempo indefinido da área de 116 metros quadrados na baía de Guantánamo, que só voltará ao controle cubano por consentimento mútuo. Como Estados Unidos e Cuba raramente concordam, a possibilidade é pequena. Por esse “aluguel”, o governo estadunidense deposita em uma conta 4 085 dólares anuais, mas o governo cubano se recusa a sacar o dinheiro desde 1959.

d) Quando foi estabelecida, a base de Guantánamo tinha grande importância para os estadunidenses porque o Caribe era uma região estratégica para os planos de desenvolvimento dos EUA.

Trabalho em grupo

12. Auxilie os alunos nessa pesquisa, orientando-os na busca de materiais de pesquisa, principalmente sites de notícias. Para que a pesquisa seja mais significativa, retome com eles a história das relações entre os Estados Unidos e Cuba, que foi conflituosa desde a independência de Cuba e que, após a Revolução Cubana, de caráter socialista, tornou-se uma das questões mais problemáticas da política externa estadunidense.

capítulo 8 A independência do Brasil

Exercícios de compreensão

1. O Bloqueio Continental foi uma proibição imposta em 1806 pelo imperador da França, Napoleão Bonaparte.

Por meio do Bloqueio Continental, os Estados europeus foram proibidos de comercializar com a Inglaterra, sendo que o país que desrespeitasse essa medida seria considerado inimigo da


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França. O Bloqueio Continental influenciou no processo de independência do Brasil uma vez que impulsionou a vinda da Corte portuguesa para sua então Colônia.



2. No Tratado de Navegação e Comércio, ficou estabelecido que os comerciantes ingleses que quisessem vender seus produtos no Brasil deveriam pagar um imposto de 15% sobre o valor da mercadoria. Já a tributação dos produtos vendidos por portugueses seria de 16%, e a dos demais Estados europeus seria de 24%.

3. O Tratado de Aliança e Amizade estabeleceu o compromisso de D. João em reduzir e, posteriormente, abolir o tráfico de escravos africanos para o Brasil. Além disso, o tratado permitia aos ingleses a liberdade religiosa e proibia a instalação dos tribunais da Inquisição no Brasil. Também foi concedido aos ingleses o direito de extrair madeira das matas brasileiras para a construção de seus navios.

4. Entre os motivos que levaram D. João VI a elevar o Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves está o fato de que a família real e os principais órgãos administrativos portugueses estavam estabelecidos no Brasil, e assim fazendo, D. João VI seguia a orientação do Congresso de Viena, de manter o Absolutismo monárquico no Brasil. Além disso, muitos portugueses que vieram para o Brasil em 1808 tinham aberto negócios aqui e não queriam retornar para Portugal.

5. A Revolução Pernambucana de 1817 foi um movimento promovido pela elite agrária pernambucana, descontente com a falta de representatividade no governo central. Em março de 1817, um grupo de revolucionários assumiu o poder na província, declarando-a uma República separada do resto do Brasil. O novo regime só durou até maio, quando tropas portuguesas invadiram Recife e debelaram o movimento. Seus três principais líderes foram presos.

6. A presença da Corte exerceu grande transformação nos hábitos cotidianos dos moradores do Rio de Janeiro. A moda europeia passou a ser seguida pelas mulheres da elite brasileira. O vestuário europeu, no entanto, feito com tecidos pesados em função do clima da Europa, era utilizado somente nas ruas. No interior das residências, as pessoas continuavam usando roupas leves, mais adequadas ao clima tropical do Brasil. Além disso, era proibido o uso de persianas nas janelas, pois elas davam um aspecto de reclusão às casas, e estimulou-se a utilização de vidraças. Outro exemplo da mudança de hábito foi a implantação da cerimônia do beija-mão. Nessa cerimônia, as pessoas, principalmente os nobres e funcionários públicos, entravam no palácio em fila única e, um a um, beijavam a mão de D. João e dos outros membros da família real.

7. Jean-Baptiste Debret foi um pintor francês que chegou ao Brasil no ano de 1816 e por aqui permaneceu até 1831. Debret pintou cenas da vida cotidiana dos brasileiros, retratou diversos grupos étnicos africanos e indígenas, bem como festas e costumes populares, além de aspectos arquitetônicos das construções. Em razão dos temas retratados, a obra de Debret é considerada uma importante fonte para o estudo da história de nosso país.

8. A Revolução do Porto ocorreu em agosto de 1820, em Portugal. O contexto econômico de Portugal no momento da Revolução do Porto era de crise econômica, causada principalmente pela perda dos lucros que os portugueses obtinham com o monopólio do comércio brasileiro. As reivindicações feitas pelos revoltosos do Porto eram: a volta de D. João VI a Portugal, a elaboração de uma Constituição para o Reino e a reformulação das relações comerciais entre Portugal e Brasil, restabelecendo o exclusivo comercial.

