História 8º ano



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. Acesso em: 5 maio 2015.

Atualmente, o Brasil é uma República Federativa organizada de acordo com princípios constitucionais. A Constituição Federal, aprovada em 1988, foi influenciada pelas primeiras constituições da época moderna. Leia a seguir um dos artigos fundamentais da Constituição de 1988.

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;

II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; [...]

XXII – é garantido o direito de propriedade; [...]

XLIX – é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; [...]

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

Extraído do site: . Acesso em: 8 maio 2015.
Página 394

Apesar de sua importância jurídica, a Constituição por si só não é suficiente para garantir os direitos dos cidadãos de um país. A garantia desses direitos, na prática, depende da mobilização da sociedade e da participação política de todos os cidadãos, por exemplo, acompanhando de perto a aplicação do dinheiro público, fiscalizando o trabalho dos representantes políticos e exigindo a punição daqueles que desrespeitam as leis. Valendo-se dos recursos apresentados e dos seus conhecimentos, produza um texto sobre a importância da Constituição para a regulação das relações políticas e sociais e para a garantia dos direitos dos cidadãos brasileiros.

• Caso opte pela realização dessa atividade, é muito importante que realize as correções necessárias nos textos apresentados pelos alunos. É importante verificar, por exemplo: se o texto apresentado está no formato solicitado no enunciado; se os temas abordados estão adequados; se há título; se o aluno defende seus argumentos respeitando os direitos humanos; se o aluno usa seus conhecimentos prévios na composição do texto; e se sabe utilizar corretamente a norma culta da Língua Portuguesa. Esta atividade pode ser conduzida de forma articulada com Língua Portuguesa.

Página 90

• Questões relacionadas à posse de armas pela população civil nos Estados Unidos têm sido alvo de intensos debates nos últimos anos. Os diversos homicídios cometidos com armas de fogo, entre eles violentos atentados ocorridos em escolas, trazem à tona a reflexão sobre a necessidade de haver um maior controle sobre a comercialização de armas naquele país. Atualmente, em apenas sete dos cinquenta estados estadunidenses é preciso ter licença ou registro para obter uma arma de fogo. Em alguns estados, como no Texas, não há sequer idade mínima pra obtê-las. O direito de portar armas de fogo está previsto na Constituição dos Estados Unidos desde 1789. Mesmo havendo pesquisas que indicam a vontade de grande parte da população estadunidense em restringir a venda de armas, as tentativas de exercer um maior controle sobre esse comércio esbarram em diversas dificuldades, entre elas, a existência de uma poderosa indústria armamentista e de grupos como a Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês), que, além de estimularem o uso de armas, exercem uma grande influência na política estadunidense. O texto a seguir aborda o poder desses grupos nos Estados Unidos.

[...] O comportamento da NRA explica como o debate está viciado nos Estados Unidos. A NRA, sempre no centro das discussões a respeito do tema, é uma entidade extremista. Reportagem publicada pelo jornal The Washington Post no sábado 12 [de janeiro de 2013] traçou um histórico ideológico da NRA e mostrou como ela passou por um processo de involução desde sua criação, em 1871. A entidade se dedicou, por muito tempo, a promover o tiro esportivo, a defender os direitos dos caçadores e tinha muitas parcerias com a união dos escoteiros dos EUA. Hoje seus líderes acreditam que os defensores do desarmamento têm um plano secreto: desarmar a população para implantar a tirania do governo. Para membros da NRA, eventos como o Holocausto e os massacres do regime comunista de Mao Tsé-Tung só ocorreram pois os judeus e os chineses não tinham armas.

Por trás desta teoria está uma força cultural [estadunidense] que o historiador Walter Russell Mead chama de “populismo jacksoniano”, uma referência a Andrew Jackson,


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o sétimo presidente dos Estados Unidos. Os jacksonianos creem que pessoas comuns podem estabelecer verdades morais, científicas, políticas e religiosas por si próprias, usando a intuição e o que acreditam ser o senso comum. Ao mesmo tempo, suspeitam da mídia, dos especialistas, dos políticos, do governo e de consensos estabelecidos por eles. Um dos consensos vistos com ceticismo pelos jacksonianos já foi a igualdade racial. Hoje são temas como o aquecimento global e a tese, defendida por grande parte da mídia e dos especialistas de que mais armas significam mais violência, e não mais liberdade.

[...] Segundo dados do Centro de Políticas Responsivas, uma ONG dos EUA, a NRA gastou entre 1,5 milhão de dólares e 2,7 milhões de dólares, por ano, entre 2001 e 2010, para fazer lobby com políticos. Apenas no ciclo eleitoral de 2010, a entidade investiu 7,2 milhões nas campanhas de candidatos favoráveis a sua causa e em anúncios negativos contra seus rivais. Com esse dinheiro, a Associação Nacional do Rifle tem, na avaliação do Washington Post, “o mais poderoso e um dos mais temidos” lobbies em Washington. [...]

