História 8º ano



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. Acesso em: 31 out. 2014.

Figura 7

Chegada de D. João à Igreja do Rosário, pintura de Armando Martins Viana, 1937.

Armando Martins Viana. 1937. Óleo sobre tela. Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro (RJ). Foto: Gilson Ribeiro

Veja as respostas das questões nas Orientações para o professor.

Explorando a imagem

a) Procure identificar D. João na pintura. Como ele foi representado?

b) Além de D. João e da família real, que pessoas estão na cerimônia representada na pintura?
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O Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves

Após o término das guerras napoleônicas, em 1815, os ingleses pressionaram para que D. João retornasse a Portugal. Vários fatores, no entanto, dificultaram o retorno do rei. A família real e os principais órgãos administrativos portugueses já estavam estabelecidos no Brasil. Além disso, muitos portugueses que vieram ao Brasil em 1808 tinham aberto negócios aqui e não queriam retornar a Portugal.

Nesse contexto, em 16 de dezembro de 1815, D. João elevou o Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves.

Essa medida desagradou profundamente as pessoas que viviam em Portugal, pois elas acreditavam que, com a elevação do Brasil a Reino Unido, Portugal corria o risco de ser reduzido à condição de colônia. Por outro lado, a medida de D. João favoreceu as elites brasileiras, que não desejavam perder os benefícios adquiridos desde 1808.



Figura 8

Brasão do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

Acervo da editora

Enquanto isso... na Áustria

Enquanto o Brasil era elevado à condição de Reino Unido, foi realizado, na Áustria, o Congresso de Viena, de 1814 a 1815. Nesse Congresso, os representantes dos mais poderosos Estados europeus reuniram-se para redefinir as fronteiras das nações europeias e reaver os territórios perdidos para a França durante as guerras napoleônicas. Além disso, essas potências buscavam unir suas forças para tentar restabelecer o Absolutismo monárquico e evitar a disseminação dos ideais republicanos pela Europa.

Segundo os princípios do Congresso, a dinastia dos Bragança não poderia governar Portugal a partir do Brasil, ou seja, de uma colônia. Para contornar essa situação, o príncipe regente D. João igualou o Brasil a Portugal na condição de Reino. Com a elevação do Brasil à posição de Reino Unido a Portugal e Algarves, D. João criou no continente americano uma Monarquia nos moldes europeus. Com isso, ele seguia a orientação do Congresso de Viena de buscar manter o Absolutismo monárquico no Brasil.

Figura 9

Participantes do Congresso de Viena. Gravura de artista desconhecido, século XIX.

Séc. XIX. Gravura em metal. Coleção particular. Foto: Photo Austrian Archives/PSA/Glow Images
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A Revolução Pernambucana de 1817

Com a vinda da família real para o Brasil, a cidade do Rio de Janeiro ganhou ainda mais importância no cenário político e econômico nacional. A elite agrária pernambucana, descontente com a falta de representatividade no governo central, promoveu um movimento revolucionário que passou a difundir ideias republicanas.

Durante a revolta, conhecida como Revolução Pernambucana, os revolucionários tomaram o poder e implantaram uma República na província. O regime republicano durou apenas dois meses, pois o governo português enviou tropas que sufocaram a revolta e prenderam seus líderes, entre eles, Frei Caneca.

Frei Caneca

Por sua participação na organização da Revolução Pernambucana, Frei Caneca foi preso em 1817, cumprindo pena até o ano de 1821.

Depois que foi solto, ele fundou o jornal O Typhis Pernambucano, no qual publicou diversos artigos criticando as decisões políticas do imperador.

Observe a tela abaixo, que representa alguns episódios da participação de Frei Caneca na Revolução Pernambucana.



Figura 10

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Frei Caneca: Revolução de 1817, de Cícero Dias, 1981.

Cícero Dias. 1981. Óleo sobre tela. 600 x 450 cm. Casa de Cultura de Pernambuco, Recife (PE). Foto: Comitê Cícero Dias



1 Uma cena de luta armada na cidade de Recife durante a Revolução de 1817, na qual parte da população pernambucana combatia as forças portuguesas.

2 Representação de Frei Caneca vestindo traje carmelita, ordem religiosa à qual pertencia. Nessa cena, o artista representou Frei Caneca como um personagem glorioso e influente entre o povo de Recife.

3 Aqui Frei Caneca foi representado incitando a população de Recife a se rebelar contra o domínio português.

4 Batalha do engenho Utinga, que teve a participação de Frei Caneca. Essa batalha foi um dos episódios que marcaram a Revolução de 1817, que terminou com a derrota da insurreição e a prisão de Frei Caneca e outros revolucionários.

5 Frei Caneca e outros revolucionários presos são conduzidos pelas ruas da cidade de Recife até o porto, onde embarcarão para Salvador, cidade na qual cumprirão suas penas.
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Transformações no Rio de Janeiro

Com a instalação da Corte portuguesa no Brasil, o Rio de Janeiro passou por muitas transformações.