9. As Cortes de Lisboa eram uma assembleia formada por representantes políticos do Reino. Em 1820, as autoridades portuguesas, pressionadas pelos revolucionários, decidiram convocar as Cortes. Os deputados portugueses queriam que D. João VI voltasse para Portugal e, com o auxílio das Cortes de Lisboa, governasse o reino. Além disso, eles pretendiam que Portugal restabelecesse o monopólio do comércio brasileiro, ou seja, queriam que o Brasil voltasse a ser uma colônia portuguesa. Os deputados brasileiros, por sua vez, reivindicavam maior participação nas decisões políticas do Brasil e a implantação de uma Monarquia dual, com sede tanto em Lisboa quanto no Rio de Janeiro.

10. D. João VI e a Corte portuguesa regressaram a Portugal em abril de 1821. O rei decidiu voltar para Portugal porque os políticos portugueses estavam ameaçando depô-lo do poder caso assim não fizesse.

11. Após o episódio do Dia do Fico, D. Pedro começou a tomar decisões que indicavam uma tendência separatista. Expulsou do Rio de Janeiro soldados
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portugueses que se recusaram a jurar fidelidade a ele e aproximou-se da elite conservadora brasileira, nomeando José Bonifácio como seu ministro. Desse modo, D. Pedro conseguiu o apoio de conservadores, proprietários rurais, altos funcionários, juízes e grandes comerciantes. Esse apoio era fundamental para que ele pudesse proclamar a independência sem alterar a ordem social e econômica do Brasil, e, além disso, garantir sua permanência como monarca.



Expandindo o conteúdo

12. a) Através deste alvará, D. João determina a legalidade da instalação e funcionamento de manufaturas no Brasil e demais colônias portuguesas. O trecho do alvará que indica essa determinação é: “Sou servido abolir, e revogar toda e qualquer proibição, que haja respeito no Estado do Brasil, e nos meus domínios ultramarinos, e ordenar, que daqui em diante seja o país em que habitem, estabelecer todo o gênero de manufaturas.”

b) No alvará são citados alguns motivos para a liberação da manufatura, como os empregos que ela geraria, o valor dos gêneros e produtos da agricultura e das artes seria aumentado etc. D. João diz ainda que a liberação da manufatura no Brasil promoveria e adiantaria a riqueza nacional, e que daria subsistência aos vassalos que sem essa oportunidade de emprego se entregariam à ociosidade.

13. a) A - edifícios que apresentam influência da arquitetura portuguesa.

B - igreja.

C - membros da elite brasileira conversando.

D - pessoa de posses sendo carregada por escravos na liteira.

E - escravos carregando sacos de café.

F - escravos carregando pesados tonéis de madeira.



G - animais utilizados como meio de transporte.

b) Resposta pessoal. Para articular a atividade com a disciplina de Língua Portuguesa, oriente os alunos a escreverem um texto em forma de narrativa, de preferência em terceira pessoa, utilizando as informações obtidas na observação da imagem. Explique que eles podem contar uma pequena história que contemple as informações da fonte. Posteriormente peça que compartilhem suas histórias com os colegas. Essa litografia representa a vista da rua Direita, por volta de 1820. Ela foi feita por um autor desconhecido e, atualmente, se encontra na Biblioteca Municipal Mário de Andrade, em São Paulo. Nessa cena cotidiana, aparecem pessoas pertencentes a diversas camadas sociais como escravos, trabalhadores pobres e membros da elite. Essas pessoas podem ser identificadas na imagem pelo tipo de roupa que estão usando, pela postura e pelas ações que estão exercendo na cena. Além delas, o cenário retratado representa elementos da arquitetura colonial portuguesa.

14. a) O período representado no gráfico se refere aos anos de 1799 a 1870.

b) A população do Rio de Janeiro em 1799 era de cerca de 43 000 pessoas.

c) O número de habitantes do Rio de Janeiro na época do retorno de D. João VI a Portugal era de cerca de 86 000 pessoas.

d) O crescimento populacional no Rio de Janeiro entre os anos de 1799 e 1821 foi de 43 000, ou seja, o número de habitantes da cidade foi duplicado.

e) Os principais motivos que contribuíram para o crescimento populacional no Rio de Janeiro foram: novas oportunidades de trabalho com a elevação da cidade à capital do Reino, o que atraiu pessoas de várias regiões do Brasil e de Portugal e a vinda de muitos africanos escravizados para o Rio de Janeiro nessa época.

Discutindo a história

15. a) Até o fim do século XIX, os historiadores mencionavam até 30 000 pessoas que teriam vindo para o Brasil junto com a Corte portuguesa. Em revisões posteriores e em muitos livros didáticos, é comum contabilizarem-se até 15 000 pessoas. Outras pesquisas já chegaram a indicar 8 000, 4 000 e até mesmo 500 pessoas. O historiador Kenneth Light, em suas pesquisas, apontou um número diferente: 4 500 pessoas.

b) A dificuldade de estabelecer a quantidade
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capítulo 9 A consolidação da independência brasileira

Exercícios de compreensão

1. Mudanças: a sociedade brasileira se tornou mais diversificada e houve um incremento nas atividades comerciais. Permanências: manutenção do regime escravista e a maior parte da população permaneceu pobre.

