A ameaça pagã Velhas heresias para uma nova era



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ESPIRITUALIDADE GNÓSTICA
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Então se segue uma repetição de palavras bizarras: “Basyma
cacabasa eanaa irramista diarbada caëota bafabor camelanthi (...).
Messia ufar magno in seenchaldia mosomeda eaacha faronepseha
Iesu Nazarene”.
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u Redenção: Estágios/ascensão por meio da Meditação
Os mantras são elementos importantes da meditação mística
individual. Gnose era também uma questão intencional pessoal . O
desafio da espiritualidade é imenso. Os gnósticos viam a si mesmos
aprisionados em um corpo físico e então rodeados por ao menos
sete
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 círculos concêntricos que se alargavam para fora em direção
ao cosmos diante deles, cada um representando vários níveis de
autoridade ilegítima das potestades e poderes instituídos pelo
grande Arconte/Governador, o Deus da Criação. De acordo com a
teoria, a alma está acompanhada por seres de luz, e vai atravessando
os sete domínios horríveis onde cristãos, monges, mandeans
apóstatas e outros desvalorizados ficam, até alcançar o mundo da
luz.
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 “Ao partir deste mundo”, reconta Epifânio, “a alma faz sua
trajetória por meio desses arcontes, mas ninguém pode atravessá-
los a não ser que seja perfeito neste conhecimento.”
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 O conhe-
cimento serve como uma senha, na passagem de cada círculo, ou
éon. Irineu descreve a jornada da alma: “quando elas vão até os
Poderes, elas devem falar assim: ‘eu sou filho do Pai, do Pai que é
preexistente. Eu sou filho do Preexistente. Eu vim para ver todas as
coisas que pertencem a mim e aos outros’”.
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 Cada alma tem seu
próprio “ajudador” ou “relativo” espiritual que confirma a
ascendência, que é uma vestimenta de luz.
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 Obviamente, os espíritos
guias não são uma invenção da Espiritualidade da Nova Era.
O Processo: Experimentando a União Monísitica Agora
Perguntamos novamente, esta última jornada através das
estrelas é a única jornada da alma? Certamente a reencarnação está
presente nos textos gnósticos, de maneira que almas imperfeitas a
fazem repetidas vezes.
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 No entanto, à luz da espiritualidade
contemporânea da Nova Era, que oferece ampla documentação a
respeito da experiência mística terrena, pareceria que a alma
gnóstica, já nesta vida, por meio da meditação, fez a “viagem”, mesmo
que imperfeitamente. Na meditação hindu e na da Nova Era, o leitor


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A Ameaça Pagã
lembrará, que isso também procede do número sete – sete pontos
chakra no corpo, por onde o espírito/alma sobe e sai regularmente
das limitações da existência física para um oitavo domínio de
libertação espiritual.
No texto Nag Hammadi Zostrianos, um documento
profundamente influenciado pelo misticismo mágico oriental do
Zoroastrismo,
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 o mestre, Zostrianos, “apresenta uma série de
revelações feitas por seres exaltados a respeito da natureza da
esfera celestial”.
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 Zostrianos avança de um estágio para o próximo
por meio dos batismos iniciatórios, progredindo em visão espiritual
através de sete estágios e então entra no oitavo e finalmente no
nono do conhecimento perfeito. Ele relata a sua experiência da
ascendência da alma, mas no tempo passado. Muitas afirmações
fascinantes têm um toque moderno da Nova Era. “Ele (o poder de
um espírito santo superior a Deus o Criador) veio somente sobre
mim ... eu vi a criança perfeita [um superego?].” Cada um dos sete
batismos nos coloca no “caminho do Autocriado”. Próximo do final
do processo, Zostrianos afirma, em termos similares às afirmações
daqueles que penetraram com sucesso no mundo do espírito por
meio da meditação: “Eu fiquei acima de meu espírito, orando
fervorosamente para as grandes Luzes”. Ele finalmente chega na
“simplicidade do Espírito invisível dentro da nona unidade”. No
fim dessa jornada, Zostrianos declara: “Eu vi como tudo isto (o
Éon Oculto, Barbelo/Sofia) e o Espírito Desconhecido habitam em
alguém”.
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 Em uma palavra, a experiência mística não é nada mais
do que a divinização: “Eu me tornei divino”.
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Para reproduzir o processo, os mestres conduzem os discípulos
em um canto/oração de vogais e palavras sem sentido: Zoxathazo
a oo ee ooo eee oooo ee ooooooooo ooooo uuuuu ooooooooo ooo
Zozazoth.
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 Depois disso, segue-se um estado de êxtase e uma visão
do divino mediada pelo mestre. “O Discurso se encerra quando o
mestre instrui o aluno a escrever a sua experiência em um livro (...)
para guiar outros que irão “passar pelos estágios, e entrar no caminho
da imortalidade (...) no entendimento do oitavo que revela o nono.”
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Um uso semelhante de técnicas místicas, mantras e selos é
encontrado no Segundo Livro de Jeú, um texto gnóstico não encontrado
em Nag Hammadi. O adepto é iniciado em um “batismo pelo fogo”
ao dizer a seguinte oração: “Que Zorokothora Melquisedeque venha
secretamente e traga a água do batismo do fogo da virgem da luz, a
juíza. Sim, ouça-me, meu pai, quando eu invoco seus nomes


ESPIRITUALIDADE GNÓSTICA
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imperecíveis”. Então, segue-se uma lista de nomes místicos
indecifráveis para Deus: “Azarakaza A... Amathkratitath, Yo Yo Yo
Amem Amem Yaoth Yaoth Yaoth Yaoath Phaoph Phaoph Phaoph
etc”.
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 Esses nomes esotéricos, e há muitos mais, parecem representar
um desligamento da fala racional, e assim ajudam no processo de
elevação por meio da meditação. Esse método de espiritualidade
não é cristão. De fato, é especificamente repudiado por Jesus em
seu ensino sobre a oração.
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Essa jornada da alma através dos céus, semelhante àquela de
Paulo dos textos gnósticos chega ao sétimo céu e além,
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 e se torna a
base para a exortação a todos os crentes gnósticos para que sigam o
mesmo caminho.
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 “Libertem-se e o que os estiver prendendo será
dissolvido”. Parece muito provável que a jornada da alma na morte
seja portanto a experiência final da alma em vida, que viu por meio
das iniciações e meditações o a fuga das limitações da carne, mesmo
que somente por períodos limitados.
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Essa Espiritualidade mística da fuga presente, temporal e
final do corpo é a antítese da espiritualidade cristã. Como Phillip
Lee observa corretamente sobre o discipulado cristão: “Absolu-
tamente nenhuma fuga deste mundo tangível das percepções
sensoriais é permitido. A salvação do mundo por qualquer outro
caminho diferente daquele por meio do mundo será chamada
de fraude”.
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Magia Mística
Se essa espiritualidade não é cristã, quais são suas origens?
Nós temos notado que os gnósticos “cristãos” freqüentavam ceri-
mônias dos cultos de mistério pagãos, adotando e/ou espiri-
tualizando as perversões sexuais dos cultos da Deusa.
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 Hipólito
diz que:
Todo o sistema de sua doutrina [dos gnósticos setianos] (...) é
[derivado] dos teólogos antigos [greco-pagãos] Musaeus, Linus
e Orfeu, que explicaram especialmente as cerimônias da iniciação,
assim como os próprios mistérios. Pois a doutrina deles a respeito
do útero é também a máxima de Orfeu; e a [idéia] do umbigo
(...) é [para ser percebida como tendo] o mesmo simbolismo
associado nas orgias bacanais de Orfeu.
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