A criação de instituições

Na época da chegada da Corte portuguesa, D. João procurou adequar o Rio de Janeiro à condição de sede da Coroa, criando várias instituições:



Figura 11

Fac-símile da primeira edição do jornal Gazeta do Rio de Janeiro, de 10/9/1808.

Gazeta do Rio de Janeiro. 10/09/1808. Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro (RJ)

• Fundou o Banco do Brasil, o primeiro banco do país, a fim de administrar os gastos do Estado;

• Instituiu a Imprensa Régia, com a finalidade de imprimir o primeiro jornal oficial do país, a Gazeta do Rio de Janeiro;

• Permitiu a instalação das primeiras instituições de ensino superior do país, destinadas principalmente aos jovens da elite;

• Criou o Real Horto (atual Jardim Botânico do Rio de Janeiro) com o objetivo de promover estudos sobre a flora do país;

• Fundou a Biblioteca Real (atual Biblioteca Nacional), com um acervo de obras trazidas de Portugal;

• Fundou a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios (atual Escola de Belas-Artes) e contratou um grupo de artistas franceses para coordenar os trabalhos.

As medidas adotadas por D. João provocaram mudanças no cotidiano da cidade. Essas mudanças, no entanto, beneficiaram apenas a parcela mais rica da população, que passou a ter acesso, por exemplo, à instituições de ensino superior. A maioria das pessoas continuou vivendo nas mesmas condições precárias de antes, sem acesso às novidades implantadas por D. João.



A Corte portuguesa no Rio de Janeiro
De Ivan Jaf. São Paulo: Ática, 2008.
Baseado no relato do comerciante inglês John Luccock, esse livro aborda o dia a dia da cidade do Rio de Janeiro na época da vinda da família real portuguesa.

A liberação das manufaturas

Uma das medidas de maior alcance econômico de D. João foi o alvará de 1º de abril de 1808, que permitia a instalação de manufaturas no Brasil. A proibição das manufaturas havia sido decretada pela rainha D. Maria I, em alvará de 5 de janeiro de 1785. Com o decreto de 1808, o Brasil passou a fabricar produtos como tecidos, velas, sabão e ferramentas.


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Aumento da população

Com a elevação do Rio de Janeiro à condição de capital do Reino, surgiram muitas oportunidades de trabalho, o que atraiu pessoas de várias regiões do Brasil e também de Portugal. Além disso, muitos africanos escravizados foram levados para o Rio de Janeiro.

Essa migração promoveu um repentino crescimento da população da cidade e, consequentemente, o aumento do número de estabelecimentos comerciais para atender às necessidades dos moradores.

Mudanças nos hábitos

A presença da Corte exerceu grande influência nos hábitos cotidianos dos moradores do Rio de Janeiro.

A moda europeia, por exemplo, passou a ser seguida pelas mulheres da elite brasileira. Inicialmente elas se baseavam nos costumes ingleses, mas com o passar do tempo os modos franceses de se vestir e se portar foram prevalecendo no cotidiano da elite. O vestuário europeu, no entanto, feito com tecidos pesados em função do clima da Europa, era utilizado somente nas ruas. No interior das residências, as pessoas continuavam usando roupas leves, mais adequadas ao clima tropical do Brasil.

Além disso, foi proibido o uso de persianas nas janelas, pois elas davam um aspecto de reclusão às casas, e estimulou-se a utilização de vidraças que, em sua maior parte, eram importadas da Inglaterra.



Figura 12

A cerimônia do beija-mão é um exemplo de mudança nos hábitos da população. Nessa cerimônia, que era aberta a todos, as pessoas entravam no palácio em fila única e, um a um, beijavam a mão de D. João e dos outros membros da família real, aproveitando a ocasião para pedir favores ao príncipe regente. Ao lado, gravura representando a cerimônia do beija-mão, século XIX.

Autor desconhecido. Séc. XIX. Gravura. Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro (RJ)

O sujeito na história

Debret

Jean-Baptiste Debret foi um pintor francês que veio para o Brasil em 1816. Ele fazia parte de um grupo de artistas franceses que foi convidado por D. João para participar da fundação e dar aulas na Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, no Rio de Janeiro.

No Brasil, além de telas representando a família real, Debret pintou cenas da vida cotidiana dos brasileiros, como o trabalho dos escravos e os hábitos da elite. Ele também retratou diversos grupos étnicos africanos e indígenas, as festas e os costumes populares, a arquitetura das construções, entre tantos outros temas.

Debret voltou à França em 1831 e, alguns anos depois, publicou o livro Viagem pitoresca e histórica ao Brasil. Nesse livro, reuniu 139 pinturas acompanhadas por seus comentários e impressões sobre o país.