2. O território era habitado por diferentes grupos sociais que, em cada região, possuíam características próprias. Por essa razão, era difícil encontrar elementos culturais, sociais e econômicos que pudessem representar a todos os brasileiros, o que dificultava a unificação da nação. Além disso, as elites regionais que exerciam o controle econômico e político nas províncias brasileiras assumiram uma tendência separatista, pois queriam aumentar seu poder e não concordavam em entregar ao governo central todo o imposto recolhido em suas regiões.

3. De acordo com a Constituição de 1824, até que o príncipe D. Pedro atingisse a maioridade, o império seria governado por regentes nomeados pelos deputados e senadores. Esse momento político brasileiro ficou conhecido como Período Regencial.

4. a) A situação social e econômica era decadente para muitos trabalhadores livres da Bahia: as terras cultivadas, voltadas principalmente para a produção de cana-de-açúcar para exportação, não produziam alimentos suficientes para suprir as necessidades da população. Assim, buscavam melhores condições de vida, abandonando o campo e partindo para as cidades, principalmente Salvador, a capital da província. Em Salvador, muitos escravos e ex-escravos de origem africana que trabalhavam nas ruas da cidade como vendedores ou prestadores de serviços habitavam moradias precárias que ficavam localizadas em bairros pobres da cidade.

b) Dezenas de malês foram mortos, muitos foram presos, outros enviados de volta à África e o restante obrigado a retornar ao cativeiro.

5. O africano escravizado recebia uma denominação, atribuída pelo traficante, de acordo com algumas características específicas, como o local onde ele foi capturado ou embarcado, ou ainda algum aspecto cultural, religioso ou étnico que o identificasse. Essa denominação inseria o escravo em um grupo social chamado “nação”, que não refletia necessariamente sua etnia de origem, mas que lhe servia como uma identidade no Brasil. São dois exemplos de nações africanas, os monjolos e os moçambiques. Os monjolos eram originários da região de Monsol, no atual Congo, e tinham o hábito de fazer escarificações em seus corpos, que tinham um sentido cultural importante para eles. Os moçambiques eram embarcados na costa de Moçambique e a influência deles pode ser percebida na utilização do coco em pratos da culinária afro-brasileira.

6. a) A cobrança de altos impostos e os preços elevados das mercadorias manufaturadas causavam muita insatisfação desde que o Brasil havia se tornado independente. Nesse contexto, o governo central nomeou, em 1833, Bernardo Lobo de Souza como governador do Pará. Bastante autoritário, defendia os interesses dos comerciantes portugueses e, por isso, sua nomeação aumentou o descontentamento entre os paraenses, servindo de estopim para a revolta.

b) Em maio de 1836, Belém foi retomada pelas tropas regenciais, mas os cabanos resistiram até 1840, lutando em meio a florestas e rios. Quando o governo lhes concedeu a anistia, grande parte dos rebeldes já havia morrido em combate contra as tropas do governo. Foram contabilizados cerca de 30 mil mortos, entre rebeldes e soldados do governo, cerca de 20% de toda a população do Pará. de pessoas que veio para o Brasil junto com a Corte ocorre porque não existe um dado seguro nem mesmo sobre o tamanho da frota. Fala-se de 30 a 56 embarcações. A divergência ocorre porque as fontes de consulta são precárias.

c) Para chegar ao número de 4 500 passageiros, Kenneth Light se baseou nos registros de navios militares ingleses que escoltaram a frota de Portugal. Os diários de bordo de cada embarcação estão preservados em arquivos na Inglaterra.
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Expandindo o conteúdo

7. a) O autor do texto é o revolucionário Giuseppe Garibaldi.

b) A mulher a quem o autor do texto faz referência é Anita Garibaldi. Ela era uma mulher incomum para sua época porque não era submissa aos homens e lutava pelos seus ideais.

c) Eles participaram da Revolução Farroupilha, que ocorreu na região Sul do Brasil. Essa revolução teve início no Rio Grande do Sul e avançou até Santa Catarina.

8. A - “Desenhei em seu lar uma senhora, mãe de família de parca fortuna; vemo-la sentada, como de costume com as pernas cruzadas, à maneira asiática.”

B - “O pequeno mico-leão, preso pela correntinha a um dos encostos do móvel, serve de inocente distração à sua dona.”

C - “A moça da casa, pouco adiantada na leitura, conquanto já bem grande, mantendo a mesma atitude de sua mãe, embora colocada num assento infinitamente mais incômodo, esforça-se para soletrar as primeiras letras do alfabeto, traçadas no pedaço de papel que ela segura na mão.”