LIMA, José Antonio. Por que não haverá controle de armas nos EUA. Extraído do site: . Acesso em: 29 abr. 2015.



Páginas 92 e 93

• Comente com os alunos que, assim como no Brasil, houve a utilização da mão de obra escrava de origem africana nas Treze Colônias. Entretanto, do total de africanos que foram trazidos para a América entre os séculos XVI e XIX, o Brasil recebeu cerca de 60%, enquanto as Treze Colônias receberam aproximadamente 5%.

• Aproveite para explorar com os alunos o tema pluralidade cultural e a importância da valorização da matriz africana na cultura estadunidense. Além do stepping, outra influência pode ser percebida na América do Norte até os dias de hoje: o blues. Explique-lhes que sua origem remonta a estilos musicais do século XIX, como o spiritual, o blues rural e as worksongs. O spiritual é um estilo musical que surgiu do encontro da música africana com os hinos protestantes. Esse estilo exerceu grande influência na música gospel dos Estados Unidos. Já o blues rural era cantado com bastante sentimento e melancolia pelos escravos dos campos de algodão, acompanhados por instrumentos de corda. As worksongs, ou canções de trabalho, eram cantadas pelos africanos escravizados durante as colheitas de algodão. Essas canções, utilizadas muitas vezes para marcar o ritmo do trabalho, ajudavam os escravos a suportar as dificuldades das longas jornadas. As temáticas das canções giravam em torno principalmente dos trabalhos cotidianos, das injustiças sofridas ou de grandes feitos realizados pelos escravos. As canções eram iniciadas por um líder, que cantava um verso; em seguida, os demais respondiam com o refrão, criando, dessa maneira, um sentimento de solidariedade entre os escravos. O texto a seguir versa sobre a história do blues.

O blues nasceu com o primeiro escravo negro na América. Da África os negros trouxeram sua expressão vocal básica — os hollers —, gritos de entonações estranhas que cortavam os céus do Novo Mundo como uma espécie de sonar, explorando um território desconhecido. Enquanto o escravo mergulhava na cultura americana — representada, no plano musical, pela tradição europeia —, o grito primal se alterava e sofria mutações. A obscena instituição do tráfico foi proibida em 1808, mas os escravos continuavam chegando, abarrotados nos porões dos navios negreiros. Só na


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década de 1850-1860, a América do Norte recebeu mais negros do que no meio século anterior. O negro era uma ferramenta de trabalho. Até nos raros momentos de lazer, quase tudo lhe era interditado. Não podia tocar instrumentos de percussão ou de sopro. Os brancos receavam que pudessem ser usados como um código, incitando à rebelião. Assim, a voz ficou sendo o principal — senão o único — instrumento musical do negro. Era usada nas worksongs, canções em que o feitor cadenciava o trabalho dos escravos, a batida dos martelos ou machados, o levantamento de cargas etc. Estas canções ajudavam a amenizar e racionalizar o trabalho e o tornavam mais rentável. Tranquilizavam também o proprietário, que as ouvia, garantindo que os seus escravos estavam sob controle, no devido lugar. Há quem argumente que o blues veio da música religiosa e dos spirituals, canções que os negros criaram a partir das histórias da Bíblia. Na verdade, ele tem muito mais a ver com a realidade prática das worksongs. Musicalmente, os hinos religiosos exerceram o seu papel: os acordes básicos do blues são derivados da harmonia europeia. São os mesmos três acordes usados no acompanhamento de Noite Feliz, tecnicamente conhecidos como tônica, subdominante e dominante — e podem ser ouvidos nesta mesma ordem numa versão comum de um conhecido blues como Careless Love. Os negros sofreram uma evangelização maciça no início do século 19, porque a religião africana era proibida aos escravos. Mas não lhes faltava o espírito de crítica [...] [e nessa época a] rebeldia era já um germe do blues. Mas a sua voz mais autêntica vinha do grito original. Os berros negros eram expressões tão pessoais que identificavam imediatamente quem os emitia. “Aí vem o Sam”, comentava a namorada ou o amigo. “Will Jackson está chegando”. Ou, ainda: “Acabo de ouvir Archie dobrando a esquina.” Os gritos eram uma forma de comunicação nos campos do Sul e muitas canções evoluíram a partir deles. Eram ouvidos também nas ruas das cidades, onde vendedores ambulantes negros anunciavam seus produtos ou serviços através de um pungente canto rítmico, expressão semi-musical de rara beleza. [...] Havia ainda os negros que anunciavam a chegada e a partida dos trens nas estações, autênticos artistas do grito. Esta marca individual se projetou também no blues. [...]