Figura 13

Retrato de Jean-Baptiste Debret, feito por Manuel de Araújo Porto-Alegre, cerca de 1836.

Manuel de Araújo Porto-Alegre. c. 1836. Óleo sobre tela. Museu Nacional/UFRJ, Rio de Janeiro (RJ)
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Investigando na prática

Veja nas Orientações para o professor subsídios para trabalhar essa seção com os alunos.



Jean-Baptiste Debret: representando o cotidiano brasileiro

O pintor francês Jean-Baptiste Debret, que esteve no Brasil entre os anos de 1816 e 1831, representou, por meio do desenho e da pintura, cenas do cotidiano dos habitantes do Rio de Janeiro.

Atualmente, as pinturas de Debret são consideradas importantes fontes históricas sobre o Brasil do início do século XIX.

Observe a aquarela a seguir, produzida por Debret, e o texto em que ele a descreve.



Figura 14

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Loja de barbeiros, aquarela produzida por Debret, 1821.

Jean-Baptiste Debret. 1821. Aquarela. 18 x 24,5 cm. Museus Castro Maya, Rio de Janeiro (RJ)



Debret em Viagem Histórica e quadrinhesca ao Brasil
Spacca. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
Esse livro conta, por meio de quadrinhos, como foi a visita do artista Jean-Baptiste Debret ao Brasil. No livro há também uma galeria com as principais obras desse pintor.

Um vizinho do barbeiro [1], [...] recostado perto da janela, com o leque chinês numa das mãos, deixa a outra para fora, na agradável sensação do ar que refresca.

Recém-acordado e com o estômago cheio de água fresca, olha [...] o tabuleiro de doces que lhe apresenta uma jovem negra [2] [...].

A loja [...] é ocupada por dois negros livres [3]. Ex-escravos de ofício, de boa conduta e econômicos, conseguiram comprar do senhor sua alforria, preceito legal que lhes devolveu a liberdade [...], da qual se servem honestamente na cidade. Com efeito, que homem ousaria se dizer mais digno da consideração pública do que este mestre-barbeiro brasileiro, diante dos inúmeros serviços cuja lista está pomposamente exposta na porta de sua loja? Incansável até na hora do descanso geral, vemo-lo afiar as navalhas na mó, girada ainda por um negro boçal [4], ou cerzir meias de seda, ramo de atividade explorado exclusivamente em seus momentos de folga. [...]

Jean-Baptiste Debret. Loja de barbeiros. In: Patrick Straumann (Org.). Rio de Janeiro, cidade mestiça: nascimento da imagem de uma nação. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. p. 16.

Boçal: escravo recém-chegado da África, que não falava o português.

Cerzir: costurar.

Mó: pedra usada para afiar instrumentos cortantes.

Preceito: princípio, norma.
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Agora, observe a aquarela abaixo e leia o texto a seguir.



Figura 15

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Negros vendedores de carvão e vendedoras de milho, aquarela produzida por Debret, século XIX.

Jean-Baptiste Debret. Séc. XIX. Aquarela. Museus Castro Maya, Rio de Janeiro (RJ)

A barcaça, atracada na praia, é a do proprietário do carvão, instalado sob sua barraca coberta de esteiras e de um véu [...]. Um [escravo], todo carregado, sai para a cidade, enquanto o outro, parado, e já trazendo os cestos vazios, vem buscar nova carga; segura na mão a sua marimba, instrumento africano que encanta seus momentos de folga durante o dia.

O milho, colhido nas roças das redondezas e trazido ainda verde para a cidade, torna-se a delícia dos escravos e de seus filhos, que o compram nas praças e nas ruas, seja assado (sobre carvão em brasa), seja em [...] grãos cozidos sobre um leito de areia fina aquecida num fogareiro de barro ou, mais miseravelmente, num simples caco de cerâmica [...].

Jean-Baptiste Debret. Negros vendedores de carvão e vendedoras de milho. In: Patrick Straumann (Org.). Rio de Janeiro, cidade mestiça: nascimento da imagem de uma nação. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. p. 80.

Agora é a sua vez!

Veja as respostas das questões nas Orientações para o professor.



a) Compare os trabalhadores representados na aquarela da página anterior com aqueles da aquarela acima e responda: quais são as semelhanças entre eles? E as diferenças?

b) Reescreva em seu caderno os trechos do texto de Debret que fazem referência a cada um dos números indicados na aquarela acima.

c) Cite algumas informações que podem ser obtidas por meio da observação da aquarela acima e que não aparecem no texto.

d) Complete o texto descritivo de Debret com as informações que você criou na questão anterior.
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Rio de Janeiro, a capital do Reino

No início do século XIX, o Rio de Janeiro era a maior cidade brasileira. Nas suas ruas e praças circulavam as mais variadas pessoas.