D - “Pelo mesmo lado avança um jovem escravo negro trazendo o enorme copo d’água solicitado diversas vezes durante o dia para matar a sede constantemente provocada pelo abuso dos alimentos apimentados demais ou pelas compotas açucaradas.”



E - “A criada de quarto, negra, trabalha sentada no chão, aos pés da senhora; reconhecem-se o luxo e as prerrogativas dessa escrava pelo comprimento de seus cabelos”.

9. a) A análise da tabela e das porcentagens das exportações favorece uma relação com a Matemática. Auxilie os alunos a analisarem as discrepâncias entre as duas colunas. O produto mais exportado pelo Brasil entre 1821 e 1830 era o açúcar.

b) Os produtos que sofreram queda nas exportações durante o período Regencial foram o açúcar e o algodão.

c) No período Regencial, o café se tornou o produto mais exportado.

d) Entre os anos de 1821 e 1830, o café participava no total de exportações brasileiras com 18%. Entre os anos de 1831 e 1840, esse percentual subiu para 44%.

10. a) De acordo com a Constituição brasileira de 1824, os cidadãos brasileiros estavam divididos entre ativos e passivos. Isto quer dizer que não havia igualdade de direitos e deveres para todos os brasileiros. Os homens livres, maiores de 25 anos e com renda anual líquida de, no mínimo, 100 mil réis, eram considerados os cidadãos brasileiros ativos, os únicos com poder de voto e, portanto, responsáveis pela condução política do país. As mulheres ficavam na categoria dos cidadãos passivos, junto aos homens mais pobres.

b) Em 1824, não podiam participar ativamente da política do país as mulheres e os homens mais pobres, considerados cidadãos passivos. Também não participavam ativamente da política os estrangeiros não naturalizados que moravam no Brasil, os brasileiros que adquirissem outra nacionalidade e os escravos, que não eram considerados cidadãos.

c) A Constituição de 1988 é chamada de Carta Cidadã porque ela colocou o cidadão acima do Estado e por causa da sua expressiva participação popular no momento em que era feita.

d) Os objetivos para o país propostos pela Constituição de 1988 são: construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização, reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

e) Resposta pessoal. Oriente os alunos a pensarem sobre cada um dos objetivos propostos pela Constituição de 1988 e a avaliarem se eles estão sendo cumpridos tanto no dia a dia quanto no território nacional. Se julgar necessário, oriente-os a pesquisar notícias de jornais que abordem os objetivos que a Constituição procura alcançar. Promova entre os alunos o respeito às diferentes opiniões que possam surgir durante a realização dessa atividade.
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capítulo 10 O apogeu do Império do Brasil

Exercícios de compreensão

1. O Golpe da Maioridade foi um movimento realizado por um grupo de políticos brasileiros vinculados ao partido liberal para antecipar a nomeação de D. Pedro II como imperador do Brasil e centralizar o poder nas mãos de um só governante. Com esse golpe, ocorrido em junho de 1840, D. Pedro II assumiu o poder com apenas 14 anos de idade e governou o Império até 1889, ou seja, durante 49 anos.

2. Durante o governo de D. Pedro II, o Brasil se tornou o maior exportador de café do mundo, mas a sociedade continuou essencialmente agrária e escravista. A mão de obra escrava foi usada nas lavouras até o final do século XIX e continuou sendo a grande responsável pela geração de riquezas do Império. Com o aumento da produção, o governo e os fazendeiros puderam investir os lucros da venda do café na melhoria dos sistemas de transportes para escoamento e distribuição do produto. Nesse contexto, houve a expansão das ferrovias, o que favoreceu o crescimento e o surgimento de novas cidades e também o desenvolvimento da indústria e do comércio no Brasil.

3. Resposta pessoal. “1º – O voto livre e universal do povo brasileiro”: essa proposta visava estender a toda a população brasileira o direito à participação política; “2º – A plena e absoluta liberdade de comunicar os pensamentos por meio da imprensa”: essa proposta exigia que o governo brasileiro permitisse que qualquer pessoa pudesse compartilhar suas ideias com os demais, principalmente por meio de jornais e de periódicos; “3º – O trabalho como garantia de vida para o cidadão brasileiro”: essa proposta exigia que todos os brasileiros tivessem um trabalho garantido.

4. Resposta pessoal. O cultivo do café foi importante para a economia do Brasil porque, no século XIX, ele passou a ser o produto mais exportado pelos latifundiários do país. No início, os fazendeiros brasileiros resistiram em adotar o cultivo do café, mas o governo incentivava o seu plantio, já que o Brasil possuía clima e solos favoráveis para esse cultivo. O consumo do café aumentou no início do século XIX, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, e isso provocou um considerável aumento no preço do produto, o que foi muito vantajoso para os cafeicultores brasileiros.

