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O caso de Elisabeth Von R: contribuições para a clínica da histeria

Daviane R. Ribeiro & Mariah N. Guerra

O presente trabalho, fruto da disciplina Técnicas psicoterápicas III, ministrada no 7° período do curso de Psicologia da UFG, analisa o caso da Srtª Elisabeth von R., de Sigmund Freud (1893) com intuito de verificar, nos momentos iniciais da psicanálise, os elementos teóricos próprios da atuação do psicanalista que podem ser notados neste caso, mesmo que de forma pouco explícita, e que vão dar base para o desenvolvimento posterior (e contínuo) da clínica psicanalítica. A obra freudiana se constitui enquanto um construto teórico que partindo da prática clínica possibilitou a compreensão do seu objeto principal que é o inconsciente. Contudo, até a definição clara de tal objeto vários percursos foram traçados por Freud resultando em conhecimentos que contribuíram para a teoria e para psicologia como um todo. O cuidado com a singularidade e a busca pela verdade por meio da escuta do sujeito via clínica psicanalítica permitiram a Freud compreender o sujeito por uma perspectiva diferente daquela oferecida pelas ciências médicas. A psicanálise tem por pretensão escutar o que o sujeito do sintoma tem a dizer. A percepção de que as histéricas tinham algo a dizer que não poderia ser escutado apenas pela análise superficial do sintoma é definitiva para o desenvolvimento da psicanálise e para um novo modelo de escuta clínica. Nesse momento inicial ? ao qual nos limitamos ? a psicanálise está sendo construída como um todo e só depois é que ela será efetivada enquanto um corpo teórico, clínico e ético.

PALAVRAS-CHAVE: Psicanálise; Elisabeth Von R.; Histeria.

CONSUMO DE ÁLCOOL ENTRE ADOLESCENTES: UM ESTUDO COM BASE EM DADOS DE UM JUIZADO DA INFÂNCIA

Mariana da Costa Amorim & Timoteo Madaleno Vieira

Esta pesquisa foi realizada com o objetivo de identificar as situações de risco vivenciadas por adolescentes consumidores de álcool, bem como verificar se há facilidade de acesso de bebidas alcoólicas para adolescentes. Foram analisados relatórios das atividades de trabalho dos Agentes de Proteção da Infância e Juventude, identificando-se também as dificuldades encontradas por estes na aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente. Os resultados confirmaram a facilidade de acesso a bebidas alcoólicas e mostraram 16 situações de risco vivenciadas pelos adolescentes. A análise revelou, também, os locais preferidos por esses adolescentes. Identificou-se que nos locais onde é permitida a entrada de menores há maior número de ocorrências do que em locais isso não é permitido. Constatou-se que os fatores ?aquisição? e ?entrada e permanência? estão relacionados com as causas que favorecem o alcoolismo de jovens. Evienciou-se a tendência de descumprimento do ECA por parte dos estabelecimentos investigados.

PALAVRAS-CHAVE: Adolescência: Alcoolismo; Estatuto da Criança e do Adolescente.

Os desafios da clínica psicanalítica em instituições: um estudo de caso

Márcia Marques Lopes de Oliveira Pires

A partir do atendimento realizado em uma instituição pública a um adolescente de 13 anos de idade, com deficiência visual, cognitiva e motora, procurou-se apresentar os desafios e impasses aos quais está submetido o analista e consequentemente o paciente. Verifica-se a incompatibilidade do discurso institucional com foco na quantidade de pessoas e no processo de reabilitação e/ou de aquisição de novas habilidades com o olhar do psicanalista, cuja escuta pretende reconhecer o lugar do sujeito como escultor de sua história singular, permitindo que se construa um percurso subjetivo sustentado pela transferência. Apesar dos impasses faz-se necessário que o analista esteja afinado com seu objeto, sabendo posicionar-se diante da demanda instituicional de forma a fundar em um espaço que através da escuta psicanalítica privilegie o sujeito.

PALAVRAS-CHAVE: Psicanálise; Instituição; Desafios da clínica.

A intimidade na Clinica Infantil

Raquel Moreira Rodrigues da Costa

Episódios íntimos envolvem vulnerabilidade interpessoal, o que significa que a pessoa abre-se à possibilidade de crítica ou rejeição. O ambiente terapêutico facilita episódios íntimos que podem culminar numa relação potencialmente curativa, que pode promover transformações importantes no repertório do cliente. Contribui, ainda, para a compreensão de mudanças terapêuticas que podem ocorrer num tratamento psicológico estritamente verbal.

PALAVRAS-CHAVE: Terapia Comportamental; Análise Clínica do Comportamento Relação terapeuta-cliente.

ANALISE FUNCIONAL COMO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO NA CLINICA COMPORTAMENTAL

Welington Paulino Rosario & Nicolau Chaud de Castro Quinta

A historia da analise funcional como hoje a conhecemos começou quando Skinner (1935) propôs a contingência tríplice como idéia norteadora no entendimento que estão sobre o controle de suas consequências. Essencialmente, a análise funcional procura entender as interações entre os comportamentos estudados e as variáveis que a determinam, através de três perguntas: O que acontece? Em quais circunstancias? Com quais consequências? Estas perguntas são feitas na intenção de identificar variáveis que controlam o comportamento segundo o paradigma behaviorista. Embora pareça um trabalho fácil, responder estas perguntas não é tão simples, ou seja entender melhor o significado da contingência dos três termos como instrumento de investigação. Para uma aplicação satisfatória da análise funcional na clinica comportamental é preciso compreender tamanha importância do domínio da técnica, desde sua formulação a aplicação das possíveis intervenções. A análise funcional é a ferramenta pela qual o clinico analítico-comportamental interpreta a dinâmica de funcionamento do cliente que levou a procurar por terapia e que determina a intervenção apropriada para modificar as relações comportamentais envolvidas na queixa?. Assim este trabalho tem como objetivo a aplicação da analise funcional na clinica comportamental com intuito de avaliar sua utilidade de interpretação e avaliação dos fenômenos naturais em um estudo de caso específico realizado no Núcleo de Estagio e Pesquisa em Psicologia (NEPP) da Faculdade Alves Faria.

PALAVRAS-CHAVE: Analise funcional; Clinica comportamental; Comportamento.