O Largo do Paço Real

O Largo do Paço Real é onde atualmente fica a praça 15 de Novembro, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Este lugar era o centro administrativo do Reino. Lá, milhares de pessoas transitavam todos os dias, exercendo as mais diversas atividades.

Veja a ilustração a seguir, que representa o Largo do Paço Real no início do século XIX.

Figura 16

No Paço Real ficavam localizados os aposentos de D. João e da família real.

As redes e liteiras, carregadas por escravos, eram muito usadas por pessoas ricas.

O mercador de escravos lucrava muito dinheiro negociando escravos com senhores ricos e fazendeiros.

Os militares eram encarregados da segurança e da ordem na cidade.

Os barbeiros ambulantes, além de cortar cabelo e barba, extraíam dentes e receitavam remédios aos doentes.

O chafariz do Mestre Valentim, além de decorar o Largo do Paço Real, servia para o abastecimento de água do centro da cidade e das embarcações que ancoravam no cais.

Os cangueiros transportavam diversas mercadorias pela cidade, desde móveis pesados até caixas de açúcar que eram embarcadas nos navios.

Como não havia rede de distribuição, eram os escravos que faziam o transporte de água. Para isso, eles utilizavam barris ou grandes potes de barro.

Escadarias ou rampas davam acesso ao local de embarque e desembarque de pessoas e de mercadorias.

Art Capri

Essa ilustração é uma representação artística feita com base em estudos históricos.
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A Revolução do Porto

Com propostas liberais, a Revolução do Porto exigiu o retorno de D. João VI e contribuiu para acelerar o processo de independência do Brasil.



Uma revolução liberal

Em agosto de 1820, aconteceu em Portugal a chamada Revolução do Porto. Liderada principalmente por militares e comerciantes, essa revolução foi uma tentativa de resolver questões fundamentais para a reestruturação política e econômica de Portugal.

Portugal, naquela época, atravessava um momento de crise política e econômica. A crise política era causada pela falta de uma autoridade portuguesa no próprio Reino, já que o rei D. João VI se encontrava no Brasil. Além disso, como foram os ingleses que comandaram a expulsão das tropas napoleônicas de Portugal, quem efetivamente chefiava o Reino era o marechal inglês Beresford. A crise econômica, por sua vez, foi causada principalmente pela perda dos lucros que os portugueses obtinham com o monopólio do comércio brasileiro.

Figura 17

A crise econômica do início do século XIX afetou grande parte da população de Portugal. Gravura de artista desconhecido, século XIX, representando habitantes de Portugal no período da crise.

Séc. XIX. Gravura. Coleção particular. Foto: Akg-Images/Quint & Lox/Latinstock

As Cortes de Lisboa

Em meio à crise, os revolucionários organizaram uma Junta Provisória que convocou as chamadas Cortes de Lisboa, uma assembleia formada por representantes políticos do Reino.

Em 1820, tiveram início os trabalhos das Cortes. Nessa ocasião, a assembleia era formada por deputados portugueses e brasileiros, e foi reunida para elaborar uma Constituição liberal que deveria ser seguida por todos os habitantes do Reino, inclusive pelo rei.

As propostas das Cortes

Os deputados portugueses queriam que D. João VI voltasse para Portugal e, com o auxílio das Cortes de Lisboa, governasse o Reino. Além disso, eles pretendiam que Portugal restabelecesse o monopólio do comércio brasileiro, ou seja, queriam que o Brasil voltasse a ser uma colônia portuguesa.

Os deputados brasileiros, por sua vez, reivindicavam maior participação nas decisões políticas do Brasil e a implantação de uma Monarquia dual, com sede tanto em Lisboa quanto no Rio de Janeiro.

Figura 18

Na tela ao lado, intitulada Sessão das Cortes de Lisboa, de 1922, Oscar Pereira da Silva representou deputados portugueses e brasileiros que participaram das Cortes.

Oscar Pereira da Silva. 1922. Óleo sobre tela (detalhe). Museu Paulista da USP, São Paulo (SP)
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O regresso de D. João VI

Desde o fim das guerras napoleônicas em 1815, as autoridades portuguesas tentavam reconduzir D. João VI a Portugal.

Os deputados portugueses estavam pressionando

D. João VI para que ele voltasse e assinasse a nova Constituição, e ameaçavam depor o rei caso ele não voltasse a Portugal.



Figura 19

Chegada da família real portuguesa em Lisboa, 1821. Gravura de Constantino de Fontes, século XIX.

Constantino de Fontes. Séc. XIX. Gravura. 15 x 19 cm. Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro (RJ)

Sob pressão, em abril de 1821, D. João VI e a sua comitiva retornaram a Lisboa. D. Pedro, que era o filho mais velho do rei, assumiu o governo do Brasil como príncipe regente.



Figura 20

Do Bloqueio Continental ao regresso de D. João VI a Portugal

O Bloqueio Continental é imposto pelo imperador francês Napoleão Bonaparte.