5. Os africanos escravizados se revoltavam e resistiam ao controle dos feitores. Alguns deles fingiam ser obedientes, mas na prática faziam o serviço lentamente, quebravam ferramentas e interrompiam o trabalho quando o feitor se distanciava. Porém, os escravos também resistiam ao cativeiro organizando revoltas violentas e principalmente fugas, que podiam ser individuais ou coletivas.

6. Além do café, outros importantes produtos eram cultivados no Brasil no século XIX, entre eles a erva-mate, cultivada nas províncias do Sul do Brasil; e o algodão e o tabaco, cultivados principalmente nas províncias de Pernambuco, Maranhão, Alagoas e Paraíba.

7. Antes da Guerra do Paraguai, o Exército Imperial Brasileiro era pouco organizado. Era formado, principalmente, por ex-escravos, migrantes, órfãos e desempregados. Além disso, a remuneração era baixa e os soldados não tinham prestígio na sociedade. A partir de 1868, quando o marquês Luís Alves de Lima e Silva, o futuro Duque de Caxias, assumiu o comando dos aliados, ele promoveu algumas reformas que melhoraram a organização do Exército.

Expandindo o conteúdo

8. a) Na fonte A, os personagens representados são civis entrando na capital do Brasil, conduzidos por cavaleiros, enquanto outros dois personagens observam a cena de uma janela. Eles estão andando em fila indiana. Alguns deles estão vestidos com uma capa, enquanto outros estão com roupas simples; há também uma mulher com uma criança de colo à frente deles. Eles estão sendo levados para se alistarem no Exército. Alguns deles estão acorrentados porque estão sendo recrutados à força.

b) Na fonte B, os personagens representados no primeiro quadrinho são dois homens de posses, vestidos com roupas elegantes e de cartola. Eles estão conversando e bebendo, sentados à mesa. Um deles diz que não vai para a Guerra do Paraguai porque ele tem uma carta de recomendação que o isenta desse serviço. No segundo quadrinho, estão representados dois guardas (com uniformes da Guarda Nacional) segurando e agredindo um homem que parece ser pobre, pois está vestindo roupas simples. A partir da análise
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dessa fonte, é possível concluir que o recrutamento de soldados para a guerra era feito à força, além disso, não eram recrutados aqueles que tinham um “padrinho” (isto é, uma pessoa poderosa e influente) para recomendar ao Exército que não o recrutasse.



c) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos atentem para o fato de que a expressão “Voluntários da Pátria” é inadequada para se referir a todos os recrutas que formaram o Exército Brasileiro que lutou na Guerra do Paraguai, porque grande parte deles não era voluntária, isto é, eles não estavam lá por vontade própria, mas porque foram recrutados à força.

9. a) De acordo com Baquaqua, as pessoas escravizadas viajavam nuas e apinhadas. Por causa do confinamento, não podiam ficar em pé nem dormir, e se desesperavam com o sofrimento e a fadiga. Muitos não suportaram e morreram durante a viagem.

b) Baquaqua sugere que as pessoas favoráveis à escravidão coloquem-se no lugar dos escravos arremessados e transportados nos porões dos navios negreiros. Segundo ele, apenas essa experiência, sem contar todos os outros horrores da vida de uma pessoa escravizada, seria suficiente para torná-las abolicionistas. Resposta pessoal. Incentive os alunos a colocarem-se no lugar dos escravizados e a pensar nos motivos que os escravocratas poderiam ter para serem favoráveis à escravidão.

Discutindo a história

10. a) A historiografia tradicional brasileira interpreta a Guerra do Paraguai como um conflito resultante da megalomania e dos planos expansionistas do ditador paraguaio Solano López. Membros das Forças Armadas — especialmente do Exército — encaram os episódios da guerra como exemplos da capacidade militar brasileira, exaltando os feitos históricos de Tamandaré, de Osório e, em especial, de Caxias. Nas escolas brasileiras, pelo menos até alguns anos atrás, esses heróis eram admirados, enquanto a figura sisuda do barbudo Solano era vista com desdém.

b) De acordo com os historiadores da esquerda latino-americana das décadas de 1960 e 1970, o papel da Inglaterra na Guerra do Paraguai foi o de fomentadora do conflito. O Paraguai era um país de pequenos proprietários que optara pelo desenvolvimento autônomo, livrando-se da dependência de nações imperialistas como a Inglaterra. Brasil e Argentina definiam-se como nações dependentes, baseadas no comércio externo e no ingresso de recursos e tecnologia estrangeiros. Esses dois países teriam sido manipulados pela Inglaterra para destruir uma pequena nação cujo caminho não lhe convinha. Além disso, os ingleses estariam interessados em controlar o comércio do algodão paraguaio, matéria-prima fundamental para a indústria têxtil inglesa. Segundo o raciocínio desses historiadores, os problemas da América Latina resultavam basicamente da exploração imperialista. A Guerra do Paraguai seria um exemplo a mais de como a América Latina, ao longo do tempo, tinha apenas trocado de dono, passando de mãos inglesas para estadunidenses.