Na raiz do cantor de blues está a tradição do griot africano, uma espécie de mistura do menestrel medieval e do cantor de sinagoga, um músico que através da voz exercia uma função social e até religiosa nas tribos da costa ocidental da África, de onde vieram os escravos para a América. [...]

Entre os instrumentos típicos do blues inicial estavam o violão, o banjo (originado do banjor africano), o one-string (uma versão do nosso berimbau), a rabeca (principal animadora das danças nas noites de lazer na senzala), a gaita de boca, o kazoo (com um som parecido ao do pente com papel de seda), a jew´s harp (espécie de mini-harpa usando o interior da boca como caixa de ressonância), o jug (botija de barro ou de vidro que, soprada pelo gargalo, fazia o papel dos graves da tuba) e uma quantidade de instrumentos de confecção doméstica, feitos com tábuas de lavar roupa (o washboard, tocado com as pontas dos dedos cobertas de dedais metálicos); feitos com tinas de banho, cabos de vassoura, caixas de sabão e de charuto.

[...] O primeiro blues de verdade foi publicado [em] 1912, por W. C. Handy, que se intitularia “O Pai do Blues”: era uma nova versão de uma canção chamada Mister Crump, que Handy tinha composto para a campanha eleitoral do prefeito Edward H. “Boss” Crump e fizera sucesso não só em Memphis, mas em outras cidades. Com o título The Memphis Blues, ela passou para a história como o primeiro de todos os blues. [...] Foi em cidades como Chicago e Nova Iorque que surgiu o [...] fator responsável pela explosão do blues: o início de uma revolução tecnológica que acabou com a época das pianolas de rolo e dos pianistas que passavam o dia todo nas lojas das
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grandes editoras musicais tocando os últimos sucessos para vender partituras. Com a nova tecnologia da reprodução sonora nascia a era do gramofone e abria-se o mercado do disco, que seria estimulado ainda mais pelo aperfeiçoamento das gravações, que passariam em meados dos anos 1920 do método mecânico para o método elétrico. [...] O blues tirava o pé da lama do Mississippi e iniciava a sua caminhada para a fama nas grandes cidades da América — e do mundo. [...]



Da lama à fama

[...]


Um dos grupos britânicos mais marcados pelos blues foram os Rolling Stones. O nome da banda foi sugerido pelo guitarrista Brian Jones, baseado numa canção de Muddy Waters, que era sua inspiração maior. [...]

Derivada do blues, a expressão rolling stones tornou-se uma autêntica marca registrada do rock: deu nome à banda inglesa, a uma canção de Bob Dylan (Like a Rolling Stone) e à revista Rolling Stone, lançada em novembro de 1967 em San Francisco [...].

Em seus cem anos de vida, o blues fez uma longa viagem, das margens lamacentas do Mississippi até o néon das marquises nas grandes cidades. A blue note coloriu virtualmente todo tipo de música deste século [XX], do bop à bossa, do rap ao rock, do clássico à discoteca. Deixou sua marca na canção popular da Broadway, nos standards de Cole Porter e Gershwin, de Berlin a Hammerstein, de Hoagy Carmichael e Harold Arlen. O sociólogo Russel Ames chega até a afirmar: “Se existe uma forma nacional de canção americana, é o blues.” A queima dos estilos na fogueira das vaidades sonoras só faz com que o blues se destaque ainda mais, conquistando até o público jovem, cansado de tanta moda fake e em busca da coisa real, oferecida pela comunicação sólida, honesta, filosófica e prazerosa do blues. Ninguém duvide que, [...] no século 21, o homem continuará proclamando: a Terra é Blue!

MUGGIATI, Roberto. Blues: da lama à fama. Rio de Janeiro: Editora 34, 1995. p. 9-11; 14; 16; 18; 201; 203; 216. (Ouvido Musical).



Explorando o tema páginas 94 e 95

• Em 1977, vários representantes de povos indígenas das Américas e de Organizações Não Governamentais (ONGs) se reuniram na Primeira Conferência Internacional sobre a Discriminação contra os Povos Indígenas, em Genebra, na Suíça. Foram discutidos diversos pontos a respeito dessas populações e foi definido que o termo “minorias étnicas” não seria mais utilizado, sendo adotado o termo “povos indígenas”. Levante esse assunto em sala de aula e discuta com os alunos sobre esse tema, questionando-os sobre a utilização do termo “minorias étnicas” e quais teriam sido os motivos que levaram a comunidade internacional a criticá-lo.

Para obter mais informações a respeito dos territórios do povo sioux, acesse o site a seguir e veja os diversos mapas, ano a ano, com as delimitações territoriais impostas e/ou negociadas.


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