Por não acatar o Bloqueio Continental, Portugal é invadido pelas tropas napoleônicas.

A família real portuguesa parte para o Brasil.

Os portugueses veem seu país ser destruído com a invasão das tropas francesas.

Sob comando inglês, as tropas francesas são expulsas de Portugal. Com isso, a principal autoridade do Reino passou a ser exercida por um marechal inglês.

Descontentamento entre as classes populares e as elites portuguesas.

Eclode a Revolução do Porto.

Regresso de D. João VI.

A permanência de D. Pedro

Após o regresso de D. João VI, os deputados portugueses que participaram das Cortes de Lisboa começaram a pressionar D. Pedro para que ele também voltasse para Portugal. Esses deputados afirmavam que, caso ele não voltasse, seria acusado de insubmissão, isto é, desobediência.

No dia 9 de janeiro de 1822, após receber um abaixo-assinado com cerca de 8 mil assinaturas que pediam a sua permanência no Brasil, D. Pedro assumiu publicamente o compromisso de ficar no país e desobedecer às ordens portuguesas. Esse dia ficou conhecido como o Dia do Fico.

Chalaça, o amigo do imperador
André Diniz e Antônio Eder. São Paulo: Conrad, 2005.
Essa divertida história se passa nos tempos em que a Corte portuguesa estava no Brasil. O livro narra as aventuras de Chalaça, amigo pessoal do imperador.
Página 190

O conflito de interesses

Com a decisão de D. Pedro de permanecer no país, grupos que defendiam interesses de brasileiros e de portugueses adotaram posições políticas opostas.



Os partidos políticos

Nessa época, ainda não havia partidos políticos organizados no Brasil. Os termos “partido português” e “partido brasileiro”, no entanto, são utilizados pelos historiadores para se referir a grupos políticos formados por pessoas que tinham ideias similares.



Quais eram os grupos políticos?

D. Pedro I discutia as questões políticas referentes ao Brasil e a Portugal com deputados de dois partidos que defendiam posições políticas muito diferentes: o partido português e o partido brasileiro.



O partido português

O partido português era formado por militares portugueses de alta patente, grandes comerciantes e funcionários públicos.



Patente: título militar.

Os interesses do partido português estavam ligados aos da elite da metrópole. Seus membros defendiam o restabelecimento do pacto colonial, ou seja, que o Brasil voltasse a ser uma colônia de Portugal, como era antes de 1808. Apesar do nome, também faziam parte do partido português muitos brasileiros que defendiam essas mesmas ideias.

Um dos principais defensores dos interesses portugueses era o baiano José da Silva Lisboa, o visconde de Cayrú. Economista, jurista e historiador, ele defendia uma conciliação de Portugal e Brasil, evitando a separação política.

Figura 21

José da Silva Lisboa, o visconde de Cayrú. Gravura de artista desconhecido, século XIX.

Séc. XIX. Gravura. Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro (RJ)

O partido brasileiro

O partido brasileiro tinha uma formação diversificada, que incluía grandes proprietários rurais, políticos conservadores, liberais radicais, republicanos, membros das camadas médias urbanas, ex-escravos e, também, vários portugueses estabelecidos no Brasil. Muitas dessas pessoas eram adeptas da Maçonaria.

Os grupos que formavam o partido brasileiro uniram-se para combater a proposta de recolonização feita pelos deputados portugueses. Durante o processo de independência, no entanto, o partido brasileiro acabou se dividindo em duas correntes.

Figura 22

O maçom José Bonifácio de Andrada e Silva, conhecido como “Patriarca da Independência”, representado em selo brasileiro de 1988.

1988. Selo postal. Coleção particular. Foto: rook76/Shutterstock/Glow Images
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Veja as características de cada um dos grupos que formavam o partido brasileiro.

Corrente radical ou democrática: também chamada de “elite brasiliense”, essa corrente defendia um governo liberal, em que a população pudesse participar das decisões políticas por meio de representantes eleitos. Esse grupo era formado principalmente pelas camadas médias urbanas, como os pequenos comerciantes, boticários, jornalistas, padres, além de artesãos, escravos alforriados e homens livres pobres.

Corrente conservadora ou aristocrata: formada por grandes proprietários rurais e por membros da elite brasileira que estudaram na Universidade de Coimbra, em Portugal, onde tiveram contato com as ideias iluministas. Os membros dessa corrente propunham maior autonomia para o Brasil, porém, eram contrários às ideias de independência. Em um segundo momento, esse grupo passou a apoiar a separação, desde que ela respeitasse a Monarquia constitucional. Eles ainda rejeitavam a participação popular nas questões políticas do império e temiam a fragmentação do território brasileiro.