c) Para defender a interpretação de historiadores como Francisco Doratioto e Ricardo Salles, o autor do texto argumenta que a versão deles é menos ideológica, mais coerente e bem apoiada em documentos. Ela concentra sua atenção nas relações entre os países envolvidos no conflito, em vez de buscar explicações reducionistas, como vinha sendo feito até então. Tem a vantagem de procurar entender cada um desses países a partir de sua fisionomia própria, sem negar a grande influência do capitalismo inglês na região. Chama a atenção, assim, para o processo de formação dos Estados nacionais da América Latina e da luta entre eles para assumir uma posição dominante no continente. Dessa forma, a Guerra do Paraguai seria uma luta entre Nações que estavam se afirmando no plano internacional e que buscavam dominar uma região de importância estratégica: a bacia do rio do Prata.

capítulo 11

O fim da Monarquia e a proclamação da República

Exercícios de compreensão

1. Os motivos da crise do Império brasileiro foram: o descontentamento dos militares com a política do Império; a diversificação da sociedade, que propiciou mudanças de mentalidade, facilitando o avanço de ideias contestatórias como o republicanismo; a manutenção do es

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cravismo, isolando o Brasil no contexto internacional.



2. a) O contexto econômico dos países europeus era de acelerado processo de industrialização, nas cidades, e de modernização da agricultura. Como consequência, no plano social ocorreu grande migração de trabalhadores para as cidades, onde não havia trabalho para todos. Além disso, a população europeia estava em franco crescimento.

b) O Brasil apresentava um contexto favorável à vinda de imigrantes europeus, principalmente pela política de substituição da mão de obra escrava.

c) A Sociedade Promotora da Imigração, órgão criado pelos cafeicultores, mantinha agentes na Europa com o objetivo de recrutar imigrantes. Esses agentes geralmente exageravam ao descrever as oportunidades de trabalho no Brasil.

d) No sistema de colonato, as passagens dos imigrantes eram financiadas pelo governo brasileiro, isentando os fazendeiros de gastarem seu capital com a vinda desses trabalhadores para o Brasil. Nesse sistema, o imigrante recebia um salário anual, além de uma parte da produção agrícola.

3. A Lei de Terras determinou que, a partir daquele momento, a terra deixaria de ser doada e passaria a ser vendida pelo Estado. A Lei tinha por objetivo demarcar as propriedades, separando as terras públicas das privadas, além de transformar a terra em mercadoria negociável. Essa lei acabou dificultando o acesso à terra para as camadas pobres da população.

4. As primeiras indústrias criadas no Brasil eram empresas artesanais. Produziam velas, fios de algodão, roupas, fósforos, chapéus, ferragens, móveis, sabão, entre outros produtos.

5. Os capitais acumulados pelos cafeicultores financiaram outras atividades, como a construção de ferrovias e a criação de fábricas e bancos. Os cafeicultores também investiram em melhoramentos urbanos, como a iluminação pública e o calçamento das ruas.

6. a) O Movimento Abolicionista envolveu vários setores da sociedade brasileira que questionavam a prática da escravidão. As pessoas que participavam desse movimento consideravam o escravismo um empecilho ao pleno desenvolvimento da sociedade brasileira, além de contrariar o direito de liberdade e igualdade de todos perante a lei.

b) As leis abolicionistas foram aprovadas no Brasil com o objetivo de diminuir gradativamente a utilização da mão de obra escrava.

c) A Lei Áurea pôs fim à escravidão no Brasil. Foi aprovada pelos deputados brasileiros e assinada pela princesa Isabel.

d) A participação popular no movimento abolicionista se deu por meio de mobilizações, como comícios e passeatas de protesto contra a escravidão. Essas mobilizações tiveram grande importância, pois foram capazes de agregar um grande número de brasileiros em torno do ideal abolicionista, pressionando os governantes.

e) As redes de solidariedade foram o meio encontrado pelos ex-escravos para sobreviver e resgatar sua dignidade. Nessas redes, eles se ajudavam mutuamente, arrecadando dinheiro para comprar vestimentas e alimentos, além de trabalharem juntos na construção de suas moradias.

7. O Movimento Republicano diz respeito às mobilizações de diferentes grupos sociais para a mudança do regime político do Brasil. Esses grupos, ou setores, se manifestavam em jornais, como A República, órgão de divulgação do Partido Republicano, fundado no Rio de Janeiro em 1870. Os militares republicanos também se mobilizaram, fundando o Clube dos Militares, que tinha o objetivo de reunir os adversários do regime imperial.