A Maçonaria

A origem da Maçonaria ainda é muito discutida, porém, acredita-se que ela tenha surgido durante a Idade Média, como fruto de corporações de ofício que agrupavam construtores (maçon, em francês, significa construtor). A Maçonaria reunia muitos construtores de igrejas que mantinham suas técnicas de construção em segredo. No século XVIII, os maçons passaram a atuar politicamente, defendendo as ideias liberais e criticando o Absolutismo. No Brasil, o primeiro registro de uma loja maçônica é de 1801, no Rio de Janeiro. No século XIX, os maçons tiveram um importante papel na independência do Brasil, combatendo o Absolutismo e o colonialismo.

Eram nas lojas maçônicas que aconteciam os principais debates entre os líderes do partido brasileiro.

Figura 23

Aquarela que representa uma cerimônia em loja maçônica na França, no século XIX. Artista desconhecido, cerca de 1820.

Paul Cummings/Shutterstock/Glow Images

Figura 24

Esquadro e compasso, símbolos da Maçonaria. O “G” ao centro equivale à letra grega “gama”, que representa o conhecimento. Escultura em pedra.

c. 1820. Aquarela. Coleção particular. Foto: Album/Rue des Archives/CCI/Latinstock
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A proclamação da Independência

Com o apoio da elite conservadora brasileira, D. Pedro rompeu com Portugal, declarando a independência do Brasil.



A caminho da separação

Após o episódio do Dia do Fico, D. Pedro começou a tomar decisões que indicavam uma tendência separatista. Expulsou do Rio de Janeiro soldados portugueses que se recusaram a jurar fidelidade a ele e aproximou-se da elite conservadora brasileira, nomean do José Bonifácio como ministro. Desse modo, D. Pedro conseguiu o apoio de conservadores, de proprietários rurais, de altos funcionários, de juízes e de grandes comerciantes. Esse apoio era fundamental para que ele pudesse proclamar a independência sem alterar a ordem social e econômica do Brasil e, além disso, garantir sua permanência como monarca.



A declaração de independência

Os meses de agosto e setembro de 1822 foram decisivos para a separação formal entre a Colônia e a Metrópole. Em agosto, D. Pedro declarou que todos os soldados portugueses que desembarcassem no Brasil seriam considerados inimigos. No início de setembro, chegaram de Lisboa várias cartas das Cortes de Lisboa que desautorizavam as medidas do príncipe e exigiam novamente seu retorno.

D. Pedro não acatou as ordens das Cortes de Lisboa e, em 7 de setembro de 1822, declarou o Brasil independente de Portugal. Esse fato aconteceu às margens do riacho do Ipiranga, em São Paulo. A antiga Colônia portuguesa passou, então, a se chamar Império do Brasil. D. Pedro tornou-se imperador, com o título de D. Pedro I, e foi coroado em dezembro do mesmo ano, com toda a pompa de um monarca europeu.

Figura 25

Monumento à Independência, no Museu do Ipiranga, São Paulo (SP). Sob esse monumento estão guardados os restos mortais de D. Pedro I. Fotografia de 2010.

Ettore Ximenes e Manfredo Manfredi. 1926. Escultura em bronze. Parque da Independência, São Paulo (SP). Foto: Filipe FrazaoShutterstock.com
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O Museu do Ipiranga

Museu do Ipiranga é o nome mais conhecido do Museu Paulista, na cidade de São Paulo. Esse museu foi construído no local onde se acredita ter ocorrido o grito do Ipiranga, momento em que D. Pedro I proclamou a independência do Brasil.

O prédio foi projetado para ser um monumento em homenagem à Independência do Brasil, e começou a ser construído no final do reinado de D. Pedro II.

O palácio em estilo renascentista ficou pronto no ano de 1890, já no início da República, e foi inaugurado com o nome de Museu Paulista, em 1895. Desde 1963, o museu é administrado pela Universidade de São Paulo (USP).



Figura 26

Museu do Ipiranga, São Paulo (SP). Fotografia de 2010.

Juca Martins/Olhar Imagem

Enquanto isso... na Grécia

Desde o século XV sob domínio do Império Turco-Otomano, os gregos declararam sua independência em janeiro de 1822. Na assembleia de Epidauro (cidade às margens do mar Egeu), eles aprovaram a república como forma de governo.

Para garantir sua independência, os gregos travaram uma violenta guerra contra os turcos, que mobilizou grande parte da burguesia europeia, principalmente da França e da Inglaterra. Muitos intelectuais românticos, como o poeta inglês Lord Byron, lutaram como voluntários ao lado dos soldados gregos, pois consideravam a Grécia Antiga o berço da civilização ocidental.

A guerra perdurou até o ano de 1829, quando os turcos finalmente reconheceram a independência da Grécia.



Figura 27

Batalha naval entre gregos e turcos, em 1827. Pintura de Ambroise Louis Garneray, século XIX.

Ambroise Louis Garneray. Séc. XIX. Óleo sobre tela. Museu de Belas Artes, Châlons-en-Champagne (França). Foto: Art Images Archive/Glow Images
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Encontro com...

Veja nas Orientações para o professor subsídios para trabalhar essa seção com os alunos.



Arte - A tela Independência ou Morte

Muitas pinturas são produzidas com o objetivo de exaltar algum acontecimento histórico.

Esse é o caso da tela Independência ou Morte, feita pelo artista brasileiro Pedro Américo, em 1888.

Nessa tela, o artista procurou criar uma aparência gloriosa para exaltar o momento em que D. Pedro proclamou a Independência do Brasil.

Leia a história em quadrinhos a seguir, que trata desse assunto.

Figura 28

Os alunos do 8° ano, junto com o professor Beto, chegam ao Museu Paulista.

Sabiam que esse museu foi construído em homenagem à proclamação da Independência?

Já na parte interna do museu, eles se impressionam com os objetos e a arquitetura local.

Tudo isso conta um pouco da história do Brasil.

O grupo chega ao Salão Nobre e se depara com uma enorme pintura de 7,60 metros de largura por 4,15 metros de altura.

Vejam, esse aqui é o famoso quadro Independência ou morte.

Foi assim que a independência do Brasil aconteceu?

Não é bem assim... Nesse quadro, o pintor procurou exaltar o momento da proclamação.

Fotomontagem de Camila Ferreira formada pelas imagens Art Capri, ORLIO/Shutterstock.com, Juca Martins/Olhar Imagem e Pedro Américo de Figueiredo e Mello. 1888. Óleo sobre tela. 415 x 760 cm. Museu Paulista da USP, São Paulo (SP)



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Figura 29

D. Pedro e sua comitiva foram representados usando trajes luxuosos. Mas, como estavam viajando havia dias, eles provavelmente estavam vestindo roupas mais leves e simples.

O riacho do Ipiranga, que aparece aqui no cantinho, também não deveria estar ali, pois estava a dezenas de metros do local onde estava D. Pedro.

E os cavalos, então! Para percorrer os difíceis caminhos daqueles tempos, as pessoas geralmente usavam mulas, que eram mais resistentes.

Outro ponto controverso da pintura é o objeto que D. Pedro estaria segurando no momento da proclamação. Pedro Américo preferiu representar uma espada. Existem outras representações, no entanto, em que D. Pedro aparece levantando um chapéu ou uma carta.

Viram só? Perceberam como é importante termos cuidado ao analisar uma fonte histórica?



a) Na história em quadrinhos, o professor mostrou aos alunos quatro aspectos do quadro Independência ou Morte que provavelmente não correspondem ao acontecimento histórico que ele representa. Quais são esses aspectos?

b) Escreva um pequeno texto explicando por que devemos ter cuidado ao analisar uma fonte histórica. Depois, apresente seu texto aos colegas.

Veja as respostas das questões nas Orientações para o professor.


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Explorando o tema

Veja nas Orientações para o professor subsídios para trabalhar essa seção com os alunos.



A Biblioteca Nacional

Do período em que Corte se instalou no Rio de Janeiro, o Brasil herdou uma das maiores bibliotecas do mundo, tanto pela quantidade quanto pela qualidade de seu acervo. Trata-se da Biblioteca Nacional (BN), uma instituição sediada na cidade do Rio de Janeiro.



As origens

A origem de nossa atual BN remonta aos esforços do rei português D. José I e de seu ministro, Marquês de Pombal, em reconstruir a antiga Real Biblioteca, que foi quase toda destruída após o grande terremoto que devastou a cidade de Lisboa em 1755.

Dessa data até 1807, ano em que a Corte portuguesa foi transferida para o Brasil, a Real Biblioteca portuguesa foi recomposta principalmente por meio da compra de acervos particulares e de doações realizadas por nobres portugueses. Além disso, ocorria o confisco de acervos, como ocorreu com as bibliotecas dos jesuítas quando eles foram expulsos de Portugal e seus domínios.

Na primeira década do século XIX, Portugal já possuía novamente um rico acervo. Foi esse material que veio para o Brasil entre 1810 e 1811, logo depois da chegada da Corte, formando o núcleo inicial da Biblioteca Real criada no Brasil por D. João VI.



Figura 30

Exemplo de cartaz que era afixado no interior da Biblioteca, denunciando os leitores que danificavam o acervo. O constrangimento público era uma forma de evitar o vandalismo de alguns visitantes.

Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, vol. 21. 1899. p. 261

Uma biblioteca para um novo país

Após a proclamação da independência, o Brasil teve que pagar uma série de compensações para que Portugal o reconhecesse como um país independente. Entre essas indenizações, apenas a biblioteca custou 800 contos de réis, uma quantia alta para época e que equivalia a 12% do total pago aos portugueses. A aquisição da biblioteca tornou o seu acervo um patrimônio brasileiro.