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8. a) Foram os profissionais liberais, negociantes, artesãos, funcionários públicos, além de fazendeiros e suas famílias que, graças à facilidade dos transportes, puderam residir longe de suas propriedades, em belos e confortáveis palacetes.

b) Com o crescimento da produção do café, houve um período de crescimento econômico, que aumentou a circulação de capital. Com isso, o comércio se fortaleceu e as atividades industriais começaram a aparecer. Alguns centros urbanos se desenvolveram e cresceram. Os centros dessas cidades passaram a concentrar as funções administrativas, comerciais e culturais.

9. a) São Paulo, Santos e Jundiaí.

b) Os alunos podem citar Jaú, Agudos, Avaré, Bebedouro, Porto Feliz etc.

c) Resposta pessoal. Espera-se que o aluno seja capaz de relacionar as informações fornecidas ao longo do capítulo e escrever um texto sobre a importância da construção de ferrovias e a expansão econômica.

d) Os fazendeiros passaram a aplicar seus capitais na modernização do beneficiamento do
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café e em outras atividades, como fábricas, bancos e companhias de seguro. Muitas cidades foram fundadas e outras, mais antigas, ganharam novo vigor com a chegada das linhas férreas. Foram construídos hotéis e instalados postes de iluminação, as ruas foram calçadas e outras melhorias urbanas foram implantadas. Essas melhorias frequentemente eram financiadas pelos “barões do café”, que passaram a habitar mansões construídas nas cidades, de onde podiam administrar seus negócios.



e) A expansão férrea influenciou no cotidiano das pessoas tornando o ato de viajar, antes difícil, em algo generalizado, proporcionando não apenas a circulação de pessoas e mercadorias como também das ideias, valores e comportamento. Além disso, a noção de tempo também sofreu profunda mudança, pois as pessoas precisavam se orientar por meio dos relógios das estações para não perder o trem, impondo a todos a noção de pontualidade.

10. a) Sobre a proclamação da República no Brasil, ocorrida em 1889. Aproveite essa discussão para estabelecer uma relação com a Literatura. Questione os alunos se eles conhecem o autor citado e suas principais características. Se julgar interessante, proponha uma visita à biblioteca da escola para eles pesquisarem obras de Machado de Assis.

b) Paulo era a favor da proclamação da República: “Podia ter sido mais turbulento. Conspiração houve, decerto, mas uma barricada não faria mal. Seja como for, venceu-se a campanha. O que é preciso é não deixar esfriar o ferro, batê-lo sempre, e renová-lo. Deodoro é uma bela figura. Dizem que a entrada do marechal no quartel, e a saída, puxando os batalhões, foram esplêndidas. Talvez fáceis demais; é que o regime estava podre e caiu por si...”

capítulo 12 A África no século XIX

Exercícios de compreensão

1. Bosquímanos, pigmeus, mursi, beduínos.

2. O líder de uma das tribos ngunis, chamado Shaka, destacou-se como guerreiro na região do Sul do continente africano e tomou o poder em 1818, fundando o Império Zulu.

3. a) As cubatas eram as cabanas que compunham o kraal. Dispostas em semicírculo, eram feitas com uma armação de varas preenchida com argila e cobertas com palha.

b) O curral servia para guardar o gado durante a noite. No curral também eram realizadas reuniões do grupo, enterros dos chefes e cerimônias de casamento.

c) O gado bovino era muito importante para os zulus, pois, além de fornecer carne, leite e couro, era usado como moeda de troca. O gado era símbolo de status para o chefe do kraal.

d) Entre os elementos construídos para ajudar na defesa estavam as paliçadas, que protegiam e demarcavam o território do kraal e do curral e as torres vigias, que eram distribuídas ao longo da paliçada externa. Além disso, o kraal geralmente ficava localizado em lugares altos, onde se podia avistar o inimigo de longe em caso de ataques.

e) A cubata maior era habitada pelo chefe do kraal.

f) No kraal, as mulheres cuidavam da plantação e da educação das crianças, além de confeccionar produtos artesanais. Os homens cuidavam do gado e da defesa do kraal, além de atuarem como guerreiros em épocas de conflito e também confeccionar produtos artesanais.

4. Resposta pessoal. O conceito de imperialismo precisa ser compreendido em sua historicidade, pois, ao longo da história, houve várias formas de um povo exercer a autoridade e a dominação sobre outro. O imperialismo exercido na Roma Antiga, por exemplo, era aquele que buscava, sobretudo, a expansão territorial para a criação de províncias tributáveis. Já o imperialismo inaugurado na época das Grandes Navegações, no século XV, tinha como objetivo formar colônias para a exploração mercantilista. O imperialismo do século XIX, por sua vez, procurou abrir novos mercados consumidores e garantir o acesso às matérias-primas necessárias para a indústria europeia e, posteriormente, estadunidense e japonesa.

5. Yaa Asantewa foi uma rainha-mãe ashanti que instigou seus guerreiros à resistência quando seu território foi invadido por ingleses. Depois de vários meses de violentos combates, a resistência ashanti foi vencida e a rainha capturada. A coragem de Yaa, porém, é lembrada até os dias de hoje como um exemplo do orgulho da mulher negra.
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6. A Conferência de Berlim ocorreu entre os anos de 1884 e 1885, na Alemanha. Teve como principal objetivo garantir a liberdade de comércio e navegação dos europeus pelos rios Níger e Congo, e estabelecer regras e critérios quanto à anexação dos territórios africanos. Participaram da Conferência de Berlim 13 países europeus, além dos Estados Unidos e do Império Otomano.

7. Resposta pessoal. As grandes potências imperialistas do século XIX se lançaram em busca de novos territórios também na Ásia e na Oceania. A Oceania é uma região estratégica, que serve de ligação entre a América e a Ásia. As potências imperialistas ocuparam diversas ilhas da região. A Inglaterra, por exemplo, ocupou a Austrália e a Nova Zelândia. Na Ásia, o arquipélago das Filipinas, depois das guerras de independência contra a Espanha, acabou sendo dominado pelos Estados Unidos. Indochina foi o nome dado pelos franceses à península banhada pelo Mar da China, no sudeste asiático, onde se estabeleceram e impuseram sua dominação. Na Índia, havia possessões portuguesas e francesas, mas eram os britânicos, por meio da Companhia Britânica das Índias Orientais, que mais se destacavam no domínio da região. No Império Chinês, a Inglaterra fazia pressões para que o comércio entre eles fosse incrementado. As pressões culminaram nas guerras do ópio, das quais a China saiu derrotada e obrigada a abrir seu comércio para as potências imperialistas.

8. Os africanos resistiram de várias formas à invasão estrangeira em seu território. Na Etiópia, por exemplo, Menelik II lutou contra dominação europeia. Com um exército de 70 mil homens, venceu os italianos que tentavam anexar a Etiópia em 1886. Houve, também, resistências religiosas, sabotagens de equipamentos introduzidos pelos europeus, destruição dos meios de transporte, plantações e armazéns.

Expandindo o conteúdo

9. a) As pessoas, na Europa, tomavam conhecimento de informações sobre o continente africano por meio das várias narrativas de viajantes europeus.

b) Por muitos anos, os europeus não conseguiram explorar o delta do rio Níger por causa das muitas mortes provocadas pela malária que infestava os pântanos dessa região. Porém, a partir da década de 1850, o quinino passou a ser usado como uma proteção eficaz contra as febres, o que permitiu aos europeus explorarem a região.

c) Os rios eram importantes para as expedições de exploração do interior da África porque eram caminhos mais fáceis para a penetração do continente. Eles podiam ser usados como vias para transportar as matérias-primas e os produtos industrializados que eram vendidos às populações locais.

d) A expedição que percorreu o rio Congo entre 1874 e 1877, comandada pelo inglês Henry Stanley, vinha fortemente armada, em uma amostra às populações nativas de que essas estavam prestes a perder o controle sobre seus territórios e suas antigas rotas de comércio. A expedição alcançou um dos principais afluentes do rio Congo, o rio Lualaba, tendo partido de Zanzibar.

10. a) A - curral.

B - gado bovino.

C - mulheres cuidando de um bebê.

D - cubatas.

E - chefe do kraal.

F - homem produzindo artesanato.



b) Resposta pessoal. Os alunos devem indicar no texto elementos presentes na imagem apresentada nessa questão e, também, elementos que aparecem na ilustração das páginas 286 e 287.

11. a) Dentre as razões pelas quais os europeus não se empenharam em explorar o interior do continente africano antes do final do século XIX, estão: o lucro gerado pelo comércio costeiro, que talvez fosse suficientemente vantajoso; os sistemas de troca que já existiam na África, rotas de abastecimento, regras de negociação já estabelecidas e eficazes, às quais era mais fácil se integrar do que tentar impor algo diferente; a dificuldade proporcionada pelas sociedades locais, que não favoreciam em nada a penetração do território pelo estrangeiro branco, defendendo seus espaços com perícia diplomática e empenho guerreiro e mantendo os europeus dentro dos limites que estabeleciam; as doenças às quais os brancos eram extremamente vulneráveis, como malária, febre amarela, varíola, doenças intestinais, cólera e doença do sono.

b) A colonização da África pelas potências europeias só teve início quando a América se tornou independente, quando o antigo sistema colonial ruiu e deu lugar a outras formas de enriquecimento. Nesse momento, as potências europeias se industrializavam e ampliavam seus mercados consumidores, dando origem a um novo tipo de colonialismo que foi implantado na África a partir do final do século XIX.
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Sugestões de leitura

ABREU, Martha; SOIHET, Rachel (Orgs.). Ensino de história: conceitos, temáticas e metodologia. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.

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SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar História. 2. ed. São Paulo: Scipione, 2009. (Pensamento e ação no magistério).

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