Figura 31

Fachada do atual prédio da BN, que foi inaugurado em 29 de outubro de 1910, já no período republicano. Fotografia de 2015.

H Navarro/Keystone
Página 197

O acervo

Atualmente, a importância histórica e cultural do acervo da BN é reconhecida internacionalmente. Além das peças que vieram de Portugal, em que constam obras raras, como bíblias antigas, gramáticas, partituras, livros medievais e renascentistas, a BN não parou de crescer. Leia o texto.

Atualmente a Biblioteca Nacional é considerada oficialmente, pela Unesco, a oitava maior do mundo, pelo seu valor histórico e pela quantidade de peças do seu acervo. Possui a mais rica coleção de livros da América Latina, com mais de nove milhões de peças. Está sob sua responsabilidade coletar, guardar, preservar e difundir a produção bibliográfica brasileira. Hoje, ela é referência insubstituível para profissionais das humanidades, das ciências, das artes, pelos que pesquisam sobre a construção do Brasil e as projeções europeias [na América].

Célia Maria Portella. Releitura da Biblioteca Nacional. Estudos Avançados USP, v. 24, n. 69, jan. 2010. p. 249. Extraído do site: . Acesso em: 5 jun. 2015.



Figura 32

Skylines/ShutterstockGlow Images

Veja alguns exemplos de itens do acervo da Biblioteca Nacional.

Figura 33

A BN conta com uma coleção cartográfica de 22 mil mapas e 2 500 atlas. Alguns mapas tratam das questões de fronteira entre as colônias espanholas e portuguesa na América Colonial. A imagem ao lado é de um mapa das minas de ouro de São Paulo, de 1714.



Figura 34

Figura 35

Essa litogravura, produzida pelo artista alemão Wilhelm Loeillot em 1818, representa o Paço Real, no Rio de Janeiro, que serviu de residência para os imperadores do Brasil.

Fotomontagem de Camila Ferreira formada pelas imagens Andrey_Kuzmin/ShutterstockGlow Images, fischers/Shutterstock/Glow Images, Pedro Gomes Chaves. 1714. Desenho à tinta ferrogálica. 54,5 cm x 66 cm. Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro (RJ) e Wilhelm Loeillot. 1818. Litogravura. 48 x 30,5 cm. Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro (RJ)

• Em sua cidade existe alguma biblioteca? Em caso de resposta afirmativa, busque mais informações sobre seu acervo e comente sobre ele com os colegas.

Veja a resposta da questão nas Orientações para o professor.
Página 198

Atividades

Veja as respostas das atividades nas Orientações para o professor.



Exercícios de compreensão

1. O que foi o Bloqueio Continental? Como ele influenciou o processo de independência do Brasil?

2. Explique o que ficou estabelecido no Tratado de Navegação e Comércio.

3. O que o Tratado de Aliança e Amizade estabeleceu?

4. Explique os motivos que levaram D. João VI a elevar o Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves.

5. O que foi a Revolução Pernambucana de 1817?

6. Cite algumas mudanças nos hábitos da população do Rio de Janeiro ocasionadas pela chegada da Corte.

7. Quem foi Jean-Baptiste Debret? Qual sua importância para o estudo da história do Brasil?

8. O que foi a Revolução do Porto? Qual era o contexto econômico de Portugal naquele momento? Quais eram as reivindicações feitas pelos revoltosos?

9. O que eram as Cortes de Lisboa? Quais eram as suas propostas?

10. Quando D. João VI e a Corte portuguesa regressaram a Portugal? Por que o rei decidiu pelo retorno?

11. Quais foram as primeiras medidas tomadas por D. Pedro após o Dia do Fico?

Expandindo o conteúdo

12. Leia o texto a seguir.

“Eu o príncipe regente faço saber aos que o presente alvará virem: que desejando promover, e adiantar a riqueza nacional, e sendo um dos mananciais dela as manufaturas, e melhoram, e dão mais valor aos gêneros e produtos da agricultura, e das artes, e aumentam a população dando que fazer a muitos braços, e fornecendo meios de subsistência a muitos dos meus vassalos, que por falta deles se entregariam aos vícios da ociosidade: e convindo remover todos os obstáculos, que podem inutilizar, e prestar tão vantajosos proveitos: sou servido abolir, e revogar toda e qualquer proibição, que haja a este respeito no Estado do Brasil, e nos meus domínios ultramarinos, e ordenar, que daqui em diante seja o país em que habitem, estabelecer todo o gênero de manufaturas [...]. Hei por bem revogar o alvará de cinco de janeiro de mil setecentos oitenta e cinco e quaisquer leis, ou ordens que o contrário decidam, como se delas fizesse expressa, e individual menção, sem embargo da lei em contrário.”

Alvará assinado pelo príncipe regente D. João em 1808. Extraído do site:


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